Obs. Este
artigo é parte do subsídio para a lição bíblica da classe de Adultos.
Introdução.
Não é qualquer pessoal que pode dizer que tem
a mente de Cristo, pois esta é uma benção dada àqueles que têm o Espírito de
Deus em suas vidas (1Co 2.12a). O Espírito Santo nos concede a mente de Cristo
a fim de que possamos compreender o que por Deus nos foi outorgado
gratuitamente - são todas aquelas “bênçãos” espirituais relacionadas com a
nossa glorificação, a salvação que nos é propiciada em Jesus Cristo - (1Co
2.12b). Porém, o homem natural não tem a mente de Cristo.
O
CRENTE ESPIRITUAL TEM A MENTE DE CRISTO (1Co 2.12-16)
1. Os crentes espirituais têm a mente de Cristo (1Co 2.16).
O Espírito Santo em nós, além de dar vida ao
nosso espírito, nos abre a visão ao conceder-nos o poder do discernimento (em
grego anakrinetai). Um milagre
ocorre, e deixamos de ser apenas “alma vivente” para ser pneumatikos (no original grego “espiritual”). Ser espiritual é ser
guiado pelo Espírito Santo (Rm 8.9,14). Entretanto, o Espírito não age por
força, o crente precisa convidá-lo a participar das decisões de sua vida.
Quanto mais o cristão dialogar e entregar o controle de sua vida ao Espírito
Santo, tanto mais e maiores experiências do amor e do poder de Deus terá.
2. O significado de ter a mente de Cristo.
ü Ter a mente de Cristo significa conhecer sua vontade e seu plano e
propósito redentor (1Co 2. 9,10).
ü Significa avaliar e considerar as coisas, da mesma maneira que Deus as
vê, atribuir-lhes a importância que Deus lhes atribui, amar o que Ele ama e
detestar o que Ele detesta (1Co 2.15; Hb 1.9).
ü Significa entender o que é a santidade de Deus e a malignidade do
pecado. Logo, receber o Espírito e segui-lo (1Co 2. 12) faz com que os valores
e a cosmovisão do crente se tornem radicalmente diferentes do modus vivendi (modo de viver, de
conviver, de sobreviver.) e da sabedoria deste mundo (Rm 12.2; Fp 2.5-8).
3. Quem tem amente de Cristo
discerne espiritualmente.
Por meio da iluminação da Palavra, o Espírito
Santo concede aos seus santos a capacidade de discernir a verdade; divina (SI
119.18), a qual os mortos espiritualmente são incapazes de compreender (Jo
5.37-39). A doutrina da iluminação não significa que nós conhecemos todas as
coisas (Dt 29.29), que não precisemos de mestres (Ef 4.11-12) ou que o
entendimento não exija trabalho árduo (2Tm 2.15).
O
HOMEM NATURAL E O ESPIRITUAL
Paulo fala de dois tipos de pessoas no
capítulo 2 de primeiro coríntios: o homem natural e o espiritual. O homem
espiritual receber a mente de Cristo. O homem natural não tem a mente de Cristo
e não tem discernimento e pensa que as coisas do Espírito Santo são loucuras.
“Ora, o
homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem
loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Mas
o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido”. (1Co
2.14,15).
1. O homem natural.
O termo grego para “natural” em 1Coríntios
2.14, é psuchikos, que significa a
natureza sensual com sua dependência dos desejos e das paixões (1Co 2.14;
15.44-46; Tg 3.15; Jd 19). Este é o homem que vive sob o domínio das paixões
carnais, a parte sensual e depravada do homem em oposição à parte racional (Gl
5.19-21; Rm 1.29-32; 1 Co 6.9-11; Cl 3.5-10). Ele é o homem animal em oposição
ao homem espiritual. Não percebe os valores espirituais e não tem inclinação para
eles. Para ele, a maior sabedoria está em viver para este mundo e para os
prazeres carnais e as coisas espirituais são tolice. Não pode ver a suprema
excelência dessas coisas por causa de suas concupiscências animais e por estar
espiritualmente morto (Ef 2.1-9).
2. O homem espiritual. [Gr. pneumatikos, espiritual (1Co 2 15; 3.1;
9.11; 14.37; 15.44-46; Gl 6.1).
Este é o homem que vive sob o domínio do
Espírito Santo e observa as coisas do Espírito (Rm 8.1-13; Gl 5.16-26). Ele tem
a mente de Cristo e discerne e aprecia as coisas espirituais acima dos prazeres
físicos (2Co. 15,16). Ele é uma nova criatura e ressuscitou dos mortos em suas
transgressões e pecados (2 Co 5.17,18; Ef 2.1- 9; 4.22-24). As vãs paixões
animais foram crucificadas (Rm 8.12,13; Gl 2.20; 5.24) e deixadas (Ef 2.22-24;
Cl 3.5-10).
O homem espiritual (Gr. pneumáticos) é aquele
que é sensível ao Espírito e lhe obedece, aquele que toma todas suas decisões e
põe em exercício todos os seus juízos sob a influência e a direção do Espírito;
aquele que vive consciente de que existem coisas mais além das coisas deste
mundo, valores para além dos terrestres; que há uma vida para além da vida
deste mundo.
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