Se a ordem de Jesus
para o crente pregar o evangelho não for cumprida, Deus poderá permitir-lhe
circunstâncias adversas. Vejamos alguns exemplos:
1. O SALMISTA
“Com o silêncio
fiquei como mudo; calava-me mesmo acerca do bem; mas a minha dor se agravou”
(SI 39.2). Em que situação difícil Davi, o autor desse salmo, ficou! Idêntico
fato também ocorreu com Jeremias (Jr 20.8,9).
2. O IRMÃO DO FILHO PRÓDIGO
Quando o filho
pródigo voltou para o lar paterno, houve grande alegria por parte de todos da
casa de seu pai (Lc 15. 24,25). Porém, o irmão do pródigo não se interessou
pelo bem-estar de seu irmão caçula, que havia voltado depois de longo tempo de
ausência: ficou magoado, aborrecido (Lc 15.25.32). Os que não se interessam pelas
almas perdidas estão fadados a chegar à situação do irmão do filho pródigo.
3. O SACERDOTE E O LEVITA
Algumas pessoas se
desviam de suas obrigações, tal qual o levita e o sacerdote da Parábola do Bom
Samaritano, que deixaram de usar de misericórdia para com o homem caído na
estrada (Lc 10.31,32). “O que tapa o seu ouvido ao clamor do pobre também
clamará e não será atendido” (Pv 21.13), da mesma forma “Aquele, pois, que sabe
fazer o bem e o não faz comete pecado” (Tg 4.17).
4. PERSEGUIÇÕES
Perseguições poderão
vir quando deixamos de cumprir a ordem do Senhor para pregar. Jesus havia dito
aos discípulos que, após receberem o batismo no Espírito Santo, deveriam pregar
“tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra”
(At 1.8). Porém, depois de terem recebido a promessa, eles somente se ocuparam
da cidade de Jerusalém, que se encheu da doutrina (At 5.28). Enquanto isso,
outros lugares esperavam pela Palavra, e Deus permitiu uma perseguição que
espalhou os discípulos de modo que foram pregar em outras partes (At 8.4).
5. PROVAÇÕES
Deus também poderá
permitir provações se sua ordem não for atendida. Jonas recebeu a incumbência
de ir pregar na cidade de Nínive (Jn 1.2), porém desobedeceu e foi para Társis,
tentando fugir da presença de Deus (Jn 1.3).
Quando Jonas estava
no barco, um grande temporal se levantou e ameaçou o navio de naufragar.
Somente depois que ele confessou ser a causa de tudo e, em conseqüência, foi
lançado ao mar, é que a tormenta cessou. Deus providenciou um grande peixe que
tragou o profeta, “... e esteve Jonas três dias e três noites nas entranhas do
peixe” (Jn 1.17). Somente depois que orou e confessou sua falta é que Deus o
tirou de tão incômoda e angustiosa situação (Jn 2.1-10). Havendo novamente
recebido a determinação de pregar em Nínive, obedeceu (Jn 3.1-3). Tudo poderia
ser evitado se ele tivesse atendido, na primeira vez, a ordem do Senhor.
6. OUTROS MEIOS
Se os crentes não
pregarem, Deus poderá usar outros meios para despertar os homens: para Balaão,
Deus usou uma jumenta que filou (Nm 22.22-30); para o carcereiro de Filipos,
Ele usou um terremoto (At 16.26); para Pedro, um galo (Mt 26.74,75). Deus quer
usar o seu povo para pregar o evangelho; portanto, “... tocai a trombeta na
terra!” (Jr 4.5).