Lições
Bíblicas Adolescentes - Professor: 4º Trimestre 2023
Revista: Amor na Vida Cristã – CPAD
Comentarista: Daniele Soares
LEITURA
BÍBLICA: 1 Coríntios 13
A MENSAGEM
Eu
lhes dou este novo mandamento: amem uns aos outros. Assim como eu os amei, amem
também uns aos outros. João 13.34
Devocional
Segunda
» Gn 18.16-33
Terça»
1 Cr 17.16-26
Quarta
» Sl 23.6
Quinta
» Pv 14.22
Sexta
» Rm 5.5
Sábado
» Co 5.14
Objetivos
1.
ADVERTIR
que a falta de amor resulta em conflitos nas relações humanas
2.
DISTINGUIR
as verdadeiras características do amor;
3.
APONTAR
que o amor se revela por meio de atitudes e comportamentos.
Ei Professor!
Ao longo desse trimestre, seus alunos aprenderam vários
ensinamentos a respeito do amor. No entanto, apenas uma definição resume bem a
sua essência. A Carta de João declara que Deus é amor e todo aquele que não
ama, não conhece a Deus (1 Jo 4.8).
Nesta aula. veremos que além de definir o que é o amor, precisamos
também reconhecer o que ele não é. Muitos confundem e resumem o amor apenas a
um sentimento. Inclusive, na fase da adolescência é muito comum confundir
sentimentos e achar que está sentindo amor por alguém, quando é apenas uma
"paixonite". Detalhe essa temática aos seus alunos, frisando o que é
o amor com base na Palavra de Deus.
Ponto de
Partida
Inicie a aula perguntando aos seus alunos o que é o amor. Permita
que expressem o que pensam sobre o assunto. Em seguida, comente que o apóstolo
Paulo expôs na Carta aos Coríntios a definição desse conceito. Contextualize a
Carta aos Coríntios a partir do primeiro tópico e mostre aos seus alunos por
que o apóstolo identificou a necessidade de explicar àqueles irmãos sobre o
amor.
Ressalte que a igreja de Corinto era muito farta em dons
espirituais e manifestações poderosas do poder de Deus. Contudo, era uma igreja
carente de humildade e santificação. Mostre aos seus alunos que na obra de Deus
podemos realizar muitas coisas, porém, o amor de Deus não pode faltar.
Vamos Descobrir
Durante
todo o trimestre falamos de como devemos amar as pessoas por meio das nossas
atitudes, porque assim Jesus nos ensinou e deixou exemplo. Aprendemos que o
próprio Deus é amor, o que nos ajuda a entender um pouco mais o significado
disso. O apóstolo Paulo teve sua própria experiência com Jesus e desenvolveu
relacionamento com diversas pessoas. Com isso, inspirado pelo Espírito Santo,
ele compartilhou conosco por meio da Bíblia o que é o amor.
Hora de
Aprender
Nas
lições anteriores, estudamos diversas maneiras em que o amor se manifesta pelas
ações do crente. Isso acontece porque a pessoa que serve a Jesus Cristo é a
habitação do Espírito Santo. Assim, seu comportamento reflete o amor de Deus.
Nesta lição, veremos o que podemos aprender com o apóstolo Paulo a partir da
lista de características do que é o amor.
I.
O CONTEXTO PARA ENTENDER O AMOR
A
Igreja de Corinto estava com problemas, os irmãos e as irmãs estavam brigando
(1 Co 1.10-11). Então, Paulo escreveu para que eles se lembrassem de que Deus
os havia escolhido por meio de Cristo. Por isso eles eram salvos e chamados de
povo de Deus (1 Co 13.26-31).
1.1.
Os conflitos na igreja de Corinto.
Sabe
por que eles estavam brigando? Um estava se achando mais crente e sábio do que
o outro (1 Co 3.18-19; 4.7). O apóstolo Paulo citou o profeta Jeremias
e
escreveu que quem quiser se orgulhar, que se orgulhe daquilo que o Senhor
faz" (1 Co 1.31; Jr 9.24).
É
natural que haja problemas e divergências entre as pessoas na igreja. Afinal de
contas, as pessoas são diferentes e pensam de modo diferente uma das outras.
Mas isso não deve ser impedimento para que haja comunhão, pois todos estamos em
busca e trabalhando em prol do mesmo propósito.
1.2.
A falta de amor.
O
que estava faltando para que acontecesse essa confusão no meio da igreja? Amor!
