✍Fonte: Lições
Bíblicas Adultos,
4° trimestre de 2021 – CPAD
✍Revista: O Apóstolo Paulo
- Lições da vida e ministério do apóstolo dos gentios para a Igreja de Cristo
✍COMENTARISTA: Pastor Elienai
Cabral
=
📚 TEXTO ÁUREO
“Mas nós, que
somos do dia, sejamos sóbrios, vestindo-nos da couraça da fé e do amor e tendo
por capacete a esperança da salvação.” (1 Ts 5.8)
💡 VERDADE PRÁTICA
A
esperança gloriosa da volta de Jesus traz sobriedade para as nossas vidas, e
disposição para exercer a fé e o amor em esperança.
⏰
LEITURA DIÁRIA
Segunda - 1 Ts 4.13-18
Não podemos ser ignorantes quanto à volta do Senhor
Terça - 2 Co 5.8; Fp 1.23
O desejo de partir para estar com Cristo
Quarta - 1 Ts 4.15,16
A vinda de Cristo para a sua Igreja
Quinta - Ap 1.7
Quando todo olho verá a vinda do Filho do Homem
Sexta - At 1.6,7
Não nos compete a saber sobre os tempos e as estações
Sábado - At 1.8,11
A promessa do Espírito Santo e da vinda de nosso
Senhor
📖 LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
2 Timóteo 4.6-8; 1 Tessalonicenses 5.1-11
2
Timóteo 4
6
- Porque eu já estou sendo oferecido por aspersão de sacrifício, e o tempo da
minha partida está próximo.
7
- Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé.
8 - Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda.
1 Tessalonicenses 5
1
- Mas, irmãos, acerca dos tempos e das estações, não necessitais de que se vos
escreva;
2
- porque vós mesmos sabeis muito bem que o Dia do Senhor virá como ladrão de
noite.
3
- Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então, lhes sobrevirá repentina
destruição, como as dores de parto àquela que está grávida; e de modo nenhum
escaparão.
4
- Mas vós, irmãos, já não estais em trevas, para que aquele Dia vos surpreenda
como um ladrão;
5
- porque todos vós sois filhos da luz e filhos do dia; nós não somos da noite
nem das trevas.
6
- Não durmamos, pois, como os demais, mas vigiemos e sejamos sóbrios.
7
- Porque os que dormem, dormem de noite, e os que se embebedam, embebedam-se de
noite.
8
- Mas nós, que somos do dia, sejamos sóbrios, vestindo-nos da couraça da fé e
do amor e tendo por capacete a esperança da salvação.
9
- Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação,
por nosso Senhor Jesus Cristo,
10
- que morreu por nós, para que, quer vigiemos, quer durmamos, vivamos juntamente
com ele.
11 - Pelo que exortai-vos uns aos outros e edificai-vos uns aos outros, como também o fazeis.
HINOS SUGERIDOS: : 2, 26, 40 da Harpa Cristã
OBJETIVO GERAL
Enfatizar a gloriosa esperança dos cristãos.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
Ressaltar
a
consciência de Paulo diante da morte;
Apresentar a doutrina
bíblica de Paulo sobre a volta do Senhor;
Expor sobre os tempos e as estações até a volta do Senhor.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Esta aula é uma oportunidade ímpar para falar da esperança cristã.
Todo verdadeiro cristão tem uma esperança latente em sua caminhada com Cristo
no mundo: o dia do encontro com o seu Senhor. O apóstolo Paulo cultivava
diariamente essa esperança. Seu desejo era estar com Cristo para sempre. Que a
lição desta semana nos ajude a priorizar a esperança cristã em nossa caminhada
com Cristo. Uma das bençãos mais extraordinária é preservar a esperança cristã
diante das experiências difíceis no mundo.
INTRODUÇÃO
A
última lição deste trimestre nos mostra que não podemos perder a esperança do
céu em meio ao sofrimento e tribulações nesta Terra. Essa esperança é a fonte
da força dos fiéis que se apegam no que Deus realizou em Cristo Jesus. E a
garantia dessa esperança é o fato de que o Espírito Santo nos fortalece, renova
e confirma a herança eterna do nosso Deus. Que a esperança do apóstolo Paulo
seja a nossa também.
