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Subsídio EBD Lição 12: O Papel da Pregação no Culto

Subsídio EBD Lição 12: O Papel da Pregação no Culto

Subsídios lição 12 do 1° trimestre de 2024

Este artigo tem por objetivo auxiliar os professores da escola bíblica dominical da classe ADULTOS (CPAD)

A pregação bíblica é uma prática fundamental na disseminação da Palavra de Deus, sendo um meio pelo qual a mensagem divina é transmitida e compreendida. Nesta lição destacaremos quatro pregadores bíblicos, com ênfase especial em Apolo e Timóteo. Além disso, examinaremos a natureza bíblica e cristocêntrica da pregação, buscando exemplos claros nas Escrituras para enriquecer nosso entendimento.

I – A PREGAÇÃO BÍBLICA: PROCLAMANDO A VERDADE SAGRADA

 1. Definição da Pregação na Bíblia

"Kêrysso" é o verbo grego que significa "pregar". É derivado da palavra "kêrygma", que significa "proclamação". No contexto bíblico, "kêrysso" refere-se à proclamação pública da mensagem de Deus.


A pregação Bíblica, refere-se à comunicação pública da Palavra de Deus. É um ato que vai além da mera exposição de textos, envolvendo a proclamação apaixonada e fiel das verdades divinas para transformação de vidas.


O versículo de 2 Timóteo 4:2 é um dos mais importantes da Bíblia para a compreensão da pregação. Ele mostra que a pregação é uma tarefa essencial para os cristãos, pois é o meio pelo qual a Palavra de Deus é comunicada ao mundo.


No versículo, Paulo exorta Timóteo a pregar a Palavra de Deus "a tempo e fora de tempo". Isso significa que a pregação deve ser feita sempre, independentemente das circunstâncias. Ela deve ser feita "com toda a longanimidade e doutrina", ou seja, com paciência e sabedoria.


2. A Proclamação da Palavra de Deus (Mt 4.23)

O Evangelho de Mateus 4:23 destaca a prática central de Jesus durante seu ministério terreno: "E percorria Jesus toda a Galileia, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades entre o povo." Aqui, vemos a tríplice missão de Jesus: ensinar, pregar e curar, evidenciando a importância da pregação na divulgação do reino de Deus.


3. Exemplos e Características de  Pregadores da Bíblia

A) Apolo

A Bíblia menciona Apolo em algumas passagens, proporcionando uma visão mais abrangente sobre sua contribuição e impacto no contexto do Cristianismo primitivo. Além de Atos 18:24-28, onde ele é introduzido, Apolo é mencionado em outras partes do Novo Testamento:


1 Coríntios 1:12; 1 Coríntios 3:4-6; 1 Coríntios 16:12


Apolo, era um discípulo eloquente e poderoso, é apresentado em Atos 18:24-28 como um pregador cujas características transcendem o texto, deixando-nos um legado inspirador de como a pregação bíblica deve ser realizada.


Em Atos 18:24, Apolo é descrito como "homem eloquente e poderoso nas Escrituras". A palavra "eloquente" não apenas se refere à sua habilidade retórica, mas também destaca sua profunda erudição e habilidade em comunicar a mensagem de Deus com clareza e impacto. Sua eloquência não era apenas uma questão de palavras, mas de um entendimento profundo das Escrituras, refletindo uma dedicação ao estudo diligente.


Apolo, sendo "poderoso nas Escrituras", contextualiza suas mensagens com uma base sólida na Palavra de Deus. Sua pregação não era baseada em ideias próprias, mas enraizada nas verdades divinas. Essa é uma lição valiosa para os pregadores contemporâneos, enfatizando a importância de fundamentar a mensagem na autoridade das Escrituras.


Outro aspecto crucial de Apolo como pregador é seu fervor espiritual. Embora Atos 18:25 mencione que ele conhecia apenas o batismo de João, seu entusiasmo e compromisso com a mensagem eram evidentes. Essa paixão espiritual não só adicionava vida às suas palavras, mas também inspirava transformação nas vidas daqueles que o ouviam.


A precisão de Apolo ao ensinar sobre Jesus, mencionada em Atos 18:25, revela uma humildade admirável. Mesmo com uma compreensão inicial limitada, ele não hesitou em aprimorar seu entendimento. Essa disposição para o crescimento e a busca constante pela verdade destaca a importância de uma abordagem humilde e receptiva na pregação.


Assim, ao considerarmos as características de Apolo como pregador, somos desafiados a buscar uma eloquência fundamentada nas Escrituras, a nutrir um fervor espiritual genuíno e a perseguir a precisão na proclamação de Jesus, aprendendo com a abordagem exemplar desse discípulo dedicado.


B) Timóteo

Timóteo, o discípulo fiel do apóstolo Paulo, recebeu instruções vitais sobre a prática da pregação, destacando elementos essenciais para um ministério eficaz. Em 2 Timóteo 4:2, encontramos uma síntese poderosa dessas características:


Prega a palavra

A centralidade da Palavra de Deus na pregação de Timóteo é evidente. Ele é instruído a proclamar as Escrituras, enfatizando a importância de fundamentar a mensagem nas verdades divinas. Isso ressalta a base sólida e a autoridade que a Palavra de Deus deve ter na pregação cristã.


