As respostas das
quatro perguntas devem servir de conscientização e motivação, para que o
professor de Escola Dominical se prepare bem, a fim de dar o seu melhor diante
de sua classe.
1. Por que eu Ensino?
Essa é uma pergunta
que todo professor da Escola Dominical, ou que aspira sê-lo, precisa fazer. Ela
leva à uma reflexão, a uma auto-análise esclarecedora, pois, com toda a
certeza, desencadeará outras.
"Ensino eu, por
que há falta de professores?"; "Ensino, por que o pastor me nomeou
professor e eu não quis desagradá-lo?"; "Ensino, por que é minha
obrigação?"; "Ensino por que desejo ocupar um cargo na igreja?"
"Ou será que
ensino, por que desejo repartir os talentos que o Senhor me confiou, e por que
ardem em meu coração as palavras do Senhor Jesus: "Portanto, ide,
ensinai...!" (Mt 28.19)?
Veja também:
A motivação existente
no coração do professor está diretamente associada ao seu comportamento perante
seus alunos, ao modo como prepara suas lições, ao seu relacionamento com os
colegas, à fidelidade de sua missão e ao êxito que possa ter no exercício de
seu ministério.
A tarefa do professor
da Escola Dominical, muito mais do que aquela que é desenvolvida pelos que
trabalham nas escolas seculares, está ligada à educação. O professor da Escola
Dominical é mais um educador do que propriamente um professor. A diferença
entre os dois é que o educador sabe que tem uma missão a cumprir.
Evidentemente que,
como também acontece no ensino secular, existem muitos professores que são também
educadores. Entretanto, tal fato na Escola Dominical não deve ser uma
possibilidade. Deve ser uma condição.
Para cumprir sua
missão, cada professor precisa conscientizar-se de que sua tarefa é bem mais
ampla do que possa imaginar. Deve saber que estará ensinando durante sete dias
da semana, através de seu exemplo pessoal. Aquilo que disser aos seus alunos no
sétimo dia deve condizer com o que viveu durante os seis primeiros.
De outra forma, sua
aula correrá o risco de se assemelhar ao movimento de uma máquina de moer café,
sem o referido grão. Fará muito barulho, mas não haverá pó algum saindo pelo
tubo, pois não há produto para ser triturado.
A missão de ensinar
exige abnegação, carinho, cuidado, preparo e, principalmente, amor. Que cada
professor, com a ajuda do Senhor, possa cuidar para não ser apenas "como o
metal que soa ou como o címbalo que retine" (1 Co 13.1).
Veja
também:
2. O que Ensinarei?
Para o professor da
Escola Dominical não pode haver outra resposta senão: "Ensinarei a Bíblia,
a Palavra de Deus". Naturalmente que a aula deverá ser enriquecida com
exemplos, ilustrações, comparações, etc., que a tornem dinâmica e interessante.
O professor deverá
também estar familiarizado com a história, a geografia e os costumes dos tempos
bíblicos; mas a essência, o resultado último visado, deve ser o ensino da
Palavra de Deus pois é Ela o rio cristalino que irriga as mentes adormecidas na
ignorância transformando a vida do ser
humano em correntes de águas fluidas, aptas também a levar a semente do
Evangelho ao mundo.
"Não é a minha
palavra como fogo, diz o Senhor, e como um martelo que esmiúça a pedra?"
(Jr 23.29).
O professor da Escola
Dominical deve estar consciente de que a matéria que ministra é a mais sublime
que existe. Enquanto as matérias seculares, conquanto importantes e necessárias
para o desenvolvimento intelectual, estão restritas à existência neste mundo, a
Bíblia Sagrada transcende esta vida e desvenda, para o homem, o plano da
salvação e o destino eterno de sua alma.
Ensinar a Bíblia
constitui, portanto, mais do que um dever; é um privilégio confiado, de maneira
toda especial, ao professor da Escola Dominical.
3. Como Ensinarei?
Eis aqui uma pergunta
que merece toda a atenção por parte do professor da Escola Dominical.
Já vimos que, para
ocorrer o aprendizado, é necessário que a mente do aluno esteja predisposta a
aprender. O ser humano é dotado de cinco sentidos naturais: visão, audição,
tato, olfato e paladar. O professor deve perceber quais desses sentidos recebem
e retêm melhor (em função das circunstâncias) as verdades ensinadas, e como
fazer para atingi-los, em benefício da aprendizagem.
Há professores que
não ensinam, mas, virtualmente, apenas falam em frente a grupo de alunos. Suas
classes, como conseqüência, ao invés de crescer, diminuem.
É de importância
fundamental estar consciente de que, no "COMO ENSINAR", se incluem,
antes de mais nada, a oração, o preparo cuidadoso da lição e o cultivo de uma
íntima comunhão com Deus, através de sua Palavra.
Todavia, o professor
precisa conhecer as diversas maneiras de ensinar e como fazer uso delas,
levando em conta os diversos fatores ligados ao processo de comunicação humana.
No "COMO
ENSINAR", é de relevância também considerar qual a postura ou o papel que
se assume perante os alunos. Uma postura arrogante influirá negativamente no
ensino; uma postura amigável influirá positivamente, e assim por diante.
Relevantes também,
são fatores tais como: eloquência, entusiasmo, desprendimento e outros, alguns
dos quais estudaremos em capítulos subsequentes.
4. A quem Ensinarei?
Em Deuteronômio 31.12
encontramos estas palavras: "Congregai o povo, homens, mulheres e
pequeninos, e os estrangeiros que estão dentro de vossas portas, para que ouçam
e aprendam, e temam ao Senhor vosso Deus, e tenham cuidado de cumprir todas as
palavras desta lei".
O professor deve ter
em mente QUEM será o alvo de seus ensinamentos. A responsabilidade de Deus, dada aos
israelitas, envolvia ensinar homens, mulheres, pequeninos e estrangeiros. A
responsabilidade do professor da Escola Dominical envolve também conhecer QUEM
são seus alunos.
São crianças? São
adultos? São jovens? Cada grupo tem suas características e interesses
particulares e quem os ensina deve estar adestrado para a sua situação
específica. Isso será de enorme valia no êxito de seus ensinamentos.
Fonte:
Como Tornar o Ensino Eficaz /Antonio Tadeu Ayres.