É nesse contexto que o apóstolo Paulo definiu essa palavra. Ele explica que não
adianta a pessoa falar em línguas, pregar o Evangelho, saber das coisas, ter fé
a ponto de mover montes e ser caridosa se essa pessoa não tem amor (l Co
13.1-3).
Essa
primeira parte do ensino do Apóstolo nos convida a uma autorreflexão sobre o
sentido das nossas ações. Será que o amor é a base do nosso comportamento ou
outra coisa nos motiva a agir de determinada maneira? Mas o que é amor?
I - AUXÍLIO DEVOCIONAL
Uma das experiências mais frustrantes que um cristão pode ter é
servir com fidelidade e sentir-se totalmente vazio por dentro. Isso acontece
com a maioria de nós de vez em quando. Alguns cristãos vivem a vida inteira
sentido esse vazio esmagador. E perguntam a si mesmos por quê. Paulo tem uma
resposta, em uma pequena expressão encontrada no versículo 3. Uma pessoa pode
servir sem egoísmo, mas se 'não tiver amor, nada será’.
O texto não diz que uma pessoa que serve, mas que ‘não tenha amor',
seja ineficaz. Não. Ela pode ter dons espetaculares e construir uma igreja
gigantesca onde milhares sejam salvos. Na analogia de Paulo, se eu distribuir
‘todos os meus bens entre os pobres’, os pobres certamente se beneficiarão. O
que Paulo disse foi que, embora, os outros possam se beneficiar do serviço
feito sem amor, seja o que for que eu fizer, ‘nada disso me aproveitará’.
Se você for um daqueles muitos cristãos que trabalham servindo, mas
ainda assim sentem-se vazios, esse lembrete pode ser para você. Se você ou eu
servimos para conquistar reconhecimento ou mesmo porque sentimos que é nosso
dever, nosso serviço ajudará os outros, mas não a nós. [...] Mas se servimos os
outros por amor — ah, então, ficamos verdadeiramente satisfeitos! Conseguimos
satisfação, conseguimos alegria, conseguimos recompensas futuras. E conseguimos
a serenidade interior que vem de saber que agradamos ao Senhor” (RICHARDS,
Lawrence O. Comentário Devocional da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, pp.
816,817).
II.
O AMOR NÃO É...O AMOR É...
Vamos
começar por aquilo que não é amor. Assim, eliminamos alguns pontos que podem
confundir nosso entendimento.
2.1.
O que não é amor?
o
amor não é ciumento, nem orgulhoso e nem vaidoso (1 Co 13.4), ou seja, não
desconfia e não fica se exibindo. Além disso, não é grosseiro, nem egoísta, não
se irrita, nem guarda mágoas (1 Co 13.5). Isso significa que o amor não é
indelicado, indecente, estressado e nem azedo. O amor também não fica alegre
quando alguém faz uma coisa errada (1 Co 13.6).
2.2.
O que é o amor?
Vejamos
as afirmações do que o amor realmente é: paciente, bondoso (1 Co 13.4) e
correto, isto é, se alegra quando alguém faz o que é certo (1 Co 13.6). A
última coisa que o apóstolo Paulo escreve é que o amor é eterno (1 Co 13.8).
Com isso, ele diferencia o amor das mensagens espirituais, do dom de falar em
Línguas estranhas e do conhecimento, dizendo que esses são temporários (1 Co
13.8-9).
Desse
modo, quem ama tem confiança na outra pessoa e a respeita. Por mais que o
relacionamento ou a conversa sejam complicados, mantém-se o respeito, a
moralidade e a gentileza. “Quem ama nunca desiste, porém suporta tudo com fé,
esperança e paciência” (1 Co 13.7). E mais, quem ama fica feliz quando vê as
outras pessoas agindo com amor e incentiva esse comportamento.
II – AUXÍLIO DIDÁTICO
"[...] A Palavra também atua como espelho para os cristãos,
permitindo-nos ver claramente as coisas (Tg 1.23-25). Com o exame liderado pelo
Espírito, os cristãos percebem quais são as áreas de lutas intrapessoais
(ciúme, inveja, amargura, espírito de contenda, etc.) e sentem-se compelidos a
confessá-las como obras pecaminosas (Sl 51; 139.23; 1 Co 13.12; 2 Co 3.18).
Quando os que compõem o Corpo de Cristo pessoalmente admitem suas
próprias fraquezas e fracassos, eles ficam mais aptos a receber e fornecer
sabedoria corretiva para seus irmãos e irmãs em Cristo (Mt 7.3-5; Gl 6.1; Tg
2.10), podendo também ver os pecados estruturais dentro das comunidades, bem
como ajudar os indivíduos e as comunidades a amadurecerem em Cristo.