Insta a tempo e fora de tempo

Timóteo é exortado a pregar incansavelmente, independentemente das circunstâncias. A expressão "a tempo e fora de tempo" destaca a urgência e a constância da pregação, sugerindo que a proclamação da Palavra não deve ser limitada por conveniências temporais, mas deve ser uma prática contínua e perseverante.


Admoesta, repreende, exorta

Timóteo é orientado a desempenhar diferentes papéis na pregação. A admoestação, a repreensão e a exortação indicam uma abordagem abrangente que lida tanto com instrução quanto com correção. Isso reflete a responsabilidade do pregador em orientar, corrigir e encorajar a congregação de maneira equilibrada.


Com toda longanimidade

A longanimidade, ou paciência, é uma qualidade vital destacada na instrução a Timóteo. Isso indica que a pregação deve ser acompanhada de uma atitude paciente e compassiva, reconhecendo que o crescimento e a transformação podem levar tempo. A paciência é uma expressão do amor pastoral na pregação.


E ensino

O ensino sólido é uma parte integrante da pregação de Timóteo. Além da proclamação, a instrução e a explicação clara das verdades bíblicas são enfatizadas. Isso destaca a importância de garantir que a congregação compreenda profundamente os ensinamentos da Palavra de Deus.


C) Outros exemplos Bíblicos de Pregadores


(1) Paulo: A vida de Paulo não apenas testifica sua habilidade como ensinador, mas ressalta sua paixão e fidelidade como pregador do Evangelho de Cristo. Sua pregação era enraizada na revelação de Cristo, tornando-se um instrumento crucial na expansão do Evangelho.


Referências sobre Paulo como Grande Pregador:

1 Coríntios 1:17; 1 Tessalonicenses 2:13; 2 Timóteo 4:7


(2) Pedro: Pedro, demonstra coragem e autoridade na pregação, guiado pelo Espírito Santo. Sua mensagem eloquente e centrada em Cristo impacta profundamente os ouvintes (Atos 2:14-36).


(3) Estêvão: Estêvão, um dos primeiros diáconos, destaca-se como pregador e mártir. Sua mensagem abrangente e disposição de perdoar até o fim ilustram a profundidade da fé cristã e o poder transformador da Palavra de Deus (Atos 7:1-60).

Saiba mais na: Revista Digital Cristão Alerta - 1° Trimestre 2024 – ABRIR AQUI

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Lição 11 A Doutrina deve Fazer Parte do Culto (Classe: Jovens)

🎓 Lições Jovens 1° Trimestre 2024 CPAD

Revista: O FUNDAMENTO DOS APÓSTOLOS E DOS PROFETAS - A Doutrina Bíblica como Base para uma Caminhada Cristã Vitoriosa

AUTOR: Pr. Elias Torralbo

Data da aula: 17 de Março de 2024

TEXTO PRINCIPAL

A palavra de Cristo habite em vós abundantemente, em toda a sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais; cantando ao Senhor com graça em vosso coração. (Cl 3.16)

RESUMO DA LIÇÃO

A liturgia do culto a Deus deve respeitar e estar de acordo com as Escrituras Sagradas.

LEITURA SEMANAL

SEGUNDA - Sl 100.1-5

Os louvores e a celebração a Deus

TERÇA - Sl 149.1-9

Os fiéis louvam a Deus

QUARTA - Mt 18.20

Quando nos reunimos em

nome de Jesus

QUINTA - Jo 4.23,24

Adorara Deus em espírito e em verdade

SEXTA - Rm 12.1

O culto racional

SÁBADO - Ef 5.18-20

Um culto repleto do Espírito Santo


OBJETIVOS

• MOSTRAR a ordem do culto;

• COMPREENDER a diversidade do culto;

• CONSCIENTIZAR da importância da exposição das Escrituras no culto.


INTERAÇÃO

Professor (a), sabemos que o culto é essencial na vida de um crente. Por intermédio dele a nossa comunhão com Deus e com os irmãos é fortalecida e somos edificados.


Na lição deste domingo, veremos que a liturgia deve estar pautada nas Escrituras Sagradas, conduzindo-nos à adoração. Aproveite a temática da lição para conscientizar seus alunos de que a adoração pública é um encontro com Deus para um diálogo, por meio da oração, dos cânticos, ofertas e a pregação e ensino. No decorrer da lição, explique que o culto é composto de elementos humanos e espirituais, daí a necessidade de uma ordem pré-estabelecida, com vistas a “decência e ordem" (1 Co 14.40).


ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor (a), converse com os alunos explicando que “havia diversos elementos na adoração nos tempos do Antigo Testamento, como oração, sacrifício, oferta, louvor e cântico. Fazia parte da liturgia judaica nas sinagogas do primeiro século d. c. a oração antífona do Shema. 'ouve', a confissão de fé dos judeus, a leitura bíblica e a exortação. Nossa liturgia é simples e pentecostal, conforme o modelo do Novo Testamento (1 Co 14.26). Ela consiste em oração, Louvor, leitura bíblica, exposição das Escrituras Sagradas ou testemunho e contribuição financeira, ou seja, ofertas e dízimos. Entendemos que a adoração está incompleta na falta de pelo menos um desses elementos, exceto se as circunstâncias forem desfavoráveis ou contrárias” (Declaração de Fé das Assembleias de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p. 145).


TEXTO BÍBLICO

1 Coríntios 14.26-33

26 Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação.

