Revista: Do
professor - CPAD
Data da
aula: 25 de Junho de 2017
Trimestre: 2°
de 2017
Texto Áureo
"[...]
E o seu nome será Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade,
Príncipe da Paz." (Is 9.6)
Verdade Prática
Como
Homem, Jesus encarnou e demonstrou ter um caráter perfeito, suportando as
fraquezas humanas, sem dar lugar ao pecado.
LEITURA DIÁRIA
Segunda
- Jo 1,2: Jesus, o Verbo de Deus
Terça
- Gn 3.15: Jesus, a semente da mulher
Quarta
- Jo 1.14: Jesus, o Unigénito do Pai
Quinta
- At 10.38: Jesus, ungido por Deus
Sexta
- Jo 14.6: Jesus, o caminho, a verdade e a vida
Sábado
- Mt 24.30: Jesus voltará "com poder e grande glória"
LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE
Mateus
1.18, 21-23; 3.16,17
18
Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Estando Maria, sua mãe, desposada
com José, antes de se ajuntarem, achou-se ter concebido do Espírito Santo.
21
E dará à luz um filho e chamarás o seu nome JESUS; porque ele salvará o seu
povo dos seus pecados.
22
Tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que foi dito da parte do Senhor,
pelo profeta, que diz;
23
Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, E chamá-lo-ão pelo nome de
EMANUEL, Que traduzido é: Deus conosco.
MATEUS 3.16,17:
16
E, sendo Jesus batizado, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e
viu o Espírito de Deus descendo como pomba e vindo sobre ele.
17 E eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho
amado, em quem me comprazo.
HINOS SUGERIDOS:
3,41, 412 da Harpa Cristã
OBJETIVO GERAL
Mostrar
que Jesus encarnou e demonstrou ter um caráter perfeito.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Apresentar
Jesus de Nazaré como Filho do Homem;
Apontar o
ministério e caráter supremo de Jesus;
Explicar a
respeito da morte, ressurreição e volta de Cristo.
INTERAGINDO COM O
PROFESSOR
Prezado professor, vamos concluir o trimestre estudando a respeito
do Ho-mais importante de todos os tempos — Jesus. Sua vinda a este mundo se deu
deforma sobrenatural e foi tão significativa e marcante que a História foi
dividida em duas partes: antes de Cristo e depois. Como Homem, Jesus teve um
desenvolvimento e um caráter perfeito que refletia a sua natureza divina. Até
os 30 anos, Ele viveu como todo judeu. Foi apresentado no Templo por seus pais,
participou das festas judaicas, trabalhou como carpinteiro, pagou impostos e
teve uma vida sociável, indo a jantares na casa dos amigos e a festas de
casamento. Por isso, Jesus deve ser nosso modelo e referência como Homem e
servo. Que possamos seguir sempre os seus passos, glorificando o seu nome.
PONTO CENTRAL
Como
Homem, Jesus demonstrou ter um caráter perfeito.
INTRODUÇÃO
Nesta
lição, refletiremos a respeito de Jesus, o Homem de caráter perfeito. É
impossível descrever a grandeza de lua personalidade e do seu caráter com
palavras meramente humanas. Sua entrada no seio da raça humana, que se achava
em miséria espiritual, não somente significou Deus entre nós, o Emanuel (Mt
1.23), mas o cumprimento da promessa do Criador de redimir o homem no Éden. Ele
se humanizou como "a semente da mulher" que haveria de ferir a cabeça
do Diabo (Gn 3.15).
I - JESUS DE NAZARÉ,
O FILHO DO HOMEM
1. Sua origem humana.
Jesus
se fez homem a fim de remir o homem perdido, através do mistério da encarnação.
Ele, o Verbo Divino se fez carne "e habitou entre nós" (Jo 1.14). Ele
nasceu como homem no tempo (gr. Kairós)
de Deus. Diz Paulo: "Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu
Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para remir os que estavam debaixo
da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos" (Gl 4.4,5).
2. Sua entrada no mundo.
Foi
marcada por eventos de caráter espiritual e humano de grande significado. O
anjo Gabriel foi enviado à pequena cidade de Nazaré, na Galileia, para anunciar
à jovem Maria que ela seria mãe do Salvador do mundo, e que Ele seria gerado
pelo Espírito Santo (Lc 1.30,31; 34,35). Ao ser concebido Jesus se fez
Verdadeiro Homem e Verdadeiro Deus.
3. Seu desenvolvimento
humano e espiritual.
