Lição 4 Mais que Vencedor: Provas e Tentações

Lições Bíblicas Juvenis 3º Trimestre 2023 – CPAD

Revista: Conhecendo os Fundamentos da Fé Cristã nas Epístolas Gerais.

Comentarista: Samuel de Oliveira Martins

VERSÍCULO CHAVE:

“Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que vos não deixará tentar acima do que podeis; antes, com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar." (1 Co 10.13)

LEITURA DIÁRIA

Gn 3.6 | A tentação de Eva

Dt 8.16 |A prova do povo hebreu

Mt 26.41 | Orar para não entrar em tentação

2 Co 1.8 | Provas além das forças dos apóstolos

2 Sm 11.2 | A tentação de Davi

Lc 4.1,2 | A tentação de Cristo

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Tiago 1.1-16

1. Tiago, servo de Deus e do Senhor Jesus Cristo, às doze tribos que andam dispersas: saúde.

2. Meus irmãos, tende grande gozo quando cairdes em várias tentações,

3. sabendo que a prova da vossa fé produz a paciência.

4. Tenha, porém, a paciência a sua obra perfeita, para que sejais perfeitos e completos, sem faltar em coisa alguma.

5. E, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e não o lança em rosto: e ser-lhe-á dada.

6. Peça-a, porém, com fé, não duvidando: porque o que dúvida é semelhante à onda do mar, que é levada pelo vento e lançada de uma para outra parte.

7. Não pense tal homem que receberá do Senhor alguma coisa.

8. O homem de coração dobre é inconstante em todos os seus caminhos.

9. Mas glorie-se o irmão abatido na sua exaltação,

10. e o rico, em seu abatimento, porque ele passará como a flor da erva.

11. Porque sai o sol com ardor, e a erva seca, e a sua flor cai, e a formosa aparência do seu aspecto perece; assim se murchará também o rico em seus caminhos.

12. Bem-aventurado o varão que sofre a tentação; porque, quando for provado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor tem prometido aos que o amam.

13. Ninguém, sendo tentado, diga: De Deus sou tentado; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e a ninguém tenta.

14. Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência.

15. Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte.

16. Não erreis, meus amados irmãos.

 

CONECTADO COM DEUS

As provas bimestrais são sempre motivo de apreensão. As mãos suam, e você teme esquecer ou não saber as respostas. Maus resultados em provas levam à reprovação, o que significa perda de tempo e até de dinheiro, pois alguns cursos são mantidos ao custo de altas mensalidades, e ninguém quer reprovar, não é verdade? Na vida espiritual, a situação não é diferente. Sua fé está sujeita a provas e tentações e o fracasso pode representar muito mais do que perda de tempo e dinheiro ou repetir mais um ano escolar pode afetar a sua salvação.

 

OBJETIVOS

EXPOR a distinção entre tentação e provação;

ABORDAR sobre a origem das tentações, e por que elas surgem:

ANALISAR sábios conselhos para vivermos vitoriosamente.

 

ANTES DA AULA

Estimado (a) professor (a), como ensinadores, estamos em posição de destaque, por este motivo, devemos tomar cuidado com o orgulho intelectual, Pois, podem até existir excelentes médicos, advogados, engenheiros etc., mas não há excelentes teólogos, no sentido de conhecer, de forma a esgotar, o estudo das “Coisas de Deus". Devemos, portanto, colocar a nossa inteligência no lugar certo; domá-la com o intuito de não se corromper com a soberba. Eis a tentação dos mestres: o orgulho da mente.

 

Perceba que a sabedoria transmitida por Deus visa livrar-nos de determinadas situações, não significa que nos tornaremos sábios como Deus. O mesmo raciocínio empregamos quanto ao dom da ciência: Deus nos revela sobrenaturalmente determinados fatos, mas nem por isso nos tornamos oniscientes.