27 E, se alguém falar língua estranha, faça-se isso por dois ou, quando muito três, e por sua vez, e haja intérprete.

28 Mas, se não houver intérprete, esteja calado na igreja e fale consigo mesmo e com Deus.

29 E falem dois ou três profetas, e os outros julguem.

30 Mas. se a outro, que estiver assentado, for revelada alguma coisa, cale-se o primeiro.

31 Porque todos podereis profetizar, uns depois dos outros, para que todos aprendam e todos sejam consolados.

32 E os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas.

33 Porque Deus não é Deus de confusão, senão de paz, como em todas as igrejas dos santos.


INTRODUÇÃO

O culto é essencial na vida de um cristão. É nele que a comunhão é fortalecida, a edificação é possível, as responsabilidades cristãs são cumpridas em parte, o louvor congregacional acontece e a Palavra de Deus é pregada e ensinada.


O culto cristão tem as suas normas, pois, pela sua Palavra, Deus orienta o seu povo a adorá-lo e de que forma deve fazê-lo. Mesmo nas diversidades, pessoais e culturais, a ordem do culto deve ser respeitada, principalmente no que se refere à centralidade das Escrituras no culto a Deus.

I - A ORDEM NO CULTO

1. Liturgia cristã.

O vocábulo “liturgia" advém dos termos gregos “leit" (“laós”, povo) e “urgia" (trabalho, ofício) que, conjuntamente, significam “serviço ou trabalho público". É um termo amplo, mas que no mundo grego passou a ter uma conotação sagrada, indicando um "ofício religioso”. Foi usado, originalmente pelos sacerdotes levíticos no Templo de Jerusalém, e só mais tarde foi aplicado ao contexto do culto cristão.


A liturgia cristã deve estar pautada nas Escrituras Sagradas, conduzindo os crentes à adoração. O Dicionário Teológico da CPAD afirma que “a liturgia, em si, não se constitui em culto; é necessário que venha acompanhada de verdadeira disposição espiritual para a adoração ao Senhor. A liturgia é a roupagem e o amor a Deus, a verdadeira substância do culto." Rito e culto também são termos correlatos, contribuindo para que o culto tenha o padrão bíblico (Rm 12.1,2).


2. Ordem no culto.

A respeito do culto, a Declaração de Fé das Assembleias de Deus diz o seguinte: “Entendemos que a adoração pública é um encontro com Deus para um diálogo: nós conversamos com Ele por meio de nossas orações, cânticos e ofertas, e Deus fala conosco por meio de sua Palavra (pregação e ensino) e das manifestações dos dons espirituais." Esse tema é importante e complexo, pois o culto é composto de elementos humanos e espirituais, daí a necessidade de uma ordem pré-estabelecida, com vistas à “decência e ordem” (1 Co 14.40). Isso não é negligenciar e nem desprezar a espiritualidade do culto, pois como afirma o Comentário Bíblico Beacon: “Onde a decência e a ordem não são observadas em cada parte da adoração a Deus, não se pode adorar de uma forma espiritual." Um culto considerado bem ordenado e que agrada a Deus é aquele que cumpre o seu propósito de adoração, edificação, comunhão, exortação e pregação do Evangelho. A ordem no culto não serve para enrijecê-lo, mas para colocá-lo em direção ao propósito para o qual foi estabelecido.


3. Elementos do culto.

Ao invés de ser influenciada pelas religiões pagãs de seu tempo, a Igreja Primitiva influenciou e deu novo sentido a algumas práticas cultuais, como afirma 0 Dicionário Wycliffe: “em alguns exemplos particulares, o que parece mais provável é uma similaridade de terminologias, onde o cristianismo lhes dá um novo teor e significado."


Um culto bíblico tem oração, louvor, leitura bíblica, exposição das Escrituras Sagradas, testemunho, ofertas e dízimos.


SUBSÍDIO 2

Professor (a) , pergunte aos alunos o que vêm à mente deles quando ouvem a palavra “culto". Muitas vezes essa palavra evoca a imagens de um templo, igreja. Entretanto, ‘Jesus mostra que não é 0 lugar ou formas externas do culto que realmente importam, mas a atitude do coração do adorador diante de Deus. O aprofundamento de nosso culto não se realiza com uma liturgia mais formal; aliás, isso pode ser de fato contra produtivo. O aprofundamento do verdadeiro culto ocorre quando o coração do adorador se tornar mais sincero e quando a verdade consome a sua mente. Todo o culto que não é oferecido em espírito e em verdade é totalmente inaceitável para Deus — por mais belas que sejam suas formas externas" "ADORAR, sanha é 'prostrar-se, curvar-se’. Esta palavra é encontrada no hebraico moderno no sentido de ‘curvar-se’ ou ‘inclinar-se’, mas não no sentido geral de 'adorar'.


O fato de que ocorre mais de 170 vezes na Bíblia hebraica mostra algo do seu significado cultural. Aparece pela primeira vez em Gênesis 18.2.0 ato de se curvar em homenagem é feito diante de um superior ou soberano. Davi ‘se curvou’ perante Saul (1 Sm 24.8). Às vezes, é um superior social ou econômico diante de quem a pessoa se curva, como quando Rute ‘se inclinou' à terra diante de Boaz (Rt 2.10). Num sonho, José viu os molhos dos seus irmãos 'inclinando-se' diante do seu molho (Gn 375,7.8). A palavra sãhãh é usada com o termo comum para se referir a ir diante de Deus e na adoração (ou seja, adorar), como em 1 Samuel 15.25 e Jeremias 7.2. Às vezes está junto com outro verbo hebraico que designa curvar-se fisicamente, seguido por 'adorar', como em Êxodo 34.8: 'E Moisés... encurvou-se [adorou, ARA]’. Outros deuses e ídolos também são o objeto de tal adoração mediante a ação de se prostrar diante deles (Is 2.20:44.1517).


