Revista: Do
professor - CPAD
Data da aula: 17 de Setembro de 2017
Texto Áureo
"E vi um novo céu e uma nova terra. Porque já o primeiro
céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe." (Ap21.1)
Verdade Prática
Cremos
no Juízo Final, no qual serão julgados os que fizerem parte da Última
Ressurreição; e cremos na vida eterna para os infiéis.
LEITURA DIÁRIA
- Segunda: At 24.15 - Todos os
mortos serão ressuscitados
- Terça: Is 65.20-22 - A
longevidade humana, característica do Reino Milenar de Cristo
- Quarta: 1Co 15.26 - A morte
será aniquilada para sempre no Juízo Final
- Quinta: Mt 25.46 - Há na
eternidade um lugar para os justos e outro para os injustos
- Sexta: Ap 20.1-3 - O
Milénio será instaurado por ocasião da vinda de Cristo em glória
- Sábado: Ap 22.3-5- Uma
amostra da glória do lar dos santos
LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE
Apocalipse
21.1-5
1
E VI um novo céu, e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra
passaram, e o mar já não existe.
2
E eu, João, vi a santa cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu,
adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido.
3
E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os
homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará
com eles, e será o seu Deus.
4
E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem
pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas.
5
E o que estava assentado sobre o trono disse: Eis que faço novas todas as
coisas. E disse-me: Escreve; porque estas palavras são verdadeiras e fiéis.
HINOS SUGERIDOS: 2,
36, 276 da Harpa Cristã
OBJETIVO GERAL
Expor
a doutrina bíblica do Milênio, do Juízo Final e da nova criação de todas as coisas.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
l
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em
cada tópico. Por exemplo, o objetivo l refere-se ao tópico l com os seus
respectivos subtópicos.
(I)
Descrever
a
doutrina bíblica do Milénio;
(II)
Explicar o
Juízo Final;
(III) Esclarecer a
doutrina bíblica sobre a nova Criação.
• INTERAGINDO COM O
PROFESSOR
"Eis
que faço novas todas as coisas", diz a Palavra de Deus (Ap 21.5). Será o
dia em que Deus fará tudo novo. Um mundo novo. Uma realidade nova. Novo! Tudo
novo! Será o tempo em que o Rei dos reis, o próprio Senhor, intervirá na
história do mundo e trará consigo uma nova realidade. "Céus novos e terra
nova" sintetizam a dimensão cosmológica dessa nova Criação. Será o dia em
que de eternidade em eternidade estaremos sempre com o Deus da glória. Os
santos apóstolos anelaram por essa esperança. Por isso, como Igreja do Senhor,
somos estimulados pelas Escrituras a mantermos viva a chama da esperança da vinda
do Senhor.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
O mundo
vindouro abordado na presente lição pretende mostrar o que virá depois do Juízo
Final, o novo céu e a nova terra, a nova Jerusalém, o lar dos santos na
eternidade e por toda a eternidade. Trata-se definitivamente do epílogo da
história humana. Mas haverá alguns eventos que precederão o mundo vindouro,
como o Reino de Cristo de mil anos, o Juízo Final e a ressurreição de todos os
incrédulos, bem como o seu destino final.
PONTO CENTRAL
Deus
consumará todas as coisas, pois haverá novos céus e nova terra.
I-SOBRE O MILÊNIO
1. Descrição.
O
milênio é o reino de Cristo de mil anos. Nesse período. Satanás será
aprisionado no abismo instalado por ocasião da vinda de Cristo em glória (Ap
20.2,3). Isso significa que a ação destruidora de Satanás na terra será
neutralizada, iniciando-se assim uma nova ordem de coisas. É a tão almejada paz
universal, pois nesse reino haverá perfeita paz, retidão e justiça entre os
seres humanos e também harmonia no reino animal (Is 9.7; 11.5-9). A longevidade
das pessoas, a garantia do sucesso no trabalho e a resposta imediata às orações
são algumas das características do reino do Messias (Is 65.20-25). A sede de
seu governo será Jerusalém: "[...] porque de Sião sairá a lei, e de
Jerusalém, a palavra do SENHOR" (Is 2.3).
O
Senhor Jesus se assentará sobre o trono de Davi, e de Jerusalém reinará sobre
toda humanidade. Esse reino, que trará salvação aos judeus, é a conclusão do
programa divino sobre o povo de Israel (Is 59-20; Rm 11.26). 2. Sobre a
ressurreição dos mortos. A Bíblia ensina que os justos e os injustos serão
ressuscitados (Dn 12.2; Jo 5.29; At 24.25).
