Lições Bíblicas: CPAD
Trimestre: 4° de 2017 – 10 de Dezembro
de 2017 (Dia da Bíblia)
TEXTO ÁUREO
"Porque
não recebestes o espírito de escravidão, para, outra vez, estardes em temor,
mas recebestes o espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba,
Pai." (Rm 8.15)
VERDADE PRÁTICA
A obra
de salvação de Jesus Cristo nos possibilitou ser adotados como filhos amados de
Deus.
LEITURA DIÁRIA
Segunda – 1Jo 3.1: Filhos
de Deus mediante o seu grande amor
Terça – Jo 1.12,13: Uma
relação de pai e filho mediante o amor de Deus
Quarta – Rm 8.16: O
testemunho do Espírito Santo quanto à nossa filiação divina
Quinta – Gl 3.26,27: Filhos
de Deus revestidos de Cristo
Sexta – Os 1.10: Verdadeiros
e autênticos filhos de Deus
Sábado – Mt 5.9: Os
que anunciam e vivem a paz serão chamados filhos de Deus
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE:
Romanos 8.12-17
12 De maneira que, irmãos, somos
devedores, não à carne para viver segundo a carne.
13 Porque, se viverdes segundo a
carne, morrereis; mas, se pelo Espírito mortificardes as obras do corpo,
vivereis.
14 Porque todos os que são guiados
pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus.
15 Porque não recebestes o espírito
de escravidão, para outra vez estardes em temor, mas recebestes o Espírito de
adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai.
16 O mesmo Espírito testifica com o
nosso espírito que somos filhos de Deus.
17 E, se nós somos filhos, somos
logo herdeiros também, herdeiros de Deus, e co-herdeiros de Cristo: se é certo
que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados.
HINOS SUGERIDOS: 292,308,445 da Harpa Cristã
OBJETIVO GERAL
Explicar que a obra de salvação de
Jesus Cristo nos possibilitou sermos adotados como filhos de Deus.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos
referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o
objetivo l refere-se ao tópico l com os seus respectivos subtópicos.
I-
Apresentar o conceito
bíblico de adoção;
II-
Explicar a adoção no
tempo presente;
III-
Compreender a
adoção plena no futuro.
• INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Prezado (a) professor(a),
sabemos que Deus ama todas as criaturas e que o sacrifício de Cristo foi f eito
em favor de todos, mas somente aqueles que, pela fé, recebem a Jesus como
Salvador podem se tornar filhos (Jo 1.12). Outrora éramos escravos do pecado e
filhos da ira, mas pela graça hoje somos filhos e herdeiros conforme a
promessa. Como filho podemos desfrutar do amor altruísta do Pai e da sua
comunhão. Deus é Senhor e Soberano nos céus e na Terra, contudo Ele é o nosso
"Paizinho" (Aba). E como Pai amoroso. Ele supre as nossas
necessidades, sejam elas físicas, emocionais ou espirituais. Permita que o Pai
cuide de você todos os dias da sua vida, independente das suas limitações e
fragilidades.
Introdução
A adoção espiritual é uma bênção
proveniente da obra salvífica de Cristo Jesus. Isso significa que deixamos a
condição de criaturas, servos e servas do pecado, para viver a condição de
filhos libertos que desfrutam dos privilégios da obra de salvação. Embora
usufruamos das inumeráveis bênçãos dessa condição atualmente, temos a esperança
de, num futuro bem próximo, desfrutarmos da adoção plena e gloriosa nos céus.
PONTO CENTRAL
A nossa filiação divina é uma bênção
proveniente da obra salvífica de Cristo Jesus.
I -
O CONCEITO BÍBLICO DE ADOÇÃO
1.
Conceito bíblico e teológico.