O único modo para o povo de Deus amadurecer intrapessoalmente (como
indivíduos) e interpessoalmente (como comunidade) é aprender e ajudar os outros
a aprender a verdade de Deus intencionalmente comunicada na graça e na
misericórdia (Sl 25.4; 51.13; Is 28.9; Tt 1.2; Hb 5.12). Deus comunicou
claramente os requisitos quando nos exortou:'[...] que pratiques a justiça, e
ames a beneficência, e andes humildemente com o teu Deus’ (Mq 6.8). [...] Os
cristãos e os não-cristãos verão claramente o verdadeiro amor de Deus quando a
comunidade de Cristo viver pelo amor de Cristo’’ (LINHART, Terry. Ensinado as
próximas Gerações. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p. 48).
III.
TESTANDO O AMOR
Uma
maneira de testar o amor é numa conversa em que você não concorda com a outra
pessoa. Numa situação assim, faça o exercício de observar em você sua reação ao
ouvir e responder quando sua posição sobre o assunto é diferente.
3.1.
Amar não significa.
É
muito importante esclarecer que amar não significa concordar com a pessoa ou
aprovar o que ela faz. Se ela está errada, estamos ali para orar por ela e
ajudá-la a fortalecer sua fé em Jesus (Cl 3.13). O que não devemos fazer é
dizer que está tudo bem e continuar com o comportamento impróprio. E como se
faz isso? Entrar em bate-boca só cria distância e nosso objetivo é nos
aproximarmos.
3.2.
O amor se revela em obras.
Precisamos
mostrar nosso respeito na maneira com que conversamos com a pessoa. Fazer
perguntas é uma boa opção para entender a posição da pessoa e conhecê-la
melhor. Isso ajuda a frear o julgamento e conduzir o diálogo de modo
construtivo.
Com
sua definição de amor, Paulo chega à conclusão de que o amor está acima da fé e
da esperança. Por enquanto, temos uma visão embaçada e incompleta das coisas
porque vivemos na realidade do mundo de pecado, mas isso será mudado quando nos
encontrarmos com Jesus na sua vinda (1 Co 13.12). Finalmente, seremos
completos.
III - AUXÍLIO TEOLÓGICO
“[...] O conceito de que ‘Deus é amor’ está associado ao
conhecimento de Deus. No contexto atual, ele está associado com a natureza de
Deus. Caridade (ágape, amor) denota essência e habita no cristão com resultado
da uma experiência sobrenatural com Deus. [...] Essa é a experiência do amor
perfeito, a segunda obra da graça, que é o marco da tradição teológica de
Wesley. Essa é a perfeição cristã, e João é um dos mais poderosos defensores
nas Escrituras dessa experiência de união com Deus. Para o cristão, isso é
viver no amor e viver em Deus, e Deus nele. Esse amor de Deus que habita em nós
deve ser aperfeiçoado em nós. Não é o cristão como pessoa, separado de Deus que
é tornado perfeito, mas, sim, o amor de Deus nele.
Visto que Deus é perfeito e o amor é a sua natureza, em que sentido
deve o seu amor se tornar perfeito em nós? A resposta deve ser entendida em
relação ao propósito para o qual esse amor foi dado. Deus não derrama seu amor
em nós para ser consumido por nós. O amor voltado para si mesmo é
autodestrutivo. Deus nos ama para que possamos amar os outros. Seu amor em nós
é aperfeiçoado quando se torna amor fraternal (2.5; 4.12).
Poucas vezes o apóstolo Paulo fala do nosso amor por Deus e quando
o faz, isso ocorre de maneira indireta (4.10,19,20). Para João, os três
aspectos do amor são os seguintes: 1. Deus nos ama; 2. Seu amor habita em nós;
3. E amamos os irmãos’’ (Comentário Bíblico Beacon: Hebreus-Apocalipse. Vol.
10. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p. 322).
CONCLUSÃO
Jesus
nos ensinou que devemos amar as pessoas assim como Ele nos amou (Jo 13.34).
Vimos que esse amor envolve esforço e sacrifício. Então, ao seguirmos o ensino
de Jesus, nosso amor deve ser parecido com aquele que o apóstolo Paulo definiu.
Pense Nisso
Quando alguém discorda da nossa ideia, embora seja difícil, devemos
manter a cabeça pronta para explicar nossa posição. Se nos irritamos, perdemos
o controle em responder com clareza e podemos complicar um caso ou criar uma
situação. Que o Espírito Santo conduza nosso comportamento e possamos produzir
as qualidades do seu Fruto.
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