Ensinos Extraídos das Palavras de Jesus e dos Apóstolos
COMENTARISTA:
Thiago Brazil
3°
Trimestre de 2022. Escola Dominical CPAD
TEXTO PRINCIPAL
"Tu, pois, meu filho, fortifica-te
na graça que há em Cristo Jesus." (2 Tm 2.1)
RESUMO DA LIÇÃO
O soldado, o agricultor e o atleta são
excelentes imagens para refletir sobre a fidelidade de cada crente no Reino de
Deus.
LEITURA SEMANAL
SEGUNDA - Tg 4 8
Não tenha a mente dividida
TERÇA - 2 Tm 1.7
Viva com coragem
QUARTA - 1 Co 9.24
Nossa carreira para a coroa eterna
QUINTA - Lc 9.23
A renúncia para quem quer seguir a
Cristo
SEXTA - Pv 21.25
Não seja preguiçoso
SÁBADO - Mt 20.8
Nós somos mordomos do Rei
OBJETIVOS
• MOSTRAR que precisamos ser fiéis ao Senhor
como um soldado;
• SABER o significado de ser fiel como um
atleta;
• COMPREENDER que precisamos ser fiéis como um
agricultor.
INTERAÇÃO
Prezado (a) professor(a),
veremos nesta lição que o soldado, o agricultor e o atleta são excelentes
imagens, utilizadas pelas Escrituras Sagradas, para que venhamos refletira
respeito da nossa fidelidade no Reino de Deus.
A lealdade a Deus deve
ser o nosso alvo como discípulos de Jesus Cristo. É preciso ser fiel em meio
aos sofrimentos e alegria; vivendo em constância para agradar ao Senhor.
Procure enfatizar, no
decorrer da lição, que servir a Deus não é um convite a um passeio, mas uma
convocação para uma guerra, na qual Jesus Cristo é o comandante de linha de
frente dos exércitos celestiais.
TEXTO BÍBLICO
2 Timóteo
2.3-6
3 Sofre, pois, comigo, as aflições,
como bom soldado de Jesus Cristo.
4 Ninguém que milita se embaraça com
negócio desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra.
5 E, se alguém também milita, não é
coroado se não militar legitimamente.
6 O Lavrador que trabalha deve ser o
primeiro a gozar dos frutos.
INTRODUÇÃO
Ao escrever sua última Carta para seu
querido amigo, Timóteo, Paulo oferece uma série de orientações. Nesta lição,
refletiremos a respeito da exigência da fidelidade como um dos pré-requisitos
fundamentais de quem quer seguir a Jesus Cristo. Partindo de três metáforas
importantes e recorrentes nas epístolas paulinas, 0 soldado, o atleta e o
agricultor, aprenderemos sobre como vale a pena ser fiel a Cristo e aos valores
do seu Reino,
I. FIEL
COMO UM SOLDADO
1. Fidelidade como foco de vida.
Oferecendo suas últimas orientações a
seu amigo Timóteo, Paulo 0 incentiva a viver em fidelidade a Deus assim como um
soldado alistado deve se dedicar exclusivamente às questões militares, Essa
imagem era algo facilmente entendido naquele contexto histórico em que a
participação militar era algo absolutamente natural. Nas sociedades daquela
época, a vida social era o único universo existencial possível aos indivíduos e
ir à guerra para lutar por sua terra e seus compatriotas era a coisa mais
honrosa que alguém poderia fazer.
Paulo então constrói uma analogia e diz
a seu discípulo que, da mesma forma que um soldado não pode estar na guerra
pensando em detalhes domésticos, como a colheita de uma plantação ou o ordenhar
de um animal de sua fazenda, da mesma forma um cristão verdadeiro não pode ter
a mente dividida (Tg 4.8), isto é, um coração instável (Tg 1.8). É impossível
servir a Deus e às forças do Inferno (Lc 16.13).
Precisamos ser pessoas de vidas
transformadas, por meio da operação do Espirito Santo em nossa mente como diz o
apóstolo Paulo (Rm 12.1,2). Se na guerra todos os sentidos não estiverem
cativos àquele ambiente, a derrota pode ser vexatória. É exatamente isso que o
mesmo apóstolo diz, dessa vez. escrevendo aos coríntios (1 Co 14 8).
