Enfocarei duas maneiras primárias em que uma seita pode ser
definida, ou seja, a definição sociológica e a teológica.
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Como abordar os adeptos das seitas?
1) DEFINIÇÃO SOCIÓLOGA
Em primeiro lugar, pode ser definida por uma perspectiva sociológica. De acordo com o sociólogo J. Milton Yinger, “o termo é usado de muitos modos diferentes, normalmente com as seguintes conotações: dimensão reduzida, busca por alguma experiência mística, falta de estrutura organizacional e a presença dum líder carismático”.' Em sua maior parte, os sociólogos têm tentado evitar tons negativos em suas descrições de seita.
2) DEFINIÇÃO TEOLÓGICA
A segunda forma de definir uma seita é mediante a perspectiva teológica. Neste sentido, uma seita é considerada um grupo pseudocristão. Como tal, a seita reivindica ser cristã, mas nega uma ou mais das doutrinas essenciais do cristianismo histórico; essas doutrinas enfocam questões como o significado da fé, a natureza de Deus, a pessoa e a obra de Jesus Cristo. O professor Gordon Lewis, do Seminário Denver, assim sumariou uma seita, afirmando que é:
📖Qualquer movimento religioso que
reivindica o apoio de Cristo ou da Bíblia, mas distorce a mensagem central do
cristianismo mediante (1) alguma revelação adicional, e
(2) deslocando alguma doutrina fundamental da fé em virtude duma questão secundária.
3) OUTRA DEFINIÇÃO
O fundador do Instituto Cristão de Pesquisas (nos EUA), Walter Martin, acrescentou que “uma seita também pode ser definida como um grupo de pessoas reunido em tomo duma pessoa específica ou da má representação dum personagem bíblico”. Dum ponto de vista teológico, a concepção de seita inclui organizações como a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, a Worldwide Church of God, a Sociedade Torre de Vigia e a Igreja da Ciência Religiosa.
4) CARACTERÍSTICA PRIMÁRIA DAS SEITAS
Uma característica primária das seitas em geral consiste em tirar textos bíblicos de seus contextos, criando pretextos em favor de suas perversões teológicas.
Em adição a isso, as seitas têm se apropriado, e de forma bem criativa, da terminologia cristã, ao mesmo tempo que derramam seus próprios significados nas palavras.
Para
exemplificar, apesar de que praticamente todas elas pregam e louvam o nome de
“Jesus”, seu Jesus é ridiculamente diferente do Jesus da fé cristã histórica. E
como o próprio Jesus Cristo colocou a questão; a verdadeira prova de fogo é:
“Mas vós, continuou ele, quem dizeis que eu sou?” (Mt 16.15 - ARA).
CONCLUSÃO
Os mórmons respondem a essa pergunta dizendo que Jesus é meramente o espírito irmão de Lúcifer.
As Testemunhas de Jeová asseveram que Jesus é o Arcanjo Miguel.
Os seguidores da Nova Era com frequência referem-se a Jesus como um avatar ou mensageiro místico.
💻 Adaptação: www.subsidiosdominical.com
📚 Referência: HANEGRAAFF, Hanh. Cristianismo em Crise. Um câncer está devorando a Igreja de Cristo. Ele tem de ser extirpado! Ed. 2015 - CPAD