🔥 REVISTA ADULTOS — 1º
TRIMESTRE DE 2023, CPAD
🕛 Data: 12 de Fevereiro de 2023
🎓 Título:
Aviva a Tua Obra.
Subtítulo:
O Chamado das escrituras ao quebrantamento e ao poder de Deus
✍Comentarista: Pr. Elinaldo Renovato
📚 TEXTO ÁUREO
“Mas ele, estando cheio do Espírito Santo [...] disse: Eis
que vejo os céus abertos e o Filho do homem, que está em pé à mão direita de
Deus.”
(At 7.55,56)
💡 VERDADE PRÁTICA
Por intermédio da graça de Deus, o
cristão pode ser fiel a Cristo até à morte e contemplar a sua glória.
⏰ LEITURA DIÁRIA
Segunda - Mt 16.18
As portas do Inferno não prevalecerão
Terça - Is 43.13
A vontade de Deus não pode ser impedida
Quarta - Mc 16.17,18
Sinais de avivamento na Igreja de
Cristo
Quinta - Mt 10.16-20
Enviados aos lobos sob o poder do
Espírito Santo
Sexta - Sl 116.15
A morte dos santos é preciosa à vista
do Senhor
Sábado - Ap 14.13
Os que morrem em Cristo são bem-aventurados
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Atos 6.8-10; 7.54-60
8- E Estêvão, cheio de fé e de poder,
fazia prodígios e grandes sinais entre o povo.
9- E levantaram-se alguns que eram
da sinagoga chamada dos Libertos, e dos cireneus, e dos alexandrinos, e
dos que eram da Cilícia e da Ásia, e disputavam com Estêvão.
10- E não podiam resistir à sabedoria e ao Espírito com
que falava.
Atos 7
54- E, ouvindo eles isto, enfureciam-se
em seu coração e rangiam os dentes contra ele.
55- Mas ele, estando cheio do Espírito Santo
e fixando os olhos no céu, viu a glória de Deus e Jesus, que estava à direita
de Deus,
56- e disse: Eis que vejo os céus
abertos e o Filho do homem, que está em pé à mão direita de Deus.
57- Mas eles gritaram com grande voz,
taparam os ouvidos e arremeteram unânimes contra ele.
58- E, expulsando-o da cidade, o
apedrejavam. E as testemunhas depuseram as suas vestes aos pés de um jovem
chamado Saulo.
59- E apedrejaram a Estêvão, que em
invocação dizia: Senhor Jesus, recebe o meu espírito.
60- E, pondo-se de joelhos, clamou com grande voz: Senhor, não lhes imputes este pecado. E, tendo dito isto, adormeceu
HINOS SUGERIDOS: 84, 171, 330 da Harpa Cristã
PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
Professor (a), nesta lição
veremos, através do exemplo do Estêvão, que uma das marcas do crente cheio do
Espírito Santo é sua fidelidade a Jesus. Estêvão foi o primeiro cristão que
sofreu martírio. Até hoje milhares de cristãos sobrem algum tipo de oposição,
hostilidade ou violência por declararem sua fé em Jesus. A lista mundial de
perseguição, publicada em 2022, apontou que mais de 360 milhões de cristãos
ainda são perseguidos, isto é, eles têm direitos negados, sofrem violências
(verbais e físicas), perdem propriedades, suas famílias são ameaçadas e/ou
perdem a vida. Tais perseguições são feitas, às vezes, por grupos civis, em
outros momentos por autoridades religiosas e ainda por forças militares ou
governamentais. Entretanto, assim como Estêvão, milhares de cristãos não
desistem da sua fé em Jesus e se mantêm fiéis porque são fortalecidos pelo
Senhor.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição:
I) Apresentar a vida
de Estêvão, destacando seu testemunho pessoal;
II) Mostrar que o
crente deve permanecer fiel a Jesus diante da perseguição e da morte;
III) Conscientizar de que
cada crente precisa do poder do Espírito Santo para se fortalecer e permanecer
na fé em Cristo.
B) Motivação: O
enfraquecimento da fé, geralmente, é antecedido pelo esfriamento espiritual.
Por isso, a busca constante do Espírito Santo é essencial para o crente se
fortalecer no Senhor. Em Estêvão, vemos um grande exemplo de fidelidade a Deus.
Ele se manteve firme na fé em Cristo, mesmo diante do risco de morte. Tal
fidelidade foi gerada no poder do Espírito Santo.
