1. ABEL NOME DE UMA CIDADE FORTIFICADA NA FRONTEIRA, no norte da Galileia, na qual o general do rei Davi, Joabe, cercou o rebelde Seba. Depois que uma mulher sábia da cidade negociou com Joabe, os cidadãos executaram Seba e lançaram sua cabeça do alto da muralha. Joabe, então, desfez o cerco (2Sm 20.13-22).
A cidade foi mais tarde conquistada pelo sírio Ben-Hadade durante uma guerra contínua entre o rei Asa, de Judá, e o rei Baasa, de Israel. Quando Asa persuadiu Ben-Hadade a romper o tratado com Baasa, Ben-Hadade tomou boa parte de seu território, incluindo Abel, ou Abel-Bete-Maaca, como era também chamada (lRs 15.16-20). Ainda mais tarde, Abel-Bete-Maaca (às vezes chamada simplesmente de Abel de Bete-Maaca) foi conquistada por Tiglate-Pileser III, e seus habitantes foram levados cativos para a Assíria (2Rs 15.29). A mesma cidade é chamada de Abel-Maim (“campina de água”), enfatizando a produtividade da região (2Cr 16.4). A cidade tem sido identificada com a moderna Tell Abil-el-Qamh.
2. ABEL - SEGUNDO FILHO DE ADÃO E EVA (Gn
4.2). O nome está provavelmente relacionado às palavras sumérias e acadianas
que significam “filho”, e foi assim usado como termo genérico para a raça
humana. Abel significa "fôlego", e é a palavra traduzida por "vaidade"
pelo menos trinta e três vezes no Livro de Eclesiastes.
O irmão mais velho de
Abel, Caim, era agrieultor, mas Abel era pastor. Quando ambos os irmãos trouxeram
ofertas, Deus aceitou o sacrifício de um animal feito por Abel, mas rejeitou a
oferta de vegetais feita por Caim. Como consequência, Caim ficou com inveja de
Abel e o matou. A narrativa indica que o caráter de Abel era mais digno da
bênção de Deus; por conseguinte, sua oferta foi aceita, e a de Caim, não (v.
7). Não há evidência bíblica de que a oferta de cereais ou de vegetais fosse
menos efetiva como ofertas pelo pecado ou como refeições de comunhão que as
ofertas envolvendo derramamento de sangue, uma vez que, na Lei Mosaica
posterior, ambas foram prescritas. No NT, Abel é considerado como o primeiro
mártir (Mt 23.35; Lc 11.51; Hb 11.4).
Não está explícito se ele era o preferido porque sua oferta incluía a vida e, portanto, representava o símbolo da vida, ou porque era oferecida com um espírito mais sincero. Num ímpeto de ira, Caim matou-o e tentou eximir-se dessa responsabilidade. Abel tomou-se o modelo de um mártir que sofre por sua fé (Mt 23.35). Foi honrado por Jesus e aparece na galeria dos heróis da fé (Hb 11.4). Embora sua oferenda fosse superior à de Caim, era inferior à de Jesus Cristo (Hb 22.24). Pode ser dito a respeito dele que foi o primeiro pastor, o primeiro a oferecer sacrifícios de animais, o primeiro homem justo (Mt 23.35; 1 Jo 3.12) e, o primeiro mártir. Ele foi vítima da mesma espécie de ciúme insano que tirou a vida de Jesus.
O piedoso Abel (Mt 23.35) fala
ao povo de Deus nos dias de hoje tanto por meio de seus sacrifícios (Hb 71.4)
como por seu sangue derramado (Hb 12:24). Nessa última passagem, o escritor faz
um contraste entre o sangue de Cristo e o sangue de Abel. O sangue de Abel
representa a Terra, mas o sangue de Cristo representa o céu. O sangue de Abel
clama por justiça, mas o sangue de Cristo refere-se à justiça satisfeita na
cruz. O sangue de Abel declarou a culpa de Caim e transformou-o num errante, mas
o sangue de Cristo representa a graça e o perdão e reconcilia com Deus o
pecador que crê.
Referências:
•
Dicionário Bíblico Wycliffe. 2ª edição 2007, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Casa Publicadora das Assembleias de Deus
•
Dicionário bíblico Tyndale / Editado por Philip W. Comfort e Walter A.
Elwell. Santo André: Geográfica, 2015
•
Wiersbe, Warren W. Comentário Bíblico
Expositivo: Antigo Testamento: volume I, Pentateuco; traduzido por Susana E.
Klassen. Santo André, SP: Geográfica editora, 2006.
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