A educação do
Mundo Ocidental deve mais à Igreja Cristã do que ao decadente e corrupto
Império Romano. Se o sistema educacional deste prestava-se a formar uma elite
para dar continuidade à governabilidade de Roma, aquela sempre apresentou-se
para informar, formar e transformar a criança nos caminhos do Senhor, a fim de
que se torne útil tanto ao Reino de Deus como ao mundo dos homens.
O ensino
fundamental é fruto do trabalho catequético da Igreja. Quanto às universidades,
não há o que se discutir; nasceram elas nos monastérios e conventos que se
fizeram centros de excelências educacionais.
Por conseguinte,
temos de resgatar, o mais depressa possível, a vocação magisterial da Igreja de
Cristo.
Eis o que urge
fazermos de imediato:
1.
Uma Filosofia educacional.
Como educadores e
filósofos da educação, estabeleçamos as linhas mestras de uma educação
verdadeiramente cristã, que leve em conta os valores comprovadamente bíblicos.
E que esta
educação não fique circunscrita ao púlpito nem se limite à Escola Dominical,
mas force as igrejas a pensar com mais seriedade na educação de nossas
crianças.
A Educação Cristã
tem de apresentar as linhas mestras de uma Filosofia pedagógica que tanto
prepare o homem para o céu, como o habilite a viver na terra como representante
do Reino de Deus.
É hora de
apresentarmos às autoridades constituídas nossas demandas curriculares, para
evitarmos que nossos filhos e netos não tenham a sua formação cristã
desconstruída por pedagogos liberais e anticristãos. Mas nada poderemos fazer
se não tivermos uma Filosofia da Educação Cristã bem definida, clara e que
apresente as reivindicações das Sagradas Escrituras.
2.
Construção de Escolas que primem pela excelência.
Muitos são os nossos
seminários, faculdades teológicas e institutos bíblicos. Poucos, entretanto,
são os educandários voltados à formação básica e médica de nossas crianças e
adolescentes. Por que nós evangélicos não investimos na educação de base? Como
haveremos de ter bons seminários se não nos dedicamos ao ensino elementar?
Afirmou o
romancista francês Victor Hugo: "Quem abre
uma escola, fecha uma prisão".
Todavia, se nos
dispusermos a construir escolas, que estas primem pela excelência e não apenas
pela quantidade. Se as escolas católicas e adventistas são vistas como centros
de excelência no ensino e na formação de crianças, adolescentes, jovens e
adultos, não podemos conformar-nos a não ser com a própria excelência.
3.
Formação de professores conscientes de sua missão educativa.
Num curso como
este, não objetivamos apenas a formação de professores de ED. Visamos de igual
modo à conscientização de todos os nossos mestres, pedagogos e filósofos da
Educação Cristã, a fim de que proporcionemos uma educação de qualidade aos
nossos filhos e netos.
É imperativo que façamos triunfar os valores cristãos
numa sociedade pós-cristã e explicitamente anticristã. E somente o faremos se
começarmos pela educação. Sua missão, professor, não é somente inadiável; é
pessoal e intransferível. Forjemos, pois, uma Filosofia da Educação Cristã
bíblica que prime pela excelência. Deixo a advertência de Paulo em Romanos
12.7.