No sentido bíblico, o ser humano
caído em pecado é uma criatura e não filho de Deus. Para se tornar filho de
Deus é preciso crer no sacrifício vicário de Cristo para então ser recebido
pelo Pai como filho por adoção (Jo 1.12; Cl 4.5). Assim, é possível fazer parte
da família de Deus, desfrutando de uma relação terna e amorosa cuja expressão
mais peculiar para descrevê-la é Aba (paizinho). Pai (Gl 4.6). É um privilégio
ser membro de uma família em que todos passam a chamar e a considerar uns aos
outros, irmãos em Cristo (l Ts 2.14). Toda essa bênção só é possível porque
fomos feitos "filhos de adoção por Jesus Cristo" (Ef 1.5).
2.
Benefícios da adoção.
Fazer parte de uma família, e nesse
caso da família de Deus (Ef 2.19), traz inúmeros benefícios: segurança,
confiança e sentido de pertencimento a uma casa eterna. Este termo lembra um
lugar de refúgio, paz e descanso. Nesse sentido, num mundo conturbado em que
vivemos, encontrar a casa do Pai é um grande alívio e um antídoto contra as
perturbações, angústias e aflições nos dias atuais. Além disso, a adoção divina
nos tira o senso de inferioridade que o pecado carrega, nos coloca num lugar
elevado, tirando-nos "da potestade das trevas" e transportando-nos
"para o Reino do Filho do seu amor" (Cl 1.13).
3.
Herdeiros da promessa.
O Espírito Santo testifica ao nosso
coração que somos filhos de Deus (Rm 8.16). Somos filhos porque fomos adotados
pelo Pai, passamos a fazer parte de sua família e a desfrutar do privilégio de
sermos os seus herdeiros (Tt 3.7; Rm 8.17). Por meio da adoção divina, deixamos
de ser escravos, sem herança nem direito, para nos tornarmos filhos portadores
de todos os privilégios da casa do Pai (Gl 4.7). Logo, temos uma herança
incorruptível, incontaminável e imarcescível que está reservada nos céus para
nós (1Pe 1.4).
SÍNTESE DO TÓPICO l
A
fé no sacrifício vicário de Jesus Cristo nos faz filhos de Deus.
SUBSÍDIO LEXICOGRÁFICO
Adoção
Huiothesia, formado de huios,
'filho' e thesis, 'posição' cognato
de tithemi, 'pôr', significa o lugar
e condição de filho dados àquele a quem não lhe pertence por natureza. A
palavra só é usada pelo apóstolo Paulo.
Em Romanos 8.15, é dito que
os crentes receberam 'o espírito de adoção', quer dizer, o Espírito Santo que,
dado como as primícias, os primeiros frutos de tudo o que será dos crentes,
produz neles a realização da filiação e a atitude pertencente a filhos. Em
Gálatas 4.5, é dito que eles receberam 'adoção de filhos*, ou seja, a filiação
dada em distinção de uma relação que é meramente consequentemente no
nascimento; aqui dois contrastes são apresentados:
(1) entre a filiação do
crente e a não originada filiação de Cristo;
(2) entre a Uberdade
desfrutada pelo crente e a escravidão, quer da condição natural pagã, quer de
Israel sob a lei" (Dicionário Vine: O significado exegética e expositivo
das palavras do Antigo e Novo Testamento, 14.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2011, p.
374).
lI- A ADOÇÃO NO TEMPO PRESENTE
1. Parecidos com o Pai.
O apóstolo João afirma que há uma esperança
dos que são chamados filhos de Deus (1 Jo 3.3): "Amados, agora somos
filhos de Deus, e ainda não é manifesto o que havemos de ser. Mas sabemos que,
quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o
veremos" (1Jo 3.2). Aguardamos solenemente por esse dia. Entretanto,
portamos a imagem de Deus hoje (Gn 1.26) e, uma vez em Cristo, essa imagem é
potencializada pela manifestação do amor de Deus em nós (Ef 5.1,2; Jo 14.21),
porque Deus é amor (1Jo 4.8). Quem é filho de Deus tem o "DNA" do Pai
impregnado nele. Em Cristo, somos filhos do mesmo Pai (Is 64.8; Jo 14.20) e,
por isso, temos a garantia da filiação eterna para sermos livres da condenação
do pecado.