Seu
caráter singular é modelo e referência para todos os homens em todos os lugares
e em todos os tempos. Em sua infância e adolescência, sua criação foi esmerada:
"E o menino crescia e se fortalecia em espírito, cheio de sabedoria; e a
graça de Deus estava sobre ele. Ora, todos os anos, iam seus pais a Jerusalém,
à Festa da Páscoa" (Lc 2.40,41). Dos doze aos trinta anos, Jesus exerceu o
ofício de carpinteiro, aguardando o momento de iniciar seu ministério terreno
em prol da salvação da humanidade. Seu caráter humano refletia a sua natureza
divina.
Ele
foi apresentado ao mundo como "O Verbo" que "era Deus",
sendo Criador de todas coisas, pois "Ele estava no princípio com Deus. Todas
as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez"
(Jo 1.1-3).
SÍNTESE DO TÓPICO l
Jesus de Nazaré foi e
é o Filho do Homem.
SUBSÍDIO CRISTOLÓGICO
Filho do Homem
De todos os seus títulos, 'Filho do
Homem' é o que Jesus preferia usar a respeito de si mesmo. E os escritores dos
evangelhos sinóticos usam a expressão 69 vezes. O termo 'filho do homem' tem
dois possíveis significados principais. O primeiro indica simplesmente um
membro da humanidade. E, neste sentido, cada um é um filho do homem. Tal
significado era conhecido nos dias de Jesus e remonta (pelo menos) aos tempos
do livro de Ezequiel, onde é empregada a fraseologia hebraica bem' adam, com
significado quase idêntico. Essa expressão, na realidade, pode até mesmo
funcionar como o pronome da primeira pessoa do singular, 'eu' (cf. Mt 16.13).
Por outro lado, a expressão é usada
também a respeito da personagem profetizada em Daniel e na literatura
apocalíptica judaica posterior. Essa personagem surge no fim dos tempos com uma
intervenção dramática, a fim de trazer a este mundo a justiça de Deus, o seu
Reino e o seu julgamento. Daniel 7.13,14 é o texto fundamental para esse
conceito apocalíptico"! (HORTON, Stanley. Teologia Sistemática: Uma
perspectiva pentecostal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p. 310).
II - SEU MINISTÉRIO E
CARÁTER SUPREMO
1. O caráter exemplar de
Jesus.
Em
seu ministério, Jesus demonstrou aspectos do seu caráter que são referência e
modelo para todos os que o aceitam como Senhor e Salvador. Suas ações revelam
tanto o lado divino como o lado humano de sua personalidade marcante e
singular.
a) Humildade e mansidão.
Para
iniciar o seu ministério, foi até o rio Jordão para ser batizado por João
Batista. Este sentiu-se constrangido, dizendo que Jesus é que deveria
batizá-lo. Mas Jesus insistiu com João para que o balizasse, a fim de cumprir
"toda a justiça" (Mt 3.13-15). Ele implantou a "escola da
mansidão e da humildade", convidando a todos para aprenderem com Ele (Mt
11.28-31). Sendo Deus, Criador e Senhor, despojou-se de seus atributos divinos,
tornou-se homem e servo, humilhando-se "até à morte" (Fp 2.6-8).
Jesus surpreendeu os discípulos quando fez um trabalho de escravo, lavando os
pés de todos eles (Jo 13.3-5). Mansidão e humildade são requisitos
indispensáveis para quem quer ser discípulo de Jesus.
b) Misericórdia e compaixão.
Ele
teve compaixão das multidões, que andavam desgarradas como ovelhas sem pastor
(Mt 9.36). Curou muitos que sofriam com enfermidades (Mt 14.14). Ele se
compadeceu das pessoas famintas (Mt 15.32). Na parábola do Bom Samaritano,
Jesus pôs em evidência a insensibilidade dos religiosos que não tinham compaixão
pelos caídos à beira do caminho (Lc 10.30-37). Hoje, infelizmente, muitos que
se dizem cristãos têm mais preocupação com riquezas, posições e prestígio
pessoal do que com as almas atacadas pelo Maligno.
c) Espírito pacificador.
Jesus
conhecia bem a natureza humana sujeita as desavenças e desentendimentos, mesmo
entre os irmãos. Por isso, Exortou: "Portanto, se trouxeres a tua oferta
ao altar e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa
ali diante do altar a tua oferta, vai reconciliar-te primeiro com teu Irmão, e
depois vem, e apresenta a tua oferta" (Mt 5.23,24). De forma mais prática,
ele reproduziu a mensagem do salmo 133, tão esquecida nos dias atuais. Paulo
aconselha-nos a ter paz com todos, sempre que possível (Rm 12.8; Hb 12.14).
