Lição: Jovens e
Adultos
Trimestre: 1° de
2018
Comentarista: Pr. Joá
Caitano
Editora: Central Gospel
TEXTO BÍBLICO BÁSICO
Atos 17.30,31
30
- Mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos
os homens, em todo lugar, que se arrependam,
31
- porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por
meio do varão que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dos
mortos.
Apocalipse
20.11-15
11
- E vi um grande trono branco e o que estava assentado sobre ele, de cuja
presença fugiu a terra e o céu, e não se achou lugar para eles.
12
- E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante do trono, e abriram-se
os livros. E abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados
pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras.
13
- E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos
que neles havia; e foram julgados cada um segundo as suas obras.
14
- E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte.
15
- E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de
fogo.
SUBSÍDIOS
PARA O ESTUDO DIÁRIO
2ª feira – 1 Samuel 24.8-12: Julgue
o Senhor
3ª feira – Eclesiastes
3.16,17: Deus julgará o justo e o ímpio
4ª feira – Daniel 5.17-28: Pesado
foste na balança
5ª feira – João 5.16-24: Não
entrará em condenação
6ª feira – Romanos 2.1-16: Julgar
os segredos dos homens
Sábado – Hebreus 12.12-23: Deus,
o Juiz de todos
TEXTO
ÁUREO
E
os céus anunciarão a sua justiça, pois Deus mesmo é o Juiz. Salmo 50.6
OBJETIVOS
Ao
término do estudo bíblico, o aluno deverá:
- saber que o juízo não é
uma figura de linguagem; ao contrário, ele é real e vindouro;
- conscientizar-se de que o pecado afasta
o homem de Deus e leva-o, mormente, ao inferno por toda a eternidade;
- compreender que a obediência aos
mandamentos do Senhor Jesus livra-nos da condenação eterna.
ORIENTAÇÕES
PEDAGÓGICAS
Caro
professor,
Esta lição, que versa sobre o Juízo Final, foi elaborada com o
objetivo de fazer seus alunos enriquecerem-se com um conteúdo teológico sadio e
maduro. Esperamos que ao fim da exposição todos possam ser fortalecidos na fé
em Cristo.
Se possível, realize uma dinâmica de grupo para tratar dos seguintes
temas: julgamento, tribunal, condenação e absolvição. Peça a quatro alunos para
falarem, em 30 segundos, o que entendem a respeito do assunto. Esse recurso
didático é bastante útil para ilustrar o argumento exposto e, ao mesmo tempo,
provocar a conscientização dos alunos sobre o tipo de conduta que eles têm
adotado em sua vida cristã.
Faça desse momento uma experiência vívida, não apenas teórica.
Ensine, no decorrer da dinâmica, que qualquer pessoa pode livrar-se do
julgamento do grande trono branco, por meio de uma vida de dedicação a Cristo e
santificação pessoal.
Boa aula!
COMENTÁRIO
Palavra introdutória
Nas primeiras páginas da Bíblia, no Livro de Gênesis, temos uma
clara descrição da Criação de Deus: todas as coisas eram boas e perfeitas.
Nossos primeiros pais tinham livre acesso ao Paraíso, um lugar destinado à habitação
do homem, que deveria ser conquistado e desfrutado pelo primeiro casal e seus respectivos
descendentes (Gn 1.22).
Não se sabe ao certo por quanto tempo Adão e Eva gozaram da
exuberância do Éden e da tranquilidade proporcionada pela presença do Criador;
fato é que a cena de absoluta perfeição foi alterada para a cena do juízo
divino sobre a história humana. O homem, a mulher, a serpente e a Terra foram
julgados pelo Senhor, e cada um recebeu sua respectiva sentença (Gn 3.14-24).
Além deste primeiro e definitivo juízo divino, outros tantos são
citados no texto bíblico. Observe:
OUTROS JULGAMENTOS NA BÍBLIA
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REFERÊNCIAS
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Juízo do pecado deste mundo, que
viria por meio da morte de Cristo
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Jo 12.31,32
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O autojulgamento dos cristãos por
toda a vida, para não sermos condenados com o mundo
|
1 Co 11.31,32
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Julgamento de Israel por seus muitos
séculos de rebelião
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Ez 20.33-44
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Julgamento dos anjos, devido à
rebelião contra Deus
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2 Pe 2.4; Jd 6,7
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Julgamento das obras dos cristãos
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Rm 14.10; 2 Co 5.10,11
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Julgamento das nações que estiverem
vivas no segundo advento
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Mt 25.31-46
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Julgamento dos ímpios mortos
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Ap 20.11-15; At 17.31; Rm 2.16
|
Nesta
lição, estudaremos o Juízo do grande trono branco, que marca o fim dos tempos e
a consequente entrada no Estado Eterno — esse acontecimento foi anunciado por
João nas últimas páginas da Bíblia.
O vaticínio bíblico
serve basicamente a dois propósitos:
(1)
convocar-nos ao estado de alerta, a fim de não sermos condenados naquela
ocasião;
(2)
dizer às pessoas, como atalaias do Senhor, como elas poderão escapar da
condenação eterna, que será promulgada neste evento escatológico (Ez 3.17-21).