2. Fiel em meio aos sofrimentos.
Ainda explorando essa figura do soldado,
Paulo convida Timóteo a ser resiliente. A situação não era nada fácil: Paulo
estava preso com forte expectativa de morte, o Império Romano massacrando os
cristãos, falsos pregadores tentando desestabilizar a harmonia interna daquelas
jovens igrejas. Diante desse quadro, a oração do velho apóstolo por seu amigo
mais jovem é por fortalecimento (2 Tm 2.1) e encorajamento. Ser fiel em tempos
de bonança é algo muito fácil, até mesmo algo esperado, contudo, o desafio
paulino lançado é para manter a integridade em tempos de adversidade (2 Tm
2.3). Servir a Deus não é um convite a um passeio, mas uma convocação para uma
guerra (Jo 16.33), na qual Ele mesmo, o Cristo, é o comandante na linha de
frente dos exércitos celestiais.
3. Vivendo em fidelidade para agradar a
Deus.
A característica final da metáfora do
soldado utilizada por Paulo, aponta para a finalidade da fidelidade exigida.
Devemos ser sinceros diante de Deus, com o objetivo de agradar e honrar nosso
Senhor. As guerras que lutamos são contra as estruturas do Inferno (Ef 6.12), e
vencer o Maligno é nossa vocação como fiéis soldados de Cristo.
Não devemos lutar por nossos próprios
interesses ou em busca de honra própria, todas as nossas batalhas são a serviço
do Mestre, para a glória dEle (1 Co 10.33). Não somos dominados pelo medo e
covardia (2 Tm 1.7), ao contrário, a operação do Espírito Santo em nós nos
impulsiona a viver de modo a glorificar ao Senhor em todos os momentos. Assim
como os valentes do rei fizeram de tudo para agradar seu líder (2 Sm 23.16),
assim também devemos, cada um de nós, viver.
💡
PENSE!
Num tempo de múltiplas vozes, manter o
foco no chamado de Cristo é fundamental.
🔍PONTO IMPORTANTE!
Não deixe que problemas secundários
atrapalhem o essencial de sua vida.
SUBSÍDIO
1
Prezado (a) professor (a),
explique aos alunos que *a analogia militar é a favorita de Paulo, não porque
fosse de mente militar, mas porque no Império Romano era comum as pessoas verem
soldados, e, mais ainda, porque a vida de soldado era uma analogia esplêndida
para a vida cristã. Infelizmente. nós também estamos familiarizados com
exigências impostas no soldado servir nesta atividade rigorosa requer um
extensivo condicionamento físico.
Todos que passam pelo
campo de treinamento de recrutas sabem como é difícil fortalecer o corpo ao
ponto em que a força seja igual às exigências requeridas. Mas é necessário algo
comparável a isso para o cristão, sobretudo para o ministro. ‘Sofre...as
aflições', diz Paulo. Aceite as dificuldades, privações e perigos com um
espírito submisso como parte da tarefa de soldado no exército de Cristo.
O apóstolo amplia esta
analogia no versículo 4 do capítulo 2. Seria difícil achar analogia mais
adequada que esta consagração exigida do cristão. Quando o indivíduo se toma
soldado, ele é separado da sociedade, com a qual esteve familiarizado por toda
a vida, apresentando a uma comunidade nova e altamente especializada. Ele é
despido de roupas próprias e vestido com um equipamento fornecido pelo
governo.”
II. FIEL
COMO UM ATLETA
1. Encarando a vida com a dedicação de
um atleta. Trabalhando com
outra imagem para tentar articular o conceito de Reino de Deus, Paulo compara a
trajetória cristã como a vida de um atleta do mundo antigo (2 Tm 2.5). É claro
que ser atleta tem algumas características que permanecem a mesma independente
do momento histórico, tais como: dedicação, abnegação, austeridade e seriedade.
São qualidades como estas que inspiram
o apóstolo a afirmar que devemos viver nossa vida espiritual num “patamar
olímpico". Utilizando a mesma imagem, ao escrever aos coríntios, o
apóstolo nos lembra de que, diferente dos atletas terrenos, em nossa carreira
todos poderemos ser coroados (1 Co 9.24).