II - A DIVERSIDADE DO CULTO

1. O culto.

O termo culto tem sido definido a partir da palavra grega latreia e leitorgia, indicando o vocábulo adoratio, ou adoração, prática vital no culto cristão. Adorar é reverenciar, prostrar-se, curvar-se, reconhecer, celebrar e exaltar a majestade divina. Portanto, o culto leva o crente a reconhecer a grandeza e a santidade de Deus, assim como a sua própria pequenez e necessidade de perdão e santificação.

Cultuar tem relação com adorar a Deus. Essas duas ações correspondem ao serviço em favor do Senhor e de sua Igreja. Isso levou Paulo a convocar os irmãos de Roma a que entregassem o corpo em "sacrifício" e renovassem mente (que equivale à totalidade do homem) como um “culto racional" a Deus (Rm 12.1). Culto é entrega. É uma forma de consagrar tudo a Deus como reconhecimento de sua grandeza e graça.


2. Diversidade no culto.

O culto dá crente a oportunidade de servir ao Senhor, como forma de adoração. Mas, como isso pode ser feito? Em Eclesiastes 9.10 está escrito: “Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças [...] Aquele que deseja agradara Deus e servi-lo, deve fazê-lo por meio do que tem de melhor, e é aqui que a diversidade cumpre o seu papel de adoração, pois, cada um pode servir ao Senhor com o que é capaz de fazer. Paulo fala sobre a "diversidade de dons, de mistérios e de operações”, ao normatizar o uso dos dons espirituais, enfatizando que só há um Deus que opera soberanamente em favor do mesmo propósito (1 Co 12.1-11).


Em outra ocasião, ele ensina sobre diferentes ministérios, dados pelo mesmo Senhor e com o mesmo objetivo de preparar os crentes para edificação do Corpo de Cristo (Ef 4.11,12). Portanto, a diversidade deve ser vista como um recurso precioso, que deve ser bem administrado no culto, para que cada um. na sua individualidade, adore ao Senhor e sirva à igreja, inclusive com os dons espirituais, com o propósito de honrar a Deus e edificar o Corpo de Cristo.


3. Unidade na diversidade.

O texto de Apocalipse 7.9-11 é uma referência a um culto universal que em breve ocorrerá, no qual todos os redimidos se prostrarão diante de Cristo para adorá-lo e reverenciá-lo.


Deus constituiu a humanidade com características diversas, e em uma análise mais restrita, em certa medida, isso se reflete no culto, quer seja nos diferentes dons que o Senhor dá aos crentes, ou mesmo na forma com que cada um adora a Deus. No entanto, os diferentes dons e as diferentes personalidades não justificam a falta de reverência e a desordem que podem comprometer a adoração ao Senhor e a edificação do Corpo de Cristo.


SUBSÍDIO 2

O propósito do culto deve ser sempre glorificara Deus. Isso acontece quando o culto promove a verdadeira adoração. Se Deus não é adorado e glorificado no culto ou na nossa forma e modo de cultuar, então, não existe culto de verdade. O culto, portanto, pode se desvirtuar, perder o seu propósito e deixar de ser um culto. Pode ser chamado de qualquer outra coisa, menos de culto. Quando isso acontece, nem Deus é glorificado nem a igreja é edificada. Dessa forma, precisamos destacar que o culto visto como uma expressão de adoração a Deus acontece em dois âmbitos: na esfera vocacional e na esfera celebrativa o culto como expressão da nossa própria vocação e o culto como celebração que se expressa em atos rituais. No primeiro âmbito, da vocação, o cristão adora a Deus quando O serve de modo digno perante um mundo perdido. Aqui não há ritos, mas o testemunho de vida.

As atitudes demonstram que o cristão é um adorador. Ele cultua a Deus com sua vida em toda a sua extensão. Nesse caso, o culto não é visto apenas como um ato litúrgico realizado, por exemplo, em um templo ou em qualquer espaço físico, mas como a expressão de um modo de vida que reflete o caráter de Cristo em todos os aspectos. O apóstolo Paulo chamou atenção para essa expressão do culto na esfera vocacional na sua carta ao Romanos 12.1.2.


O termo "culto" usado aqui por Paulo é a tradução do termo grego latreía. William Barclay observa que era a mesma palavra usada para um trabalhador que dava seu tempo e esforço a um empreiteiro em troca de um salário. Não se refere, portanto, a um trabalho escravo, mas um trabalho voluntário. Tem o sentido de “servir”, mas, sobretudo, “aquilo que uma pessoa dedica toda a sua vida”.


O verdadeiro culto, portanto, é dedicar a vida a Deus diariamente. Não apenas na esfera de um templo, mas em todas as dimensões da vida privada e pública. Paulo lembra que tanto o corpo como a mente são expressões de uma autêntica adoração a Deus. Ele roga aos cristãos que se "apresentem diante de Deus" como sacrifícios.


