🎓 Lições
Jovens 1° Trimestre 2024 CPAD
✍Revista: O FUNDAMENTO DOS APÓSTOLOS E DOS
PROFETAS - A Doutrina Bíblica como Base para uma Caminhada Cristã Vitoriosa
AUTOR:
Pr. Elias Torralbo
Data da aula: 24 e Março de 2024
TEXTO
PRINCIPAL
Não
defraudando; antes, mostrando toda a boa lealdade, para que, em tudo, sejam ornamento
da doutrina de Deus, nosso Salvador." (Tt 2.10)
RESUMO
DA LIÇÃO
Para
herdar a salvação, o crente precisa perseverar na doutrina de Cristo até o fim.
LEITURA
SEMANAL
SEGUNDA
- Sl 119.16
A
Palavra de Deus traz alegria à vida
TERÇA
- Pv 4.7
A
Palavra de Deus nos dá sabedoria
QUARTA
- Sl 119.125
Deus
concede aos seus servos inteligência para entender seus testemunhos
QUINTA
- Sl 119.68
Deus
é bom e nos ensina seus estatutos
SEXTA
- Sl 119.15
Meditando
nos preceitos do Senhor
SÁBADO
- Lc 21.34-36
Advertência
quanto à vigilância
OBJETIVOS
•
MOSTRAR
a importância da doutrina diante de um mundo imoral;
•
COMPREENDER
que o crente deve andar segundo os mandamentos
de
Jesus;
•
CONSCIENTIZAR
da importância de olharmos para nós mesmos.
INTERAÇÃO
Professor
(a), na lição deste domingo estudaremos a respeito da doutrina de Jesus Cristo,
a base que sustenta a Igreja e o ensino cristão. Veremos alguns
dos
principais ensinos de Jesus e a necessidade do crente olhar para si mesmo, vivendo
assim em constante vigilância e oração.
Mostre
aos alunos que a ética e a moralidade cristã são determinadas pela moral do
próprio Deus, que é imutável. A moralidade cristã diz respeito ao nosso
comportamento
de acordo com as Escrituras. Um mundo pautado na moralidade cristã seria um
mundo marcado pelas características divinas, conforme ensinadas na Bíblia
Sagrada.
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
Professor
(a), para introduzir o primeiro tópico desta lição, reproduza o quadro abaixo.
Utilize para mostrar os alunos o conceito de “ética" e de “moral".
ÉTICA |
MORAL |
Trata a respeito das virtudes e dos
valores que devemos cultivar ao longo da vida. |
Trata das virtudes e valores
propriamente ditos que constitui o espírito humano. |
Diz respeito à consciência de nossas
obrigações morais. |
E o conjunto de regras e princípios
instituídos na consciência da pessoa |
Nos conduz a caminhos que devemos percorrer
para agirmos com correção nos problemas práticos. |
Se manifesta na ação concreta de uma pessoa. |
TEXTO BÍBLICO
2 João 1-9
1
O ancião à senhora eleita e a seus filhos, aos quais amo na verdade e não somente
eu, mas também todos que têm conhecido a verdade.
2
Por amor da verdade que está em nós e para sempre estará conosco.
3
A graça, a misericórdia, a paz, da parte de Deus Pai e da do Senhor Jesus Cristo,
o Filho do Pai, sejam convosco na verdade e amor.
4
Muito me alegro por achar que alguns de teus filhos andam na verdade, assim como
temos o mandamento do Pai.
5
E agora, senhora, rogo-te, não como escrevendo-te um novo mandamento, mas
aquele mesmo que desde o princípio tivemos: que nos amemos uns aos outros.
6
E o amor é este: que andemos segundo os seus mandamentos. Este é o mandamento, como
já desde o princípio ouvistes: que andeis nele.
7
Porque já muitos enganadores entraram no mundo, os quais não confessam que Jesus
Cristo veio em carne. Este tal é o enganador e o anticristo.
8
Olhai por vós mesmos, para que não percamos o que temos ganhado: antes, recebamos
o inteiro galardão.
9
Todo aquele que prevarica e não persevera na doutrina de Cristo não tem a Deus;
quem persevera na doutrina de Cristo, este tem tanto o Pai como o Filho.
INTRODUÇÃO
Na
lição deste domingo, estudaremos a respeito da doutrina de Jesus Cristo. Ela é
a base que sustenta a Igreja e toda a doutrina cristã. Veremos alguns dos principais
ensinos de Jesus e a necessidade do crente olhar para si mesmo, vivendo assim
em constante vigilância e oração.