Para alcançar tanto objetivos humanos
quanto espirituais, devemos aprender a ter autocontrole (1 Co 9.25), e por fim,
tal qual o atleta que, a partir de uma consciência corporal estabelece seu
próprio ritmo e objetivos (1 Co 9.26), também devemos reconhecer que a vida é
muito curta para perder tempo com inutilidades. Tenhamos foco e objetivos (1 Co
9.27)! Busque se dedicar ao Reino de Deus e à sua causa, pois esta é a vontade
dEle.
2. O árduo, mas glorioso caminho da
vitória do atleta.
Não há facilidades para quem deseja
viver a plenitude de Deus (2 Tm 3.12). Só desejos e vontades não colocam
medalhas no peito do atleta, é necessário treinamento, abnegação e paciência.
Também é assim que a lógica do Reino se estabelece, seguir a Deus sempre será
uma escolha, todavia, tomada essa decisão, só há um caminho: a renúncia (Lc
9.23).
3. A felicidade de quem venceu na vida
de modo integro.
Paulo nos ensina, nessa sintética
imagem que correlaciona Reino e vida atlética, que a vitória a qualquer custo é
bem pior do que uma derrota. Não, há benefício algum em uma vitória alcançada
através de trapaças e enganos. Ainda que todos possam ser enganados, é 0
próprio coração do trapaceiro que o condena, e este tipo de denúncia é
simplesmente insuperável (1 Jo 3 20).
É melhor ser um perdedor honesto do que
um cínico vencedor. Aqueles que foram derrotados na vida podem se levantar
novamente e reconstruírem suas histórias (Pv 24.16). Contudo, a desgraça na
vida dos perversos virá “à galope" e será sem piedade. Não viva de
aparências, como se aplausos e "tapinhas nas costas" alimentassem a
alma de alguém, é tempo de conversão.
💡 PENSE!
Todo prêmio obtido de modo indigno
carrega a marca do Inferno.
🔍 PONTO IMPORTANTE!
É melhor ser derrotado com honradez do
que ser coroado perversamente.
SUBSÍDIO
2
Professor (a), explique
que “no versículo 5, Paulo passa para a analogia do atleta: *E, se alguém
também milita, não é coroado se não militar legitimamente'. Esta declaração
revela vividamente outro dos interesses de Paulo: a bravura física.
O apóstolo tinha em mente
os Jogos Olímpicos da Grécia antiga. Isto era algo obsessivo no mundo antigo,
onde cada cidade tinha um estádio e as competições atléticas era a ordem do
dia.
Esta tradução do
versículo toma o significado mais claro: ‘Semelhantemente, nenhum atleta é
coroado como vencedor, se não competir de acordo com as regras'. Isto significa
as regras estipuladas para determinado jogo ou competição atlética. Mas é
provável que haja um significado mais amplo. Como destaca Scott: ‘É a
preparação para a competição que está em discussão e não a competição em si.
O atleta não tem chance
de vitória a menos que obedeça a certas condições prévias: ele tem de passar
pelo treinamento necessário e limitar-se a determinada dieta. Como o soldado,
ele precisa deixar tudo com o único objetivo de ganhar a disputa."
III. FIEL COMO UM AGRICULTOR
1. Vivendo no Reino com muito trabalho.
Viver junto de Deus é maravilhoso,
entretanto, isto não implica em uma vida de facilidades e despreocupações.
Participar do Reino envolve muito trabalho e muitas responsabilidades, é claro
que, para o preguiçoso, isso é péssimo, mas para quem deseja um compromisso
sincero com o Altíssimo sempre será um enorme privilégio. Jesus é nosso padrão, assim como Ele se dedicou de modo
irrestrito à sua missão (Jo 517), também devemos nos lançar em um esforço
pessoal para cumprir as ordenanças do Mestre.
A exortação de Provérbios 6.6 nunca foi
tão atual como em nossos dias. Hoje testemunhamos muitas pessoas buscarem um
“cristianismo descartável”. Gente que se reconhece como consumidor de um
produto e que exige tratamento de primeira classe na igreja local. Estas mesmas
pessoas são incapazes de servir ao próximo, nunca cooperam de forma direta onde
congregam e acreditam que podem pagar para que outros trabalhem por eles. É
urgente uma mudança de paradigma e uma transformação que lembre a todos de que
nada mais somos do que escravos, servos, empregados e mordomos do Cristo (Mt
20.8).