1. INTRODUÇÃO À EPÍSTOLA

1.1. Considerações gerais

A Epístola de Tiago é considerada o “livro de Provérbios do Novo Testamento" e foi escrita muito cedo quando, possivelmente, sequer existissem gentios na igreja ou esse número fosse expressivo, tanto que os destinatários são as “doze tribos, que andam dispersas" (Tg 1.1); alguns defendem a data da escrita de 45 d.C., outros consideram um período posterior, antes de 63 d.C., data do provável martírio de Tiago, que era meio-irmão de Jesus (Mt 13:55; Mc 6:3), ele provavelmente se converteu após a Ressurreição, mas já participou do culto no cenáculo no dia de Pentecostes (At 1.14). Ele foi Líder da igreja em Jerusalém (Gl 2.9). A Epístola não apresenta um tema básico, mas traz várias abordagens práticas, realçando, dentre outras coisas, a necessidade das boas obras, como era de se esperar de um pastor.

 

1.2. Tiago x Paulo?

Há quem defenda que Tiago escreveu a Epístola como resposta à doutrina de Paulo sobre a salvação pela graça, não pelas obras. No entanto, à época em que Tiago escreveu, Paulo não tinha enviado as cartas aos Gálatas, Romanos ou Efésios. Na verdade, Paulo e Tiago estavam na mesma batalha teológica, lutando juntos como guerreiros, um de costas para o outro, defendendo flancos opostos; afinal, os inimigos vinham de todos os lados.

 

2. AS PROVAÇÕES

2.1. Tentação ou provação

Provas e tentações são coisas diferentes, mas no contexto da vida cristã, as tentações podem fazer parte das provas. Em Tiago 1,2,3: ‘Meus irmãos, tende grande gozo quando cairdes em várias tentações, sabendo que a prova da vossa fé produz a paciência" a palavra "tentação" expressa justamente este sentido mais amplo — o de provas que podem incluir tentações.

 

Tiago revela, no texto da Leitura Bíblica em Classe, os principais elementos envolvidos nas provações espirituais: os benefícios imediatos e futuros, as garantias que temos, a origem da tentação e do pecado.

 

2.2. Alegria na provação

Tiago começa sua Epístola de forma direta, pois, em vez de “decretar” a vitória dos cristãos sobre as provações (gr. peirasmos), ele orienta os crentes a se alegrarem pelos sofrimentos (Tg 1.2). Quem gostaria de receber uma mensagem dessas no meio da perseguição? Mas era isso o que o Espírito Santo estava querendo da igreja. Nada de “decreto” de vitória, ou, no outro extremo, murmuração, mas ações de graças, alegria! As coisas do Reino de Deus, reconheçamos, são um tanto "inusitadas” para o raciocínio humano.

 

Alegrar-se pela dor? Sim! E eis a resposta: suportar a dor da provação gera paciência (perseverança), que faz o crente ganhar força espiritual.

 

Parece contraditório, mas Tiago afirma que as provações devem ser motivo de comemoração, não pelo sofrimento que lhe estão causando, mas pelos benefícios imediatos e futuros de que você desfrutará caso saia vencedor — amadurecimento espiritual e a vida eterna.

 

2.3. A aprovação da fé

Mais adiante (Tg 1.12), retoma-se o assunto de provas, quando, novamente, Tiago surpreende ao afirmar que passar por tribulações, na verdade, é uma bem-aventurança (Mt 5.11,12), ou seja, é algo que deve fazer 0 crente se alegrar muito. Como pode ser isso? O texto nos estimula a olhar para o objetivo da prova, não para a prova em si, ao dizer: “depois de ter sido aprovado..." (NAA) recomendando, assim, o cristão a olhar para frente, quando dias melhores virão, seja nesta vida ou na outra — afinal, de um jeito ou de outro, aconteça o que acontecer, somos mais que vencedores (Rm 8.37). Este é o padrão que Deus estabeleceu para enfrentarmos as provações!

 

INTERAÇÃO

Querido (a) professor (a), para começar a aula, pergunte aos seus alunos “O que é a tentação? E de onde ela vem? Vem do homem ou vem de Satanás?” Após ouvir as respostas explique a eles que esse tema é de suma importância, pois precisamos saber onde devemos nos defender da tentação. Os conceitos teológicos nos trazem respostas para a vida cristã na prática. Após, inicie a ministração do conteúdo em si.

