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Lição 2 Ordenança para participar da Ceia do Senhor (Editora Betel)

Lições Bíblicas Adultos BETEL: 2° Trimestre de 2024

REVISTA: ORDENANÇAS BÍBLICAS – Doutrinas fundamentais imperativas aos cristãos para uma vida bem-sucedida e de comunhão com Deus. | Blog: Subsídios Dominical | Lição 2 Ordenança para participar da Ceia do Senhor

Comentarista: BISPO ABNER FERREIRA

TEXTO ÁUREO

“Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma deste pão e beba deste cálice. 1 Coríntios 11.28

VERDADE APLICADA

A Ceia do Senhor aponta para a continuidade de nossa comunhão com o Senhor pela Nova Aliança.


OBJETIVOS DA LIÇÃO

Mostrar os direcionamentos da Ceia do Senhor.

Ressaltar a importância da Ceia para o cristão.

Falar sobre a relevância da Ceia do Senhor para a Igreja.


TEXTOS DE REFERÊNCIA

1CORÍNTIOS 11

23- Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão,

24- E, tendo dado graças, o partiu, e disse: Tomai, comei; isto é o meu corpo que é partido por vós; fazei isto em memória de mim.

25- Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o Novo Testamento no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que beberdes, em memória de mim.

26- Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice, anunciais a morte do Senhor, até que venha.

 

LEITURAS COMPLEMENTARES

SEGUNDA | Mt 26.26-29

A instituição da Nova Aliança.

TERÇA | Lc 22.7-20

A última Páscoa e a Ceia do Senhor.

QUARTA | Jo 6.51-57

Jesus é o pão da vida para os que creem.

QUINTA | At 2.46-47

A perseverança da Igreja Primitiva.

SEXTA | At 20.7

O partir do pão e o primeiro dia da semana.

SÁBADO | 1Co 11.17-34

O modo de celebrar a Ceia do Senhor.


HINOS SUGERIDOS: 233, 301, 328

MOTIVO DE ORAÇÃO

Ore para que os crentes sejam motivados a participar regularmente da Ceia do Senhor.


ESBOÇO DA LIÇÃO

Introdução

1- Os direcionamentos da Ceia do Senhor

2- A importância da Ceia para o cristão

3- A relevância da Ceia para a Igreja

Conclusão


INTRODUÇÃO

Estudaremos na presente lição sobre a Ceia do Senhor, destacando o momento da instituição pelo Senhor Jesus, a relevância da observação por parte da Igreja, alguns preciosos ensinamentos e a sua significância conforme encontramos nas Escrituras.


PONTO DE PARTIDA: A Ceia fala perdão, de comunhão e amor .

1. OS DIRECIONAMENTOS DA CEIA DO SENHOR

Paulo nos dá uma aula de como podemos participar da Ceia do Senhor, sem ignorar os seus envolvimentos e suas implicações. Pois não é um ato inconsciente nem um ritual vazio, frio e sem emoção, mas algo espiritual e repleto de significados de alta relevância. Ele disse que recebeu do Senhor e passa a nos ensinar. A Ceia do Senhor serve para edificação, exortação e consolação.


1.1. Direciona para Jesus no passado.

“(…) Este cálice é o Novo Testamento no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que beberdes, em memória de mim.” [1Co 11.25]. Tenham memória, recordem-se, lembrem-se, isso tem grande significado. O sangue de Jesus vertido na cruz do Calvário. O Seu corpo dilacerado. Tudo isso por vossa causa, por amar vocês (Lm 3.21]. Precisamos ser eternamente gratos pela entrega de Jesus na cruz do Calvário, Ele se fez pecado por nós. Quem deveria estar lá éramos nós, mas Ele pagou a dívida em nosso lugar.

 

Stanley M. Horton: “O modo neotestamentário de entender o significado por “lembrança” (gr. Anamnesis) é transportar uma ação enterrada no passado, de tal maneira que não se percam a sua potência e a ritualidade originais, mas sejam trazidas para o momento presente”. Paulo diz o que representa: “Porventura o cálice de bênção, que abençoamos, não é a comunhão do sangue de Cristo? O pão que partimos não é, porventura, a comunhão do corpo de Cristo? Porque nós, sendo muitos, somos um só pão e um só corpo; porque todos participamos do mesmo pão.” [1Co 10.16-17].

