Os dons espirituais soo ferramentas indispensáveis para que os crentes possam desenvolver seu papel como “sal da terra" e “luz do mundo"!
APROFUNDE SEU CONHECIMENTO, VEJA:
Lição 1: E deu dons aos homens
Lição 2: O propósito dos Dons Espirituais
Lição 6: O Ministério de Apóstolo
Lição 7: O Ministério de Profeta
Lição 8: O Ministério de Evangelista
Lição 9: O Ministério de Pastor
Lição 10: O Ministério de Mestre ou
Doutor
Lição 11: O Presbítero, Bispo ou
Ancião
Lição 13: A multiforme Sabedoria de
Deus
1. A
IMPORTÂNCIA DOS DONS DE DEUS
As
"portas do inferno" estão cada vez mais agressivas contra a
Igreja de Jesus Cristo. Em seu aspecto organizacional, a Igreja
materializa-se nas diversas igrejas ou denominações que adotam a fé cristã. Se
uma igreja não demonstra ter em seu seio a operação dos dons espirituais e dos
dons ministeriais em sua expressão genuína, acaba tornando-se apenas "uma
organização religiosa sem fins econômicos", como reza a legislação que
trata da natureza jurídica das organizações religiosas.
Assim,
os dons espirituais são ferramentas indispensáveis para que os crentes possam
desenvolver seu papel, como "sal da terra" e "luz do mundo"
(Mt 5.13-14). O falar línguas, a interpretação de línguas, a profecia, a
sabedoria divina, os dons de curar, os milagres, o discernimento dos espíritos
e outros dons são indispensáveis para que a pregação do Evangelho e a razão de
ser da Igreja seja relevante em um mundo relativista, secularista e
materialista. Só o poder de Deus suplanta as "portas do inferno".
Os
dons ministeriais de pastor, evangelista, profeta e
de mestre ou doutor podem e devem ser valorizados nas igrejas cristãs.
O que não se deve é aceitar as cavilações vaidosas dos que entendem que ser
"apóstolo" é ser maior que "bispo"; e
"bispo" é maior que "pastor" ou presbítero. Os
obreiros precisam entrar na escola da "bacia e da toalha",
exemplificada por Jesus (Jo 13.4-5). Ninguém é maior que ninguém na igreja de
Cristo. Aliás, Jesus disse que "o primeiro será servo de todos";
"quem quiser ser grande será vosso serviçal [diakonos]... "o
primeiro será servo de todos. Porque o Filho do Homem também não veio para ser
servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos" (Mc
10.41-45). Muitos líderes precisam calçar as sandálias do humilde galileu.
2.
A MULTIFORME SABEDORIA DE DEUS
Diz
Paulo aos efésios: "A mim, o mínimo de todos os santos, me foi dada esta
graça de anunciar entre os gentios, por meio do evangelho, as riquezas
incompreensíveis de Cristo e demonstrar a todos qual seja a dispensação do
mistério, que, desde os séculos, esteve oculto em Deus, que tudo criou; para
que, agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos
principados e potestades nos céus" (Ef 3.1-5; 8-10). E ainda: "Mas
falamos a sabedoria de Deus, oculta em mistério, a qual Deus ordenou antes dos
séculos para nossa glória" (1 Co 2.7).
Essa
"multiforme sabedoria de Deus", esse "mistério manifestado pela
revelação" e essa "sabedoria oculta em mistério" não podem ser
conhecidos através de formulações teológicas. Só podem ser conhecidos através
de manifestações sobrenaturais da parte de Deus ou através dos dons de Deus.
Somente com o resgate da busca pelos "melhores dons" é que as igrejas
poderão sobreviver num mundo tenebroso, em que as trevas satânicas a cada dia
tomam conta das estruturas das nações.
3.
DESPENSEIROS DE DEUS
O
apóstolo Pedro exorta os destinatários da sua Primeira Carta quanto à iminente
Vinda de Jesus, fazendo solene advertência sobre como os cristãos devem
comportar-se: "Como bons despenseiros da multiforme graça de Deus" (1
Pe 4.10). A Igreja, e principalmente os obreiros, devem ter a consciência de
que são despenseiros de Deus. E deles exigem-se algumas qualidades
fundamentais.
3.1.
Sobriedade de vigilância
Os
dons de Deus devem ser exercidos com simplicidade e vigilância. Todos os
cristãos devem ser despenseiros de Deus. Devem guardar a sobriedade e a
vigilância, em oração (1 Pe 4.7). O adversário anda como leão, buscando
destruir vidas preciosas. O que administra o rebanho de Deus deve saber retirar
da "despensa" de Deus o melhor alimento. E vigiar por suas vidas.
Pedro dá a seguinte advertência em sua Primeira Carta: "Sede sóbrios,
vigiai, porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão,
buscando a quem possa tragar" (1 Pe 5.8; Mt 26.41).
3.
2. Amor cristão
Os
dons de Deus devem ser cultivados em amor. Todo crente fiel deve ser
despenseiro de Deus. No caso do obreiro, pastor, dirigente ou líder de uma
igreja, ele pastoreia ovelhas que não são suas. Como despenseiro da graça de
Deus, o obreiro deve demonstrar amor em todas as ocasiões, no trato com todo o
tipo de ovelha. Em qualquer situação, o despenseiro deve ter amor. Isso é
característica do verdadeiro discípulo de Jesus (Jo 13.34-35). O obreiro deve
buscar e desenvolver o uso dos dons, de modo sincero e amoroso.
3.
3. Hospitalidade
Os dons de Deus devem ser vividos com hospitalidade. Todo crente deve ter hospitalidade para com "os outros, sem murmurações" (1 Pe 4.9); "Não vos esqueçais da hospitalidade, porque, por ela, alguns, não o sabendo, hospedaram anjos" (Hb 13.2). Há quem faça acepção de pessoas, discriminando os mais humildes ou menos favorecidos na vida humana. Essa não é atitude do despenseiro da casa de Deus. É pecado (Dt 16.19; Tg 2.9). Esse deve ser sempre atencioso com todos, ajudando-os em suas necessidades espirituais emocionais e físicas, dentro de suas possibilidades.
4.
FIDELIDADE
Os
dons de Deus fazem parte dos "mistérios de Deus". Escrevendo aos
coríntios, Paulo ensina que devemos ser vistos pelos homens, todos os crentes,
como "ministros de Cristo e despenseiros dos mistérios de Deus" (1Co
4.1).
A
Bíblia nos declara o que significa esse mistério, "... aos quais Deus quis
fazer conhecer quais são as riquezas da glória deste mistério entre os gentios,
que é Cristo em vós, esperança da glória" (Cl 1.26- 27). Aí, temos "o
mistério" revelado: "Cristo em vós, esperança da glória"! Esse
mistério foi revelado "para que, agora, pela igreja, a multiforme
sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus"
(Ef 3.10)?
Artigo:
Pr. Elinaldo Renovato