Lições Bíblicas do 4° trimestre de 2019 -
CPAD | Classe: Adultos | Data da Aula: 10 de Novembro de 2019
TEXTO ÁUREO
“Porque
a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e o porfiar é como iniquidade e
idolatria. Porquanto tu rejeitaste a palavra do SENHOR, ele também te rejeitou
a ti, para que não sejas rei.”
(1
Sm 15.23)
VERDADE
PRÁTICA
Ao
cristão nascido de novo não cabe praticar o pecado da rebeldia, pois fazê-lo é
reviver a velha natureza.
LEITURA
DIÁRIA
Segunda
– Rm 10.21: É sempre perigoso trilhar o caminho da rebeldia
Terça
– 1 Pe 1.23: O pecado da rebeldia não é coisa de quem nasceu
de novo
Quarta
– 1 Co 10.5: Andar na rebeldia é perder os privilégios
divinos
Quinta
– Pv 17.11: Evitemos proceder como os rebeldes
Sexta
– Js 1.8: O cristão deve ter o cuidado de proceder conforme o que
está na Palavra
Sábado
– Sl 40.1: O servo de Deus deve esperar sempre com
paciência
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE
1 Samuel 15.17-28
17 - E disse Samuel: Porventura, sendo tu pequeno aos teus
olhos, não foste por cabeça das tribos de Israel? E o SENHOR te ungiu rei sobre
Israel.
18- E enviou-te o SENHOR a este caminho e disse: Vai, e destrói
totalmente a estes pecadores, os amalequitas, e peleja contra eles, até que os
aniquiles.
19 - Por que, pois, não deste ouvidos à voz do SENHOR? Antes,
voaste ao despojo e fizeste o que era mal aos olhos do SENHOR.
20 - Então, disse Saul a Samuel: Antes, dei ouvidos à voz do
SENHOR e caminhei no caminho pelo qual o SENHOR me enviou; e trouxe a Agague,
rei de Amaleque, e os amalequitas destruí totalmente;
21 - mas o povo tomou do despojo ovelhas e vacas, o melhor do
interdito, para oferecer ao SENHOR, teu Deus, em Gilgal.
22- Porém Samuel disse: Tem, porventura, o SENHOR tanto prazer
em holocaustos e sacrifícios como em que se obedeça à palavra do SENHOR? Eis
que o obedecer é melhor do que o sacrificar; e o atender melhor é do que a
gordura de carneiros.
23 - Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e o
porfiar é como iniquidade e idolatria. Porquanto tu rejeitaste a palavra do
SENHOR, ele também te rejeitou a ti, para que não sejas rei.
24 - Então, disse Saul a Samuel: Pequei, porquanto tenho
traspassado o dito do SENHOR e as tuas palavras; porque temi o povo e dei
ouvidos à sua voz.
25 - Agora, pois, te rogo, perdoa-me o meu pecado e volta
comigo, para que adore o SENHOR.
26 - Porém Samuel disse a Saul: Não tornarei contigo; porquanto
rejeitaste a palavra do SENHOR, já te rejeitou o SENHOR, para que não sejas rei
sobre Israel.
27- E, virando-se Samuel para se ir, ele lhe pegou pela borda da
capa e a rasgou.
28 - Então, Samuel lhe disse: O SENHOR tem rasgado de ti hoje o
reino de Israel e o tem dado ao teu próximo, melhor do que tu.
OBJETIVO
GERAL
Ressaltar
que ao crente nascido de novo não cabe praticar o pecado da rebeldia.
HINOS
SUGERIDOS: 28, 270, 305 da Harpa Cristã
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo,
os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada
tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos
subtópicos.
Definir
rebeldia;
Explicar
a
rebeldia de Saul;
Caracterizar
a
liderança sem critérios de Saul.
INTERAGINDO
COM O PROFESSOR
O orgulho é um fator determinante para o pecado de rebelião.
Geralmente, a ausência de humildade, a disponibilidade para o serviço
altruísta, leva o ser humano a desenvolver uma personalidade egoísta e
orgulhosa. Quando se permite ao orgulho dominar o coração, o processo de
rebelião está preste a ser instalado. Cultivar a submissão, a humildade e a
obediência é o antídoto necessário para remover o “espírito da rebelião”,
“porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e o porfiar é como iniquidade
e idolatria” (1 Sm 15.23).