 

1.2. Direciona para Jesus no presente.

 “Fazei isto, todas as vezes que beberdes” [1Co 11.25]. Estamos fazendo hoje para aumentar a nossa intimidade e a nossa comunhão com Ele? Estamos vivendo o Novo Pacto feito por Jesus? O texto de Mateus 26.26-28 não dá margem para dizermos que Jesus Cristo afirmou que o pão era literalmente o Seu corpo e que o vinho era literalmente o Seu sangue. Trata-se de uma linguagem figurada que o Senhor usou para comunicar de forma mais compreensível o ato da cruz do Calvário [Jo 6.53, 56]. Ele ressuscitou, isto é, Ele está vivo e habita em nós.

 

Stanley M. Horton: “A expressão “Mesa do Senhor” sugere estar Ele está presente como verdadeiro anfitrião, aquele que transmite o sentido de terem os crentes, nEle, segurança e paz”. Myer Pearman: “A Ceia do Senhor é o rito de comunhão e significa a continuação da vida espiritual”. Ao participar da Ceia eu continuo falando sim para o Senhor e amando a Jesus e Sua Igreja.

 

1.3. Direciona para Jesus no futuro.

“Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice, anunciais a morte do Senhor, até que venha.” [1Co 11.26]. O futuro aponta para a volta de Jesus. Ele brevemente voltará. A Igreja não pode se calar. Deve sempre anunciar que Ele nos amou, morreu para nos salvar, ressuscitou ao terceiro dia e está assentado à destra de Deus Pai e intercede por nós [Rm 8.34]. A ressurreição de Cristo é que nos deu graça e nos deu vida e vida abundante. Agora aguardamos a bem aventurada esperança, o glorioso dia quando cearemos com o Salvador no Reino do Seu Pai [Mt 26.29].

 

Stanley M. Horton: “Há um sentido futuro neste relembrar, sendo que a comunhão da que o crente agora participa com o Senhor não é o ponto final. Neste sentido futuro, a Ceia do Senhor tem uma dimensão escatológica. Ao participarmos dela, antecipamos a alegria pela sua segunda vinda e pela reunião da Igreja com Ele para toda a eternidade.”

 

EU ENSINEI QUE:

A Ceia do Senhor serve para edificação, exortação e consolação.

 

2. A IMPORTÂNCIA DA CEIA PARA O CRISTÃO

A Ceia do Senhor é algo sagrado de que não se pode participar com irreverência. É preciso ter cuidado para evitar sempre a indiferença, falta de conhecimento do seu real significado, da boa consciência dos pecados cometidos que precisam de perdão. Muitos participam da Ceia com exaltação espiritual como se fossem mais crentes do que os outros. A comunhão envolve santidade, mas também simplicidade e humildade.

 

2.1. A importância de examinar a si mesmo.

A chamada é para nos examinarmos e não os outros [1Co 11.28-29]. Fazer um autoexame, fazer uma análise minuciosa, fazer uma introspecção. É necessário ter uma consciência sadia para nos examinar. A consciência é o maior tribunal que existe. O fórum é o nosso interior. Quando este tribunal se corrompe ou fica cauterizado, não acusa mais nada. A consciência foi dada a todo ser humano para julgar entre o certo e o errado, o justo e o injusto, o fiel e o infiel, o verdadeiro e o falso. Paulo dá instruções a Timóteo, seu filho na fé: “Este mandamento te dou, meu filho Timóteo, que, segundo as profecias que houve acerca de ti, milites por elas boa milícia, conservando a fé e a boa consciência, rejeitando a qual alguns fizeram naufrágio na fé.” [1Tm 1.18-19].

 

A recomendação de Paulo recai sobre a nossa própria honestidade: “Examinai-vos a vós mesmos se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não sabeis, quanto a vós mesmos, que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados.” [2Co 13.5). Ninguém pode proibir ninguém de participar da Ceia do Senhor, por que corre por conta e risco do próprio participante. O examinar não é para deixar de participar, mas para buscar a correção e pedir perdão rapidamente.

 

2.2. A importância de julgar a si mesmo.

A chamada é para julgar a nós mesmos e não os outros [1Co 11.31]. Não espere ser julgado por ninguém, se antecipe e peça perdão. Lute para melhorar você e não achar defeitos nos outros. Julgar com a Palavra de Deus e não pelo que acha a sociedade ou o que é politicamente certo. O julgamento deve ser feito com sinceridade por nós, para evitar a própria condenação. Quem toma indignamente não está discernindo o corpo do Senhor [1Co 11.29]. Assim se torna culpado do corpo e do sangue de Jesus. O sangue de Jesus foi para nos purificar de todo pecado, se a pessoa não valoriza esse sangue derramado, é como se Cristo não tivesse morrido pelos nossos pecados, a morte dEle não teria significado espiritual e salvífico.