2.
Ser amado pelo Pai.
O processo de adoção pelo qual
passamos ao aceitar a obra de salvação de Cristo é a prova do grande amor de Deus
por nós, os seus filhos (1Jo 3.1). Assim, a culpa do pecado, as angústias do
medo da perdição eterna e a escravidão do pecado não nos afrontam mais, pois em
Cristo, não há mais condenação (Rm 8.1). Aqui, podemos compreender exatamente o
que o apóstolo João quis dizer, quando maravilhado, afirmou: "nós o amamos
porque ele nos amou primeiro" (1Jo 4.19).
3.
Os direitos e os deveres na adoção.
Por intermédio da adoção espiritual,
os filhos de Deus têm alguns direitos espirituais: foram legitimamente
enxertados na Boa Oliveira, que é Cristo (Rm 11.17); passarão a ter um novo
nome (Ap 2.17); passaram a fazer parte de uma nova família (Ef 2.19); foram emancipados
da lei que gera morte (Gl 3.25); todos os povos e raças, desde que tenham
aceitado a Cristo, tornam-se filhos de Deus sem distinção (Gl 3.28). Mas da
mesma forma que temos direitos, também temos deveres espirituais: apartar-se do
mundo e do que é imundo (2 Co 6.17,18; Ap 21.7); praticar a justiça e amar o
irmão (1Jo 3.10); buscar a perfeição do Pai (Mt 5-48); amar os inimigos,
bendizer os que maldizem, fazer o bem aos que nos odeiam e orar pelos que nos
maltratam e perseguem (Mt 5.44); e glorificar a Deus por meio de todos esses
deveres espirituais (Mt 5.16).
SÍNTESE DO TÓPICO II
Mediante a adoção, hoje somos filhos de Deus.
SUBSÍDIO LÉXICO
A 'adoção' é um termo que envolve a dignidade da relação de
crentes como filhos; não é um colocar na família por meio do nascimento
espiritual, mas um colocar na posição de filhos. Em Romanos 8.23, a 'adoção' do
crente é algo que ainda ocorre no futuro, visto que incluiu a redenção do
corpo, quando a vida será transformada e aqueles que dormiram serão ressuscitados.
Em Romanos 9-4, a 'adoção' é pertencente a Israel, conforme declaração em Êxodo
4.22; 'Israel é meu Filho' (Os 11.1). Israel foi colocado numa relação especial
com Deus, uma relação coletiva, não desfrutada por outras nações (Dt 14.1; Jr
31.9, etc.)" (Dicionário Vine: O significado exegética e expositivo das
palavras do Antigo e Novo Testamento. 14.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2011, p.
374).
III - A ADOÇÃO PLENA NO FUTURO
Embora desfrutemos, aqui na Terra,
dos benefícios da adoção espiritual, a alegria plena dessa realidade se dará
somente quando da manifestação plena e literal de Jesus Cristo, na ocasião da
sua gloriosa vinda. Quando essa gloriosa realidade celestial ocorrer, então,
teremos acesso à "incorruptível coroa de glória" prometida pelas
Escrituras Sagradas (1Pe 5.4). É verdade que há uma Luta interna nos filhos de
Deus quanto a essa esperança, conforme escreve o apóstolo Paulo: "nós
mesmos, que temos as primícias do Espírito, também gememos em nós mesmos,
esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo." (Rm 8.23). Mas
prevalece a esperança de que, no céu, a nossa redenção será completa, perfeita
e plena, em que o que é mortal será absorvido pela vida (2 Co 5.4). Um dia,
assim como Cristo foi glorificado, nós o seremos. Uma realidade que não se pode
comparar com as aflições deste mundo (Rm 8.18). Bendita esperança!
2.
Esperando a adoção completa.
Embora estejamos adotados na família
de Deus (1Jo 3.1), só conheceremos a plenitude do que realmente isso significa
quando o Senhor nos ressuscitar dentre os mortos (1Ts 4.17). Então, receberemos
a herança completa do Pai Celestial e viveremos eternamente em sua maravilhosa
presença.
