Trimestre: 2° de 2020 | Revista: Professor | Lições Bíblicas de Jovens, CPAD – Aula: 28/06/2020
TEXTO DO DIA
"Serviu, pois, Israel ao SENHOR todos os dias
de Josué e todos os dias dos anciãos que ainda viveram muito depois de Josué e
que sabiam toda a obra que o SENHOR tinha feito a Israel." (Js 24.31)
SÍNTESE
Deus é fiel, embora sejamos infiéis e, por isso,
Israel continua sendo alvo do seu terno amor e
cuidado.
Agenda de leitura
SEGUNDA - Gn 6.18
A aliança de Deus com a família de
Noé
TERÇA - Gn 12.1-9
A aliança de Deus com Abraão
QUARTA - Lv 26.42
A aliança de Deus com os patriarcas
QUINTA - Êx 34.10
A aliança de Deus com Moisés
SEXTA - Js 24.14-25
A aliança de Deus com Josué
SÁBADO - Hb 7.22; 8.6
Jesus, o fiador de uma melhor
aliança
Objetivos
I - MOSTRAR como aconteceu a assembleia de despedida e o
discurso de Josué, em Siló;
II - COMPREENDER como aconteceu
a assembleia perante Deus, em Siquém, os pontos do discurso profético, a
renovação da aliança e o fim de um ciclo histórico;
III - APRENDER acerca da
história recente de Israel, seu ressurgimento como Estado, conflitos
perspectivas.
Interação
Chegamos ao final do segundo trimestre de
2020! A nova lição, que começa semana que vem, apresenta enorme potencial para
o crescimento espiritual de sua classe, por isso, "esmere-se no
ensino" (Rm 12.7), investindo, antes de cada aula, horas de estudo e
oração. Com isso, você continuará aprendendo de Deus, o qual lhe abrirá a porta
da revelação do ensino. Converse com seus alunos, agradeça-lhes por estarem
presentes ao longo do trimestre e estimule-os a permanecerem firmes no
propósito de crescerem na graça e no conhecimento do Senhor Jesus, missão
principal da Escola Dominical. Possivelmente você sentirá a falta de alguns
alunos, mas não desanime, vá em busca dos que se perderam pelo caminho, pois
eles também são muito preciosos.
Orientação Pedagógica
Estimado (a) professor (a), a atividade
pedagógica indispensável para a ministração de hoje será direcionada para a
situação atual do Estado de Israel, albergando, por óbvio, o conflito milenar
presente naquela região. Antes, porém, de mencionar os conflitos diplomáticos
pendentes e os bélicos sempre iminentes, mister comparar o perfil
socioeconômico da população de Israel e a dos países vizinhos. As lições
estudadas nesta revista, certamente, abalizarão o debate dos dois grupos (um
pró e outro contra) sobre se é justo ou não Israel ser o proprietário de todo o
território de Canaã. É preciso que você providencie um mapa que identifique os
países que hoje estão ocupando a Terra Prometida. Essa atividade não deve
demorar mais que 10 ou 15 minutos.
Texto bíblico
Josué 24.14-21
14 Agora,
pois, temei ao SENHOR, e servi-o com sinceridade e com verdade, e deitai fora
os deuses aos quais serviram vossos pais dalém do rio e no Egito, e servi ao
SENHOR.
15 Porém,
se vos parece mal aos vossos olhos servir ao SENHOR, escolhei hoje a quem sirvais:
se os deuses a quem serviram vossos pais, que estavam dalém do rio, ou os
deuses dos amorreus, em cuja terra habitais; porém eu e a minha casa serviremos
ao SENHOR.
16 Então,
respondeu o povo e disse: Nunca nos aconteça que deixemos o SENHOR para servirmos
a outros deuses;
17 porque
o SENHOR é o nosso Deus; ele é o que nos fez subir, a nós e a nossos pais, da
terra do Egito, da casa da servidão, e o que tem feito estes grandes sinais aos
nossos olhos, e nos guardou por todo o caminho que andamos e entre todos os
povos pelo meio dos quais passamos.
18 E o
SENHOR expeliu de diante de nós a todas estas gentes, até ao amorreu, morador
da terra; também nós serviremos ao SENHOR, porquanto é nosso Deus.