C) Sugestão de Método: Inicie
a aula com uma oração. Pergunte para a sua classe se alguém já passou pela
experiência de ser criticado por ser cristão. Peça para que alguns alunos
compartilhem suas experiências pessoais. Em seguida, destaque que nesta lição
vamos estudar o primeiro martírio cristão. Em seguida, utilize as informações
disponíveis no primeiro auxílio para apresentar a turma o perfil de Estêvão.
Ele foi muito atuante na Igreja Primitiva.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Mostre aos seus
alunos que o Espírito Santo é fundamental na caminhada cristã. Por isso, cada
crente deve buscar encher-se do Espírito, conforme a ordenança bíblica.
Destaque também que manter a fidelidade a Cristo em momentos de tribulação e
angústia é essencial. Assim como Estêvão, todo crente fiel verá a Cristo, um
dia, face a face.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão.
Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e
subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 92, p.39, você
encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) Para auxiliar na introdução e no desenvolvimento do primeiro tópico, o texto "Quem foi Estêvão" mostra uma visão panorâmica da vida e da atividade ministerial desse cristão; 2) Para aprofundar o segundo tópico, o texto "O martírio de Estêvão" traz uma reflexão teológica sobre o momento da morte do primeiro cristão que perdeu sua vida por causa da sua fé em Cristo. O texto destaca o significado da visão e do comportamento de Estêvão.
INTRODUÇÃO
O assunto desta lição é o martírio de
Estêvão, um avivado herói da fé. Como um dos sete homens que integraram o
primeiro corpo de diáconos da igreja antiga, Estêvão era “cheio de fé e de
poder”, “fazia prodígios e grandes sinais entre o povo” (At 6.8). Devido à sua
atuação como autêntico evangelista, na unção do Espírito Santo, causou inveja
aos adversários do Evangelho. O livro de Atos revela o martírio de Estêvão por
causa de sua perseverança ao Evangelho. Nesse sentido, veremos que ele foi um
servo fiel até à morte e receberá a coroa da vida (Ap 2.10).
PALAVRA-CHAVE
Mártir
I – O TESTEMUNHO DE ESTÊVÃO
1. Estêvão usado por Deus.
O nome de Estevão aparece pela primeira
vez na escolha dos diáconos em Atos (6.3,5). Claramente, o evangelista Lucas
faz uma menção de destaque ao dizer que o primeiro mártir era um “homem cheio
de fé e do Espírito Santo” (At 6.5). No versículo 8, tomamos conhecimento de
outras características de Estêvão: “cheio de fé e de poder, fazia prodígios e
grandes sinais entre o povo” (At 6.8). Essa reputação causou inveja e grande
oposição dos adversários da igreja: “Levantaram-se alguns da sinagoga chamados
de libertinos dos cireneus, dos alexandrinos, dos que eram da Cilícia, da Ásia,
e disputavam com Estêvão” (At 6.9). Nos dias de hoje, oremos para Deus levantar
crentes como Estêvão, cheios de fé e de sabedoria.
2. Uma covarde oposição.
Os inimigos da Igreja usam de meios
escusos, desonestos e malignos contra a fé cristã. Em debate com Estêvão, como eles “não podiam
resistir à sabedoria, e ao espírito com que falava”, usaram o suborno para
aliciar homens ímpios a fim de acusá-lo com mentiras. Esses adversários levaram
“falsas testemunhas” que o acusaram de blasfemar “contra Moisés e contra Deus”
(At 6.9-14). Esses inimigos também
usaram de violência contra Estêvão, estimulando a liderança política e
religiosa a levarem-no violentamente ao Sinédrio. Apesar disso, algo
surpreendeu os acusadores ímpios: “Então, todos os que estavam assentados no
conselho, fixando os olhos nele, viram o seu rosto como o rosto de um anjo” (At
6.15). Que Deus use o seu povo, de tal forma, que reflita o poder do Espírito
Santo!
3. A fúria dos acusadores.
Após resumir com sabedoria a história
de Israel e de sua apostasia*, Estêvão mudou o foco do discurso. Confrontou a
dureza do coração dos líderes israelitas, dizendo: “Homens de dura cerviz e
incircuncisos de coração e ouvido, vós sempre resistis ao Espírito Santo;
assim, vós sois como vossos pais” (At 7.51). Em suma, denunciou as suas
traições e homicídio contra Jesus. Assim, diante de tão dura denúncia, os
ímpios julgadores se enfureceram contra ele (7.54). Todavia, fiel à sua missão,
Estêvão expôs com autoridade o que o Espírito de Deus pusera-lhe no coração.
SINOPSE I
Estêvão manteve-se firme em seu
testemunho cristão, mesmo diante da fúria dos seus opositores.