VEJA TAMBÉM:
1. O GRANDE JULGAMENTO
O
texto bíblico, insistentemente, ressalta a grandiosidade de Deus. Observemos
alguns aspectos da majestade divina, destacados no Livro dos Salmos, por
exemplo: Deus é grande em bondade (Sl 31.19); justiça (Sl 36.6); misericórdia
(Sl 25.6); notoriedade (Sl 76.1); obras (Sl 92.5); glória (Sl 138.5); e poder
(Sl 145.5). Tal como o salmista, o apóstolo utilizou a expressão grande trono
branco (Ap 20.11) para indicar a imensidade da pessoa divina: o termo grande
alude ao tribunal que alcança os mortos, grandes e pequenos (Ap 20.12a NVI); o
termo branco, por sua vez, revela que quem sobre o trono se assenta não é outro
senão o perfeito e justo Juiz, como declarou o apóstolo Paulo: [...] aguardando
a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor
Jesus Cristo (Tt 2.13).
O trono
branco representa a pureza e a santidade (Ap 20.11), atributos de Deus, que o
qualificam para julgar com justiça e imparcialidade (CAITANO, J. Central
Gospel, 2010, p. 205).
1.1. Quem estará
diante do trono branco?
Quem
será julgado neste evento? Todas as pessoas, exceto os salvos em Cristo que
foram arrebatados na primeira ressurreição. Estes não serão julgados (CAITANO,
J. Central Gospel, 2010, p. 205).
Além
de tais pessoas — de todas as épocas e classes sociais, sejam grandes ou
pequenas (At 17.31) —, estarão presentes neste juízo os anjos caídos que
aderiram à rebelião satânica; estes receberão, individualmente, sua sentença
final (Jd 6).
1.2. Falsos cristãos
e falsos obreiros
Segundo
as palavras de Jesus, naquele Dia — no dia do Juízo Final —, falsos cristãos
comparecerão diante do grande trono branco e tentarão escapar da condenação
eterna. Tais pessoas argumentarão que serviram ao Senhor e agiram em Seu nome,
e a confirmação de suas palavras estaria nos sinais e maravilhas que operaram
entre os homens durante toda a vida. Cristo, no entanto, as chamará de
praticantes da iniquidade, ou seja, elas não escaparão ao Juízo do trono branco
(Mt 7.22,23).
1.2.1. A manifestação
do fruto do Espírito
Esses
homens e mulheres, autodenominados cristãos, demonstraram os dons espirituais,
contudo não manifestaram o fruto do Espírito — precisamos lembrar-nos sempre
disto: dons, sem fruto, não garantem a salvação eterna.
Tais
pessoas supostamente conheceram a Deus, mas não foram conhecidas por Ele (Lc
13.27); utilizaram-se do nome de Cristo, mas aceitaram
a proposta satânica de praticar a desobediência (Gn 3.5); produziram ações
contrárias à vontade de Deus; foram amantes do dinheiro (1 Tm 6.10); adoraram a
si mesmas; buscaram para si admiradores e estiveram cercadas de discípulos que
não seguem a Cristo (2 Tm 3.1-5).
1.3. A ressurreição
de Cristo e o Juízo Final
A
ressurreição de Jesus é o fundamento da nossa fé (1 Co 15.14). Observemos os
testemunhos deste milagre incomparável:
- o testemunho da Palavra (Sl 16.10; Jo 11.25; 1 Co 6.14);
- o testemunho da Natureza (Mt 28.2);
- o testemunho do túmulo vazio (Mc 16.8);
- o testemunho dos anjos (Lc 24.4-7);
- o testemunho das mulheres (Lc 24.1);
- o testemunho dos discípulos (Mt 28.9; Mc 16.9; Lc 24.15,36; Jo
20.19; 21.1,14).
Assim
como nosso Salvador ressuscitou, todos os homens ressuscitarão para serem julgados
por Ele (At 17.31; 1Co 15.1-23): uns para a salvação, na primeira ressureição;
outros para a condenação, após o Milênio (Ap 20.5).
2. A PRESTAÇÃO DE CONTAS
Todos
os homens, de todos os tempos e lugares, terão de prestar contas a Deus, seja
diante do Tribunal de Cristo (2 Co 5.10), seja diante do trono branco (Ap
20.11-15). Essa prestação de contas evidenciará a trajetória terrena de cada um
de nós.
O
sábio Salomão, inspirado por Deus, já havia dito: [...] há tempo de nascer e
tempo de morrer; tempo de plantar e tempo de arrancar o que se plantou (Ec
3.2). Porque Deus há de trazer a juízo toda obra e até tudo o que está
encoberto, quer seja bom, quer seja mau (Ec 12.14).