 

Bispo Abner Ferreira (Revista Betel Dominical, 4º Trimestre de 2017, Lição 8): “Não devemos considerar a Ceia como uma coisa natural. Portanto, antes de comer o pão e beber o cálice, é necessário um rigoroso autoexame. Trata-se de um procedimento que deve ser constante na vida do discípulo do Senhor [2Co 13.5]. Não devemos confiar somente na nossa capacidade própria, mas realizar tal exame com o auxílio do Espírito Santo e tendo a Palavra de Deus como nosso parâmetro”. Até, porque, a expressão “julgássemos” – 1 Coríntios 11.31 conforme o Dicionário de Strong, de modo figurado, tem o significado de “discernir com clareza”, “notar detalhadamente”. Isto nos leva a perceber a seriedade da participação na Ceia do Senhor e o quanto somos dependentes do Espírito Santo e da Palavra de Deus para discernir e notar detalhadamente a nós mesmos.

 

2.3. A importância de corrigir a si mesmo.

A chamada é para consertar a nós mesmos e não os outros [1Co 11.30]. Não espere ficar fraco, doente ou morrer espiritualmente, tome a decisão ainda hoje. A causa de muitas enfermidades entre os cristãos recai sobre a falta de se corrigir, porque são conhecedores da verdade. Precisamos consertar o nosso altar (vida espiritual com Deus). A comunhão com Deus nos faz crentes saudáveis, que andam de cabeças erguidas e não têm do que se envergonhar. Corrigir para não ser preciso ser repreendido pelo Senhor. Quando somos disciplinados pelo Senhor, é para não sermos condenados com o mundo, perder a nossa alma [1Co 11.32].

 

Pr. Valdir Alves de Oliveira (Livro Favos de Mel): O conserto das coisas erradas é pessoal, nominal, intransferível, deve partir de cada um de nós. Reconhecer que pecou, arrepender do pecado, confessar o pecado, pedir perdão pelo pecado e abandonar o pecado. Mudar as atitudes e o rumo da nossa vida.”

 

EU ENSINEI QUE:

Não podemos participar da Ceia do Senhor com irreverência.

 

3. A RELEVÂNCIA DA CEIA PARA A IGREJA

A Ceia é a maior festa da Igreja para os crentes em comunhão com o Senhor Jesus. Nenhuma outra festa pode se comparar a essa. Nada pode ser maior do que a ressurreição de Jesus ao terceiro dia. É a maior vitória da Igreja, sem a ressurreição não teria significado algum a Ceia do Senhor, pois ela representa o que temos de mais importante: um Deus vivo e presente conosco [Mt 28.20]. Precisamos valorizar mais o dia da Ceia e não a realizar de uma forma atordoada. Tudo o que se fizer nesse dia, deve ser voltado para a Ceia do Senhor, os hinos cantados, a Palavra ministrada, a disponibilização maior do tempo para a solenidade.

 

3.1. A comunhão da igreja.

A igreja precisa estar junta [1Co 11.18-20, 33), em harmonia, em paz e participando da comunhão, viver em comum, participar das mesmas coisas, ter unidade no Espírito. Você participa da comunhão vertical com o cabeça, Jesus, mas você precisa participar da comunhão horizontal com o corpo. Não se pode estar em comunhão vertical se não estiver em comunhão horizontal, com os nossos irmãos. Não tem como estar em comunhão com um e não estar em comunhão com o outro. A igreja é um corpo, no corpo há vários membros, a igreja se reúne, não fica isolada.

 

Revista Betel Dominical 1° Trimestre/1995 – Lição 10 – Auxílios Didáticos ao Professor: “Ao participarem, pelo Espírito, do corpo de Cristo oferecido na cruz de uma vez por todas, os membros da igreja são estimulados e capacitados pelo mesmo Espírito a se oferecerem ao Pai no sacrifício eucarístico, a servirem uns aos outros em amor, dentro do corpo, e a cumpri- rem sua função sacrificial como corpo de Cristo a serviço da necessidade do mundo inteiro que Deus reconciliou a Si mesmo em Cristo [1Co 10.17; Rm 12.1]. Há, na Ceia do Senhor, uma renovação constante da aliança entre Deus e a igreja. A palavra “memória” refere-se não simplesmente ao homem, que se lembra do Senhor, mas também à lembrança que Deus tem do Seu Messias, da Sua aliança e da Sua promessa de restaurar o reino. Na Ceia, tudo isso é levado diante de Deus na verdadeira oração intercessória. (R. S. Wallace).”

