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As genealogias da Bíblia São Confiáveis?

 

As genealogias da Bíblia devem ser interpretadas no contexto do antigo Oriente. Normalmente, as genealogias expressavam mais do que a descendência familiar. Elas refletiam realidades políticas e sociorreligiosas entre grupos de pessoas.

Por exemplo, “Salma, pai dos belemitas” (1 Cr 2.51) descreve o fundador da aldeia Belém. Portanto, as genealogias eram fluidas, e mostravam diferenças devidas a realidades políticas e sociais variáveis.

 

A adoção de Efraim e Manassés, os filhos de José, por Jacó, criou uma nova maneira de interpretar a configuração das doze tribos (Gn 48.5). “José” aparece na bênção de Jacó (Gn 49.22-26), mas a bênção de Moisés conta 12 tribos, descartando Simeão, e dividindo a casa de José em Efraim e Manassés (Dt 33.17). Assim, como vemos por esse exemplo, o conteúdo das genealogias era seletivo, e não pretendia ser abrangente e preciso.


Era um costume comum abreviar as genealogias, omitindo nomes.

A genealogia de Jesus apresentada por Mateus exibe um padrão em que são definidos três conjuntos de quatorze gerações (Mt 1.17). O número 14 era desejável, por causa da importância atribuída ao significado simbólico do número 7 (“completo' “perfeito”). Assim, “Jorão gerou a Uzias” (Mt 1.8) omite três gerações (2 Cr 21.4-26.33), de modo a alcançar o número desejado (cf. Ed 7.1-5 com 1 Cr 6).

Outra característica inesperada nas genealogias bíblicas

Com base neste exemplo, descobrimos outra característica inesperada nas genealogias bíblicas. Termos genéricos, como “filho de” e “gerou” tinham significado flexível, às vezes indicando um “descendente” e “avô ou antepassado”. A palavra “filha”, por exemplo, poderia significar uma aldeia subordinada, afiliada a uma cidade próxima, e dessa maneira poderia ser traduzida como “os lugares da sua jurisdição” (Jz 1.27).

 

Uma técnica do mundo antigo para legitimar um novo rei era a invenção de uma linhagem fictícia. Além disso, os estudiosos frequentemente pressupõem que as pessoas citadas nas genealogias são metáforas, significando as tribos, e que na realidade não têm conexão familiar. Foram consideradas fictícias as genealogias das doze tribos de Israel, como descendendo de uma única pessoa, Jacó (por exemplo, Gn 46.8-27; Nm 1.20-43; 1 Cr 2.1,2).

 

A opinião de que a expressão “filhos de Jacó” reflete somente uma realidade social em evolução, e não uma realidade doméstica confiável é uma suposição desnecessária que contradiz o significado claro do testemunho da Bíblia.

 

A narrativa bíblica dos patriarcas revela, em primeiro lugar, uma história familiar, e em segundo lugar, uma história nacional. Além disso, uma vez que as genealogias influenciavam questões de importância doméstica, legal e religiosa, registros genealógicos e censos eram meticulosamente mantidos (Nm 1.45; Rt4.10; 1 Cr 4.33; 9.1; Ne 7.5; Nm 27.1-11; Ed 2.62).


Um problema especial é o das longas durações das vidas, em Gênesis 5.1-32. Nesta passagem, por exemplo, está escrito que Adão viveu 930 anos.

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A lista de reis sumérios apresenta uma lista de reis, e inclui uma referência a um grande dilúvio. A lista de reis declara números fantásticos, com o reinado mais longo tendo duração de 72.000 anos. Depois do dilúvio, os anos de reinado diminuíram. No entanto, apesar de seus números fantásticos, a lista de reis sumérios inclui indivíduos históricos, e não apenas lendários.

 

Tanto o livro de Gênesis como a lista de reis sumérios relembram uma época, no passado antigo, em que as pessoas viviam por longos períodos de tempo. As durações das vidas antes do dilúvio de Noé eram maiores, e posteriormente diminuíram gradualmente. As longas vidas dos patriarcas, como Adão e Noé, decresceram para números moderados, quando comparados com a lista dos reis sumérios. Uma diferença significativa é a de que a genealogia de Adão não tem propósitos políticos, mas mostra que a diminuição das idades da humanidade se deveu a um fator moral, quando Deus julgou uma humanidade corrupta (Gn 6.1-8).

 

Embora os anos sejam confiáveis, essa genealogia não pode ser usada para reconstruir a idade da Terra. O livro de Gênesis não apresenta as genealogias para estabelecer uma cronologia absoluta (1 Rs 6.1). Além disso, Gênesis 5 não possui uma lista completa.

 

Gênesis 5 e 11 exibem genealogias de 10 nomes, que consistem de padrões convencionais.


As duas genealogias também são lineares, indicando que incluem somente um descendente por geração (as gerações segmentadas têm mais; Gn 10.1-32). Uma vez que as genealogias podem abreviar gerações (veja acima), e como Gênesis 5 é altamente estilizado, é provavelmente uma genealogia “aberta” (seletiva) que abrange muitas gerações.

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 Artigo: Kennetk A. Mathews | Divulgação: Subsídios Dominical

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