19 Então,
Josué disse ao povo: Não podereis servir ao SENHOR, porquanto é Deus santo, é
Deus zeloso, que não perdoará a vossa transgressão nem os vossos pecados.
20 Se
deixardes o SENHOR e servirdes a deuses estranhos, então, se tornará, e vos
fará mal, e vos consumirá, depois de vos fazer bem.
21 Então,
disse o povo a Josué: Não; antes, ao SENHOR serviremos.
INTRODUÇÃO
Depois de um tempo de paz vividos desde a divisão
da terra, Josué convocou o povo para duas assembleias: A primeira ocorreu,
possivelmente, em Siló, para uma despedida, onde exortou o povo para que não
desistissem de possuir o restante da Terra Prometida e continuassem a servir ao
Senhor (Js 23). A segunda ocorreu em Siquém, quando depois de entregar uma
mensagem profética, Josué propôs que renovassem o concerto com o Senhor (Js
24). Nas duas ocasiões podemos ver um tom saudosista na seguinte frase: "E
eis aqui eu vou, hoje, pelo caminho de toda a terra" (Js 23.14). Josué se
despede do seu povo e faz uma exortação: "Agora, pois, deitai fora aos
deuses estranhos que há no meio de vós: e inclinai o vosso coração ao SENHOR,
Deus de Israel" (Js 24.23). Então, o povo renovou a aliança com Deus, para
em seguida sepultar Josué, marcando o fim de uma era de muitas batalhas e
conquistas.
I - JOSUÉ REÚNE O POVO EM SILÓ
1. Josué reúne o povo em Siló.
Josué se reúne com o povo e lembra a todos que ele
já estava idoso e que não poderia mais os liderar e que sua partida para a
Canaã celestial estava próxima. Reconhecer a hora certa de começar e o momento
de encerrar um ministério demonstra sabedoria e intimidade com Deus, qualidades
que todo líder deve ter.
2. Josué faz um discurso contundente.
Josué, num ato de amor e zelo, exortou os hebreus e
os aconselhou a respeito das escolhas que deveriam fazer quando de sua
ausência. O bom líder sempre têm a visão dos dias futuros. No seu discurso,
Josué utilizou, no início, a mesma força vernacular que o Senhor lhe disse
quando do seu chamado: Esforçai-vos (Js 23.6)! Havia inimigos ao redor e outras
terras para serem conquistadas. Depois, Josué também os advertiu para que
guardassem os mandamentos e amassem ao Senhor, decisões indispensáveis para um
viver próspero e feliz. Por fim, advertiu que não aceitassem casamentos mistos.
Deus ama tanto os seus filhos que sempre os alerta, para que não sofram as
consequências da desobediência.
3. A justiça de Deus é implacável.
No fim do discurso, Josué os lembrou de que como
"nem uma só palavra caiu de todas as boas palavras que falou de vós o
SENHOR, vosso Deus; todas vos sobrevieram, nem delas caiu uma só palavra"
(Js 23.14). Aquele que pretende servir ao Senhor não deve acreditar, nunca, que
sua contumaz infidelidade passará sem o castigo divino. Deus é longânimo e
misericordioso, mas não injusto. O pecado tem um preço certo: A morte (Rm
6.23).
Pense!
Por que Josué advertiu Israel sobre os tempos
vindouros, se ele estava tão perto de morrer?
Ponto Importante
Os líderes que agem com excelência sempre têm a
visão dos dias futuros.
II - A DESPEDIDA DE UM LÍDER
1. A aliança é renovada.
Josué marcou outra assembleia, agora não mais para
fazer um discurso de despedida, mas para trazer uma palavra profética:
"Assim diz o SENHOR, Deus de Israel [...]" (Js 24.2). Então, Josué
narrou a história do povo hebreu a partir de Abraão, passando pelas trajetórias
de Isaque, Jacó, Moisés e Arão, bem como lembrando os grandes feitos, desde as
pragas no Egito até a expulsão dos cananeus, sempre reforçando o fato de que
foi o Senhor quem concedeu todas as vitórias aos hebreus (Js 24.2-13).