PONTO
CENTRAL
A volta do Senhor é a gloriosa esperança dos cristãos.
I
– A CONSCIÊNCIA DE PAULO DIANTE DA MORTE
1.
Uma morte como oferta de sacrifício (2 Tm 4.6).
O
Espírito Santo que guiava o apóstolo Paulo em tudo o fez sentir que “o tempo da
sua partida estava próximo”. Nesse sentido, o apóstolo via o seu martírio
iminente como uma oferta apresentada sobre o altar do sacrifício. Essa
consciência clara de que haveria de padecer pelo nome de Jesus, não o permitia
ter medo, ou frustração diante da morte. É preciso ter a consciência de que se
não encontrarmos o Senhor por meio do Arrebatamento da Igreja, o encontraremos
por meio da morte. Por intermédio do Espírito Santo, nos prepararemos para esse
tempo em esperança (1 Ts 5.13-18).
2.
“Combati o bom combate” (2 Tm 4.7).
Agora
o apóstolo faz uma análise de sua trajetória. Ele combateu o bom combate. Desde
quando Paulo teve o encontro com Cristo, indo para Damasco até o momento
próximo de sua morte, muitas experiências ocorreram em sua vida. É notória a
total entrega do apóstolo: muitas perseguições, provações, injustiças,
plantações e confirmações de igrejas. De fato, o apóstolo entregou a sua vida
integralmente à causa do Evangelho. Ele combateu o bom combate. Que combate
estamos combatendo? Essa causa é a nobre causa do Evangelho? Que o autoexame de
Paulo seja exemplo para nos autoexaminarmos também.
3.
Gratidão e esperança (2 Tm 4.7,8).
Além
de combater o bom combate, o apóstolo “acabou a carreira” e “guardou a fé”.
Mais importante do que começar, é, a forma como terminaremos a carreira.
O
apóstolo tinha a consciência da carreira que percorreu e da fé que guardou.
Durante os anos de ministério, sua fé permaneceu pujante e robusta, o que lhe
permitiu olhar para a sua circunstância com atitude serena. Embora não pudesse
evitar a morte física, sabia que estar com o Senhor era a coroação da sua
trajetória: “temos confiança e desejamos, antes, deixar este corpo, para
habitar com o Senhor” (2 Co 5.8) e “partir e estar com Cristo, o que é
incomparavelmente melhor” (Fp 1.23).
O
apóstolo nos ensina que é preciso olhar para o futuro com a certeza do nosso
galardão, e enxergar, pela fé, que o nosso trabalho não é vão no Senhor (1 Co
15.58), pois há uma coroa de justiça guardada para cada crente em Jesus (2 Tm
4.8). Estamos nas mãos do Justo Juiz.
SÍNTESE
DO TÓPICO I
O
apóstolo Paulo pensava na sua morte como uma oferta de sacrifício.
SUBSÍDIO PEDAGÓGICO
Inicie esta lição relembrando a lição passada, onde tratamos da
coragem do apóstolo diante da morte. Mostre aos alunos que a coragem de Paulo
diante da morte tinha como base a esperança cristã no porvir. Se cultivarmos
diariamente essa esperança, tendemos a perder o medo que paralisa. Quem perde
esse medo é capaz de fazer coisas extraordinárias. Por isso, afirme que se
cultivarmos uma verdadeira esperança no porvir, lidaremos melhor com as coisas
presentes. Quanto mais ligados ao futuro celestial, melhor lidaremos com o
presente material. É tempo de aprofundar essa certeza imaterial cristã, para
viver num mundo materialista e anticristão. Atentemos para essência do que
Jesus nos ensinou: “o meu Reino não é deste mundo” (Jo 18.36).
É notória a total entrega do apóstolo: muitas perseguições,
provações, injustiças, plantações e confirmações de igrejas.
II
– A DOUTRINA BÍBLICA DE PAULO SOBRE A VOLTA DO SENHOR
1.
A volta do Senhor em 1 Tessalonicenses.
O
capítulo 5 de 1 Tessalonicenses inicia com uma conjunção “mas” para retomar a
ideia lógica do capítulo 4 em que Paulo fala sobre a ressurreição dos mortos em
Cristo na mesma ocasião em que ocorrerá o arrebatamento dos vivos em Cristo.