 

3.2. A perseverança da Igreja.

A Igreja deve perseverar anunciando a morte do Senhor, até que Ele venha [1Co 11.26]. A Igreja não pode desistir, não pode recuar, não pode parar. A Igreja precisa continuar fazendo a sua parte e não renunciar à constância. A Ceia deve ter uma regularidade, não nos é dado o direito de participar quando bem quisermos ou for conveniente para nós [At 2.46]. Só aqueles que perseverarem até ao fim serão salvos [Mt 24.13]. A perseverança é a alma dos vitoriosos.

 

Bispo Oídes José do Carmo (Revista Betel Dominical, 3º Trimestre/2017, Lição 13) escreveu sobre a perseverança do discípulo de Jesus Cristo: “Não é suficiente iniciar. É preciso ir até o fim [Dn 12.13]. São diversos os textos bíblicos que enfatizam a relevância da perseverança na vida daqueles que estão em comunhão com Deus. São vários os sentidos desta palavra no grego: permanecer, suportar, aguentar; resistir. É um verdadeiro desafio para esta geração. As pessoas estão com dificuldade de esperar. E esta tendência está sendo transferida para a relação com Deus. Em Hebreus 3.6, lemos: “se tão somente conservarmos firme a confiança…até o fim”. No versículo 14, do mesmo capítulo: “nos tornamos participantes de Cristo, se estivermos firmemente…nossa confiança até o fim.”

 

3.3. A esperança da Igreja.

A Igreja tem expectativa no que Jesus falou: “(…) não beberei deste fruto da vide até aquele dia em que o beba de novo convosco no reino de meu Pai” [Mt 26.29]. A Igreja precisa conservar a esperança na promessa que Jesus fez de voltar e nos buscar para a Grande Ceia junto com o Pai [Jo 14.1-3]. Esta é a maior esperança do crente em Jesus: um dia morar com Ele na glória. A Ceia declara a vida eterna e a ressurreição no último Dia.

 

Assim, a Ceia não aponta apenas para o passado anunciando a morte do Senhor – ou para somente o presente quanto à continuidade da observância – mas, também para o futuro – o grande dia das Bodas do Cordeiro [Ap 19.7-9]. O próprio Senhor revelou o aspecto de antecipação ao instituir a Ceia. Dewey M. Mulholland (Marcos: introdução e comentário, Vida Nova, 1999, p. 212) comenta sobre Marcos 14.25: “Com a palavra “jamais”, Jesus reafirma sua decisão de se submeter à vontade de Deus no sofrimento. Com igual convicção, ele sabe que a morte não é o fim. Sua ausência é só “até àquele dia”. Para Jesus, essa frase antecipa seu retorno triunfante [Mc 13.24-27, 32]”.


EU ENSINEI QUE:

A Ceia é a maior festa da Igreja para os crentes em comunhão com o Senhor Jesus.


CONCLUSÃO

Paulo nos mostrou os passos que devemos seguir na celebração da Ceia do Senhor. A consciência e a responsabilidade recaem sobre cada um de nós, ao participarmos deste ato glorioso.

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LIÇÃO 1 Ordenança para crer e descer às águas batismais (Editora Betel)

Ordenança para crer e descer às águas batismais (Editora Betel)

Lições Bíblicas Adultos BETEL: 2° Trimestre de 2024

REVISTA: ORDENANÇAS BÍBLICAS – Doutrinas fundamentais imperativas aos cristãos para uma vida bem-sucedida e de comunhão com Deus. | Blog: Subsídios Dominical | LIÇÃO 1 Ordenança para crer e descer àságuas batismais

Comentarista: BISPO ABNER FERREIRA

TEXTO ÁUREO

"Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo." Mateus 28.19


VERDADE APLICADA

O batismo em águas é uma ordenança de Jesus e aponta para nossa união com Cristo.


OBJETIVOS DA LIÇÃO:

Explicar que a salvação é para quem crer em Jesus

Ressaltar o simbolismo do batismo

Mostrar que o batismo é crer em Jesus e arrepender-se.

TEXTOS DE REFERENCIA

MATEUS 3

13.   Então veio Jesus da Galileia ter com João, junto do Jordão, para ser batizado por ele.

14.   Mas João opunha-se-lhe, dizendo: Eu careço de ser batizado por ti, e vens tu a mim?

15.   Jesus, porém, respondendo, disse-lhe: Deixa por agora, porque assim nos convém cumprir toda a justiça. Então ele o permitiu.