I - DIANTE DE UM MUNDO IMORAL
1.
A moralidade cristã.
Precisamos
compreender o significado de "ética" e "moral". O termo
“moral" vem do vocábulo latino mos, do adjetivo moralis, e
significa “costume” ou “uso”. A palavra "ética" vem do grego ethica,
de etheos, cujo sentido é “aquilo que se relaciona com o caráter". A ética
trata mais do aspecto teórico e estuda a respeito do que é certo, enquanto a
moral lida com a prática do que é certo e bom. A ética e a moralidade cristãs
são determinadas pela moral do próprio Deus que, à semelhança dEle, são
imutáveis. A moralidade cristã diz respeito ao comportamento de acordo com as
Escrituras.
Ela
pode ser considerada também como “absoluto moral" e se relaciona
diretamente com o caráter moral de Deus, exigindo santidade, justiça, amor,
honestidade e misericórdia. Um exemplo disso é o princípio de que matar é
errado, pois o homem foi criado à imagem de Deus (Gn 1.27; Êx 20.13). Sendo
assim, um mundo pautado na moralidade cristã seria um mundo marcado pelas
características divinas, conforme ensinadas na Bíblia Sagrada.
2.
Um mundo imoral.
Jesus
afirmou que “os homens amaram mais as trevas do que a Luz" (Jo 3.19). João
afirma o seguinte: “Sabemos que somos de Deus e que todo o mundo está no
maligno" (1 Jo 5.19). O apóstolo parece generalizar, mas isso se dá porque
ele quer indicar a gravidade e a seriedade do tema. A esse respeito o
Comentário Bíblico Matthew Henry afirma que “a humanidade está dividida em dois
grandes partidos ou domínios, um que pertence a Deus e um que pertence à
maldade ou ao maligno" e sobre os que estão sob o domínio do Maligno, ele
afirma que “eles estão unidos pela natureza, diretriz e princípio maligno e
estão unidos em uma cabeça.” Há uma cabeça da malignidade e do mundo maligno: e
ele tem um controle tão grande aqui que é chamado de “[...] o deus deste
século” (2 Co 4-4)- Esse sistema maligno é contrário a Deus, à sua Palavra e ao
seu povo. Ele não segue os princípios morais divinos, portanto, é um mundo
imoral.
3.
O cristão diante de um mundo imoral.
João
afirma que "muitos enganadores entraram no mundo", com a principal
característica de que “não confessam que Jesus Cristo veio em carne” (2 Jo 7).
É neste mesmo mundo que “os nascidos de Deus” estão e são desafiados a vencerem
(1 Jo 5.18-20). Diante de tão grande desafio, qual deve ser a postura do
cristão em um mundo imoral?
O
próprio João, em sua Segunda Carta, oferece a resposta à essa questão. Ele
afirma que o crente não pode retroceder para que não perca o galardão (v. 8); e
não prevaricar, que é o mesmo que não ultrapassar os limites estabelecidos pela
doutrina (v. 9). O crente, portanto, ao invés de voltar atrás ou ir além do que
as Escrituras estabeleceram, deve perseverar na verdadeira doutrina, com vistas
à manutenção da comunhão com Deus, e assim poder enfrentar e vencer o mundo
imoral, resistindo pela Palavra.
SUBSÍDIO 1
Professor (a), explique que “a palavra ‘ética’ possui origem no
vocábulo grego ethos, que literalmente significa 'costumes' ou 'hábitos'. No
latim, é usado o termo correspondente mos (moral) com o sentido de 'normas' ou
‘regras’. Assim, 'ética e moral referem-se ao conjunto de costumes tradicionais
de uma sociedade e que, como tais, são considerados valores e obrigações para a
conduta de seus membros'. Como esses termos ‘ética’ e 'moral', são muito
próximos, eles são muitas vezes confundidos e usados como sinônimos. No
entanto, para fins didáticos e acadêmicos e possível defini-los separadamente.
A ética enquanto ciência pode ser entendida como a parte da
filosofia que investiga os fundamentos da moral adotados por uma cultura. Foram
os filósofos gregos que começaram a estudar esses fundamentos para então
‘identificar’ uma pessoa sendo boa ou má e um ato como sendo bom ou mau. A
partir desses fundamentos, alguém pode ser classificado como 'ético' ou
‘antiético.
II - ANDANDO SEGUNDO OS MANDAMENTOS DE
JESUS
1.
Os mandamentos de Jesus.