2.1. O registro dos
livros
No texto bíblico, são
mencionados os seguintes tipos de livro:
- o livro da redenção (Ap 5.1);
- o livro das lágrimas (Sl 56.8);
- o livro das palavras (Mt 12.36,37);
- o livro da consciência (Rm 2.15,16);
- o livro da natureza (Rm 1.25-27);
- o livro das escolhas (Js 24.15);
- o livro do Senhor (Is 34.16);
- o livro do concerto (2 Rs 23.2);
- o livro de Deus (Sl 139.16); e
- o livro da vida (Sl 69.28).
Os
livros terão um papel essencial no Juízo do trono branco. O mais importante
deles é o livro da vida, no qual estarão escritos os nomes dos salvos.
Observe:
Paulo, ao escrever aos filipenses, mencionou as mulheres que
trabalharam com ele no evangelho, Clemente e os outros cooperadores, cujos
nomes estão no livro da vida (Fp 4.3).
No Livro do Apocalipse, João, em várias passagens, igualmente,
fez menção a esse livro (Ap 3.5; 13.8; 17.8; 20.12,15; 21.27).
O
livro das obras (2 Co 5.10 NVI), tão importante quanto o da vida, também será
aberto no dia do Juízo. Grande parte dos comentaristas
bíblicos afirma que cada pessoa tem um livro específico; nele, todos os nossos
atos e pensamentos — exatamente da forma como os concebemos — estão sendo
registrados e jamais serão apagados ou esquecidos (Is 65.6).
2.2. Fazer o bem
A
recomendação paulina é extremamente relevante e pode ser parafraseada da seguinte
maneira: façamos o bem e não olhemos a quem (Gl 6.9). Nunca deixemos de
praticar o que é bom, direito, honesto, puro e cuja finalidade seja beneficiar,
levantar, encorajar e ajudar aqueles que cruzarem o nosso caminho.
O
tempo para a prática de boas obras — que serão julgadas no Juízo do trono
branco — é agora (Gl 6.10; Jo 9.4). Cada um de nós deve ser ensinável, ou seja,
ter o coração aberto e disposto a aprender, com o Senhor, a contar o tempo de
sua existência (Sl 90.12).
As
recompensas são para cujos nomes estão escritos no livro da vida (Ap 3.5;
20.12; 21.27). Pela divina graça, o Cordeiro morreu para redimir cada povo,
tribo e nação (Ap 5.9,10; 20.15; 21.27); no entanto, as pessoas são
responsáveis por suas escolhas, como
enfatizado
pelo conteúdo de outro conjunto de livros (Ap 20.12-13) (ROTZ, C. Central
Gospel, 2015, p. 52).
3. O ÚLTIMO JULGAMENTO
O dia do fim é uma realidade que não pode ser ignorada — o próprio
Senhor Jesus anunciou que esse tempo chegaria (Mt 24.1-14):
Diante
dessa realidade bíblica, precisamos considerar com muita seriedade e
responsabilidade alguns fatos sobre o Juízo do trono branco — o derradeiro
julgamento estabelecido no plano divino —, que ocorrerá nos últimos dias da
história humana.
Vejamos:
-
será universal, e todos, obrigatoriamente, estarão de pé diante do trono do
juízo (Ap 20.12);
-
o Senhor Jesus, junto com o Pai, procederá o julgamento (Jo 5.22,27);
-
os mortos ressuscitados, grandes e pequenos, serão julgados (Ap 20.12);
-
haverá um veredito final, inapelável e inafiançável, para os julgados;
-
o destino dos condenados será a segunda morte, ou seja, o espírito separa-se de
Deus eternamente (Ap 20.15).
CONCLUSÃO
O
apóstolo João viu um grande trono branco; essa visão, por si só, deveria
levar-nos a refletir sobre nossa caminhada cristã. O trono é grande, para fazer-nos
lembrar de quão ilimitado é o poder de julgamento do Altíssimo; ele é branco, para
não nos deixar esquecer de que a justiça divina é perfeita (Sl 96.10).
Matthew
Henry disse que ninguém é tão mau que não tenha algum talento para apresentar a
Deus, e ninguém é tão grandioso para evitar a jurisdição do grande trono
branco.
Mantenhamos
nossos olhos fixos em Cristo Jesus, autor e consumador da nossa fé (Hb 12.2);
apeguemo-nos até o fim à confiança que tivemos no princípio (Hb 3.14); sejamos
fiéis até a morte, para recebermos do Senhor a coroa da vida (Ap 2.10); e, por
último, mas não menos importante, não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu
tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido (Gl 6.9).
ATIVIDADES PARA
FIXAÇÃO
1. Quem estará diante
do trono branco?
R.:
Todas as pessoas, exceto os salvos em Cristo que foram arrebatados na primeira
ressurreição.
2. Quais aspectos
estão relacionados ao julgamento do trono
branco?
R.:
(1) Julgamento pelas obras praticadas: Os mortos foram julgados de acordo com o
que tinham feito, segundo o que estava registrado nos livros (Ap 20.12d NVI).
(2)
Julgamento pelo fato de não ter o nome registrado no livro da vida — esse
último aspecto está relacionado à prova final do juízo, destituído de equívocos
ou primazias — Se o nome de alguém não foi encontrado no livro da vida, este
foi lançado no lago de fogo (Ap 20.15 NVI).