16.   E, sendo Jesus batizado, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba e vindo sobre ele.

17.   E eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo.


LEITURAS COMPLEMENTARES

SEGUNDA | Mt 28.18-20

A ordenança do batismo

TERÇA | Mc 1.9-10

Jesus foi batizado por João, no rio Jordão

QUARTA | At 2.37-41

O arrependimento e o batismo

QUINTA |Rm 1.16-17

Evangelho: poder de Deus para salvação.

SEXTA | Rm 6.4

Fomos sepultados com Cristo pelo batismo.

SÁBADO | 1Co 12.12-14

Todos fomos batizados no mesmo Espírito. 

HINOS SUGERIDOS: 102, 116, 447


MOTIVO DE ORAÇÃO

Ore para que mais pessoas possam crer e descer às águas do batismo.


ESBOÇO DA LIÇÃO

Introdução

1- A salvação é para quem crer em Jesus

2- Batismo: sepultamento de pecados

3- Batismo: crer em Jesus e arrepender-se

Conclusão

INTRODUÇÃO

O batismo nas águas é um ato simbólico importante para aqueles que decidem renascer na fé cristã. O batismo simboliza o sepultamento da natureza pecaminosa anterior, muitas vezes referida como o “velho homem” ou o “velho Adão”. Além disso, ao emergir da água, o batismo simboliza também a participação na ressurreição de Cristo, conforme descrito em Romanos 6.3-4. Isso indica um compromisso em começar uma nova vida, marcada pela transformação espiritual e a adoção de um novo caminho guiado pelos ensinamentos de Cristo.


1. A SALVAÇÃO É PARA QUEM CRER EM JESUS

“Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.” [Mc 16.16]. A palavra crer, no grego pistéuo, admite vários sentidos, dentre outros: “ter fé (em, ou com respeito a uma pessoa ou coisa); acreditar, confiar (especialmente confiar o próprio bem-estar a Cristo), entregar”.

 

1.1. Para se tornar filho de Deus, é preciso receber Jesus como Senhor e Salvador.

De acordo com a perspectiva cristã, a fé, ou o ato de crer, é o alicerce da salvação e da relação com Deus. Em João 1.12-13, é enfatizado que para aqueles que recebem e creem em Jesus Cristo é dado o poder de serem feitos filhos de Deus, uma transformação que não depende de origens humanas ou vontades físicas. O batismo, embora seja um ato simbólico importante, que representa a decisão pública de seguir a Cristo, por si só não é suficiente para manifestar a salvação.

 

A salvação é descrita como uma obra operada pelo crer em Jesus, Este processo inicial de aceitar Cristo é apenas o começo de uma jornada de fé contínua, como indicado em Mateus 24.13, que fala sobre a perseverança na fé. Efésios 2.8 também ressalta que a fé é um presente de Deus, uma graça que torna possível os seres humanos alcançarem a salvação. Portanto, no cristianismo, crer não é apenas uma ação inicial, mas um caminho contínuo de confiança e relacionamento com Deus.

 

R Bispo Abner Ferreira (Revista Betei Dominical - 4o Trimestre de 2017 - Lição 6): “Deus tomou a iniciativa para nossa salvação. É importante destacar que a salvação não é uma ação divina de “última hora”, como se Deus pudesse ser surpreendido [Ap 13.8]. Cada cordeiro sacrificado no Antigo Testamento apontava para Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo [Jo 1.29]. (...) A Bíblia nos ensina que, embora Deus tenha preparado tudo para que o homem venha ao conhecimento da verdade, a salvação também exige que o homem responda de maneira positiva a essa vocação. Como? Recebendo-o [Jo 1.12], crendo [Jo 3.16], indo ao Seu encontro [Jo 6.37], e invocando-o [Rm 10.13].”

 

1.2.  Crer é confiar, conhecer, confessar e obedecer.

Para desenvolver uma fé genuína, é essencial conhecer a Palavra de Deus. Romanos 10.17 diz: “A fé vem pelo ouvir, e o ouvir pela Palavra de Deus”. Isso implica que a fé se fortalece e se aprofunda através do constante estudo e reflexão das Escrituras Sagradas. A fé, portanto, não é apenas uma crença abstrata, mas uma prática de vida que se manifesta na obediência aos ensinamentos de Cristo.

 

Em Mateus 7.24-27, é enfatizado a importância de edificar a vida sobre a rocha sólida dos ensinamentos de Cristo. Além disso, a fé cristã envolve a confissão pública de Jesus Cristo. Mateus 10.32-33 destaca a reciprocidade dessa confissão: ao reconhecermos Cristo diante dos homens, Ele nos reconhece diante do Pai Isso nos motiva a testemunhar abertamente sobre as obras de Jesus e a professar nossa fé nEle.

