Lição 6 – A lei, a Carne e o Espírito - Subsídios Dominical

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Lição 6 – A lei, a Carne e o Espírito

Obs. Subsídio teológico para a lição 6– Adultos, 2° tri. De 2016. Acesse aqui outros subsídios
O que é a Lei? O que é a carne? Quais São as obras da carne? Quais são os aspectos do fruto do Espírito de Deus? Passaremos a discorremos sobre essas questões.
I. A LEI DE MOISÉS
1. Definição.
A lei revelava a vontade de Deus quanto à conduta do seu povo; ela não foi dada como meio de salvação. Os judeus definem a Lei de Moisés como a expressão máxima da vontade de Deus.
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A palavra traduzida 'lei' (gr. nomos. hb. torah) significa 'ensino' ou 'instrução'. O termo lei pode referir-se aos Dez Mandamentos, ao Pentateuco ou a qualquer mandamento no Antigo Testamento.
O uso por Paulo da palavra 'lei' pode incluir o sistema sacrificial do concerto mosaico.


A lei foi dada para nos conduzir a Cristo a fim de sermos justificados pela fé (Rm 7.24). Mas agora que Cristo já veio, finda está a função da lei como supervisora (Rm 7.25). Por isso, já não se deve buscar a salvação através das provisões do antigo concerto, nem pela obediência às suas leis e ao seu sistema de sacrifícios.
A salvação, agora, tem lugar de conformidade com as provisões no novo concerto, a saber, a morte expiatória de Cristo, a Sua ressurreição gloriosa e o privilégio subsequente de pertencer a Cristo (Rm 7.27-29).
2. Especulações rabínicas.
Os rabinos afirmavam que a Lei de Moisés consistia de 613 preceitos divididos em dois grupos.
Os preceitos positivos (o que se deve fazer) são em número de 248, e representavam o número de órgãos do corpo humano segundo a medicina da época; os preceitos negativos (o que não é permitido fazer) são em número de 365, e representam os dias do ano.

  LEIA TAMBÉM:
3. Resumo da Lei de Moisés.
Estes preceitos, segundo eles, foram reduzidos ali, nos dias de Davi (SI 15.2-5); a 6, nos dias do profeta Isaías (Is 33.15); depois a 3 (Mq 6.8); depois a 2 (Am 5.4); e, finalmente a 1: "O justo pela sua fé viverá" (He 2.4b). A doutrina da justificação tem base, portanto, na própria Escritura dos judeus: o Antigo Testamento.

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4. Jesus e a Lei de Moisés (Mt 5.17,18; Rm 10.4, Hb 7.12).
Havia muitas especulações sobre os preceitos da Lei de Moisés, principalmente nos dias de Herodes, o Grande.
Muitos rabinos resolveram buscar a perfeição na observância dos preceitos da lei. O mais excelente desses mestres só conseguiu observar 230 dos 248 preceitos positivos. Só Jesus cumpriu integral e perfeitamente a lei.
Como querem, pois, os judeus e outros como os adventistas do sétimo dia a justificação pelas obras da lei?
Os pensamentos, as palavras e as ações exigidos pela lei de Deus. O aspecto cerimonial da lei mosaica foi posto de lado (Cl 2.14-17), e a responsabilidade básica quanto ao aspecto civil, que mostra a aplicação da lei moral em uma comunidade, foi transferida para o governo humano (Rm 13.1-7).

A lei moral tem a sua base no caráter de Deus e é apresentada em linhas gerais nos Dez Mandamentos: sua forma mais reduzida está nos mandamentos de Jesus para a pessoa amar a Deus e amar ao próximo como a ela mesma. Ela nunca foi abolida e encontra a sua autoridade na nova aliança, lodo incrédulo está debaixo da sua exigência de perfeição e sua condenação até que vá a' Cristo (Gl 3.23-25), e todo cristão ainda encontra nela o padrão de comportamento.