Não há dúvida de que Paulo tinha em mente o sistema de sacrifício quando disse que o cristão precisa apresentar-se diante de Deus como um sacrifício vivo. Ele tinha em mente o livro de Levítico quando escreveu essas recomendações de Romanos 12.1.2. Assim como um animal inocente era ofertado em sacrifício na antiga aliança, da mesma forma o cristão devia apresentar o seu corpo a Deus. A diferença era que lá a oferta era apresentada morta, e aqui a oferta é apresentada viva. Ao contrário do pensamento grego, que via o corpo como a prisão da alma, Paulo dá grande importância à nossa dimensão corpórea. Devemos, sim, cuidar e zelar do nosso corpo, pois ele é santuário do Espírito Santo (1 Co 6.19). Isso, evidentemente,' envolve disciplina alimentar e exercícios físicos. Nesse sentido, não há nada de errado em cuidar do corpo. Contudo, devemos evitar a todo custo 0 “culto ao corpo.


PROFESSOR (a), a "Bíblia de Aplicação Pessoal" é uma grande ferramenta para quem deseja se aprofundar no conhecimento da Palavra de Deus.

III - A EXPOSIÇÃO DAS ESCRITURAS NO CULTO

1. Expondo as Escrituras.

A exposição fiel das Escrituras atinge o coração dos crentes (Lc 24.32) e converte o perdido, pois, a pregação do Evangelho é o instrumento pelo qual Deus decidiu salvar os que creem (1 Co 1.21). Portanto, a exposição da Palavra de Deus deve ser central no culto cristão.


Na obra o Pastor Pentecostal (CPAD), o autor mostra que a igreja deve buscar se parecer com a Igreja Primitiva, principalmente na valorização da pregação da Palavra de Deus, como se lê: “A Igreja Primitiva pregou a Palavra e foi através desse ato que Deus fez com que a Igreja crescesse. Nós também devemos fazer o mesmo." A exposição fiel das Escrituras deve ser central no culto genuinamente cristão.


2. Louvores que pregam as Escrituras.

Desde os primeiros dias da igreja até hoje, a pregação é o método mais comum e usado para a proclamação das Escrituras. Entretanto, há outras formas pelas quais essa verdade pode ser compartilhada, como pelo recurso dos hinos a serem cantados durante os cultos, já que por eles a doutrina bíblica pode ser bem fixada na mente e no coração dos presentes. Reafirmamos a importância da Harpa Cristã que, conforme consta no Dicionário do Movimento Pentecostal ela é o “hinário oficial de nossas igrejas”, que surgiu “em virtude das peculiaridades históricas e doutrinárias", e “os pioneiros sentiram a necessidade de um hinário que também enfocasse as verdades pentecostais.” Há outros hinos que também cumprem este propósito, mas para nós, a Harpa Cristã cumpre esse papel com segurança, justamente porque nela constam as bases doutrinárias de nossa confissão.


3. Pregando as Escrituras.

Até aqui a ênfase tem sido sobre o dever de anunciaras Escrituras. Contudo, é preciso destacar o conteúdo a ser anunciado no culto prestado a Deus. Não basta saber o que fazer, é preciso saber como fazer.


Jesus ordenou que os seus discípulos pregassem o Evangelho a toda criatura (Mc 16.15). Observe que o Mestre não só ordenou que pregassem, mas também orientou qual a mensagem que deveriam pregar. Quando a igreja deixa de ser fiel na entrega da mensagem genuinamente bíblica, ela, inevitavelmente, pregará mensagens contrárias à verdade de Deus, e isso é prejudicial à sua saúde espiritual. Portanto, a Igreja de Cristo deve expor as Escrituras em seus cultos, permanecendo fiel, certa de que será recompensada.


CONCLUSÃO

Esta lição discorreu sobre o culto cristão genuinamente pentecostal, ressaltando o seu padrão bíblico. A ordem do culto não visa “engessá-lo1', mas norteá-lo. para que os seus objetivos de adoração e edificação sejam alcançados. Por isso, aprendemos a respeito da importância da ordem no culto, a diversidade e a exposição das Escrituras.


HORA DA REVISÃO

1. Qual o significado do termo "liturgia"?

O vocábulo “liturgia" advém dos termos gregos “leit" (laós, povo) e “urgia' (trabalho, oficio) que, conjuntamente, significa “serviço ou trabalho público".


2. O que o Dicionário Teológico afirma a respeito da liturgia?

Afirma que “a liturgia, em si, não se constitui em culto: é necessário que venha acompanhada de verdadeira disposição espiritual para a adoração ao Senhor. A liturgia é a roupagem e o amor a Deus, a verdadeira substância do culto.


3. O que é adoração pública?

Entendemos que a adoração pública é um encontro com Deus para um diálogo.


4. O que é adorar?

Adorar é reverenciar, prostrar-se, curvar-se, reconhecer, celebrar e exaltar a majestade divina.


5. Qual o lugar da exposição das Escrituras Sagradas no culto?

A exposição fiel das Escrituras deve ser central no culto genuinamente cristão.