 

2.4. O triunfo da fé

A visão do crente não pode ficar, exclusivamente, nas coisas desta vida. Por tal razão, Tiago lembra, para suportarmos as provações, a recompensa da “coroa da vida, a qual o Senhor tem prometido aos que o amam" (Tg 1.12). Esse é o segredo: quem ama a Deus passa pelas provações, pois almeja, sobretudo, as coisas do Céu. Se, porém, o propósito do cristão for juntar bens materiais, ter sucesso, fama, poderá enfrentar crises, tornar-se desobediente ou, até, apostatar da fé. O antídoto para esses “efeitos colaterais" das provas, porém, encontra-se facilmente: mantenha o foco em Deus, pense e ame as coisas do Céu, e Deus lhe concederá o que deseja o seu coração (Sl 37-3.4).

3. AS TENTAÇÕES

3.1. A origem das tentações

Como Paulo (1 Co 10.13), Tiago demonstra a origem humana da tentação: “mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência" (Tg 1.14). No caso de Eva, o desejo intenso por algo proibido — que estava em sua mente — fez com que ela se aproximasse da árvore do conhecimento do bem e do mal, no Éden, Satanás, falando pela boca de uma serpente, simplesmente aproveitou o momento e aguçou o sentimento de desobediência a Deus.

 

3.2. O caminho da tentação

Depois de a cobiça conquistar a vontade humana, “dá à luz ao pecado" e, assim, o ser humano se torna digno de morte (Tg 1.15). O caminho da tentação (gr, peirasmos), começa, dessa forma, a partir de uma fagulha humana, a qual, sendo alimentada com o “oxigênio da paixão", pode se alastrar rapidamente, causando um grande incêndio, gerando destruição. Algumas vezes a pessoa consegue, depois de algum tempo, reconstruir o que foi destruído. Noutras situações, a destruição é irreversível, como no caso do adultério: “O que adultera com uma mulher é falto de entendimento: destrói a sua alma o que tal faz. Achará castigo e vilipêndio, e o seu opróbrio nunca se apagará" (Pv 6.32,33).

4. CONSELHOS

4.1. Peça sabedoria

Tiago, como Salomão, em Provérbios, traz alguns conselhos importantes. O primeiro é: peça sabedoria (Tg 1.5). Como as pessoas vivem felizes ao receberem sabedoria; tendo pouco ou muito, podem enxergar a vida pelas “lentes de Deus", para vencer o pecado e o mal.

 

Tiago nos garante que Deus pode dar sabedoria a quem lhe pedir (v.5), mas o pedido deve ser feito "com fé, não duvidando", ou seja, está disponível somente aos que mantêm um relacionamento com Ele. Deus está propondo compartilhar conosco a sua sabedoria, que não se trata de simples aplicação de conhecimento. A sabedoria divina é aquela que nos permite compreender mistérios eternos e nos orienta em determinadas situações, e normalmente está acima da nossa compreensão intelectual.

 

4.2. Tenha fé

Acredite que, mesmo diante da vaidade da vida (Tg 1.9-11) — tudo passa rapidamente, Deus é fiel para atender à sua petição. Assim, ao se aproximar do Senhor, faça-o com confiança. Ore sempre e nunca duvide dEle (Tg 1.6-8).

 

4.3. Não erre

Tiago, após falar sobre provação, tentação, sabedoria, fé, encerra dizendo: não erre (Tg 1.16). Todos temos o livre arbítrio, mas escolhamos sempre não errar, pois isso pode nos custar os bens mais preciosos da existência.

 

CONHEÇA OS SEUS ALUNOS

“Percorremos na Palavra do Senhor, desde a mais tenra idade, sobre a criação do mundo, os primeiros animais, primeiro homem e a primeira mulher. (...) Da mesma forma, o adolescente e o juvenil aprendem assuntos da Bíblia e da atualidade: temas como anorexia. bullying, ficar ou namorar, filosofias antibíblicas. política, homossexualidade, céu e inferno, dentre outros. (...) A Escola Dominical ensina a Palavra, Trata de assuntos da atualidade, não tem idade para frequentar, acomoda desde o bebê até o mais idoso. Então, no domingo pela manhã, mesmo com vontade de ficar um pouco mais na cama, em vez de pensar se vale a pena o esforço, leia Eclesiastes 9.10 e reflita: vale a pena perder tudo isso por mais uns minutos de sono? Acorde sua família e vamos à Escola Dominical".

(SILVA, Leila Soares da. Professor responde: Vale a pena ir à Escola Bíblica Dominical. Revista Ensinador Cristão. Rio de Janeiro, ano 16, n. 63, p. 30.)