2. O memorial.
Concluída a profecia, Josué conclamou o povo a
servir ao Senhor, como ele e sua casa o fariam (Js 24.15). O povo aceitou, de
bom grado, a proposta dele, renovando a aliança com o Senhor. Diante disso,
Josué escreveu o pacto "no livro da Lei de Deus; e tomou uma grande pedra
e a erigiu ali debaixo do carvalho que estava junto ao santuário do
SENHOR" (Js 24.26).
Os homens, com frequência, esquecem os compromissos
morais e espirituais firmados, mas o Senhor nunca se esquece, pois nossas
palavras ficam gravadas perpetuamente perante Deus. Josué marcou esse momento
solene ao erigir, debaixo de um carvalho, uma grande pedra, dizendo que ela
serviria para prestar testemunho (Js
24.27).
3. Josué e Eleazar morrem.
A morte de Josué, o enterro dos ossos de José e o
falecimento do sacerdote Eleazar (Js 24.29-33), põem fim ao livro de Josué
encerrando, de forma magnânima, um ciclo áureo de muitas batalhas e conquistas.
Pense!
Por qual razão Josué erigiu uma pedra, debaixo de
uma árvore?
Ponto Importante
Os homens de Israel, com frequência, esqueciam os
compromissos morais e espirituais firmados perante o Senhor, por isso Josué fez
um memorial.
III - UM SALTO PARA O FUTURO
1. O renascimento de uma nação.
No fim do século XIX surgiu um movimento
político-nacionalista chamado Sionismo, que, pregava a volta do povo hebreu à
sua terra. Em 1918, com o final da Primeira Guerra Mundial, e o fim do domínio
do Império Otomano, a Palestina passou aos britânicos. A imigração judaica
acelerou nas décadas seguintes, e teve seu auge na Europa, a partir de 1930 e
1940, pela perseguição nazista. Diante disso, os árabes da região promoveram
conflitos violentos contra o retorno dos judeus à Terra Santa. Em 1947, porém,
finda a Segunda Guerra Mundial, a ONU, numa sessão histórica, presidida pelo
brasileiro Osvaldo Aranha, que deu o voto de minerva, aprovou a criação de dois
Estados independentes: Israel e a Palestina. Os judeus aceitaram a divisão
proposta, mas as lideranças palestinas e árabes não. David Ben Gurion, em 14 de
maio de 1948, declarou a independência do Estado de Israel.
2. Guerras e conquistas.
No dia 15 de maio de 1948, Egito, Síria, Líbano,
Jordânia e Iraque atacaram Israel, mas foram derrotados. Os descendentes de
Jacó dominaram, além do seu território, mais da metade da área que pertencia ao
Estado árabe. O Faraó egípcio e Herodes queriam matar os bebês hebreus e, aqui,
os povos árabes tencionavam destruir uma nação de apenas um dia de existência,
porém Deus, mais uma vez, guardou seus filhos.
A imigração dos judeus continuou forte e, em 1964,
como contraponto, com o apoio da Liga Árabe, foi fundada a Organização para a
Libertação da Palestina - OLP, sob o comando de Yasser Arafat. Em 1967, eclodiu
a "Guerra dos Seis Dias", quando Egito, Síria e Jordânia atacaram
Israel, o qual, mais uma vez, sagrou-se vitorioso, acrescentando novos
territórios.
Em 1973 Egito e Síria guerrearam contra Israel, mas
o Altíssimo deu aos hebreus outra grande vitória. Em 1979, Menachem Begin,
Primeiro Ministro de Israel, assinou um tratado de paz com o Egito, quando
devolveu a Península do Sinai. O clima de tensão, porém, continuava aceso na
Palestina e, quando Israel contra-atacou e ocupou, em 1982, uma das bases que
eram usadas para lançamento de foguetes, pela OLP, contra o Estado Sionista, no
Sul do Líbano, o Irã financiou a criação do grupo terrorista xiita Hezbollah.
Observar esses episódios fazem lembrar o seguinte texto profético: "Todos
os teus inimigos abrem a boca contra ti, assobiam e rangem os dentes; dizem:
Devoramo-la […]" (Lm 2.16). O mal sempre buscará razão para perseguir e
destruir os que têm promessas de Deus.