2. Na prática, Ele
demonstrou o leu imenso amor pelos pecadores.
Os
fariseus queriam matar a mulher adúltera. Jesus a perdoou e ordenou que não
pecasse mais (Jo 8.11). Aos seus discípulos, ensinou: "Como o Pai me amou,
também eu vos amei a vós; permanecei no meu amor" (Jo 15.9). Ele declarou
ao doutor da lei que o maior dos mandamentos é amar a Deus acima de tudo, e o
segundo, é amar ao próximo como a si mesmo (Mt 22.34-40). O amor é "a
marca do cristão" (Jo 13.34,35).
3. Seu caráter é referência
para a Igreja.
Ele
disse: "Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós
também" (Jo 13.15). Em seu aspecto espiritual, como corpo de Cristo, a
Igreja não tem defeito. Ela é "igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem
coisa semelhante, mas santa e irrepreensível" (Ef 5.27). No aspecto
humano, porém, como organização existem as "igrejas", formadas por
homens mortais, falíveis e sujeitos a erros e pecados. Jesus é "o caminho,
e a verdade, e a vida" (Jo 14.6).
SÍNTESE
DO TÓPICO II
Como Filho do Homem, Jesus teve um
ministério e caráter supremo.
SUBSÍDIO CRISTOLÓGICO
O Ministério Terreno de Cristo
Cristo se fez Homem e Servo. Sendo rico, fez-se pobre; sendo santo,
foi feito pecado (2 Co 5.21). Fez-se maldição (Gl 3.13) e foi contado com os
transgressores. Sendo digno, consideraram indigno. Foi, ainda, feito menor que
os anjos, que devem ter ficado espantados ao verem Deus encarnado, como servo,
sendo tentado, sofrendo escárnio e crucificado. Mas, depois de tudo, viram
entronizado e glorificado.
Após seu batismo, Jesus inicia seu ministério. João Batista não via
necessidade de que Ele fosse batizado: sentiu-se inferior e sabia que Jesus não
tinha pecado — Ele não precisaria passar por um batismo de arrependimento nem
tinha de que se arrepender, mas Jesus fez questão de ser batizado, num ato de
obediência e para cumprir toda a justiça, deixando-nos o exemplo (Mt 3.14,15).
Seu ministério foi exercido na plenitude do Espírito. Após ter sido batizado
por João, Jesus foi impelido pelo Espírito Santo, a fim de jejuar quarenta dias
e quarenta noites no deserto. Nesta fase de jejum, oração e meditação num lugar
solitário, preparado pelo Espírito Santo, Ele teve o seu preparo espiritual.
O ministério de Jesus durou cerca de três anos. O cálculo da duração
é feito com base nas festas pascais em que Ele esteve. O início de seu
ministério se deu na véspera de uma Páscoa; depois, participou de mais duas e
morreu na véspera de outra. O primeiro ano foi o da obscuridade; o segundo, o
do favor público e o terceiro, o da oposição" (SILVA, Severino Pedro da.
Teologia Sistemática Pentecostal. 1.ed, Rio de Janeiro: CPAD, 2008, p. 142).
Ill - A MORTE,
RESSURREIÇÃO E VOLTA DE CRISTO
1. A morte de Cristo,
exemplo supremo de amor.
O
significado de sua morte pode ser resumido no que Ele próprio disse a
Nicodemos: "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que' deu o seu Filho
unigénito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida
eterna" (Jo 3.16). Através de sua morte, Jesus, fiel Sumo Sacerdote,
propiciou a reconciliação do homem com Deus (Hb 2.17). Na cruz, Ele revelou o
auge de seu caráter amoroso e perdoador. Antes do último suspiro, clamou a
Deus: "E dizia Jesus: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem
[...]" (Lc 23.34).
2. A ressurreição de Jesus e
a sua vinda em glória.
Na
ressurreição, o caráter humano foi absorvido pelo caráter divino. Se para
fazer-se homem despojou-se de sua glória, na ressurreição retomou a plenitude
de sua grandeza divina, e venceu todas as forças do mal, resultantes da Queda
do homem (1Co 15.19-26).
SÍNTESE
DO TÓPICO III
Jesus veio ao mundo, morreu, ressuscitou
e voltará novamente para buscar aqueles que são seus.