Mas
em Apocalipse ficamos sabendo que há um intervalo de mil anos entre essas
ressurreições.
A primeira ressurreição é a
dos justos, e a outra é a última ressurreição: "Mas os outros mortos não
reviveram, até que os mil anos se acabaram. Esta é a primeira
ressurreição" (Ap 20.5). São partes da primeira ressurreição os santos
provenientes da Era da Igreja e os do Antigo Testamento, juntamente com os
mártires da Grande Tribulação (Ap 6.9-11; 20.4). Convém salientar que a
ressurreição divide-se em duas fases.
Por
ocasião do arrebatamento da Igreja (l Co 15-52; l Ts 4.16; Ap 20.6), serão
ressuscitados os súditos dos reis. Quanto à ressurreição dos injustos, também
conhecida com Ressurreição Universal ou ainda na última Ressurreição, envolverá
todos os descrentes desde o princípio do mundo até aquele dia.
SÍNTESE DO TÓPICO l
Milênio: um tempo em que o Senhor Jesus
reinará sobre toda a humanidade.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
MILÊNIO
A palavra 'milênio' vem dos termos
latinos Mille e annum ('ano')- A palavra grega chilias, que também significa "mil', aparece por seis vezes em
Apocalipse 20, definindo a duração do Reino de Cristo antes da destruição do
velho céu e da velha terra.
O Milênio, portanto, refere-se aos mil
anos do futuro Reino de Cristo sobre a terra, que virá imediatamente antes da
eternidade (Ryrie, pp.145-146). Durante o Milênio, Cristo reinará no tempo e no
espaço.
[...] PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS E
CONDIÇÕES DO MILÉNIO
O Milênio será um tempo de controle
tanto político como espiritual. Politicamente, ele será universal (Dn 2.35),
discricionário (Is 11.4) e caracterizado pela retidão e justiça. Será zeloso
para com os pobres (Is 11.3-5), mas trará recriminação e juízo para quem transgredir
as ordenanças do Messias (SI 2.10-12).
Este reino literal de Cristo sobre a
terra também terá características espirituais. Acima de tudo, será um reino de
justiça, onde Cristo será o Rei e governará com absoluta retidão (Is 23.1).
Será também um tempo em que se manifestarão a plenitude do Espírito e a
santidade de Deus (Is 11.2-5), 'Naquele dia, se gravará sobre as campainhas dos
cavalos: Santidade Ao Senhor [...] e todas as panelas em Jerusalém e Judá serio
consagradas ao Senhor dos Exércitos' (Zc 14.20-21).
Tudo, do trabalho à adoração, será
santificado ao Senhor, O pecado será punido (SI 72.1-4; Zc 14.16-21) de maneira
pública e justa. A era messiânica também será caracterizada por um reinado de
paz (Is 2,4; 11,5-9; 65.25; Mq 4.3).
As profecias de Isaías revelam
outras características, incluindo:
•
Alegria (Is 9.3-4);
•
Glória (Is 24,23)
•
Justiça (Is 9.7);
•
Conhecimento pleno (Is 11,1-2);
• Instruções e orientações (Is 2,2-3);
•
Fim da maldição sobre a terra e a eliminação de toda enfermidade (11.6-9;
33.24);
•
Maior expectativa de vida (Is 65.20);
•
Prosperidade no trabalho (Is 4.1; 35.1-2; 62,8-9)
•
Harmonia no reino animal (Is 11,6-9; 62.25).
Sofonias
3.9 e Isaías 45.13
afirmam que, no Milênio, a linguagem e a adoração serão puras. A pura adoração
será possível por causa da maravilhosa presença de Deus (Ez 37,27-28), A
presença física do Messias garantirá estas bênçãos. Walvoord diz: "A
gloriosa presença de Cristo no cenário do Milênio é, logicamente, o foco de
toda a espiritualidade e adoração (Walvoord, p.307)" (LAHAYE, Tim;
HINDSON, Eu. (Eds.). Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. Rio de Janeiro:
CPAD, 2013, p.318).
II - SOBRE O
JUÍZO FINAL
1.
Descrição.