AMPLIANDO O
CONHECIMENTO
* O Discurso de Estêvão
“O discurso de Estêvão diante
do Sinédrio é uma defesa da fé propagada por Cristo e pelos apóstolos. Ele é o
precursor de todos quantos defendem a fé bíblica contra os que se opõem ao seu
ensino ou o distorcem, e é o primeiro que morreu por essa causa. Jesus vindica
a ação de Estêvão, ficando em pé para honrá-lo diante de seu Pai, no céu. O
amor de Estêvão à verdade e sua disposição em dar a vida para salvaguardá-la,
contrastam-se nitidamente com aqueles que pouco se interessam por ‘batalhar
pela fé que uma vez foi dada aos santos’ (Jd v.3) [...]”. Amplie mais o seu
conhecimento, lendo a Bíblia de Estudo Pentecostal, editada pela CPAD, p.1643.
AUXÍLIO PEDAGÓGICO
Quem foi Estêvão?
“Pontos fortes e êxitos:
1) Foi um dos sete líderes escolhidos
para supervisionar a distribuição de alimentos aos necessitados na Igreja
Primitiva.
2) Foi conhecido por suas qualidades
espirituais de fé, sabedoria, graça, poder e pela presença do Espírito em sua
vida.
3) Foi um líder reconhecido e
destacado, um mestre, um debatedor.
4) Foi o primeiro a dar a vida pelo
evangelho.
Lições de vida:
1.
O esforço em busca da excelência em pequenas
tarefas prepara as pessoas para responsabilidades maiores.
A verdadeira compreensão a respeito de
Deus sempre leva a ações práticas e compassivas para as pessoas.
Informações essenciais:
Ocupação: Diácono (distribuía alimentos aos necessitados).
Contemporâneos: Paulo, Caifás, Gamaliel e os apóstolos.
Versículos-chave: Atos 7.59,60”
(Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal.
Rio de Janeiro: CPAD, 2017, p.1490).
II – A PRECIOSA MORTE
DE ESTÊVÃO
1. Cheio do Espírito Santo.
Após a fúria dos inimigos de Cristo, o
caminho do martírio de Estêvão estava traçado. Entretanto, antes de fazê-lo, o
primeiro mártir da Igreja teve uma visão da glória de Deus e viu Jesus ao lado
do Pai, num momento especial, de tamanho êxtase espiritual, de modo que a morte
não o intimidou: “Mas ele, estando cheio do Espírito Santo e fixando os olhos
no céu, viu a glória de Deus e Jesus, que estava à direita de Deus, e disse:
Eis que vejo os céus abertos e o Filho do homem, que está em pé à mão direita
de Deus” (At 7.55). Que visão gloriosa! Uma vida espiritualmente avivada
contempla a glória de Deus diante de uma grande tormenta.
2. A violência dos acusadores.
Se seus acusadores estavam enfurecidos
por causa do enfrentamento corajoso de Estêvão, eles não suportaram ouvir que
ele via a glória de Deus e, a Jesus, nos céus.
Com o fim de executá-lo, o expulsaram da cidade, o apedrejaram perante
“um jovem chamado Saulo” (At 7.58) e levaram-no, com violência, para fora da
cidade para, ali, fazê-lo primeiro mártir da Igreja Cristã. Àquela altura,
Saulo de Tarso era o principal perseguidor dos cristãos.
3. O perdão no martírio.
Naquele momento de suplício e de dores,
Estêvão não demonstrou sentimento de vingança ou de ódio: “E apedrejaram a
Estêvão, que em invocação dizia: Senhor Jesus, recebe o meu espírito. E,
pondo-se de joelhos, clamou com grande voz: Senhor, não lhes imputes este
pecado. E, tendo dito isto, adormeceu” (At 7.59,60).
Que exemplo grandioso! Estêvão ainda
exclamou: “Senhor Jesus, recebe o meu espírito [...]. Senhor, não lhes imputes
este pecado” (At 7.59,60). Cumpriu-se o que diz a Palavra de Deus: “Preciosa é
à vista do Senhor a morte dos seus santos” (Sl 116.15). Um crente
espiritualmente avivado não cultiva a vingança nem o ódio no coração. Ele está
pronto a perdoar seus algozes.
SINOPSE II
Estêvão, cheio do Espírito Santo,
testemunhou a manifestação da Glória de Deus.
Auxílio Bibliológico
O martírio de Estêvão
“Estevão cheio do Espírito se
comporta como profeta. Pelo Espírito Santo, ele vê a glória radiante de Deus e
o Jesus exaltado à mão direita de Deus (At 7.55,56; cf. Lc 22.69). Durante a
visão, aparece o padrão trinitário. Estêvão cheio do Espírito Santo, olha para
o céu e vê o Senhor Jesus em pé, à mão direita de Deus Pai [...].