Assim, o capítulo 5 é a continuidade acerca do assunto da parousia, ou seja, a
volta do nosso Senhor, iniciado no capítulo 4.
2.
As duas fases dessa vinda.
A
volta de Cristo se dará em duas fases. A primeira, apenas para os salvos, em
que nosso Senhor virá nas nuvens para se encontrar com a sua Noiva, a Igreja (1
Ts 4.15,16). O apóstolo nos mostra que nessa ocasião, os mortos em Cristo
ressuscitarão primeiro e os vivos serão arrebatados para estarem com o Senhor
nos ares. Essa fase é invisível para o mundo, nenhum olho verá, somente os dos
salvos. Entretanto, na segunda fase da vinda do Senhor “todo o olho verá” (Ap
1.7). Será uma chegada em que nosso Senhor descerá em glória e, literalmente,
será visto pelo mundo todo e, especialmente, pelos judeus (Zc 14.2,3). Nessa
ocasião, Jesus Cristo livrará pessoalmente a nação de Israel dos exércitos
confederados pelo Anticristo, desfazendo-os com o seu poder, e vencendo o
Anticristo, o Falso Profeta e o Diabo para implantar o reino do Milênio (Ap
19.11-16).
A Igreja de Cristo nasceu no fogo e debaixo da promessa de sua volta (At 1.8,11)
3.
Sobre a Grande Tribulação.
Não
passaremos pelo período do juízo divino, denominado de a Grande Tribulação. A
Igreja de nosso Senhor será retirada antes do período de derramamento do santo
juízo. Quando o Anticristo instalar o seu governo mundial, não estaremos mais
aqui. Ao final desse período, juntos de Cristo, contemplaremos a destruição do
Anticristo e do Falso Profeta no Lago de Fogo (Ap 19.20). Esse ensinamento
mostra aos tessalonicenses, bem como a igreja atual, que vale a pena confiar e
esperar a volta do Senhor.
SÍNTESE
DO TÓPICO II
A
volta de Cristo se dará em duas fases: primeira, somente para os santos;
segunda, para todos os homens.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“A Bíblia indica dois aspectos da Segunda Vinda de Cristo. Por um
lado, Ele virá como Preservador, Libertador ou Protetor ‘da ira vindoura’ (1 Ts
1.10). ‘Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por
ele salvos da ira’ (Rm 5.9). Devemos manter-nos espiritualmente vigilantes,
viver a vida sóbria, equilibrada com domínio próprio, e usar a armadura do
Evangelho: a fé, o amor e a esperança da salvação, ‘porque Deus não nos
destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação, por nosso Senhor Jesus
Cristo, que morreu por nós, para que, quer vigiemos, quer durmamos, vivamos
juntamente com ele. Pelo que exortai-vos uns aos outros e edificai-vos uns aos
outros’ (1 Ts 5.9-11).
[...] Por outro lado, a justiça de Deus será vindicada ‘quando se
manifestar o Senhor Jesus desde o céu, com os anjos do seu poder, como labareda
de fogo, tomando vingança dos que não conhecem a Deus e dos que não obedecem ao
evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo... quando vier para ser glorificado nos
seus santos e para se fazer admirável, naquele dia, em todos os que creem’ (2
Ts 1.7,8,10)” (Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de
Janeiro: CPAD, 2006, pp.632,33).
CONHEÇA MAIS
*Sobre as Duas Fases da Segunda Vinda
“Arrebatamento.
[Se dará] nos ares, Cristo vem para aqueles que lhe pertencem.
Manifestação
Gloriosa. Cristo vem à terra com aqueles que lhe pertencem.” Para ler mais,
consulte a Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica, editada pela CPAD, p.415
III
– DOS TEMPOS E DAS ESTAÇÕES ATÉ A VOLTA DO SENHOR
1. Uma atenção à expressão “dos tempos e das
estações”.
