Este é um subsídio para a
presente lição da classe de Adultos. Para a continuação da leitura de todo este
subsídio, acesse aqui.
No estudo de hoje,
analisaremos mais um aspecto do fruto do Espírito Santo – a bondade (Gálatas
5.22; Efésios 5.9 - ACF). Em seguida discorreremos sobre outro ponto da lista
das obras da carne – Homicídio (Gálatas 5.20, ARC).
I. A BONDADE COMO FRUTO DO ESPÍRITO
1.
DEFININDO A BONDADE.
b) “Bondade” (gr. agathosune), isto é, zelo pela
verdade e pela retidão, e repulsa ao mal; pode ser expressa em atos de bondade
(Lc 7.37-50) ou na repreensão e na correção do mal (Mt 21.12,13) [Bíblia de
Estudo Pentecostal]. O termo bondade,
no original grego, ocorre apenas quatro vezes em o Novo Testamento, todas nas
cartas de Paulo (1 Ts 1.11; Rm 15.14; Ef. 5.9)
c) Bondade é aquela
qualidade de generosidade e de ação gentil para com outras pessoas. A bondade
aplica a misericórdia e o amor a todas as situações (Russell Norman Champlin,
Ph. D.).
d) Bondade — estender a
mão para fazer o bem aos outros, mesmo que eles não o mereçam. A bondade não
reage ao mal, mas absorve a ofensa e reage com ações positivas (Comentário do
Novo Testamento, Vol. 2 – CPAD).
2.
TORNANDO-SE BOM.
Os
homens tornam-se bons quando a bondade divina passa a ser cultivada neles, pelo
Espírito Santo, pois a bondade é um dos aspectos do fruto do Espírito de Deus
(Gl 5.22).
3.
JESUS E A BONDADE (gr. agathosune) E A BENIGNIDADE (gr. chrestotes).
Fazer
o “bem” aos outros não significa necessariamente fazer por meios gentis. Jesus
demonstrou agathosune (bondade) quando expulsou os compradores e os vendedores
do Templo (Mt 21.13) e quando pronunciou Suas ameaças e condenações contra os
escribas e fariseus (Mt 23); mas demonstrou chrestotes (benignidade) quando
tratou com mansidão o arrependimento no coração da mulher que era pecadora e
que ungiu os Seus pés (Lc 7.37-50).
Podemos
observar a vida terrena inteira de Jesus de Nazaré, vivida em meio a atos de
bondade para com outros. Ora, para que o crente se mostre supremamente bondoso,
precisa contar com o auxílio divino; portanto, essa qualidade é um dos aspectos
do fruto do Espírito Santo.
II. HOMICÍDIO, A
DESTRUIÇÃO DA VIDA
Enquanto
a bondade é estender a mão para fazer o bem aos outros, mesmo que eles não o
mereçam, o homicídio é uma obra da carne que tem destruído a vida alheia. Aqui,
discorreremos a cerca dos homicídios como obras da carne.
1.
O TERMO HOMICÍDIOS EM GÁLATAS 5.21.
“Invejas, homicídios, bebedices, glutonarias, e
coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos
disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus”(ACF).
Observe
que o termo “homicídios” aparece no texto acima. Entretanto, existem algumas
versões bíblicas que omitiram a palavra “homicídios” em Gálatas 5.21. Vejamos
então, algumas versões bíblicas que tem a palavra homicídios e outras que
omitiram “homicídios” em Gálatas 5.21.
a)
Exemplos de versões bíblicas que não têm a palavra homicídios em Gálatas 5.21.
1-
King James Atualizada (KJA);
2-
Almeida Revista e Atualizada (ARA);
3-
Almeida Século 21;
4-
Nova Versão Internacional ( NVI);
5-
Nova Tradução na Linguagem de Hoje (NTLH);
6-
Bíblia Viva (BV).
b)
Exemplos de versões bíblicas que não omitem a palavra homicídios em Gálatas
5.21.