Embora o cristão não soja mais escravo da condenação e do castigo da lei moral (Rm 7.6), a lei ainda reflete o caráter moral de Deus e sua vontade para as suas criaturas. Porém, o que o código escrito, exterior, não foi capaz de cumprir, o Espírito é capaz de fazer ao gravar a lei no nosso coração (Jr 31.33-34) e dando-nos força para obedecer a ela.
5. A tríplice função da Lei (Rm 7)
a) A lei veio revelar o pecado (v.7).
O apóstolo disse que não co­nheceu o pecado senão pela lei. Isso, aliás, ele já havia dito antes: "Pela lei vem o conhecimento do pecado" (Rm 3.20).
O apóstolo afirma ainda que a lei serviu como um ho­lofote para trazer à tona o pecado: "Veio, porém, a lei para que a ofen­sa abundasse; mas, onde o pecado abundou, superabundou a graça" (Rm 5.20).

Por conseguinte, Paulo atribui a lei uma função terapêutica. Ou seja: a lei serviu para mostrar a causa do pecado e o remédio para curá-lo. Esse remédio, logicamente, não é a lei, mas o sangue de Jesus (Rm 3.24-26).

b). A lei veio provocar o pecado (v.8). Paulo declara que a lei despertou nele toda a concupiscência: "Mas o pecado, tomando ocasião pelo mandamento, despertou em mim toda a concupiscência: porquanto, sem a lei, estava morto o pecado" (Rm 7.8).
A Lei foi dada por Deus 'por causa das transgressões', isto é, a fim de demonstrar que o pecado é a violação da vontade de Deus, e despertar os homens a verem sua necessidade de misericórdia, graça e salvação de Deus em Cristo (Rm 7.24;Rm 5.20; 8.2).
1) Infância. No v.9, Paulo diz: "E eu, nalgum tempo, vivia sem lei". É uma referência à sua infância.

2) O bar mitzvah. "Mas, vindo o mandamento", uma referência ao bar mitzvah, expressão aramaica que significa "filho do mandamento". É a maioridade espiritual do judeu, cerimonia religiosa em que o menino faz pela primeira vez a leitura pública da Torah - Lei de Moisés -, ao completar 13 anos.

Os judeus dizem que, a partir daí, o menino passa a ser responsável diante de Deus. A passagem de Lucas 2.42 diz respeito ao bar mitzvah de Jesus.
3) O pecado foi ativado. Tendo passado por esse rito judaico, confessa o apóstolo: "Reviveu o pecado, e eu morri". A lei provocou o pecado. Todos sabem que as proibições tendem a despertar o desejo (v.8).

c). A lei veio condenar o pecado (v.7). Dos dez mandamentos, o apóstolo tomou o último: "Não cobiçarás" (Êx 20.17). Esse mandamento era então o que mais incomodava Paulo, pois refletia algo interior; não era meramente uma ação exteriorizada. Ele estava mostrando que o pecado não consiste apenas em atos exteriores, mas no que se passa no interior do homem (Mt 5.27,28). Um exemplo é a cobiça.

6. O relacionamento entre o crente e a lei de Deus.
O propósito de Cristo é que as exigências espirituais da lei de Deus se cumpram na vida dos seus seguidores (Rm 3.31; 8.4).

O relacionamento entre o crente e a lei de Deus envolve os seguintes aspectos:

(1) A lei que o crente é obrigado a cumprir consiste nos princípios éticos e morais do AT (7.12; 22.36-40; Rm 3.31; Gl 5.14); bem como nos ensinamentos de Cristo e dos apóstolos (28.20; 1 Co 7.19; Gl 6.2). Essas leis revelam a natureza e a vontade de Deus para todos e continuam hoje em vigor.

As leis do Antigo Testamento destinadas diretamente à nação de Israel, tais como as leis sacrificiais, cerimoniais, sociais ou cívicas, já não são obrigatórias (Hb 10.1-4; e.g., Lv 1.2,3; 24.10).