 

Negar Cristo, por outro lado, tem suas consequências, conforme advertido nas mesmas passagens. Em situações excepcionais, o crer pode assumir um papel mais central do que o batismo. Um exemplo é o do malfeitor crucificado ao lado de Jesus [Lc 2339-43].

 

Esse malfeitor, reconhecendo Jesus como o Filho de Deus e admitindo Sua inocência, recebeu a promessa do paraíso, mesmo sem ter passado pelo batismo. Este caso ilustra a possibilidade de salvação pela fé genuína em circunstâncias onde o batismo formal não é possível evidenciar.

 

Normalmente quem conhece confia, quem confia confessa, quem confessa obedece. Nós não precisamos ter nenhum receio de alguém que nos ama com perfeição. Deus nos amou primeiro, Deus doou o Seu Filho único por nós, Jesus aceitou ser entregue por nós para concretizar a nossa salvação, por isso cremos nEle e confiamos que Ele pode resolver as nossas dificuldades, nossos temores, nossas fragilidades. Além do mais, Salmo 46.1 diz que Deus é nosso refúgio, nossa fortaleza, nosso socorro, principalmente na hora da angústia. Por isso não tememos. Se cremos, é porque confiamos, se cremos, é porque sabemos do que Ele é capaz, se cremos, podemos confessar os nossos pecados, se cremos, obedecemos aos Seus mandamentos.


1.3 Quem crê em Jesus não é condenado.

A mensagem central da Bíblia é que crer em Jesus Cristo é essencial para evitar a condenação e obter a vida eterna.

Deus, em Seu amor incomensurável, ofereceu Seu Filho Unigênito para que todos que nEle creem não sejam condenados, mas tenham vida eterna. Esta oferta de salvação, conforme expresso em João 3.16-19 e Tito 2.11, está disponível para todos, sem exceção. Enquanto a crença em Jesus leva à salvação, descrença resulta em condenação, destacando a grande importância da fé para a salvação na doutrina cristã.


F. F. Bruce (João: introdução e comentário – Vida Nova, 1987, p. 88): O julgamento, como no versículo 17, é adverso é inerente ao ato de dar as costas à verdade personificada em Cristo. Para aqueles que confiam nele não há esta condenação. (…) A pessoa que despreza Cristo, ou o considera indigno de sua confiança, julga a si mesmo, não a Cristo. Ele não precisa esperar até o dia do julgamento; o veredicto sobre ele já foi pronúncia do. […] Aqueles que creem no nome do Filho de Deus, como já vimos [Jo 1.12], tornam-se filhos de Deus; para aqueles que não creem não há alternativa além do juízo no qual incorrerão.”


EU ENSINEI QUE:

Para se tornar filho de Deus, é preciso receber Jesus como Senhor e Salvador.


2. BATISMO: SEPULTAMENTO DE PECADOS 

Batismo vem do termo grego baptizo que significa “imergir”, “submergir” e “mergulhar”. O batismo por imersão, na descida às águas, simboliza a morte do crente para o pecado, e o sair da água, a sua ressurreição para uma nova vida em Cristo Jesus [Jo 3.3; At 2.41; Rm 8.1].

 

2.1. O batismo deve ser em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

O batismo em águas é realizado por homens, mas com autoridade vinda do alto [Mc 11.29-30]. A idade e o momento certo para descer às águas batismais estão intrínsecos na consciência de cada pessoa e nas normas regulamentares de cada igreja, que, com maturidade e equilíbrio, conduzirão para o melhor momento [At 8.35-39]. Não tem uma idade determinada para o batismo. É fundamental que a pessoa a ser batizada saiba distinguir entre o certo e o errado, o justo e o injusto, o bem e o mal, o verdadeiro e o falso e tenha consciência de que é pecador e necessita de perdão dos pecados e creia no Senhor Jesus como Salvador e Senhor da Vida, e o faça de livre e espontânea vontade, não por medo ou coação.

 

Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal: “As palavras de Jesus afirmam a realidade da Trindade. Algumas pessoas acusam os teólogos de terem inventado o conceito da Trindade e forçado a sua interpretação a partir das Escrituras. Mas, como podemos ver aqui, o próprio Senhor Jesus Cristo não disse para batizar “nos nomes, mas em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. A palavra “Trindade” não aparece nas Escrituras, mas descreve muito bem a natureza tríplice de Deus que, sendo um, subsiste na pessoa do Pai, do Filho e do Espírito Santo”.