3.
A casa do pai.
Uma vez filhos de Deus, somos
peregrinos em terra estranha (l Pé 2.11), por isso experimentamos os
infortúnios e as dores do tempo presente (Rm 8.22,23). "Mas a nossa cidade
está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo"
(Fp 3-20). Ansiamos pelo momento em que adentraremos à casa do Pai Eterno, e
habitaremos com Ele eternamente. Ali, nossa relação com o Pai não se dará
provisoriamente, mas num tempo ininterrupto, em que estaremos para sempre
diante de sua santa presença (Ap 22.3-5).
SÍNTESE DO TÓPICO III
Como filhos de
Deus desfrutaremos de uma alegria plena na ocasião da gloriosa vinda de Jesus
Cristo.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
A 'adoção', um termo
jurídico, é o ato da graça soberana mediante o qual Deus concede a todos os
direitos, privilégios e obrigações da filiação àqueles que aceitam Jesus
Cristo. Embora o termo não apareça no Antigo Testamento, a ideia se acha ali
(Pv 17.2). A palavra grega huiothesia,
aparece cinco vezes no Novo Testamento, somente nos escritos de Paulo e sempre
no sentido religioso. Ressalve-se que, ao sermos feitos filhos de Deus, não nos
tornamos divinos. A divindade pertence ao único Deus verdadeiro. A doutrina da
adoção, no Novo Testamento, leva-nos, desde a eternidade passada e através do
presente, até a eternidade futura (se for apropriada semelhante expressão).
Paulo diz que Deus 'nos elegeu nele [em Cristo] antes da fundação do mundo' e
'nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo' (Ef 1.4,5). Diz
também, a respeito de nossa experiência presente: 'Porque não recebeste o
espírito de escravidão, para, outra vez, estardes em temor, mas recebeste o
espirito de adoção de filhos [huiothesia],
pelo qual clamamos [em nosso próprio idioma]: Aba [aramaico: Pai], Pai [gr. ha
patêr]' (Rm 8.15). Somos plenamente filhos, embora ainda não sejamos totalmente
maduros. Mas, no futuro, ao deixarmos de lado a mortalidade, receberemos
"a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo' (Rm 8.23). A adoção é uma
realidade presente, mas será plenamente realizada na ressurreição dentre os
mortos. Deus nos concede privilégios de família mediante a obra salvífica do
seu Filho incomparável, daquEle que não se envergonha de nos chamar
irmãos" (HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: Uma perspectiva
pentecostal 1 .ed, Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p. 374).
CONHEÇA MAIS
A Testificação do Espírito Santo
"Os filhos de Deus têm o
Espírito para que opere neles a disposição de filhos; não têm o espírito de
servidão sob o qual estava o povo do Antigo Testamento, pela obscuridade dessa
dispensação. O Espírito de adoção não fora plenamente derramado. E refere-se ao
Espírito de servidão, ao qual estavam sujeitos muitos santos em sua conversão.
[...] os santificados têm o Espírito de Deus, e este testemunha aos seus
espíritos que lhes dá paz às suas almas." Leia mais em Comentário Bíblico,
de Matthew Henry, CPAD, p.935.
CONCLUSÃO
A doutrina da adoção nos mostra que somos filhos de Deus e
que um dia fomos aceitos por Ele por causa do seu grande amor. Foi a obra de
Cristo na cruz que tornou esse processo de adoção possível. Agora, nos tornamos
herdeiros de todas as coisas juntamente com Cristo Jesus.
Firmados na doutrina gloriosa da adoção, podemos nos sentir
amados e cuidados por Deus, em Cristo Jesus, pois somos objetos do seu inefável
amor.
PARA REFLETIR
A respeito de adotados por Deus, responda:
•
O que é necessário para que o ser humano se torne filho de Deus?
Para se tornar filho de Deus é
preciso crer no sacrifício vicário de Cristo para então ser recebido pelo Pai
como filho por adoção (Jo 1.12; Gl 4.5).
•
Quais são os benefícios da adoção?