É conhecido como o Juízo do Grande
Trono Branco: "E vi um grande trono branco" (Ap 20.11). Aqui serão
julgados "os outros mortos", aqueles que não fizeram parte da
primeira ressurreição (Ap 20.5). Isso mostra que ficam de fora os crentes da
primeira ressurreição, pois eles já fazem parte do reino de Cristo e estão com
o corpo glorificado (Ap 20.4). Deus instaurará esse juízo após a última
rebelião de Satanás, que acontecerá depois dos mil anos do reinado de Cristo
(Ap 20.7). Deus executará esse juízo por meio de Jesus Cristo: "o Pai a
ninguém julga, mas deu ao Filho todo o juízo" (Jo 5.22).
2.
O julgamento.
Não há menção de vivos no Juízo
Final: "E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante do trono, e
abriram-se os livros. E abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos
foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas
obras" (Ap 20.12). Os "grandes e pequenos" não se referem à
idade, adultos e crianças, mas a status, pessoas de todas as classes sociais.
Todos eles serão julgados com base nas obras registradas nesses livros. O resultado
desse julgamento é a condenação eterna: "E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no
lago de fogo" (Ap 20.15). Não existe aqui lugar para o sono da alma,
nem para uma segunda oportunidade, muito menos para o aniquilamento.
3.
Destino dos ímpios.
É o inferno, descrito aqui como
"lago de fogo" ou "ardente lago de fogo e enxofre" (Ap
19.20). Esse lugar foi preparado para o Diabo e seus anjos (Mt 25.41), e não
para os seres humanos, mas será o destino final dos perdidos por causa da sua
incredulidade e desobediência, pois a vontade de Deus é que ninguém se perca,
mas que todos sejam calvos (l Tm 2.4).
a)
Hades.
A Septuaginta emprega esse termo
para traduzir o hebraico sheol, no
Antigo Testamento, que significa o "mundo invisível dos mortos" (51
89-48). Ambos os termos se traduzem, às vezes, por "inferno" na
Almeida Revista e Corrigida (SI 9.17; Mt 16.18).
O lugar serve como estágio
intermediário dos mortos sem Cristo, uma prisão temporária até que venha o Dia
do Juízo (Ap 20.13,14). Os condenados que partiram desde o início do mundo
permanecem lá, conscientes e em tormentos, sabendo perfeitamente porque estão
nesse lugar (Lc 16.23,24).
b)
Geena.
O mundo judaico contemporâneo de
Jesus cria que a Geena era o lugar no qual os ímpios receberiam como castigo o
sofrimento eterno. O termo, traduzido por "inferno", foi usado pelo
Senhor Jesus nos evangelhos: "Serpentes, raça de víboras! Como escapareis
da condenação do inferno?" (Mt 23.33), e indica o lago de fogo
apocalíptico.
SÍNTESE
DO TÓPICO II
O
Juízo Final é o evento que sacramentará o destino dos ímpios.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
"Embora o trono
de Deus seja o trono de julgamento, Jesus declarou: 'E também o Pai a ninguém
julga, mas deu ao Filho todo o juízo' (Jo 5,22), O único Mediador entre Deus e a
humanidade tornar-se-á também o Mediador do julgamento. Por conseguinte, Jesus
assentar-se-á sobre o trono. E tão grande será a sua majestade, que a terra e o
céu 'fugirão', não havendo mais para eles 'lugar, no plano de Deus'.
Isto posto, abrir-se-á
caminho para os novos céus e a nova terra. Eis os que comparecerão diante do
grande trono branco: 'os mortos, grandes e peque- Ap 20.12).
Quanto aos justos, por
haverem participado da primeira ressurreição, já terão corpos imortais e incorruptíveis.
Portanto, os mortos que estarão de pé, diante do grande trono branco, para
serem julgados, serão os outros mortos' (Ap 20.5) que não tomaram parte na
primeira ressurreição por ocasião do arrebatamento. Esses serão os "mortos
ímpios', incluindo os que foram consumidos após o Milênio, por haverem seguido
a Satanás" (MENZIES, WHliam W.; HORTON, Stanley M. Doutrinas Bíblicas: Os
Fundamentos da nossa Fé. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, (95, pp.207,08).
Ill - SOBRE A NOVA CRIAÇÃO
1.
Um novo céu e uma nova terra.