 

2.2. O batismo é um símbolo público de conversão.

Batismo é um ato público, visível e de fé. O batismo não lava pecados, pois fomos perdoados pelo sacrifício de Jesus na cruz do Calvário, mas é elemento simbólico da conversão [2Co 5.17]. Quando descemos às águas batismais, demonstramos publicamente a nossa decisão de sermos sepultados com Cristo. Quando saímos da água, estamos sendo ressuscitados com Cristo como uma nova criatura (Rm 6.3-4]. O batismo deve ser por imersão, simbolizando o sepultamento. Fomos sepultados juntamente com Ele no batismo [Cl 2.12]. Ninguém sepulta sobre a terra, mas debaixo.

 

Batismo nas águas é um rito, com origem no termo latim “ritus”. Os ritos são simbólicos e nesse caso o batismo simboliza o início da vida espiritual e cristã de quem se torna membro do Corpo de Cristo. O batismo não é uma cerimônia dramática, que vem do grego “drama”, que significa uma ação comovente ou angustiante e que tem poder salvífico, mas uma mensagem pública que reflete a realidade de quem foi salvo em Cristo e passa a pertencer à igreja de Jesus e ser membro dela.

2.3. Ao ser batizado, Jesus deixou o Seu exemplo.

Jesus foi batizado no rio Jordão, por João Batista (Mc 1.9-11], como exemplo para nós. Jesus não precisava ser batizado, porque não necessitava de arrependimento, pois não tinha pecado, mas batizou-se para que se cumprisse “toda a justiça”. O batismo de Jesus foi para identificar-se com aqueles cujos pecados Ele tinha vindo carregar. O batismo de Jesus marca o início do Seu ministério público.


R. V. G. Tasker (Mateus: introdução e comentário, Vida Nova, 1980, p. 39) comenta sobre o batismo de Jesus: “A resposta de Jesus mostra sua consciência de que tanto João como ele próprio tinham partes específicas a desempenhar no plano divino para a redenção do homem e de que o momento presente era decisivo na execução do mesmo. A significação do ato de Jesus é bem salientada por Levertov “Submetendo-se ao batismo, Jesus estava aceitando seu destino. Como membro de seu povo e parte da humanidade, ele toma sobre si os pecados deles, e no batismo ele os atira de sobre si com santa Ira, dedicando-se ao mesmo tempo à sua santa vocação.


EU ENSINEI QUE:

O batismo simboliza a morte do crente para o pecado e a sua ressurreição para uma nova vida em Cristo Jesus.


3. BATISMO: CRER EM JESUS E ARREPENDER-SE

A palavra arrependimento, no grego “metaneo”, significa “mudança de mente”, “mudança radical de conduta, de atitude. O batismo pregado por João Batista é o de arrependimento para remissão de pecados [Lc 3.3]. Arrependimento é reconhecer o pecado, sentir tristeza pelo pecado, confessar o pecado e mudar de vida [At 2.38]. Há um só batismo [Ef 4.5]. O batismo deve ser de livre e espontânea vontade.

 

3.1. Uma profissão de fé sobre a Palavra de Deus.

Muitas igrejas a usam em um discipulado anterior ao batismo. E a forma com que fazem varia de igreja para igreja. Profissão de fé significa uma declaração pública que alguém faz das suas crenças e dogmas religiosos. Além dessa profissão de fé inicial, os cristãos também faziam outras declarações públicas sobre aquilo em que criam, quando eram perguntados.

 

Quem vai ser batizado deverá responder positivamente às perguntas sobre a Palavra:

1) Você crê que a Palavra de Deus é a verdade e conscientemente se compromete a ser obediente aos mandamentos bíblicos?

2) Você crê de todo o coração que Jesus é o Filho de Deus e que morreu pelos seus pecados? [At 8.37].

3) Você crê na obra do Espírito Santo e nos dons espirituais? 4) Você crê que existem céu e inferno e que o salvo em Cristo Jesus tem a vida eterna? 5) Você crê no arrebatamento da Igreja e que os que estiverem vivos não experimentarão a morte?


O Senhor Jesus não instituiu nenhum ritual específico concernente à profissão de fé. A Bíblia relata apenas que, para ser salvo, é necessário confessar com a boca o Senhor Jesus como Senhor e Salvador, crer no coração que Deus o ressuscitou dos mortos e não o negar diante dos homens [Mt 10.32-33; Rm 10.9-10]. Um exemplo do batismo de alguém que creu encontramos em Atos dos Apóstolos no capítulo 8 do verso 36 ao 38, no diálogo entre Filipe e o eunuco etíope: “E, indo eles caminhando, chegaram ao pé de alguma água, e disse o eunuco: Eis aqui água; que impede que eu seja batizado? E disse Filipe: É lícito, se crês de todo o coração. E, respondendo ele, disse: Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus. E mandou parar o carro, e desceram ambos à água, tanto Filipe como o eunuco, e o batizou.”