O
Sermão do Monte (Mt 5-7) é a mais importante mensagem pregada e ensinada por
Jesus. Extenso, profundo e cativante, esse sermão tem sido considerado uma
expressão ampliada e aplicada da lei de Deus entregue a Moisés. A conclusão
desse sermão (Mt 7) oferece um resumo e uma recapitulação dos princípios do
Reino de Deus expostos por Jesus, podendo assim representar a expressão fiel
dos mandamentos de Jesus. Eles estão assim dispostos: relacionamentos
interpessoais saudáveis: relacionamento saudável com Deus; o caminho da
salvação e o da perdição; alerta sobre os falsos profetas e a seriedade do
Reino demonstrada na forma com que se dará o dia de acerto de contas. Portanto,
aí estão os pontos pelos quais os mandamentos de Jesus são identificados e
podem ser bem compreendidos,
2.
Mandamentos santificadores.
Jesus
foi Mestre por excelência, ao ponto de até os servidores dos fariseus
reconhecerem a sua sabedoria (Jo 7.46), Jesus ensinou por palavras (Mt 7.29),
por meio dos sinais que operou na presença dos discípulos, ensinando princípios
eternos, e até ao orar, o Mestre compartilhou ensinamentos, como se vê na
chamada “Oração Sacerdotal” (Jo 17). Jesus pediu ao Pai para que os discípulos
fossem santificados "na palavra”, pois ela “é verdade”.
A
referência à Palavra de Deus tem relação direta com a verdade eterna da
doutrina que Jesus ensinou, e em toda esta oração é possível identificar os
aspectos fundamentais destes seus mandamentos: o verdadeiro conhecimento de
Deus e a glorificação do Filho; a preservação do crente pela palavra da verdade
e o compromisso dele diante de uma sociedade imoral Portanto, os mandamentos de
Jesus preservam o crente em um mundo male capacita-o a viver os propósitos
divinos.
3.
Os benefícios dos mandamentos de Jesus.
Jesus
afirmou que aqueles que fazem o que Ele ordena são seus amigos (Jo 15.14).
Diante do desafio colocado ao colegiado apostólico, Pedro perguntou a Jesus
qual seria o ganho deles por deixarem tudo para segui-lo, ao que Jesus
respondeu “cem vezes tanto, já neste tempo" e, ainda acrescentou que “no
século vindouro a vida eterna" (Mc 10.30). Sendo assim, o crente que ouve
e cumpre os mandamentos de Jesus tem a garantia de bênçãos nesta vida e na
eternidade (Jo 5.24). O crente que cumpre os mandamentos de Deus recebe bênçãos
incontáveis, como por exemplo: não é enganado pelas falsas doutrinas e nem pelo
espírito do Anticristo; está pronto a perseverar até o fim, não perde o
galardão que recebeu do Senhor e mantém a comunhão com o Pai e com o Filho.
SUBSÍDIO 2
Jesus
é o cumprimento da lei (5.17- 48).
Os oponentes de Jesus o criticavam por não guardar as minúcias das
observâncias tradicionais da lei judaica. Aqui Jesus deixa claro que Ele não
está ausente para destruir a lei, mas para cumpri-la e até intensificá-la. Ele
fixa padrões mais altos. Seu principal interesse é a razão de a lei existir;
Ele insiste que guardar a Lei começa com a atitude do coração. Por este princípio
Jesus afirma simultaneamente o valor das pessoas e da lei. Neste aspecto Ele
cumpre a lei antecipada por Jeremias: 'Porei a minha lei no seu interior e a
escreverei no seu coração; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo’ (Jr
31.33b).
Como sucessor de Moisés, Jesus dá a palavra final na lei. Mas o que
Ele quer dizer quando fala que cumpre a lei? Não significa que Ele simplesmente
a observa. Nem quer dizer que Ele anulou o Antigo Testamento e as leis (como
sugerido por Márcion e os hereges gnósticos). A obra de Jesus e sua Igreja está
firmemente arraigada na história de salvação. Em certo sentido, Jesus deu à lei
uma expressão mais plena, e em outro, transcendeu a lei, visto que Ele se
tornou a corporificação do seu cumprimento. Mateus vê o cumprimento da lei em
Jesus semelhantemente ao cumprimento da profecia do Antigo Testamento: O novo é
como o velho, mas o novo é maior que o velho. Não só o novo cumpre o velho, mas
o transcende. Jesus e a lei do novo Reino são o intento, destino e meta final
da lei.
III - OLHANDO POR NÓS MESMOS
1.
Olhai por vós mesmos.