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Lição 12 O PAPEL DA PREGAÇÃO NO CULTO

Lições Bíblicas Adultos 1° trimestre 2024 CPAD

REVISTA: O CORPO DE CRISTO - Origem, Natureza e Missão da Igreja no Mundo

Comentarista: Pr. José Gonçalves

Data da aula: 24 de Março de 2024

 

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TEXTO ÁUREO

“Que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina.” (2 Tm 4.2)

VERDADE PRÁTICA

Pregar a Palavra de Deus é a sublime missão da Igreja. É por intermédio do ministério da Palavra que vidas são salvas, transformadas e edificadas.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Mt 4.23

A proclamação da Palavra de Deus

Terça - Mt 5.1,2

A disposição em ensinar a Palavra de Deus

Quarta - 1 Tm 4.13

Perseverando em exortar com a Palavra de Deus

Quinta - At 8.5

Pregando a Cristo em todo tempo e lugar

Sexta - At 2.40

A pregação como resposta a uma geração sem Deus

Sábado - At 8.35

As Escrituras como a base da pregação


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

2 Timóteo 4.1-5

Baixar o livro pdf doutrina da igreja

1 CONJURO-TE, pois, diante de Deus, e do Senhor Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu reino,

2 Que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina.

3 Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências;

4 E desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas.

5 Mas tu, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério.


Hinos Sugeridos: 499, 505, 559 da Harpa Cristã


PLANO DE AULA

1. INTRODUÇÃO

Nesta lição estudaremos a importância da pregação da Palavra de Deus no culto cristão. Vamos refletir a respeito do Ministério da Palavra e de seu propósito no culto. Perceberemos que a pregação da Palavra de Deus traz edificação ao Corpo de Cristo, bem como atua na formação de valores do povo de Deus. Nesse sentido, veremos que o Ministério da Palavra deve ser exercido de maneira cristocêntrica e, sobretudo, fundamentado na Bíblia.


2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

A)    Objetivos da Lição:

I) Apresentar o Ministério da Palavra e seu propósito; II) Enfatizar a importância do Ministério da Palavra; III) Explicitar a fundamentação do Ministério da Palavra.

B)    Motivação: A pregação da Palavra de Deus é o antídoto divino para formar os cristãos, edificar a Igreja de Cristo e influenciar os crentes a terem vidas mais piedosas. Por isso, desde os primórdios da Igreja, 0 Ministério da Palavra teve primazia no culto cristão.


C)    Sugestão de Método: Ao iniciar o terceiro tópico, peça aos alunos exemplos de pregações que não seja cristocêntricas nem bíblicas. Pergunte a eles que consequências essas pregações podem trazer para a vida da igreja. Após ouvi-los atenciosamente, exponha o tópico enfatizando a importância de a pregação cristã estar fundamentada em Cristo e, ao mesmo tempo, ser devidamente bíblica.


3.    CONCLUSÃO DA LIÇÃO

A) Aplicação: A pregação da Palavra de Deus tem o propósito de edificar a Igreja de Cristo, formar os valores do crente em Jesus e, ao mesmo tempo, estabelecer uma defesa diante de uma cultura sem Deus.


4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR

A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 96, p.41, você encontrará um subsídio especial para esta lição.


B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula:

1) O texto “Uma Mensagem Pentecostal”, localizado depois do primeiro tópico, aprofunda a reflexão a respeito do propósito do Ministério da Palavra;

2) O texto “O Espírito Santo é a Fonte”, ao final do segundo tópico, amplia a reflexão da importância da pregação.


PALAVRA-CHAVE: Pregação


INTRODUÇÃO

Nesta lição, veremos a importância da pregação bíblica, denominada também como “Ministério da Palavra”. Nesse aspecto, para refletir a glória de Deus, a pregação precisa manter o propósito para a qual foi estabelecida: revelar Deus e educar a igreja.


Por isso, podemos afirmar que o Ministério é importante, pois assim a igreja é edificada e moldada

pelos valores do Reino. Uma igreja em que a Palavra de Deus não tem a primazia, tanto na ação evangelística quanto na discipuladora, é uma igreja fraca. Portanto, a natureza da pregação precisa ser bíblica e cristocêntrica. Em outras palavras, deve possuir sólidos fundamentos.


I - MINISTÉRIO DA PALAVRA E SEU PROPÓSITO

1. A pregação como Proclamação.

O propósito mais sublime do Ministério da Palavra está no fato de ele revelar Deus às pessoas. Frequentemente as Escrituras se referem a esse aspecto da pregação como sendo uma “proclamação”.


O verbo grego keryssô, traduzido como “proclamar”, é usado nesse sentido em vários textos do Novo Testamento (Mt 3.1; 4.23; Lc 4.18; At 8.5; Rm 10.8). Nesse aspecto, a pregação tem o propósito de revelar Deus às pessoas (1 Co 1.21). Esse fato por si só mostra a grandiosidade da  pregação: trazer o conhecimento de Deus.


2. O caso emblemático de Lídia (At 16.14).

Enquanto Lídia ouvia a pregação feita por Paulo, o Senhor abriu-lhe o coração. A pregação foi o instrumento que Deus usou para se revelar àquela mulher e o resultado disso foi a sua conversão. Deus é glorificado na revelação de sua Palavra. Esse fato é destacado por Paulo na sua Carta aos Romanos: “De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus” (Rm 10.17). Assim, devemos nos conscientizar de que a pregação da Palavra de Deus é mais do que uma simples exposição de ideias, mais do que um discurso inflamado; ela é o canal pelo qual Deus se revela ao coração endurecido.


3. A pregação como instrução.

As pessoas que foram alcançadas pela proclamação da Palavra precisam crescer e amadurecer no Evangelho, ou seja, necessitam ser discipuladas, instruídas. É significativo o fato de que o ministério de Jesus tenha o ensino como um dos fundamentos: “E percorria Jesus toda a Galileia, ensinando nas suas sinagogas” (Mt 4.23).


