Nas Escrituras,
encontramos o registro de alguns casos de suicídio. Em todos eles, vemos que
seus protagonistas foram pessoas que deixaram de lado a voz do Senhor, e
desobedeceram à sua Palavra:
a) O exemplo de
Saul.
Foi um rei
fracassado, que deixou o Senhor, e foi em busca de uma médium espírita (cf. 1
Sm 28.1-19; 31.1-4; 1 Cr 10.13,14).
b) O
exemplo de Aitofel.
c) O
exemplo de Zinri.
Um rei sem qualquer
temor de Deus, que usurpou o trono por traição e matança, e que por fim se
matou, quando se viu derrotado pelo exército inimigo (1 Rs 16.18,19).
d) O exemplo de Judas Iscariotes.
Após trair Jesus, foi
dominado por um profundo remorso, e, ao invés de pedir perdão ao Senhor, foi-se
enforcar.
O CASO DE SANSÃO
Ele caiu nos braços
de uma prostituta, chamada Dalila (Jz 14.3; 16.11). Traído por ela, foi levado
ao cárcere. Numa festa ao deus Dagon, foi apresentado como troféu, e fez o
templo desmoronar sobre ele e seus inimigos.
Há quem cite o caso
de Sansão (Jz 16.30) como exemplo de suicídio aprovado por Deus.
Quem pensa assim
desconhece toda a história de Sansão e sua era teocrática. Há casos em que uma
pessoa morre, sacrificando-se por outra ou por outras. Um bombeiro entra no
fogo e salva várias pessoas, mas ele morre; um soldado lança-se sobre uma
granada, impedindo que muitos companheiros pereçam. Isso não é suicídio. É
sacrifício. Ver o caso da rainha Ester (Ef 4.11-15).
Sugestão de uma esposa sem fé.
A mulher de Jó
sugeriu, diante de seu sofrimento, que ele amaldiçoasse a Deus e morresse (se
suicidasse). Ele, porém, não aceitou tal ideia, e de modo resignado, confiou
integralmente no Senhor.
O
posicionamento cristão
A vida é sagrada e
somente Deus pode dar e tirar a vida.
Moisés pediu a Deus que tirasse a sua vida (Nm
11.15).
O profeta Elias também fez o mesmo pedido (1
Rs 19.4) e da mesma forma o profeta Jonas (Jn 4.3).
Deus não atendeu a
nenhum desses pedidos. Isso mostra que a vida pertence a Deus e não a nós
mesmos. Deus sabe a hora em que a vida humana deve cessar, e Ele é o soberano
de toda a existência.
As Sagradas
Escrituras condenam o suicídio pelos seguintes motivos:
a) É assassinato de
um ser feito à imagem de Deus (Gn 1.17; Êx 20.13; Jo 10.10);
b) Devemos amar a nós
mesmos (Mt 22.39; Ef 5.29);
c) É falta de
confiança no Deus, visto que Ele pode nos ajudar (Rm 8.38,39);
d) Devemos lançar as
nossas ansiedades sobre o Senhor, e não na morte (1 Jo 1.7; 1 Pe 5.7).
O ser humano deve
respeitar seu corpo como propriedade de Deus. Por isso, não compete ao homem
tirar a sua vida. Ao contrário, tudo ele deverá fazer para protegê-la.