Revista
de Jovens – Assunto: Imitadores de Cristo - Ensinos Extraídos das Palavras de Jesus e dos Apóstolos
COMENTARISTA:
Thiago Brazil
3°
Trimestre de 2022. Escola Dominical CPAD
TEXTO PRINCIPAL
"E percorria Jesus toda a Galileia, ensinando nas suas sinagogas, e pregando o evangelho do Reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo." (Mt 4.23)
RESUMO DA LIÇÃO
A jornada com Jesus de Nazaré é um convite ao melhoramento contínuo.
LEITURA SEMANAL
SEGUNDA - Mt 419
A santa convocação
TERÇA - Rm 12.2
Mudar para ser quem somos
QUARTA - Mt 10.19
Capacitados para proclamar
QUINTA - Fp 3.8
Perdendo tudo para ganhar o que importa
SEXTA - 1 Co 9.16
O imperativo da evangelização
SÁBADO - 2 Co 3-18
Conhecendo a glória de Cristo
TEXTO
BÍBLICO
Mateus
4.19-22
19 E disse-lhes: Vinde após mim, e eu
vos farei pescadores de homens.
20 Então, eles, deixando logo as redes,
seguiram-no.
21 E, adiantando-se dali, viu outros
dois
irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e
João, seu irmão, num barco com Zebedeu, seu pai, consertando as redes: e
chamou-os.
22 Eles, deixando imediatamente o barco
e seu pai, seguiram-no.
INTRODUÇÃO
A narrativa de Mateus a respeito da
trajetória de Jesus, se inicia com uma forte ênfase na vocação daqueles que
viveram como discípulos do Mestre. Para um leitor desatento, a radicalidade do
convite lançado por Cristo, pode até passar despercebido. Entretanto, basta nos
colocarmos no lugar daqueles que foram desafiados a abandonar a segurança da
rotina de suas vidas que compreenderemos parte do nosso desafio na sociedade
atual. Menos mundo, mais Cristo! É o que vamos tratar na lição deste domingo.
I. MAIS
QUE UM CHAMADO: UM RETORNO
1. É preciso uma poderosa transformação
para sermos seguidores de Jesus.
O registro da vocação de Pedro, João,
André e Tiago, os pescadores da Galileia, é um dos momentos mais emblemáticos
dos Evangelhos (Mt 4.18- 25; Mc 1.14-20: Lc 5.1-11). Tanto porque eles são os
primeiros daquela geração a quem Cristo convida para segui-Lo, como pela
estratégia adotada pelo Salvador para o chamamento deles. Eram homens
experimentados na arte da pescaria e que tinham plena convicção de que aquilo
que havia acontecido era fruto de um ato sobrenatural (Lc 5.7).
A prova é que Pedro se humilha imediatamente
diante daquEle que ele reconheceu como portador da glória divina (Lc 5.8,9). É
nesse cenário de perplexidade que Jesus lança o maravilhoso convite aos
pescadores: venham comigo exercer o verdadeiro trabalho para o qual vocês foram
criados pelo Eterno. Que trabalho é este? Acolher pessoas nas redes do amor de
Deus (Mt 419: Mc 1.17; Lc 5.10). Assim é o convite do Evangelho, devemos mudar
tudo para sermos seguidores de Jesus (Rm 12,2).
2. O amor nos escolheu.
O que havia de especial naquela equipe
de pescaria? Nada! Não existia algo mais comum, naquela época, que um grupo de
homens que trabalhassem no mar. Sim, os primeiros apóstolos viviam na
obscuridade, imersos na dureza da vida cotidiana, mas a luz do Evangelho lhes é
apresentada (2 Co 4,4) e o Reino lhes é manifesto (Ef 3.5). Se a missão de
Jesus passava pela salvação do mundo, a decisão mais óbvia seria construir uma
equipe que fosse formada por peritos no assunto, no contexto de Jesus:
sacerdotes, escribas e fariseus. Mas o Mestre contraria todas as expectativas e
opta por escolher gente sem formação religiosa formal (At 4.13), contudo, com
corações quebrantados. Não foi uma seleção arbitrária, antes foi uma decisão
meticulosamente tomada com a intenção de obter o melhor resultado possível para
a Glória de Deus (Jo 15,16), Sim, assim como eles, nós não merecemos nada, tudo
é graça e amor (2 Ts 2,16), e por isso mesmo devemos valorizar em grande estima
o ministério que temos recebido do Altíssimo (2 Co 3.7-9). Se Jesus chamou
você, que se sente pecador e limitado, para uma inacreditável tarefa, siga-o!