No sermão do Monte, Jesus também “ensinava” seus discípulos (Mt 5.2). Assim também o apóstolo Paulo gastou grande parte de seu tempo ensinando os crentes (At 18.11). Paulo chegou mesmo a exigir de alguém que tivesse pretensão ministerial que fosse “apto para ensinar” (1 Tm 3.2). Tudo isso mostra a importância do ministério do ensino e a responsabilidade de quem o exerce.


SINOPSE I

O Ministério da Palavra exerce um papel de proclamação e, ao mesmo tempo, de instrução.


AUXÍLIO TEOLÓGICO

UMA MENSAGEM PENTECOSTAL

A igreja pentecostal conhecida como Assembleia de Deus é um movimento que começou sobrenaturalmente, em resultado do poderoso derramamento do Espírito Santo. Desde o seu início, Deus tem abençoado esse movimento, porque é dependente dEle; é guiado pelo Espírito Santo, orientado pela Palavra de Deus e usado para alcançar este mundo necessitado de Jesus Cristo. Desde o nosso começo temos sido abençoados com poderosos sinais e maravilhas. Humildemente agradecemos a Deus por isso.


[...] Os primeiros cristãos foram perseguidos por causa da mensagem que anunciavam e por aquilo que eram. Também seremos perseguidos. Eles foram mal compreendidos pela sociedade em que viviam. Também seremos mal compreendidos. Os outros grupos religiosos os rejeitaram, por causa da posição dogmática de que Jesus Cristo é o Senhor ressurreto e está ativamente envolvido nos assuntos da igreja. Nós também seremos rejeitados” (CARLSON, Raymond; TRASK, Thomas E. et al. O Pastor Pentecostal: Teologia e Práticas Pastorais. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2023, p.99).


SINOPSE I

O Ministério da Palavra exerce um papel de proclamação e, ao mesmo tempo, de instrução.

II - O MINISTÉRIO DA PALAVRA E SUA IMPORTÂNCIA

1. A edificação da igreja.

A Palavra tem a importante função de edificar a igreja. Essa edificação vem pelo confronto que o Espírito Santo traz pelo ministério da Palavra, que exorta e consola. Às vezes isso pode vir em um tom de elogio (1 Co 11.2) ou em uma forte repreensão (1 Co 11.17). O termo grego paraklésis, traduzido como “exortar” e “consolar”, significa um “chamado para “ajudar” e “encorajar”. Ele ocorre com muita frequência no Novo Testamento, sendo a maioria das vezes no contexto da igreja. Assim, vemos Paulo solicitando a Timóteo que persistisse em ler, ensinar a Palavra e “exortar” (1 Tm 4.13) e Lucas destacando que a igreja andava na “consolação do Espírito Santo” (At 9.31). Em ambos os textos se pressupõe o ministério da Palavra como instrumento de exortação e edificação.


2. Formação de valores.

A pregação é importante instrumento para formação de uma consciência cristã. A guerra cultural travada nos últimos anos contra a fé cristã mostrou a necessidade de a igreja firmar cada vez mais os seus valores. Isso, contudo, só pode acontecer de forma eficaz por meio da formação de uma consciência cristã fundamentalmente bíblica. Isso significa que a igreja precisa mostrar, de forma bem didática, sua forma de pensar, crer e agir, ou seja, é preciso definir sua cosmovisão, isto é, sua visão de mundo. Uma visão que seja diferente à da cultura secular. Esta, por sua vez, sempre se mostrou hostil ao povo de Deus. Do contrário, não seremos capazes de resistir a inversão de valores por ela disseminada.


3. Resistindo diante de uma cultura sem Deus.

Jesus censurou seus discípulos, chamando-os de “geração perversa” porque os viu agindo com incredulidade (Mt 17.17)- A influência de uma cultura sem Deus havia atingido negativamente os que andavam com Jesus. Por sua vez, no Pentecostes, Pedro também exortou seus ouvintes a salvarem-se daquela “geração perversa” (At 2.40). Assim também Paulo escreveu que Demas, um amigo de Ministério, havia amado aquela presente era e o abandonou (2 Tm 4.10). Esse mesmo apóstolo exortou os crentes de Roma a não se conformarem com aquela presente era (Rm 12.2). Nas duas últimas referências, a palavra grega aion, traduzida como “era” ou “século”, é uma referência clara a uma cultura sem Deus.


SINOPSE II

O Ministério da Palavra traz edificação à Igreja, forma os valores do crente e levanta uma resistência diante de uma cultura sem Deus.

AUXÍLIO TEOLÓGICO

O ESPÍRITO SANTO É A FONTE

Jesus disse: ‘O Espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos disse são espírito e vida’ (Jo 6.63). Essa é a verdade poderosa a ser compreendida. Não é minha responsabilidade dar vida. Como pastor, não preciso fazer com que algo aconteça em um culto. Como crente, não preciso estar sob a pressão de ter de realizar algo para obter resultados espirituais.


A mágica não está envolvida nos sinais e maravilhas de Deus. O Espírito Santo se move quando a Palavra de Deus é pregada, e dEle dependemos para os resultados. A igreja não precisa de demonstrações da carne; precisa de uma demonstração do Espírito Santo. Os crentes se desviam quando a carne se manifesta em nossas igrejas.


Há algo poderoso, dinâmico, maravilhoso e glorioso, quando as pessoas chegam à presença de Jesus Cristo. O Espírito torna o ambiente vivo e o enche de poder e expectativa do que Deus está fazendo. Quando temos o privilégio de estar em tal ambiente, o Espírito Santo é o agente acelerador.


