Subsídio bíblico para a Lição dos
Adultos (CPAD). Lição: 3 | 2° Trimestre de 2020 | Peça a Continuação deste Subsídio - Acesse
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Texto
Áureo
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Leitura
Bíblica Indicada
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Como também nos elegeu nele antes da fundação
do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em caridade,
e nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo,
segundo o beneplácito de sua vontade (Ef 1.4,5).
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Ef
1.4-12
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O Pastor e
Escritor Silas Daniel, destaca que “dois erros têm se tornado bastante
populares sobre o assunto. O primeiro e mais comum é o erro de confundir
eleição com predestinação, como se fossem uma e a mesma coisa, quando, na
verdade, são duas coisas completamente diferentes, embora intimamente ligadas.
O segundo grande erro é a crença popular de que a predestinação envolve dois
lados, um de salvação e outro de condenação, quando a Bíblia não fala em canto
algum sobre predestinação dupla. Ela só fala de predestinação em um sentido: em
relação aos salvos em Cristo.
A palavra
grega traduzida por “predestinar” (proorizõ) só aparece seis vezes no
Novo Testamento, e nunca relacionada à condenação. Logo, a predestinação não é
dupla, mas apenas relativa àqueles que são salvos em Cristo”. [1]
1. A
Predestinação Definida por Calvino.
Calvino
define a Doutrina da Predestinação, dizendo: “Chamamos predestinação ao eterno
decreto de Deus pelo qual houve em si [por] determinado quê acerca de cada
homem quisesse acontecer. Pois, não são criados todos em igual condição; pelo
contrário, a uns é preordenada a vida eterna, a outros a eterna danação.
Portanto, como criado foi cada qual para um ou outro [desses dois] fins, assim
[o] dizemos predestinados ou para a vida, ou para a morte” (As Institutas,
III.21.5). [2]
2.
Diferenciando eleição de predestinação. [3]
O pastor
Silas Daniel destaca que:
Eleição
significa escolha, enquanto predestinação tem a ver com o fim dado aos
escolhidos. Eleição é o ato pelo qual Deus escolhe homens para si mesmo;
predestinação é o ato determinativo de Deus quanto ao destino dos que Ele
escolheu.
Eleição é a
escolha graciosa de Deus daqueles que estão em Cristo para formarem o seu povo
(Ef 1.4; 1Pe 2.9,10); predestinação é o propósito determinado por Deus desde a
eternidade para esse povo.
b) Objetivos
da Predestinação.
A
predestinação tem três objetivos. Os salvos em Cristo são predestinados,
conforme o texto sagrado, a:
1) Serem filhos
por adoção por Jesus Cristo (Ef 1.5);
2) Serem
coerdeiros com Cristo (Ef 1.11);
3) Serem
conforme a imagem de Cristo (Rm 8.29).
Como podemos
ver, predestinação, à luz da Bíblia, não tem por objeto a fé (não define se
alguém vai crer ou não) e não tem a ver com lugar, mas com ser. Trata-se da
definição divina daquilo em que aqueles que estão em Cristo se tornarão ao
final.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
O verbo
“predestinar” (proorizo)
Ocorre seis vezes no Novo Testamento, uma vez em Atos (4.28) e nas outras
cartas de Paulo (Rm 8.29,30; l Co2.7; Ef 1.5,11). Esse verbo significa “decidir
antecipadamente” e se aplica ao propósito de Deus compreendido pela eleição. A
eleição é Deus escolhendo “em Cristo” um povo para si mesmo, e a predestinação
diz respeito ao que Deus planejou, antecipadamente, fazer com aqueles que foram
escolhidos. Dessa forma, a questão da predestinação não significa Deus
decidindo antecipadamente quem será salvo ou não, mas decidindo antecipadamente
o que planeja que os eleitos, em Cristo, sejam ou venham a ser. Deus
predestinou como os eleitos (isto é, aqueles que estão sendo salvos em Cristo)
deveriam ser: em primeiro lugar, conforme a semelhança de seu Filho (Rm 8.29) e
em seguida serem chamados (Rm 8.30), justificados (Rm 8.30), glorificados (Rm
8.30), santos e irrepreensíveis (Ef 1.4), adotados como seus filhos (Ef 1.5),
redimidos (Ef 1.7), para o louvor de sua glória (1.11,12), aqueles que
receberiam o Espírito Santo (Ef 1.13), destinatários de uma herança (Ef 1.14) e
serem criados para realizar as boas obras (Ef 2.10). [Comentário Bíblico
Pentecostal – Novo Testamento, CPAD]
3. Para que
são a Predestinação e a Eleição?
O pastor
Silas Daniel pontua que:
“A
predestinação e a eleição se dão com base na presciência divina. Logo, você não
é salvo porque foi eleito; você é eleito porque foi salvo em Cristo. A Bíblia
sempre fala de eleição à vida eterna “em Cristo”.