INTRODUÇÃO
Nesta
lição trataremos sobre a rebeldia de Saul e de sua rejeição por parte de Deus.
Figuradamente, Israel foi comparado a uma vaca rebelde que se rebelou contra
Deus (Os 4.16). A Bíblia mostra que há castigo divino para quem trilha o
caminho da rebeldia (Nm 17.10; 20.24; Rm 10.21; 1 Tm 1.9). É isso o que
estudaremos aqui, tomando como exemplo Saul, o primeiro rei de Israel.
PONTO
CENTRAL
O crente
nascido de novo não deve praticar o pecado de rebelião.
I –
DEFINIÇÃO DE REBELDIA
1.
Conceito.
A
rebeldia é caracterizada como um ato de resistência; é opor-se a uma
autoridade; por vezes se trata de uma obstinação em excesso. Na Bíblia, há
exigências constantes para que o servo de Deus evite a rebelião, quer seja
contra Deus, quer seja contra os pais, os líderes e as autoridades.
2.
O aspecto bíblico.
Algumas
passagens do Antigo Testamento, como por exemplo, Jeremias 3.23 e 31.22,
apontam a nação de Israel como filhos e filhas rebeldes, que escolheram o mal
para desenvolver uma vida de pecado. No livro de Oseias, Israel é comparado a
uma vaca rebelde (Os 4.16), uma linguagem campestre em que o fazendeiro realça
a rebeldia do animal. Portanto, o real significado de rebeldia no Antigo
Testamento é uma ênfase ao retorno de um “servo de Deus” às mais horríveis
práticas pecaminosas, incluindo também a adoração aos ídolos.
O
cristão não pode viver na prática da rebeldia, visto que no seu ser há uma nova
natureza implantada por Cristo Jesus (2 Co 5.17; 1 Pe 1.23); praticá-la é o
mesmo que chamar a natureza velha para que reine outra vez − e a ordem de Paulo
é que ela não reine (Rm 6.12).
3.
O cristão e a rebelião.
A
Bíblia ensina ao cristão respeitar todas as autoridades, inclusive os líderes
da igreja; jamais ser insubmisso, rebelar-se (Rm 13.1), mas tendo como dever
orar por elas (1 Tm 2.1,2). Entretanto, segundo as Escrituras, o cristão não
deve sujeitar-se a uma autoridade quando a prioridade da justiça está em risco
e quando há violação aos princípios bíblicos (At 5.29); mesmo assim, o ato de
não submeter-se ao erro não significa liberdade para usar de ataques com
palavras indecorosas, motins e exposições em redes sociais. O Antigo Testamento
mostra os três amigos de Daniel que não se sujeitaram à ordem do rei, sendo
preparados para serem lançados no fogo; entretanto, ainda assim, demonstraram
respeito para com o monarca, não pronunciando palavras ofensivas (Dn 3.16,17).
O verdadeiro cristão mede bem as palavras, pois sabe que disso depende também a
sua vida espiritual (Mt 12.37).
SÍNTESE
DO TÓPICO I
A rebeldia
é caracterizada como um ato de resistência; é opor-se a uma autoridade; por
vezes se trata de uma obstinação em excesso.
SUBSÍDIO
DIDÁTICO - PEDAGÓGICO
Para ajudá-lo a elaborar a introdução de sua aula, reflita sobre o
seguinte texto: “O rei de todos os pecados é o orgulho. Nenhum outro pecado é
maior que ele. Além do orgulho ou presunção, todos os outros vícios –
embriaguez, pecados sexuais, cobiça, mau gênio, violência – não passam de
insignificâncias comparados à montanha do orgulho. O orgulho é o pecado que
transformou Lúcifer em inimigo de Deus. Satanás se recusou a submeter-se a
Deus; ele quer ser líder. John Milton comenta, em seu Paraíso Perdido: ‘Satanás
decidiu que era melhor reinar no inferno do que servir no céu’. O orgulho nos
torna independente de Deus, e a independência está diametralmente oposto à
adoração. É por isso que devemos nos submeter a Deus e resistir ao Diabo”
(DORTCH, Richard W. Orgulho Fatal: Um ousado desafio a este mundo faminto de
poder. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p.161).
II – A
REBELDIA DE SAUL
1.
Não cumpria com a ordem divina.