1- Almeida Corrigida
Fiel (ACF).
Há quem defenda, que na língua portuguesa, esta é a versão bíblica que mais se
aproxima dos originais bíblicos, a versão mais fiel! Esta versão é usada em
bíblias de Estudos como: Scofield e Bíblia Apologética.
2- Versão Textual
Expositora.
Esta é a verão usada na Bíblia de Estudo de um dos maiores evangelista que já
pisaram nesta terra, Jimmy Swaggart.
3- Almeida Revista
Corrigida (ARC).
Esta é a versão bíblica oficial das obras publicadas pela Casa Publicadora das
Assembleias de Deus –CPAD.
4- Reina-Valera em
Português (RVP).
A matriz de seu texto é a conceituada versão espanhola Reina-Valera.
5- Novo Testamento
Interlinear Analítico Grego-Português. Esta versão usa a palavra “ASSASSINATOS” no
ligar da palavra homicídios.
2.
DEFININDO HOMICÍDIO.
a)
Definições.
“Homicídios”
(gr. phonos), isto é, matar o próximo por perversidade, assassinato.
b)
Homicídio no Antigo Testamento.
Sob
o regime da lei no Antigo Testamento, não havia qualquer tipo de força policial
como a conhecemos. Se era cometido um homicídio, cabia à família da vítima
encontrar o culpado e levá-lo à justiça.
Há
uma diferença entre homicídio doloso
(quando uma pessoa mata a outra intencionalmente) e homicídio culposo (quando não há intenção de matar) (Êx 21:12-14),
de modo que o Senhor instruiu a nação de Israel a criar seis cidades de refúgio
para onde uma pessoa acusada de homicídio poderia fugir em busca de segurança
(Nm 35:6-34; Dt 19:1-13). Os anciãos da cidade protegeriam o acusado até que o
caso fosse investigado. Se fosse considerado culpado, a família da vítima
poderia realizar a execução. Uma vez que o assassino havia derramado sangue, o
sangue dele também deveria ser derramado (Gn 9.6).
III. O HOMICÍDIO À
LUZ DA BÍBLIA
O
sexto mandamento da lei mosaica condena todo homicídio ilegal ( Êxo. 20:13). A
lei do amor, ensinada por Cristo, engloba a condenação do homicídio (ver Mat.
22:29).
O
assassínio é tratado como um dos crimes humanos mais horrendos, nas Escrituras
Sagradas, devendo ser punido com a morte do culpado (Núm. 35:31). Caim foi o
primeiro homicida do mundo (Gên. 4:8). No entanto, recebeu o equivalente a uma
sentença perpétua. Casos de homicídio justificável, como nas execuções de
criminosos, são ilustrados em trechos bíblicos como Gên. 9:6 e Núm. 31:7,8.
1.
A QUESTÃO DA PENA DE MORTE.
Por
causa do apelo à violência e ao derramamento de sangue que surge no coração
humano (Gn 6.11; 8.21), Deus procurou salvaguardar a intocabilidade da vida
humana, reprimindo o homicídio na sociedade. Ele assim fez, de duas maneiras:
(1)
Acentuou o fato de que o ser humano foi criado à imagem de Deus (1.26), e assim
sua vida é sagrada aos seus olhos;
(2)
instituiu a pena de morte, ordenando que todo homicida seja castigado com a
morte (Êx 21.12,14; 22.2; Nm 35.31; Dt 19.1-13). A autoridade para o governo
usar a espada , isto é, a pena de morte, é reafirmada no Novo Testamento (At
25.11; Rm 13.4; Mt 26.52).
a) A bíblia de Estudo
Pentecostal, ao comentar Romanos 13.4,
A
espada é frequentemente associada à morte, como instrumento da sua execução (Mt
26.52; Lc 21.24; At 12.2; 16.27; Hb 11.34; Ap 13.10). Deus, claramente, ordenou
a execução de criminosos perigosos, autores de crimes hediondos e bárbaros (Gn
9.6; Nm 35.31,33).