Ele bem sabe as escolhas que faz.
3. O convite para viver a serviço do
Reino.
Não houve uma detida explicação de
Jesus aos primeiros discípulos. Os admirados pescadores não receberam um
contrato com garantias e benefícios, eles foram simplesmente convidados:
abandonem tudo e venham comigo para fazer coisas grandiosas para Deus! As
repercussões que nasceriam a partir daquela manhã que parecia tão comum eram
inimagináveis. Mas, o poder da revelação de Cristo foi tamanho, que Pedro,
André, João e Tiago não hesitaram, seguiram ao desconhecido pregador
imediatamente. E você, está disposto(a) a priorizar o Reino de Deus em sua
vida? Você conhece Jesus o suficiente para ir agora com Ele a qualquer lugar e
fazer o que Ele mandar?
PENSE!
Você está disposto(a) a priorizar o
Reino e seguir o Mestre?
PONTO IMPORTANTE!
Quem não está disposto a seguir Jesus a
qualquer lugar não sabe quem Ele é.
II. A
VIDA CRISTÃ É FEITA DE ESCOLHAS
1. Sempre existe uma escolha.
Os Evangelhos apontam que a natureza do
chamado divino sempre é convidativa, nunca é uma imposição. É claro que Pedro e
seus amigos pescadores poderiam rejeitara proposta de Jesus, o jovem rico fez
isso (Mc 10.22), os gadarenos (Mc 517) e também os habitantes de Cafarnaum (Mt
13.58). É Lógico que Jesus é e será sempre a melhor decisão de nossas vidas.
Mas infelizmente, muitas vezes as pressões externas tentam sabotar nosso
relacionamento com o Salvador, tentando nos levara uma postura dúbia com
relação ao Reino e nossas responsabilidades espirituais. Todas as vezes que o
Espirito Santo mobilizar nossos corações, que possamos estar atentos à voz
divina e que assim sigamos 0 Mestre no caminho que Ele tem preparado para cada
um de nós (Hb 3.15).
2. A natureza missiológica da vocação.
O Reino de Deus é um projeto para
todos, por isso, sempre que alguém é alcançado pelo Evangelho de Cristo tal
pessoa é mobilizada por um ímpeto evangelístico (Mc 16.15). Assim como não
existe “Cristianismo egoísta", também não há cristão incapaz de falar das
glórias do amor do Salvador. Esse tipo de princípio nos leva a refletir a
respeito de nossa prática evangelística. Ora, estamos preocupados apenas com os
nossos planos e viramos as costas para os perdidos? Um cristão que não sente o
mover do Espírito o impulsionando para conduzir outros ao amor de Deus, não é
cristão e não possui de fato uma experiência salvífica com o Redentor que morreu
no Calvário (1 Co 9.16).
No caso de André e João, a bênção do Evangelho não ficou restrita a eles, mas também ao seu entorno, de tal modo que ainda nos instantes iniciais de sua fé em Cristo eles puderam abençoar também a vida de outras pessoas. Caso de grande semelhança é o da mulher de Samaria (Jo 4,28-30).
3. Esteja preparado para as renúncias.
O prêmio que o Evangelho traz implica
em muitos abandonos e perdas. Nunca fomos enganados. Desde sempre fomos
avisados sobre as tributações que enfrentaríamos em virtude do relacionamento
sincero que teríamos com Cristo (Jo 16.33). Paulo, por sua vez, também nos
anuncia que a situação daqueles que se dedicarem de modo autêntico a Jesus e
seu Reino não serão aplaudidos pelo mundo, nem receberão os louros da história (2
Tm 3.12).
Todavia, tudo vale a pena em nome de um
relacionamento e conhecimento intenso com o nosso Pai Celeste (Fp 3.8). Os
pescadores perderam, de imediato, a estabilidade de suas vidas, o aconchego de
seus lares e familiares, contudo, eles seguiram em uma jornada incrível.
Pense
Somos chamados para ser dinâmicos e
ativos no Reino de Deus.
Ponto Importante
Para um cristão, perder faz parte da
grande jornada que é ganhar o Reino.
III. A
NOSSA JORNADA AO LADO DO MESTRE
1. Por que era necessário segui-Lo?
Essa resposta pode ser respondida de
modo muito objetivo: porque viver com Jesus é inefável, indescritível e inexprimível.
Segundo o texto de João 21.25 “há, porém, ainda muitas outras coisas que Jesus
fez; e, se cada uma das quais fosse escrita, cuido que nem ainda o mundo todo
poderia conter os livros que se escrevessem". Tudo o que disseram sobre
Ele é suficiente para revelar a graça da salvação. Mas seria apenas uma pequena
fração de tudo aquilo que poderia ser dito sobre quem é e o que fez Jesus nosso
Sacerdote.