Por
ordem expressa de Deus, Samuel ordenou a Saul que matasse os amalequitas porque
a medida dos seus pecados estava completa (Êx 17.8-13; Dt 25.17,18). Tudo
deveria ser destruído e banido, pois os amalequitas estavam sob o julgamento
divino. Essa ação divina era para evitar que o mal deles se espalhasse cada vez
mais. Entretanto, nada dos amalequitas deveria ser saqueado ou roubado, pois
não tratava-se de uma guerra qualquer. O que não poderiam ser queimado, como o
ouro, a prata e o ferro, seriam objetos solenes de consagração a Deus.
Mas
Saul não obedeceu à ordem divina. Juntamente com duzentos mil homens de onze
tribos e outros dez mil de Judá, lançou-se à batalha, não destruiu o rebanho do
inimigo e ainda preservou a vida do rei Agague. O mal que Saul poupou não
tardaria de lhe atingir. Note que foi um amalequita que afirmou ter matado Saul
(2 Sm 1.1-10).
2.
Deus se “arrependeu” em relação a Saul.
Foram
duas as razões para isso: Saul deixou de seguir e de executar a vontade de
Deus. A Palavra “arrepender-se”, oriunda do hebraico nacham, significa “sentir
profundamente, lamentar”. Referindo à pessoa de Deus, essa expressão pode ser
compreendida como mudança em relação à pessoa de Saul. Deus não tolera o pecado
e, dessa forma, não poderia deixar que Saul continuasse dirigindo o Seu povo.
Por isso, por meio de Samuel, Ele o rejeitou. A desobediência, a teimosia e a
rebelião do primeiro rei de Israel atraíram a ira de Deus.
O
prazer de Deus não está em sacrifícios, mas na obediência do ser humano à sua
Palavra. Mais do que um belo sermão, ou de grandiosas construções, Deus requer
de seu povo a obediência (Sl 50.13-14).
3.
“A rebelião como pecado de feitiçaria”.
Essa
expressão traz a ideia de “uma decisão por meio de adivinhação ou de lançamento
de sorte”, uma atitude obstinada e teimosa. E a expressão “porfiar é como
iniquidade e idolatria” refere-se ao engano de um ídolo, demonstrado na
arrogância de quem pratica a idolatria. No texto está claro que as expressões
falam de apostasias. A primeira, a respeito da negação da autoridade divina; a
segunda, a de reconhecer outros poderes acima de Deus. Nesse contexto, o
profeta Samuel afirma que não há valor em sacrifícios a Deus quando se quebra
um de seus mandamentos por desobediência deliberada. Quem age assim coloca a
sua vontade no lugar da de Deus. Por isso a rebelião é tão maléfica quanto à
adivinhação, pois ela rouba o lugar da glória de Deus.
A
insolência e a arrogância de Saul revelam a tentativa de ele se impor no lugar
de Deus. Era como se as regras da guerra fossem dele, esquecendo-se de que Deus
não dá a sua glória a ninguém (Is 42.8). De fato, Lutero estava certo quando
disse: “diante da Palavra eu é que tenho que me render; nenhum de nós jamais
pode e deve querer impor nossa vontade perante as ordens do Senhor”.
SÍNTESE
DO TÓPICO II
A rebeldia
de Saul era caracterizada pela sua desobediência à ordem divina.
SUBSÍDIO
VIDA CRISTÃ
“Todos os que fomos
acusados podemos arranjar álibis e racionalizar o que fizemos, mas sei em meu
íntimo onde erramos. Achávamos difícil, senão impossível, submeter-nos a outros
que não concordavam com a nossa maneira de agir. Várias pessoas nos disseram o
que não queríamos ouvir, mas nos recusamos a escutá-las. Esse foi o nosso maior
pecado. Há segurança na submissão. Mas aprendi a lição tarde demais. O que é
submissão? Submissão é a disposição para afrouxar as rédeas. Um líder forte
deve estar disposto a submeter-se. Políticos e empresários devem louvar essa
qualidade. Os ministros devem possuí-la. O líder submisso diz: Não preciso
estar no controle. Estou comprometido até o ponto em que posso deixar de lado a
autoridade. Vou submeter a mim mesmo e o que faço a outros. A submissão é auto
imposta. Não fazemos isso por nossa própria causa. Por que a submissão é tão
importante na vida do crente? Porque ela nos protege da natureza perversa e
inata oculta dentro de nós” (DORTCH, Richard W. Orgulho Fatal: Um ousado
desafio a este mundo faminto de poder. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, pp.153-54).