3. Das intifadas até os dias atuais.
Até o momento, já aconteceram sete Intifadas -
palavra árabe que significa agitação, levante, revolta - da população civil da
denominada Palestina contra o Estado de Israel. A primeira deu-se entre 1987 e
1993, terminando por conta do acordo de paz com a OLP, liderada por Arafat,
quando Yitzhak Rabin era o Primeiro Ministro. Entre 2000 e 2005 aconteceu a segunda
Intifada, o que levou Israel, em 2002, sob a liderança de Ariel Sharon, a
construir um muro para proteger seu o território na fronteira com a
Cisjordânia.
Quando menos se espera, surge nessa região mais um
ponto de tensão. Além do milenar desentendimento étnico, por causa dos
conflitos do Século XX, cerca de 700 mil palestinos foram expulsos de suas
casas, os quais se transformaram em refugiados nos países vizinhos. Eles e seus
descendentes, hoje, somam cerca de 7 milhões de pessoas que se sentem injustiçadas,
daí a enorme dificuldade de resolver essas tensões bilaterais antes da volta do
Salvador.
Pense!
Por que Deus continua abençoando Israel, mesmo após
terem rejeitado o Filho de Deus?
Ponto Importante
Deus permanece fiel, embora sejamos infiéis e, por
isso, Israel, desde os primeiros instantes até os dias atuais, continua sendo
alvo do seu terno cuidado.
SUBSÍDIO
"Este livro, que começou com
triunfos, aqui termina com funerais, pelo que toda glória do homem é maculada.
Temos aqui: O sepultamento de José (v. 32). Ele morreu cerca de 200 anos antes,
no Egito, mas deu ordens a respeito dos seus ossos, para que não descansassem
no túmulo até que Israel descansasse na terra da promessa. Os filhos de Israel
tinham levado esse caixão cheio de ossos para fora do Egito, carregando-o em
todas as marchas pelo deserto (é provável que as tribos de Efraim e Manassés
tomassem conta desse caixão). Eles o mantiveram em seu acampamento até que
Canaã foi completamente conquistada. Agora, finalmente, o enterraram num pedaço
de terra que seu pai tinha dado a ele perto de Siquém (Gn 48.22).
Provavelmente, foi nessa ocasião que Josué convocou todos de Israel para
reunir-se em Siquém (v. 1), para participar do sepultamento do caixão de José.
De modo que o sermão desse capítulo serviu tanto para o sermão do funeral de
José quanto como seu próprio sermão de despedida. E se isso de fato aconteceu,
como se supõe, no último ano de sua vida, a ocasião podia muito bem ter
lembrado de que a sua própria morte estava próxima, porque ele agora tinha
exatamente a mesma idade do seu ilustre predecessor José quando morreu, ou
seja, 110 anos" (HENRY, Matthew. Comentário Bíblico: Antigo Testamento.
Vol. 2, Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p. 89).
CONCLUSÃO
Josué e Eleazar partiram para a Canaã Celeste,
marcando o fim de um ciclo histórico. O futuro traria muitas surpresas, boas e
más, sobre a vida dos hebreus, até os dias atuais, mas Deus nunca perdeu o
controle da história.
HORA DA REVISÃO
1. Segundo a lição, quando surgiu o Movimento
Sionista?
No fim do Século XIX.
2. Qual a data em que David Ben Gurion declarou a
independência do Estado de Israel?
Foi em 14 de maio de 1948.
3. Segundo a lição, qual grupo terrorista foi
criado com o financiamento do Irã, no
Sul do Líbano?
Grupo terrorista xiita Hezbollah.
4. Qual a origem e significado da palavra Intifada?
Palavra árabe que significa agitação, levante,
revolta.
5. Qual medida de proteção que Israel tomou durante
a segunda Intifada, que durou entre 2000 e 2005?
Israel, em 2002, sob a liderança de Ariel Sharon,
promoveu a construção de um muro para proteger seu o território na fronteira
com a Cisjordânia.
SUGESTÃO DE LEITURA:
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Publicado em Subsídios EBD –
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