O mesmo Espírito Santo que dirigiu os escritores da Bíblia também deseja dirigir-nos hoje, de modo que venhamos a entender. Sem o Espírito Santo, a Bíblia é como um oceano que não pode ser sondado, como o céu que não pode ser inspecionado, como uma mina que não pode ser explorada e como um mistério além da compreensão. Devemos — temos de — render - -nos à liderança do Espírito Santo’” (CARLSON, Raymond; TRASK, Tho- mas E. et al. O Pastor Pentecostal: Teologia e Práticas Pastorais. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2023, p.103).

III  - O MINISTÉRIO DA PALAVRA E SUA FUNDAMENTAÇÃO

1. Deve ser cristocêntrico.

A Bíblia diz que “descendo Filipe à cidade de Samaria, lhes pregava a Cristo” (At 8.5). A pregação precisa ser cristocêntrica. Cristo é o centro da Bíblia (Lc 24.27), o centro da mensagem dos profetas: “indagando que tempo ou que ocasião de tempo o Espírito de Cristo, que estava neles, indicava, anteriormente testificando os sofrimentos que a Cristo haviam de vir e a glória que se lhes havia de seguir” (1 Pe 1.11).


Assim, o alvo da pregação é revelar Cristo. Apoio, por exemplo, era conhecido por sua eloquência e capacidade de mostrar que o Cristo prometido nas Escrituras hebraicas era Jesus de Nazaré: “Porque com grande veemência convencia publicamente os judeus, mostrando pelas Escrituras que Jesus era o Cristo” (At 18.28). Dizendo isso, precisamos destacar que a forma e os métodos usados para a exposição das Escrituras são importantes. Contudo, o mais importante é a revelação do seu conteúdo, Cristo Jesus.


2. Deve ser bíblico.

Vivemos em um tempo em que a pregação em muitos espaços virou um modismo. Parece que temos “pregadores” em demasia, mas o que se passa por pregação na maioria das vezes não o é. Na verdade são mensagens de autoajuda com um verniz de pregação. Esse tipo de mensagem é atraente porque amacia o ego e geralmente consegue muitos seguidores nas redes sociais para quem se vale dessa técnica.


Contudo, não são pregações de verdade porque não há nelas uma exposição de um conteúdo bíblico. A ênfase está na performance, forma ou modo de se exibir a temática a ser abordada. O objetivo quase sempre é financeiro (Fp 3.19; 1 Tm 6.9). A doutrina do pecado, o apelo por uma vida separada do mundo e dedicada a Deus são esquecidos (2 Co 6.17). Essa modalidade de pregação opõe-se ao verdadeiro Evangelho de Cristo. É uma mensagem sem cruz (Gl 6.14-16). Na verdade, esse tipo de pregação glorifica os homens que são amantes de si mesmos (2 Tm 3.1-5).


SINOPSE III

O Ministério da Palavra deve ser fundamentalmente cristocêntrico e, ao mesmo tempo, bíblico.


CONCLUSÃO

Após a exposição desta lição, constatamos que a igreja precisa manter-se fiel ao ministério da Palavra. Isso só pode ser feito por meio de uma pregação genuinamente bíblica que reflita os valores do Reino de Deus. Para isso, não há atalhos. Numa cultura cada vez mais hostil à fé cristã, a igreja necessita proclamar as verdades do Reino por meio da poderosa pregação da Palavra de Deus.


REVISANDO O CONTEÚDO

1. Em que fato o propósito mais sublime da Igreja está amparado?

O propósito mais sublime do Ministério da Palavra está no fato de ele revelar Deus às pessoas.


2. O que as pessoas, que foram alcançadas pelo Evangelho, precisam fazer?

As pessoas que foram alcançadas pela proclamação da Palavra precisam crescer e amadurecer no Evangelho, ou seja, necessitam ser discipuladas, instruídas.


3. Qual é a função da Palavra na igreja?

A Palavra tem a importante função de edificar a igreja. Essa edificação vem pelo confronto que o Espírito Santo traz pelo ministério da Palavra, que exorta e consola.


4. O que a igreja precisa mostrar de forma bem didática?

O que significa que a igreja precisa mostrar, de forma bem didática, sua forma de pensar, crer e agir, ou seja, é preciso definir sua cosmovisão, isto é, sua visão de mundo.


5. De acordo com a lição, qual é o alvo da pregação?

O alvo da pregação é revelar Cristo.

Lições Bíblicas Adultos 1° trimestre 2024 CPAD

REVISTAO CORPO DE CRISTO Origem, Natureza e Missão da Igreja no Mundo

Comentarista: Pr. José Gonçalves

Temas das Lições - Clique e leia

Lição 1- A origem da igreja

Lição 2 - Imagens bíblicas da igreja

Lição 3 - A natureza da igreja

Lição 4 - A igreja e o reino de Deus

Lição 5 - A missão da igreja de Cristo

Lição 6 - Igreja: organismo ou organização?

Lição 7 - O ministério da igreja

Lição 8 - A primeira ordenança da igreja: o batismo

Lição 9 - A segunda ordenança da igreja: a ceia do Senhor

Lição 10 - O poder de Deus na missão da igreja

Lição 11 - O culto da igreja cristã

Lição 12 - O papel da pregação no culto

Lição 13 - Sendo o templo do Espírito



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