O que é “Fiz-me como fraco?”

“Uma vez que Paulo diz que fez de tudo para levar a Salvação a alguns (1 Co 9.19-23), todos os métodos são lícitos na evangelização?”

 

Em 1 Coríntios 6.12, apóstolo Paulo diz: “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas me convêm”. Aqui, ele demonstra prudência quanto ao procedimento.

 

O “fiz-me de tudo” de Paulo não deve ser generalizado. Essa expressão fala do respeito às pessoas. Ele não impunha aos gregos, por exemplo, a circuncisão da Lei. Tito foi um desses gregos. Provável filho na fé de Paulo (Tt 1.4), não foi constrangido a esse rito (Gl 2.3). Neste caso, o apóstolo fez-se gentio com ele.

 

A interpretação é o carro-chefe da verdade. Se ela falha, adeus edificação sólida. Sem entendimento, o comboio do bem cai no abismo. Não basta só a leitura. Estudar é preciso. Biblicamente, então, é preciso mais: o discernimento do Espírito.

  

Aliás, Deus sempre se preocupou com isso. Ele inspirou a Pedro: “Como também nosso amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada; falando disto em todas as suas cartas, entre as quais há pontos difíceis de entender, que ignorantes e instáveis deturpam, como também deturpam as demais Escrituras, para a própria perdição deles”, 2Pd 3.15-16.

 

Certa vez, vi um crente, ao ser advertido, apelar: “Ora, faço-me como tolo para ganhar os tolos! Paulo não agia assim?” Esse “irmão” não era fácil. Aprontava. Fingia-se doente. Boca-suja. Olhar malicioso. Mulherengo, dava de cotovelo: “Olha, que mulheraça!”, dizia, mesmo entre os crentes. Mas, em sua igreja (sabe-se lá como), ele tinha crédito. Tocava violão e cantava. Pregava também. Texto preferido? 1 Coríntios 9.19-23. O versículo 22, principalmente: “Fiz-me como fraco para os fracos, para ganhar os fracos...”.

 

Ora, 0 “Fiz-me como fraco de Paulo não é ser como ou imitar. É ser sábio para com o pecador. Igual a ele, nunca! Porventura, é preciso drogar-se para ganhar o viciado? Ou se prostituir, para salvar o adúltero? Ou namorar o incrédulo, para convertê-lo? Claro que não!

 

Aliás, o próprio Paulo disse: “Mas agora vos escrevi que não vos associeis com aquele que, dizendo-se irmão, for devasso, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou ladrão; com o tal nem ainda comais”, 1 Co 5.11.


Viu? Cristão não age como pecador. De jeito nenhum. Fora com a heresia!


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Artigo: PR. Vilmar Salema de Oliveira