Fazer parte de uma família, e nesse
caso da família de Deus (Ef 2.19), traz inúmeros benefícios: segurança,
confiança e sentido de pertencimento a uma casa eterna.
•
Cite alguns deveres que aqueles que são filhos de Deus devem ter.
Da mesma forma que temos direitos,
também temos deveres espirituais: apartar-se do mundo e do que é imundo (2 Co
6.17,18; Ap 21.7); praticar a justiça e amar o irmão (l Jo 3.10); buscar a
perfeição do Pai (Mt 5.48); amar os inimigos, bendizer os que maldizem, fazer o
bem aos que nos odeiam e orar pelos que nos maltratam e perseguem (Mt 5.44); e
glorificar a Deus por meio de todos esses deveres espirituais (Mt 5.16).
•
Segundo a lição, já experimentamos plenamente a condição de ser filhos de Deus?
Embora desfrutemos, aqui na Terra,
dos benefícios da adoção espiritual, a alegria plena dessa realidade se dará
somente quando da manifestação plena e literal de Jesus Cristo, na ocasião da sua
gloriosa vinda.
•
Qual é a principal esperança dos filhos de Deus?
Ansiamos pelo momento em que
adentraremos à casa do Pai Eterno, e habitaremos com Ele eternamente. Ali,
nossa relação com o Pai não se dará provisoriamente, mas num tempo
ininterrupto, em que estaremos para sempre diante de sua santa presença (Ap
22.3-5).
SUBSÍDIO ADICIONAL
Fonte: Ensinador Cristão – n° 72
Além de justificar, regenerar e santificar, características de mudança da
nossa posição diante de Deus, o Pai deseja estabelecer conosco um
relacionamento mais próximo, íntimo, e o melhor termo para conceituar esse
processo é "Adoção". Este é um termo técnico jurídico em que os pais
concedem direitos e privilégios à criança filiada de maneira não biológica, mas
voluntária. Foi assim que Deus tratou conosco! Éramos merecedores da condenação
eterna, mas por meio da obra de Jesus Cristo fomos justificados, regenerados,
santificados e adotados, acolhidos na família de Deus, onde "o mesmo
Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus" (Rm
8.16).
Um apontamento interessante que o teólogo
pentecostal Pecotafaz é que não há um termo para "adoção" no Antigo
Testamento, embora a ideia apareça em Provérbios 17.2: "O servo prudente
dominará sobre o filho que procede indignamente; e entre os irmãos repartirá".
Mas em o Novo Testamento a palavra, do grego huiothesia, aparece cinco vezes
nos escritos do apóstolo Paulo. É uma doutrina que atesta que em Cristo fomos
eleitos e predestinados para sermos da família de Deus (Ef 1.4,5).
Diferentemente do tempo de trevas, de escravidão e de vergonha, na família de
Deus fomos chamados para sermos livres para andar no Espírito, viver no
Espírito e, assim, termos uma relação de pai e filho com Deus (Rm 8.15).
A doutrina da adoção nos dá a segurança da salvação. Fazer parte da
família de Deus é a certeza de que nEle estaremos seguros. Fomos justificados,
regenerados, santificados e adotados em Cristo Jesus. É um privilégio fazer
parte da família de Deus! Entretanto, sabemos que ainda não vivemos a plenitude
do que está prometido para nós. Embora sejamos plenamente filhos de Deus, num
futuro, quando deixarmos o nosso "tabernáculo terreno", receberemos a
plenitude da adoção, "a saber, a redenção do nosso corpo" (Rm 8.23).
O que significa que vivemos a realidade da adoção neste tempo presente, mas
quando a ressurreição dentre os mortos for realizada, ou por meio do
Arrebatamento da Igreja, a nossa adoção será plena. Será o dia em que veremos o
Pai como Ele é. Por isso, o apóstolo Paulo disse: "Porque, agora, vemos
por espelho em enigma; mas, então, veremos face a face; agora, conheço em
parte, mas, então, conhecerei como também sou conhecido" (1Co 13.12).