2. O árduo trabalho no Reino de Deus.
A metáfora do agricultor, a qual é
amplamente utilizada nas Escrituras, ao se referir às nossas interações com o
Reino, lembra-nos de que uma das maiores dificuldades para viver uma vida
cristã sadia é conformar-se à Lógica da fé. Não há nada mais desafiador do que
um plantio.
O agricultor lança pequenas sementes em
terra seca, as enterra antes que qualquer chuva caia, trabalha de modo dedicado
agarrado na confiança de que aquilo que for necessário para sua plantação
crescer, acontecerá. Tal qual um semeador de sonhos e futuros, devemos viver em
completa entrega nas mãos do Senhor, sempre confiando que Ele fará o melhor
para nossas vidas (Tg 5.7.8).
Numa sociedade materialista como a
nossa, sugerir que as pessoas vivam pela fé é um grande desafio. Contudo, não
existe outra recomendação que possamos fazer àqueles que sonham com outra
sociedade. Se quisermos colher um futuro diferente, o tempo de plantar é agora,
afinal de contas esta é a categoria temporal na qual podemos fazer alguma
coisa, já que passado e futuro estão para aquém e para além do nosso alcance.
3. Sempre haverá uma recompensa pela
dedicação ao Reino.
Paulo termina o uso da imagem do
lavrador enunciando um dos valores de justiça do Reino: Deus, em seu amor e
justiça, jamais permitirá que fiquemos sem o devido prêmio por nossas ações.
Mesmo sabendo que não merecemos nada, Ele nos ama, e generosamente nos abençoa.
Você não deve ser interesseiro, trabalhar para o Reino apenas ambicionando um
prêmio. Todavia o Altíssimo nos presenteia, após cada missão, com dádivas
celestiais, alegre-se por isso, desde já, pois Ele é amoroso e cheio de
compaixão.
💡 PENSE!
Você tem se esforçado pela
implementação do Reino?
🔍PONTO
IMPORTANTE!
Quem se propõe a viver em dedicação ao
Reino, no tempo certo será recompensado pelo Senhor.
SUBSÍDIO
3
“A terceira das analogias
de Paulo é o agricultor: 'O lavrador que trabalha deve ser o primeiro a gozar
dos frutos'. Para fazer a colheita, 0 agricultor tem de se consumir no
trabalho, preparando a terra, semeando a semente, vigiando contra secas e
pragas, até finalmente gozar dos frutos do seu trabalho. Com essas analogias,
Paulo quer dizer uma coisa só. Pois, quer seja a expectativa do soldado em
obter a vitória final, a visão do atleta em receber a coroa ou a esperança do
agricultor em fazer a colheita, 'cada um se submete à disciplina e labuta por
causa da glória que haverá.
O apóstolo deseja que
Timóteo entenda em que ele está insistindo: ‘Considera o que digo, porque o
Senhor te dará entendimento em tudo. Por advertência, do seu jovem assistente.
‘Reflete no que eu digo', diz o apóstolo, 'e confia em Deus que te dará
sabedoria e orientação"'
CONCLUSÃO
A grandeza e a complexidade do Reino exigem
uma correspondência à altura daqueles que se propõem a servi-lo. O foco de um
soldado na guerra, a honradez de um atleta coroado e o merecimento de um
dedicado agricultor, são acessíveis imagens que nos lembram dos valores do
Reino.
HORA DA REVISÃO
1. Por que devemos servir a Deus de modo
fiel, como um soldado?
Porque as oposições do inferno são múltiplas,
os combates ferrenhos, por isso, precisamos de foco e atenção.
2. O que Paulo desejava ensinar a Timóteo
com a afirmação no final de 2 Timóteo 2.4?
Que a nossa vocação é para servir ao
Rei e seu Reino.
3. Que relação existe entre a figura do
atleta, o conceito de dedicação e o Reino de Deus?
Se há algo pelo que vale a pena negar
são todas as seduções do mundo é o Céu prometido para os seguidores do Reino.
4. Que importantes ensinamentos podemos
extrair da metáfora do atleta?
Segundo a lição, é melhor ser um perdedor
honrado do que um cínico vencedor.
5. A que conclusão podemos chegar com a
imagem do agricultor e o Reino?
De acordo com a lição é que se nos
esforçarmos no serviço ao Reino devemos esperar das mãos de Deus o melhor.
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