 

SUBSÍDIOS 1

“Às doze tribos que andam dispersas' (Tg 1.1.) A saudação nos ajuda a compreender o ambiente histórico. Tiago escreveu quando a igreja era jovem, composta de crentes judeus. Ele escreveu depois do apedrejamento de Estêvão (At 7). quando uma severa perseguição na Judeia forçou os cristãos a deixar Jerusalém (8.1-3).

A compreensão deste ambiente histórico nos ajuda a ver por que Tiago é uma das cartas menos teológicas do Novo Testamento. Os primeiros cristãos judeus sabiam quem é Jesus! Eles o tinham ouvido, quando ensinava nos átrios do templo. Eles conheciam Lázaro, a quem Jesus pessoalmente ressuscitou dos mortos, Eles podiam até mesmo ter visitado o sepulcro vazio, e muito provavelmente conheciam uma das 500 testemunhas que viram Cristo depois da Sua ressurreição (1 Co 15 6).

 

Estes membros dispersos da igreja de Jerusalém não precisavam que lhes ensinassem quem é Jesus: eles conheciam o Messias prometido, o Filho de Deus!

 

E assim, Tiago corretamente supôs que seus leitores criam em Cristo, e passou imediatamente ao seu propósito para escrever. Em um estilo rude, mas convincente, Tiago falou sobre o estilo de vida apropriado para aqueles que conhecem a Jesus. E sobre o exclusivo entendimento que a fé traz às questões que são enfrentadas por todos os seres humanos, em todos os lugares.

 

À medida que lemos este pequeno livro, nós podemos ouvir Tiago - e por meio dele, o Espirito Santo - falando conosco. Pois o estilo de vida da fé é basicamente o mesmo, para você e para mim, que era para aqueles que foram os primeiros a crer em Cristo, há aproximadamente dois mil anos."(RICHARDS, Lawrence O. Comentário Devocional da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD. 2012, p. 951)

 

SUBSÍDIOS 2

“Provação - [Do lat. Probatio] Sofrimento, angústia ou tributação que tem por objetivo levar o crente a ter uma experiência mais profunda com Deus. O caso de Jó é bastante esclarecedor. Embora piedoso e detentor de um testemunho inquestionável, necessitava ele de uma experiência mais real e marcante com Deus. Depois de todas as suas angústias e provas, descobriu se-ia ele mais sábio e ainda mais paciente, ele mesmo o Confessa:

 

'com o ouvir dos meus ouvidos ouvi, mas agora que veem os meus olhos' (Jó 42.5). Nas escrituras, a aprovação é vista como bem-aventurança (Tg 1.12).

Aprovação, nas escrituras, também é vista com aquilo que atesta a veracidade de algo, é o processo pelo qual se afere a legitimidade de uma intenção ou fato (Ml 3.10: At 1.3; Rm 5.8:1 Jo 4.1)." (ANDRADE, Claudionor. Dicionário Teológico. Rio de Janeiro: CPAD, 1998, p. 245).

 

PARA CONCLUIR

A vigilância é uma arma poderosa para estarmos prevenidos contra as tentações (Mt 26.41; Lc 22.46) e devemos escapar das causas da tentação (Gn 39.10-12). Já em relação à provação, devemos reconhecer quando prova é de Deus e aceitar sua soberania absoluta (Jó 1.20-22). As provações são exercícios na pedagogia de Deus.

 

HORA DA REVISÃO

1. Segundo a lição, qual Epístola é considerada “livro de Provérbios do Novo Testamento”?

A Epístola de Tiago.

2. Segundo a lição, por que, possivelmente, podemos dizer que a Epístola de Tiago foi escrita, historicamente, pouco tempo após os eventos narrados nos Evangelhos?

Porque ela foi escrita muito cedo quando, possivelmente, sequer existissem gentios na igreja ou esse número fosse expressivo, tanto que os destinatários são as “doze tribos, que andam dispersas".

3. De acordo com a lição, qual é o antídoto para os "efeitos colaterais" das provas?

Manter o foco em Deus, pensar e amar as coisas do Céu.

4. Qual versículo nos mostra o caminho da Tentação?

Tiago 1.15

5. Segundo a Carta de Tiago, o que devemos fazer se não temos sabedoria?

Devemos pedir sabedoria a Deus (Tg 1.5).


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