A Epístola
de Paulo aos Efésios, que é a que mais fala em predestinação, mostra exatamente
isso. [...] se queremos entender bem Efésios, devemos atentar para a
palavra-chave dessa epístola, a chave hermenêutica de Efésios: “Em Cristo”.
Ora, mais de
uma vez é dito em Efésios 1 que a eleição ocorre “em Cristo”. Ou seja, a
eleição e a predestinação não são para estar em Cristo. Elas são para os
que estão em Cristo.
Para aqueles
que estão “em Cristo” estão destinadas desde a fundação do mundo todas aquelas
bênçãos listadas em Efésios 1, 2 e 3; e a quem não quiser estar em Cristo, está
destinada a perdição. Se você estiver nEle, Seu destino é o Céu; se não estiver
nEle, o Inferno. O critério é estar nEle (Rm 8.1 – ARC; Jo 3.16-18, grifo
nosso).
Como afirma
Paulo, Deus nos elegeu “para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dEle”
(Ef 1.4), mas Cristo só vai “vos apresentar santos, e irrepreensíveis, e
inculpáveis, se, na verdade, permanecerdes fundados e firmes na fé e não vos
moverdes da esperança do Evangelho” (Cl 1.22,23). Está claro: a eleição é
condicional. E qual a condição? Estar em Cristo: “...nos elegeu nEle...” (Ef
1.4).
4. Os
Eleitos.
Aqueles que
respondem ao evangelho em fé são designados os eleitos, os escolhidos, ou a
ecclesia (“os chamados para fora”). Eles são a igreja.
A eleição ou escolha de Deus não é
arbitrária, de forma que alguns sejam destinados à
salvação e outros à perdição, sem levar em conta a disposição de cada
indivíduo. O âmbito da salvação é a todos os homens, como a Bíblia copiosamente
declara (Jo 3.16; Rm 10.13). Os eleitos são constituídos, não por decreto
absoluto, mas por aceitação das condições do chamado de Deus. Fazendo um
comentário sobre esta frase aos efésios, Wesley afirma que os eleitos são “judeus
e gentios, a quem ele previu que creriam em Cristo (1 Pe 1.2)”.
5.
A teoria de Armínio sobre a predestinação expressa em quatro decretos.[4]
Decreto
1:
"Deus
determinou constituir a seu Filho, Jesus Cristo... para destruir o pecado pela
Sua própria morte." Cristo é o Escolhido. As pessoas não são eleitas
individualmente para salvação, porém é Cristo quem foi nomeado como o único
Salvador dos homens. O caminho da salvação está predestinado.
Decreto
2:
Deus
tem determinado que, lodos aqueles que se arrependem e creem, sejam recebidos
ao favor de Deus. A maior ênfase está "em Cristo”. Por Sua causa e por
Ele, a salvação se assegura aos que perseveram.
Decreto
3:
Deus
tem designado os meios (o poder) pelos quais pode alcançar Seu propósito. A
graça tinha de ser dada a todos os homens, sendo possível a qualquer deles
voltar e confiar em Cristo, Esta é a graça preveniente, que mantém os seres
humanos com capacidade para serem salvos. Por esta graça, os homens recebem
poder para crer. A capacidade provém de Deus, porem o ato de crer deve ser ação
própria do homem.
Decreto
4:
Deus
predestina com base no pré-conhecimento divino. Ele sabe quem são os que vão ou
não crer e predestina em conformidade.
6. A Eleição do Pai em Cristo (Ef 1.3,4).[5]
“Ele [Deus] nos escolheu”, ou “Ele nos
elegeu”. A palavra eleição vem do termo (eklego) que significa
“escolha”: “Deus nos abençoou com todas as bênçãos espirituais através de sua
escolha eletiva”.
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[1]
DANIEL, Silas. Arminianismo – A Mecânica da Salvação: Uma exposição Histórica,
Doutrinária e Exegética sobre a Graça de Deus e A Responsabilidade Humana.
Edição de 2017, Rio de Janeiro, CPAD.
[2]
GIRARDEAU, John L. Calvinismo e Arminianismo Evangélico: comparados quanto à
eleição, reprovação, justificação e doutrinas correlatas, 1ª edição de 2011
Editora Primícias Ltda.
[3]
DANIEL, Silas. Arminianismo – A Mecânica da Salvação: Uma exposição Histórica,
Doutrinária e Exegética sobre a Graça de Deus e a Responsabilidade Humana.
Edição de 2017, Rio de Janeiro, CPAD.
[4]
WYNKOOP, Mildred Bangs. Fundamentos da Teologia Arminiano Wesleyana. 1ª edição
de 2004. Casa Nazarena de Publicações no Brasil.
[5]
Comentário Bíblico Pentecostal – Novo Testamento, CPAD