Agora Estevão confessa pela
primeira vez o Senhor ressurreto Diante do Sinédrio, declarando que ele vê
Jesus Cristo compartilhando a glória de Deus como o exaltado Filho do Homem.
Estas palavras são blasfemas aos líderes religiosos. Eles cobrem os ouvidos
indicando que já não ouvirão o blasfemador. A recusa em ouvir reflete um
problema muito mais profundo: empenho para que os ouvidos não sejam abertos
pelo Espírito Santo [...]. Em seguida, Estêvão se ajoelha em oração e ainda
ecoa outra declaração de Jesus na cruz: ‘Senhor não lhes imputes este pecado’
(v. 60).
Com confiança tranquila de um
profeta, ele segue o exemplo de Jesus e permanece fiel ao seu ensino: ‘Bendizei
os que vos maldizem e orai pelos que vos caluniam’ (Lc 6.28). Antes de Estêvão
morrer, todos ouvem esta testemunha inspirada oferecer uma oração de perdão aos
seus executores. Somente o poder do Espírito Santo pode capacitar Estêvão a
fazer a oração que ele fez” (FRENCH, Arrington L., STRONSTAD, Roger (Eds).
Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. Vol. 1. Rio de Janeiro: CPAD,
2012, pp. 665,666).
III – O AVIVAMENTO NO SOFRIMENTO
1. Sofrimento e morte dos apóstolos.
A Bíblia não diz como todos os
apóstolos de Jesus morreram. Em livros da História da Igreja, há registros de
informações orais, ou de tradições históricas sobre esse assunto. A tradição
histórica, transmitida oralmente, e registrada em alguns escritos, diz que, com
a exceção de João, o Evangelista, todos os apóstolos tiveram uma morte
violenta. A única coisa certa é que eles foram fiéis até à morte e não negaram
o nome do Senhor. Os apóstolos eram espiritualmente avivados. Quantas vezes
somos tentados a negar a Cristo por motivos banais, quer na família, quer na
escola, quer na condição de uma posição profissional?! Que Deus nos guarde de
trair o Salvador!
2. O avivamento e sofrimento.
O avivamento espiritual, motivado pela
presença gloriosa do Espírito Santo, renova as forças dos servos de Deus para
enfrentarem situações difíceis por causa da sua fé em Jesus. A Bíblia nos
mostra essa capacitação do Espírito para sermos resilientes diante das
dificuldades. Para o crente, espiritualmente avivado, quando diante do
sofrimento, a alegria do Senhor é a sua força (Ne 8.10). Por isso que o
avivamento é uma questão de necessidade. O crente em Jesus precisa desse
suporte do céu para superar as muitas agruras pelas quais passa.
SINOPSE III
O cristão avivado mantém-se fiel a Deus
mesmo diante da perseguição e da morte.
CONCLUSÃO
Diante dos inimigos do Evangelho de
Cristo e da morte, o testemunho de Estêvão nos mostra que Deus concede graça,
força e equilíbrio emocional para o crente espiritualmente avivado. Que o
Senhor nos ajude a glorificá-lo no meio das lutas da vida. A exemplo do
primeiro mártir da igreja antiga, não neguemos a Cristo!
REVISANDO O CONTEÚDO
1. Quando, pela primeira vez, o nome de
Estêvão aparece?
O nome de Estevão aparece pela primeira
vez na escolha de diáconos em Atos (6.3,5).
2. O que Estêvão denunciou?
Ele confrontou a dureza do coração dos
líderes israelitas e denunciou as suas traições e homicídio contra Jesus.
3. Qual foi a visão que Estêvão teve?
O primeiro mártir da igreja teve uma
visão da glória de Deus e viu Jesus ao lado do Pai.
4. Que sentimento Estêvão não
demonstrou diante de seu suplício e dores?
Naquele momento de suplício e de dores,
Estêvão não demonstrou sentimento de vingança ou de ódio.
5. O que é a alegria do Senhor para o
crente avivado?
Para o crente espiritualmente avivado
diante do sofrimento, a alegria do Senhor é a sua força (Ne 8.10).
VOCABULÁRIO
Aliciar: Seduzir, envolver.
Resiliência: Capacidade de recuperar ou
se adaptar à má fase ou mudanças.
Este
E-book é uma verdadeira fonte informativa para os novos e os veteranos
professores de Escola Bíblica.