Os
termos “tempos e estações” também foram usados pelo Senhor Jesus em seu último
discurso aos seus discípulos, logo depois de sua ressurreição: “Não vos
pertence saber os tempos e as estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio
poder” (At 1.7 - Grifos nosso). Tanto os termos em 1 Tessalonicenses quanto em
Atos dos Apóstolos trazem a noção da iminência da volta do Senhor. Por isso,
devemos viver em vigilância em todo tempo, não procurando adivinhar datas ou
períodos, pois não sabemos o dia nem a hora que o nosso Senhor há de voltar.
2.
Uma dimensão do Espírito; uma dimensão do porvir.
Entretanto,
as Escrituras Sagradas mostram que o derramamento do Espírito Santo em
Pentecoste anuncia os últimos dias (At 1.5; cf. Jl 2.30). Ora, o Espírito na
vida da Igreja é um anúncio de que brevemente o Senhor Jesus voltará. Não por
acaso, em Atos 1.11 há esta gloriosa promessa: “Varões galileus, por que estais
olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido no céu, há de vir
assim como para o céu o viste ir”.
3.
Espírito e Porvir: temas da nossa pregação.
Como
pentecostais clássicos, a promessa do Batismo no Espírito Santo com evidência
de falar em línguas deve estar em nossos lábios. Preguemos sobre isso,
estimulemos a igreja a buscar essa promessa. Todavia, a promessa da bendita
esperança deve estar em nossa proclamação. Não deixemos de dizer: Jesus em
breve voltará. A Igreja de Cristo nasceu no fogo e debaixo da promessa de sua
volta (At 1.8,11).
SÍNTESE
DO TÓPICO III
A
mensagem pentecostal traz consigo o poder do Espírito e a esperança no porvir.
SUBSÍDIO
TEOLÓGICO
“O desejo do apóstolo Paulo não era estar com Abraão, mas, sim, com
o Senhor. Indicou que tão logo se ausentasse do corpo (ao morrer), estaria
presente com o Senhor (2 Co 5.6-9; Fp 1.23). Essa foi a promessa de Jesus ao
ladrão moribundo na cruz: ‘Em verdade te digo que hoje estarás comigo no
Paraíso’ (Lc 23.43). Numa visão, Paulo foi arrebatado ao terceiro céu, que
também chama de Paraíso (2 Co 12.1-5). Jesus diz que se trata de um lugar
preparado, onde há bastante espaço (Jo 14.2). É um lugar de grande alegria, de
comunhão com Cristo e com os irmãos na fé, que ressoa adorações e cânticos (Ap
4.10,11; 5.8-14; 14.2,3; 15.2-4).
[...] Paulo ansiava pelo corpo ressurreto que será imortal, que não
estará sujeito à morte nem à decadência” (Teologia Sistemática: Uma Perspectiva
Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p.622).
CONCLUSÃO
A
bendita esperança de Paulo deve ser a nossa. Ao longo do ministério do apóstolo,
somos estimulados a viver no Espírito e, ao mesmo tempo, em vigilância,
preparando-nos para o encontro com o nosso Senhor. Que vivamos no Espírito,
aguardando a bendita esperança. O Senhor Jesus pode voltar a qualquer momento
para arrebatar a sua Noiva. Andemos, pois, no Espírito.
PARA
REFLETIR
A
respeito de “A Gloriosa Esperança do Apóstolo”, responda:
Como
o apóstolo via o seu martírio iminente?
O
apóstolo via o seu martírio iminente como uma oferta apresentada sobre o altar
do sacrifício.
Que
combate devemos combater?
Resposta
pessoal.
Qual
assunto é tratado nos capítulos 4 e 5 de 1 Tessalonicenses?
O
capítulo 5 é a continuidade acerca do assunto da parousia, ou seja, a volta do
nosso Senhor, iniciado no capítulo 4.
A
Igreja passará pela Grande Tribulação?
Não
passaremos pelo período do juízo divino, denominado de a Grande Tribulação. A
Igreja de nosso Senhor será retirada antes do período de derramamento do santo
juízo.
O
que as Escrituras mostram sobre a relação do Batismo no Espírito Santo com os
últimos dias?
As
Escrituras Sagradas mostram que o derramamento do Espírito Santo em Pentecoste
anuncia os últimos dias (At 1.5; cf. Jl 2.30).