O quadro descrito no texto da
Leitura Bíblica em Classe diz respeito à nova criação, ou seja, não se trata,
pois, de uma renovação ou de alguma restauração, mas de tudo ser novo:
"Eis que faço novas todas as coisas" (v.5); "Porque eis que eu
crio céus novos e nova terra; e não haverá lembrança das coisas passadas, nem
mais se recordarão" (Is 65.17). Essa promessa reaparece no Novo Testamento
(2 Pe 3.13). O velho mundo vai desaparecer (Is 34.4; 51.6; 2 Pé 3.7,10,12) por
causa da sua contaminação; os céus e a terra não poderão resistir à santidade e
à glória de Deus: "E vi um grande trono branco e o que estava assentado
sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu, e não se achou lugar para
eles" (Ap 20.11). Essa palavra profética é reiterada mais adiante:
"Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não
existe" (v.1). O universo físico não se susterá diante da pureza,
santidade e glória daquele que está assentado sobre o trono.
2.
A nova Jerusalém.
Antes de tudo, convém ressaltar que
a nova Jerusalém "que de Deus descia do céu" (v.2) não é a mesma
Jerusalém do Milênio. Isso é de fácil compreensão. Aqui já estamos no período
pós-milênio. A descrição da cidade mostra com abundância de detalhes que a sua
glória excede em muito ao da Jerusalém milenial (Ap 21.9-21). O templo dela é
Deus e o Cordeiro (v.22); a cidade não necessita de sol nem de lua (v.23), e
nela não haverá noite (v.25). Nós veremos o rosto de Deus e do Cordeiro (Ap
22.4), e a glória de Deus e de Cristo nos alumiará para sempre (Ap 22.5). A
nova Jerusalém é chamada ainda de "a Jerusalém que é de cima" (Gl
4.26) e a "Jerusalém celestial" (Hb 12.22).
3.
A eternidade dos salvos.
A nova Jerusalém é o eterno lar de
todos os ' salvos em Cristo. O próprio Deus estará continuamente entre os
humanos: "Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles
habitará" (v.3), e Deus mesmo limpará de nossos olhos toda a lágrima
(v.4). Ali não haverá morte, que é o último inimigo a ser derrotado (l Co
15.26,54). O pecado será banido para sempre, e ali nunca mais haverá maldição
contra alguém (Ap 22.3). É a nossa eterna bem-aventurança. Aqui está o final
glorioso da jornada da Igreja.
SÍNTESE
DO TÓPICO III
Novos
céus e nova terra será uma nova realidade implantada por Deus.
SUBSÍDIO DIDÁTICO
Prezado professor, prezada
professora, antes de iniciar este tópico, introduza-o fazendo algumas perguntas
sugeridas abaixo:
•
O que você entende por "novos céus" e "nova terra"?
•
O que a expressão "nova Jerusalém" representa para você?
•
Em que está baseada a sua esperança?
Note que cada pergunta está
respectivamente de acordo com cada subtópico deste terceiro tópico. Após
fazê-las à classe, dê um tempo para que os alunos respondam. Ouça com atenção
e, em seguida, exponha o tópico dando ênfase às possíveis dúvidas identificadas
nas respostas fornecidas por eles.
CONHEÇA MAIS
Primeira Ressurreição
"De Maneira geral, assim é visto o arrebatamento da Igreja
que, juntamente com o rapto dos vivos, constituir-se-á também da revificação,
imortalização e glorificação dos que morreram em Cristo (l Co 15.50-57)".
Para conhecer mais, leia Dicionário Teológico, CPAD, p.320.
CONCLUSÃO
Nós cremos que, assim como todas as
profecias sobre a primeira vinda do Messias se cumpriram, de igual modo todas
as profecias sobre o mundo vindouro se cumprirão também, pois Deus é fiel.
PARA REFLETIR
A respeito do mundo
vindouro, responda:
• O que é o Milênio?
O milênio é o reino de
Cristo de mil anos. Nesse período, Satanás será aprisionado no abismo instalado
por ocasião da vinda de Cristo em glória (Ap 20.2,3).
• Quem são os que fazem parte da
primeira ressurreição?
Por ocasião do
arrebatamento da Igreja, serão ressuscitados os súditos do Rei dos reis.
• Quem executará o juízo do Grande
Trono Branco?
Deus executará esse juízo
por meio de Jesus Cristo.
• Por que o velho mundo precisa
desaparecer?
O velho mundo vai
desaparecer (Is 34.4; 51.6; 2 Pe 3.7,10,12) por causa da sua contaminação; os
céus e a terra não poderão resistir à santidade e à glória de Deus.
• Onde é o eterno lar dos santos?
A nova Jerusalém é o
eterno lar de todos os salvos em Cristo.