III. SAUL:
UM LÍDER SEM CRITÉRIOS
1.
Não sabia esperar.
Uma
das provas de que Saul não tinha critérios para a liderança era a sua
impaciência. Ele não sabia esperar. Samuel já havia dito para Saul esperar até
a sua chegada (1 Sm 10.8). Infelizmente, o rei de Israel não o fez (1 Sm
13.8-13). Essa ordem era para que Saul esperasse, antes de começar qualquer
invasão, pois ele deveria colocar tudo diante de Deus, apresentando
sacrifícios, como havia feito antes (1 Sm 7).
A
falha principal de Saul não foi ter oferecido sacrifício, mesmo ele não sendo
sacerdote, mas foi não esperar o profeta Samuel para receber a bênção de Deus.
Na
obra de Deus é preciso capacidade para esperar. O salmista esperou com
paciência (Sl 40.1). Deus age no momento certo em nosso favor. Esperemos no
Senhor!
2.
Saul: o rei rejeitado.
Destacamos
a rejeição de Saul por causa do pecado de não atentar à voz de Deus (1 Sm
13.13). Foram muitas as características que marcaram a rebelião de Saul:
irreverência com a ordem de Deus, voto tolo, infidelidade na guerra contra os amalequitas
e desobediência às palavras do Senhor. Assim, Deus rejeitou a Saul!
Essa
história nos mostra que devemos, irrestritamente, obedecer aos desígnios de
Deus e servi-lo de todo o coração. O Pai deseja que andemos todos num só
propósito!
SÍNTESE DO TÓPICO III
Saul não sabia esperar, assim, esta característica
contribuiu para a sua rejeição.
SUBSÍDIO
VIDA CRISTÃ
“A coroa da Submissão. O Antigo Testamento
oferece um contraste nos estilos de liderança. Saul representa a rebeldia; Davi
personifica a submissão. Dois reis, duas coroas, dois estilos: um é exaltado, o
outro, extinto. O rei Saul é rejeitado e esquecido no pó da história. Porém
Davi, três mil anos mais tarde, continua nas manchetes. Ainda chamamos
Jerusalém ‘Cidade de Davi’, a cidade do rei. A rebelião reflete insegurança.
Quando nos submetemos, porém, damos uma firme impressão de calma e força.
Howard Butt também escreve: ‘A coroa da liderança cristã é uma coroa de
espinhos brilhantes. A coroa da revolução se desintegra. A coroa da submissão é
exaltada” (DORTCH, Richard W. Orgulho Fatal: Um ousado desafio a este mundo
faminto de poder. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p.160).
CONCLUSÃO
O
que é ter sucesso no ministério? É ter agenda concorrida? Um estilo de vida
confortável? Não. O sucesso do ministério não está somente em ser separado para
um cargo, mas sim na obediência completa ao Deus da Palavra. Assim, Salomão
escreveu: “é melhor o fim das coisas, do que seu princípio” (Ec 7.8). Que Deus
nos ajude a obedecer e a viver para sua glória!
PARA
REFLETIR
A respeito
de “A Rebeldia de Saul e a Rejeição de Deus”, responda:
1.
Defina rebeldia.
A
rebeldia é caracterizada como um ato de resistência; é opor-se a uma
autoridade; por vezes se trata de uma obstinação em excesso.
2.
Por que o cristão não pode viver na prática da rebeldia?
O
cristão não pode viver na prática da rebeldia, visto que no seu ser há uma nova
natureza implantada por Cristo Jesus (2 Co 5.17; 1 Pe 1.23).
3.
Por que tudo dos amalequitas deveria ser destruído?
Tudo
deveria ser destruído e banido, pois os amalequitas estavam sob o julgamento
divino.
4.
Qual o sentido da palavra “arrepender-se”?
A
Palavra “arrepender-se”, oriunda do hebraico nacham, significa “sentir
profundamente, lamentar”.
5.
O que nos mostra a história de Saul?
Essa
história nos mostra que devemos, irrestritamente, obedecer aos desígnios de
Deus e servi-lo de todo o coração