(2) O crente não deve considerar a lei como sistema de mandamentos legais através do qual se pode obter mérito para o perdão e a salvação (Gl 2.16,19). Pelo contrário, a lei deve ser vista como um código moral para aqueles que já estão num relacionamento salvífico com Deus e que, por meio da sua obediência à lei, expressam a vida de Cristo dentro de si mesmos (Rm 6.15-22).

(3) A fé em Cristo é o ponto de partida para o cumprimento da lei. Mediante a fé nEle, Deus torna-se nosso Pai (cf. Jo 1.12). Por isso, a obediência que prestamos como crentes não provém somente do nosso relacionamento com Deus como legislador soberano, mas também do relacionamento de filhos para com o Pai (Gl 4.6).

(4) Mediante a fé em Cristo, o crente, pela graça de Deus (Rm 5.21) e pelo Espírito Santo que nele habita (Gl 3.5,14; Rm 8.13), recebe o impulso interior e o poder para cumprir a lei de Deus (Rm 16.25,26; Hb 10.16). Nós a cumprimos, ao andarmos segundo o Espírito (Rm 8.4-14).

O Espírito nos ajuda a mortificar as ações pecaminosas do corpo e a cumprir a vontade de Deus (Rm 8.13; ver Mt 7.21 nota). Por isso, a conformidade externa com a lei de Deus deve ser acompanhada pela transformação interior do nosso coração e espírito (cf. vv. 21-28).

(5) Os crentes, tendo sido libertos do poder do pecado, e sendo agora servos de Deus (Rm 6.18-22), seguem o princípio da fé , pois estão debaixo da lei de Cristo (1 Co 9.21). Ao fazermos assim, cumprimos a lei de Cristo (Gl 6.2) e em nós mesmos somos fiéis à  exigência da lei (ver Rm 7.4 nota; 8.4 nota; Gl 3.19 nota; 5.16-25).

(6) Jesus ensinava enfaticamente que cumprir a vontade do seu Pai celeste é uma condição permanente para a entrada no reino os céus.
Jesus ensinava enfaticamente que cumprir a vontade do seu Pai celestial é uma condição prévia essencial para a entrada no reino dos céus (Mt 7. 22-25; 19.16-26; 25.31-46). Isto, no entanto, não significa que a pessoa pode ganhar ou merecer a salvação mediante seus próprios esforços ou obras.
Isto é verdadeiro pelas seguintes razões:
(1) O perdão divino o homem obtém mediante a fé e o arrependimento, concedidos pela graça de Deus e a morte vicária de Cristo por nós (; Lc 15.11-32; 18.9-14).
(2) A obediência à vontade de Deus, requerida por Cristo, é uma condição básica conducente à salvação, mas Cristo também declara ser ela uma dádiva ligada à salvação dentro do reino. Embora seja a salvação uma dádiva de Deus, o crente deve buscá-la continuamente; recebê-la e evidenciá-la mediante uma fé sincera e decidido esforço.
Esse fato é visto na Oração Dominical (6. 9-13) e nas  muitas exortações para que o crente mortifique o pecado e se apresente a Deus como sacrifício vivo (Rm 6. 1-23; 8. 1-17; 12.1,2).

(3) O crente pode fazer a vontade de Deus e viver uma vida justa em virtude dessa dádiva, i.e., a graça e o poder de Deus e a vida espiritual que lhe são comunicados continuamente mediante Cristo. As Escrituras declaram: Pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus... Porque somos feitura sua (Ef 2.8-10).

(4) Deus sempre torna possível a prática da obediência que Ele requer de nós. Isto é atribuído à ação redentora de Deus. Porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade (Fp 2.13). Todavia, o dom da graça de Deus não anula a responsabilidade nem a ação humanas.
O crente deve corresponder positivamente ao dom divino da obediência (ver Fp 2.12; Jd 20,21,24; Ef 4.22-32), todavia ele é livre para rejeitar a graça de Deus, para recusar aproximar-se de Deus por meio de Cristo (ver Hb 7.25), e para recusar orar por uma vida de obediência e viver essa vida (ver Mt 5.6).

II. A CARNE
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