CONHEÇA MAIS
Jesus
"O ministério terreno de Jesus começou na cidade de Belém, na
província romana da Judeia. A ameaça à vinda do Rei Jesus, quando menino,
levara José a reunir a família e fugir para o Egito, mas, ao retornarem. Deus
recomendou que se estabelecessem em Nazaré, na Galiléia. Com aproximadamente 30
anos, Jesus foi balizado no rio Jordão e, logo depois, foi tentado por Satanás
no deserto da Judeia. Então, Jesus principiou seu trabalho em Cafarnaum, e
passou a ministrar por toda a Israel, proferindo parábolas, ensinando sobre o
Reino e curando os enfermos." Para conhecer mais leia. Bíblia de Estudo
Aplicação Pessoal, CPAD, p. 1210.
SUBSÍDIO CRISTOLÓGICO
A morte de Cristo foi voluntária
"Jesus não foi forçado à cruz. Nada fez contra a sua vontade.
Submeteu-se à aflição espontaneamente. Humilhou-se até à morte, e morte de
cruz. Deixou-se crucificar. Que graça espantosa por parte daquEle que tudo
podia fazer para evitar tamanho suplício. Ele tinha o poder de entregar a sua
vida e tornar a toma-la — e de fato fez isso. Sim, eterno Salvador não foi
forçado ao Calvário, mas atraído para ele, por amor a Deus e à humanidade
perdida.
Sua morte foi vicária e sem dúvida, o profeta Isaías tinha em mente
o cordeiro pascal, oferecido em lugar dos israelitas pecadores. Sobre a cabeça
do cordeiro sem mancha realizava-se uma transferência dupla. Primeiro,
assegurava-se o perdão divino mediante o santo cordeiro, oferecido e morto.
Segundo, o animal, sendo assado, servia de alimentação para alimentar o povo
eleito. O sacrifício de Cristo foi duplo: morreu para nos salvar, e ressuscitou
para nossa justificação. Cristo também é o Pão da vida, o nosso 'alimento
diário'.
Sua morte foi cruel. Ele foi levado ao matadouro, esta palavra
sugere brutalidade. Não é de admirar que a natureza envolvesse a cruz em um
manto de trevas, cobrindo, assim, a maldade dos seres humanos.
José de Arimateia, conseguiu permissão de Pilatos para tirar o corpo
da cruz. E, com Nicodemos, levando quase cem arráteis dum composto de mirra,
aloés, envolveram o corpo do Senhor em lençóis com as especiarias, como era
costume dos judeus. Havia no horto daquele lugar um sepulcro em que ainda
ninguém havia sido posto. Ali puseram Jesus (Jo 19.38-42). Sepultar os mortos
era considerado um ato de piedade. Também era comum que se sepultassem os
mortos no mesmo dia de seu falecimento. O corpo de um homem executado não tinha
permissão de ficar pendurado na cruz a noite inteira (Dt 21.23), pois isso,
para a mente judaica, poluiria a terra. Às seis horas, começaria o sábado da
semana da Páscoa, durante a qual estava proibida qualquer execução"
(SILVA, Severino Pedro da. Teologia Sistemática Pentecostal. 1.ed, Rio de
Janeiro: CPAD, 2008, p. 156).
CONCLUSÃO
Jesus
é o maior e mais excelente personagem da História. Não é fácil descrevê-lo, não
tanto por falta de dados e informações, mas por causa de sua grandeza, de sua
personalidade singular e de seu caráter inigualável. Não poderia ser diferente.
"Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra,
visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam
potestades; tudo foi criado por ele e para ele. E ele é antes de todas as
coisas, e todas as coisas subsistem por ele. E ele é a cabeça do corpo da
igreja; é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha
a preeminência" (Cl 1.16-18).
PARA REFLETIR
A respeito de Jesus Cristo, o modelo
supremo de caráter, responda:
• Para que Jesus se fez
homem?
Para
remir o homem perdido.
• Que fez Jesus dos doze aos
trinta anos?
Ele
exerceu o ofício de carpinteiro, aguardando o momento de iniciar seu
ministério.
• Que revelam as ações de
Jesus em seu ministério?
O
lado divino e o lado humano de sua personalidade singular.
• Cite algumas
características do caráter de Jesus como homem perfeito.
Humilde,
manso, misericordioso, pacificador.
• Como Jesus demonstrou seu
amor pelos homens?
Ele
demonstrou seu amor na prática.
CONSULTE