Em um período de comunicações
precárias, a vivência da experiência cristã era algo fundamental, pois somente aqueles
que tivessem a oportunidade de contemplar a magnitude do ministério de Jesus poderiam
depois olhar-se como dignos embaixadores.
O privilégio dos olhos que viram os milagres,
dos pés que caminharam junto ao Mestre da Galileia, deve nos entusiasmar a
também buscar nossas experiências pessoais com 0 Salvador, sempre tendo as
Escrituras como nosso paradigma insubstituível.
2. A dinamicidade da proclamação do
Reino.
O testemunho dos pescadores da Galileia
nos serve de referência para compreender uma característica fundamental do
anúncio do Evangelho: quando “o Verbo se fez carne e habitou entre nós”, Ele
veio para ser mais do que mera retórica (Jo 1.1-14).
Em um mundo como o nosso, é urgente que o Cristianismo seja mais do que enunciados vazios. O Evangelho é o anúncio da salvação que se constitui como saúde, libertação e esperança para a humanidade (1 Ts 1.3). A mensagem de Cristo nunca foi apenas um amontoado de teses, ela é poder que salva e transforma vidas. Onde o Filho de Deus andava, Ele trazia milagres, curas e libertações (Mt 4.23-25). Em resumo: alegria perene e verdadeira a todas as pessoas. Que fique bastante claro que a exaltação de aspecto supérfluo no contexto cristão, idolatria a famosos e busca de fama etc, não têm qualquer valor no Reino. Todavia, as orações, intercessões e visitas que os anônimos realizam por amor a Jesus são importantíssimas aos olhos do Redentor.
3. Aprendendo no caminho.
O princípio judaico de Provérbios 22.6
também tem validade para a fé Cristã, dito de outra forma, a melhor maneira de
ensinar algo a alguém é dedicando atenção, tempo e respeito a essa pessoa. Por
isso, Pedro e seus amigos foram convidados a uma jornada, pois o que eles
teriam de aprender era tão importante que demandava aquilo que os escribas e
fariseus não conseguiam transmitir em suas lições nas sinagogas: amor e
misericórdia. Esse é o cerne de nossa fé, andar com Jesus e assim realizar
obras para a glória dEle. O convite de Jesus não é para uma mudança de
religião, e sim, para ser uma nova criatura: "Assim que, se alguém está em
Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez
novo" (2 Co 5.17).
PENSE!
Seguira Jesus é a essência do
Evangelho.
PONTO IMPORTANTE!
Não seja adepto de uma religião, seja
seguidor de Cristo.
CONCLUSÃO
Todo discípulo tem algo a abandonar.
Conscientize-se de que a caminhada com Jesus exige a renúncia de aspectos de
sua vida que podem parecer importantes. Contudo, quando comparados à
superioridade de um relacionamento com 0 Salvador demonstram-se fúteis e frívolos.
Não se esqueça de que a melhor maneira de ensinar algo a alguém é dedicando
atenção, tempo e respeito a essa pessoa.
HORA DA REVISÃO
1. Por que em tantos textos e contexto
a Bíblia fala de mudança pessoal, transformação?
2. Seguir a Jesus é uma escolha?
3. É possível ser cristão descuidado
quanto à natureza missiológica do chamado?
4. O seguir a Jesus com fidelidade
implica isenção de dores e sofrimentos?
5. Qual o cerne da nossa fé?
Todos os Temas do 3° trimestre de 2022
Lição 1 - Morrer para viver: Abrindo
mão do “eu” para seguir a Cristo
Lição 2 - Ser discípulo: Uma jornada de
aprendizagem
Lição 3 - Quem segue a Cristo estuda a
palavra
Lição 4- Quem segue a Cristo cultiva a
prática da oração e de jejum
Lição 5 -Quem segue a Cristo anda na
prática do perdão e do amor
Lição 6 - Quem segue a Cristo compreende
o reino de Deus
Lição 7 - Quem segue a Cristo anda em
fidelidade
Lição 8 - Quem segue a Cristo
compartilha a mensagem da graça
Lição 9 - Quem segue a Cristo aprende
novos valores
Lição 10 - Quem segue a Cristo purifica
o coração
Lição 11 - Quem segue a Jesus frutifica
no reino de Deus
12 - Evidências de um fiel seguidor de
Jesus
13 - O discípulo de Jesus e a
verdadeira esperança