Aqueles
que se opõem à pena de morte perguntam: "A pena de morte reprime a criminalidade?"
Mas será que qualquer lei, inclusive as leis de trânsito, é capaz de refrear a
criminalidade? Talvez não tanto quanto gostaríamos, mas a punição de criminosos
ajuda a sociedade a respeitar a lei e a justiça.
b) A cerca do
derramamento de sangue humano, o comentarista Warren W. Wiersbe, aqueles
que matarem outro ser humano terão de prestar contas de seus atos a Deus, pois
homens e mulheres são criados à imagem de Deus. Atacar um ser humano é o mesmo
que atacar a Deus, e o Senhor trará julgamento sobre o transgressor. Toda vida
é uma dádiva de Deus, e tomar uma vida significa tomar o lugar de Deus. O
Senhor dá a vida e, assim, só ele tem o direito de autorizar que seja tirada
(Jó 1.21).
Aqueles
que matarem outro ser humano terão de prestar contas de seus atos a Deus, pois
homens e mulheres são criados à imagem de Deus. Atacar um ser humano é o mesmo
que atacar a Deus, e o Senhor trará julgamento sobre o transgressor. Toda vida
é uma dádiva de Deus, e tomar uma vida significa tomar o lugar de Deus. O
Senhor dá a vida e, assim, só ele tem o direito de autorizar que seja tirada
(Jó 1.21).
c) Mas de que modo
Deus providenciou um castigo para os assassinos e para que se fizesse justiça?
Estabeleceu
um governo humano na Terra e, ao fazê-lo, compartilhou com a humanidade o poder
assustador de tomar a vida de seres humanos. Esse é o conteúdo da ordem de Deus
em Gênesis 9:6. O governo humano e a pena capital andam juntos, conforme Paulo
explicou em Romanos 13:1-7. As autoridades governamentais têm consigo a espada
e o direito de usá-la.
Deus
instituiu o governo, pois o coração humano é perverso (Gn 6:5), e o medo do
castigo pode refrear possíveis infratores da lei. A lei é capaz de impor
limites, mas não de regenerar; somente a graça de Deus é capaz de transformar o
coração humano (Jr 31:31-34; Hb 8:7-13). No entanto, se indivíduos, famílias ou
grupos tivessem permissão de tratar com criminosos a seu modo, a sociedade
viveria num estado constante de caos. O governo humano tem suas fraquezas e
limitações, mas é melhor do que a anarquia e do que permitir que cada um faça
aquilo que considera mais reto aos seus próprios olhos (Jz 17:6; 1 8:1; 1 9:1;
21:25).
2.
ALERTAS BÍBLICAS PARA OS HOMICIDAS.
a)
Os homicidas não herdarão o Reino de Deus (Ap 22.15, 1Jo 3.15).
b)
Homicídios são práticas de carnais (Gl 5.21).
c)
Deus é o único doador da vida e proíbe o homicídio (1Sm 2.6; Êx 20.13).
A
vida é uma dádiva de Deus, e só ele tem autoridade para tomá-la. Pelo fato de
sermos feitos à imagem de Deus, o homicídio é um ataque contra Deus (Gn 1:26,
27; 9:6). Proteger a vida é responsabilidade de todos os membros da sociedade e
não só das autoridades públicas (Rm 13). O que está em questão, aqui, é o
homicídio premeditado, que, de acordo com Jesus, pode ter origem na ira (Mt
5:21-26). O povo de Israel tinha permissão de se defender (Êx 22:2), e a lei
fazia concessões para mortes acidentais (homicídio culposo), mas o homicídio
doloso era uma ofensa capital (Êx 21:12-14).
Comentarista dos Subsídios EBD: Ev. Jair Alves