A
expressão usada por João, “olhai por vós mesmos" em 2 João 8, é
praticamente uma repetição das palavras de Jesus aos seus discípulos em Marcos
13, no qual há advertências em pontos específicos, como o cuidado com o engano
doutrinário e a atenção e vigilância.
Em
Mateus 26.41 estão registradas as palavras de Jesus para que Pedro, Tiago e
João vigiassem e orassem, como uma clara advertência sobre as terríveis
consequências que o pecado poderia lhes causar. Vigilância e oração são duas
práticas vitais ao crente que deseja vencer a si mesmo, o pecado, o mundo e o
Diabo, e isso implica olhar para si mesmo, na intenção de identificar possíveis
inclinações do coração para o mal, e assim poder buscar auxílio em Deus. A
falta de vigilância levou Pedro a negar Jesus por três vezes (Mt 26.31-
35,69-75). O crente deve vigiar e orar como práticas de cuidar de si mesmo.
2.
Cuidados pessoais.
Paulo
advertiu ao jovem pastor Timóteo para que ele redobrasse a atenção no cuidado
próprio, evitando assim a própria perdição enquanto trabalhava em salvar os
outros (1 Tm 4.16). Paulo aconselhou Timóteo ao exercício pessoal na piedade,
ou seja, boas práticas espirituais e ao cuidado da doutrina (1 Tm 4.7). Em um
mundo imoral e perigoso, o crente deve ter os cuidados acima expostos, além de
outros, especialmente no que se refere à escolha das companhias e da natureza
das conversas pessoais, pois como afirma o apóstolo Paulo: “Não vos enganeis;
as más conversações corrompem os bons costumes” (1 Co 15.33).
Portanto,
intencionalmente, dedique-se a boas práticas e a boas companhias, e sob o poder
do Espírito Santo, vença o mundo.
3.
Vencendo o mundo.
Depois
de discorrer sobre a urgente e permanente necessidade de vigilância e oração,
além dos cuidados pessoais que o crente deve ter. aqui se apresenta a forma
pela qual ele pode enfrentar e vencer o mundo, efetivamente. Destaca-se a
necessidade de conhecer os desafios impostos por este tempo, além de uma vida
dedicada ao preparo espiritual, bíblico e intelectual, com vistas a responder
adequadamente às indagações mais comuns na atualidade (1 Pe 3.15).
Considere
as palavras de Charles Colson e Nancy Pearcey, na obra “O Cristão na Cuttura de
Hoje"', eles afirmam que, depois de considerar a realidade do mundo em
nossos dias, o cristão deve abraçar “a verdade de Deus, entendendo a ordem
física e moral que Ele criou, defendendo amorosamente essa verdade diante de
seus vizinhos, e tendo a coragem de demonstrá-la em os caminhos da vida.”
Portanto, vigiem, orem e cuidem de sua vida espiritual, pois assim poderás
enfrentar e vencer este mundo imoral, mantendo-se firme na verdadeira e pura
doutrina da Palavra de Deus.
CONCLUSÃO
Aprendemos
que o mundo se encontra perdido na imoralidade, contrariando os padrões
divinos, expostos e ensinados nas Escrituras. É neste mundo, nessas condições,
que o crente é desafiado a se manter fiel a Deus, enfrentando e vencendo as
propostas e os enganos deste sistema contrário aos princípios divinos. Esta
lição reafirma a necessidade de o crente “olhar para si mesmo”, isto é, estar
vigilante e em oração, conforme advertido pelo próprio Jesus, pois somente
assim é que o mundo poderá ser vencido.
HORA DA REVISÃO
1.
Qual o significado do termo “ética”?
A
palavra ética vem do grego ethica, de etheos, cujo sentido é “aquilo que se
relaciona com o caráter".
2.
Segundo a lição, qual deve ser a postura do crente diante do mundo?
Ele
não pode retroceder para que não se perca o galardão (v. 8); não prevaricar,
que é o mesmo que não ultrapassar os limites estabelecidos pela doutrina (v.
g).
3.
Qual a mais importante mensagem ensinada e pregada por Jesus?
O
Sermão do Monte (Mt 5-7) é a mais importante mensagem pregada e ensinada por
Jesus.
4.
Cite uma das bênçãos advindas do crente cumprir os mandamentos de Jesus.
Ser
amigo de Jesus.
5.
Quais são, segundo a lição, as práticas vitais para o crente que deseja vencer
o mundo?
Destaca-se
a necessidade de conhecer os desafios impostos por este tempo, além de uma vida
dedicada ao preparo espiritual, bíblico e intelectual, com vistas responder
adequadamente às indagações mais comuns na atualidade (1 Pe 3.15).