 

3.2. Uma profissão de fé sobre a igreja.

Algumas perguntas sobre a profissão de fé são realizadas na hora do batismo, outras são realizadas em um rápido culto para novos convertidos antes do batismo. Algumas igrejas não usam mais essas instruções, mas muitas ainda conservam a tradição. Quem vai ser batizado deverá responder positivamente às perguntas sobre a igreja: “Você conscientemente se compromete a:

 

1) Ser obediente às tradições, usos e costumes, bem como as normas da igreja?

2) Ser submisso ao seu pastor, que é a autoridade espiritual e eclesiástica sobre você? [1Ts 5.12-13];

3) Ser fiel nos dízimos e ofertas alçadas? [ML 3.10; 2Co 9.7]; 4) Participar da Ceia do Senhor regularmente, examinando sempre a real situação que se encontra diante de Deus? [1Co 11.28]”.

 

Antonio Gilberto (Revista Maturidade Cristã – Lições Bíblicas, 4° Trimestre/1985): “Uma igreja não pode existir sem seus membros. Eles são admitidos à igreja, como já vimos mediante o novo nascimento seguido de batismo em água e que participam regularmente da Ceia do Senhor. Privilégios dos membros da igreja – Alguns são:

a) Receber dos pastores a ministração da Palavra de Deus; b) Ter oportunidade de trabalhar para Jesus;

c) Gozar dos privilégios do culto coletivo. Deveres dos membros da igreja local – Alguns são:

a) Desenvolver sua maturidade espiritual [Ef 4.14-16];

b) Amar e honrar a sua igreja;

c) Receber e tratar bem seus pastores e demais obreiros reconhecidos pela igreja”. Podemos acrescentar a fidelidade nos dízimos e nas ofertas visando a manutenção das atividades na igreja local.

3.3. Uma profissão de fé sobre a própria vida.

Esta é uma profissão ou uma declaração pública que alguém faz dos seus princípios, valores e crenças. Normalmente são momentos que os novos crentes reafirmam sua fé em Jesus como o Filho de Deus, que veio ao mundo para nos salvar de nossos pecados [At 4.10-12].

O batizando deverá responder positivamente às perguntas sobre a sua vida: “Você conscientemente se compromete a:

1) Ser exemplo de vida para os outros e não ter de que se envergonhar?

2) Ser imitador de Deus, como filho amado? [Ef 5.1]. E imitador de Cristo, no exemplo de Paulo? [1Co 11.1];

3) Ser exemplo dos fiéis na palavra, no trato, no amor, no espírito, na fé, na pureza? [1Tm 4.12];

4) Ser sal da terra e luz do mundo? [Mt 5.13-16]”.


Bispo Abner Ferreira (Revista Betel Dominical – 4 Trimestre de 2017 – Lição 7): “O significado do batismo – É de grande importância para nossa edificação, amadurecimento e firmeza espiritual que conheçamos o significado desta ordenança da Igreja, conforme encontramos na Palavra de Deus [Rm 6.3-14; Gl 3.27; CL 2.12]:


a) União com Cristo somos ramos e Cristo é a videira. A sobrevivência e produção dos ramos dependem da união com a verdadeira, Jesus Cristo;

b) Morte e sepultamento do nosso velho homem não se trata de morte e sepultamento no aspecto físico, mas de não mais viver sob o domínio da natureza pecaminosa. Trata-se do resultado da nossa união com Cristo pela fé [CI 3.3; Rm 6.11, 14]. Fomos libertos do poder do pecado pelo poder de Jesus Cristo;

c) Andar em novidade de vida – a pessoa nascida de novo anda em novidade de vida pela contínua ação do Espírito Santo [Ef 5.18; Gl 5.16, 25]. O batismo em águas sinaliza que a pessoa decidiu se submeter ao senhorio de Cristo, viver em novidade de vida e tornar pública esta mudança.”

EU ENSINEI QUE

Arrependimento é reconhecer o pecado, sentir tristeza pelo pecado, confessar o pecado e mudar de vida.


CONCLUSÃO

O batismo, sendo uma ordenança bíblica, devemos levar a cabo até que Cristo volte para levar a Sua Igreja. Não podemos negligenciar, pois o Novo Testamento está repleto de referências sobre o batismo e Jesus deixou o exemplo a ser seguido.

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