Revista
de Jovens – Assunto: Imitadores de Cristo - Ensinos Extraídos das Palavras de Jesus e dos Apóstolos
COMENTARISTA:
Thiago Brazil
3°
Trimestre de 2022. Escola Dominical CPAD
TEXTO PRINCIPAL
"Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. De sorte que, ou vivamos ou morramos, somos do Senhor." (Rm 14.8)
RESUMO DA LIÇÃO
O Cristianismo é um convite a uma vida dedicada exclusivamente à glória de Deus.
LEITURA SEMANAL
SEGUNDA - Rm 5 8
O amor de Deus já está provado
TERÇA - GL 5.13
Nossa liberdade não nos autoriza a
viver no pecado
QUARTA - Ef 2.5
Um dia já fomos escravos do pecado
QUINTA - 1 Co 15.26
A derrota da morte
SEXTA - Cl 2.14
Nossa dívida foi cancelada
SÁBADO - At 17 30
O perdão do tempo da ignorância
TEXTO
BÍBLICO
Romanos
6.1-4
1 Que diremos, pois? Permaneceremos no
pecado, para que a graça seja mais abundante?
2 De modo nenhum! Nós que estamos
mortos para o pecado, como viveremos ainda nele?
3 Ou não sabeis que todos quantos fomos
batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte?
4 De sorte que fomos sepultados com ele
pelo batismo na morte; para que, como Cristo ressuscitou dos mortos pela glória
do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida.
INTRODUÇÃO
Seguir a Jesus não é um processo
automático, mecânico e irrefletido. É uma decisão cotidiana e consciente que
tomamos debaixo da operação do Espírito Santo em nossas vidas. É nesta
perspectiva que devemos pensar nosso relacionamento com Cristo, como uma dádiva
celeste que nos foi amorosamente concedida. Que jamais venhamos nos esquecer de
que somos filhos amados, gerados pela graça do Pai para a realização de boas
obras.
I. AVIDA
NOVA QUE RECEBEMOS
1. A graça que nos faz mudar de vida.
O argumento de Paulo aos Romanos a
respeito da operação da graça e nossa reposta a ela é irrefutável. 0 apóstolo
dos gentios Lembra àqueles irmãos que tudo o que eles necessitavam para
alcançar a bênção da salvação já havia sido conquistado por Jesus na cruz do
Calvário (Rm 5.6-10). Agora, diante dessa maravilhosa constatação do amor de
Deus que já está demonstrado, como devemos responder? Menosprezando,
vulgarizando a graça salvadora que nos foi concedida por meio de uma vida
arrogantemente marcada pelo pecado (Rm 6.1)?
A resposta de Paulo é incisiva: JAMAIS!
Quem teve acesso à maravilhosa mensagem do Evangelho e é consciente do
sacrifício salvífico de Cristo em favor de toda a humanidade (Jo 3.16), tem o
dever espiritual e moral de viver conforme a dignidade que o Reino de Deus
exige dos seus súditos (Cl 1.10). Nunca devemos proceder como um fariseu
Legalista, acreditando que a salvação vem por algum tipo de artificio humano
(Mt 23.5-7; CL 2.20-23). E também nunca viver como um Libertino, considerando a
graça que liberta como um “salvo-conduto”, um “passaporte” para uma vida
inconsequente e pecaminosa (GL5.13).
2. O batismo como imagem pública de
nossa decisão interior.
Para o crente, o batismo não é um mero
ato religioso ou rito de passagem. O ato público de submergir-se nas águas
batismais indica nossa convicção pessoal de salvação por meio de uma
identificação com o Cristo que morreu por amor a nós. Desta maneira,
constitui-se a analogia do batismo para um discípulo de Jesus: assim como a
morte do Mestre decretou a garantia de nossa vitória final sobre o pecado (Cl
2.12-15), também nós, por meio do batismo, anunciamos ao mundo que já não mais
nos identificamos com as obras das trevas (Rm 13.12), pois morremos para elas,
e que, de agora em diante, vivemos exclusivamente para a glória do Cristo
ressuscitado (1 Pe 2.24).
3. Nossa associação com Jesus de Nazaré
deve ser significativa.
Vivemos em uma sociedade onde muitas
pessoas são egoístas. Não podemos generalizar, mas na atualidade há muitos
interessados nas riquezas associadas ao Cristo (Jo 12.5,6), mas poucos
dispostos a irem a todos os limites por amor ao Salvador (Fp 3.8). Quem não se
associar com a cruz de Cristo, jamais experimentará a plenitude do Reino (Mt
10.38,39).
PENSE!
Quem vive em Cristo é imprestável para
o pecado.
PONTO IMPORTANTE!
0 Evangelho liberta as pessoas da
escravidão do pecado.
II. LIVRES
DO PECADO, ESCRAVOS DE CRISTO
1. Vivendo como livres e não como
escravos do pecado.
A imagem que Paulo utiliza para tratar
a respeito do nosso novo estado em Cristo deriva da prática da libertação de
escravos no mundo romano. Havia um ritual jurídico nesse processo, e uma
questão importante que se deve destacar dessa analogia paulina, é que, para um
romano, a escravidão era uma espécie de “morte social". Na verdade, seria
uma ação de benevolência do senhor, já que o escravizado era um cativo de
guerra ou alguém com uma dívida impagável e a morte física seria seu destino.
Sem qualquer direito, o escravo era reduzido a uma “coisa", uma propriedade
de seu senhor. Era assim que vivíamos debaixo da opressão do Diabo, mortos em
nossos delitos e pecados (Et 2.5).
A Libertação do escravo era um
“renascimento social”, ou seja, uma vez liberto, o ex - escravo adquiria um
conjunto de direitos que reestabeleciam sua dignidade pessoal na sociedade,
pondo-o em outro status. É assim que Paulo, escrevendo aos irmãos que
congregavam na capital do mundo antigo, apresenta-lhes a poderosa transformação
que a salvação de Cristo produz sobre os salvos (2 Co 5.17; Gl 6.15). Somos
renascidos, filhos novamente gerados, Libertos das amarras da iniquidade
através do poderoso amor de Deus (Jo 3.7; 1 Pe 1.23; 2.2).
2. A queda do jugo da morte.
A consequência inevitável e insuperável
do pecado é a morte (Rm 6.23). Era sob essa dominação que a humanidade vivia
até a ressurreição gloriosa de Jesus de Nazaré. Como magistralmente Paulo
anuncia em 1 Coríntios 15.26, a morte foi o último inimigo a ser aniquilado por
Cristo, agora, devemos descansar confiadamente no amor do Salvador (1 Co
15.54-57). Tudo foi pago, toda dívida foi cancelada (Cl 2.14), a tarefa
humanamente impossível de ser realizada foi finalizada no Calvário (Jo 19.30).
Hoje podemos viver como libertos, de cabeças erguidas, não em sinal de
petulância ou autoconfiança, mas olhando para os céus com o máximo sentimento
de gratidão ao nosso maravilhoso Redentor (Lc 21.28; Hb 12.2).
3. Não temos mais medo.
Existe uma estratégia muito comum das
hostes infernais: Lançar em rosto aquilo que fizemos de errado e deplorável no
tempo de nossa escravidão espiritual (Ap 12.10). O que o Diabo quer com esse
tipo de tática é nos tornar inseguros com relação ao impacto da salvação em
nossa trajetória. Todavia, Paulo nos esclarece que já não pesa sobre nós nenhum
tipo de acusação espiritual por aquilo que fizemos no passado (At 17.30). Essa
é a verdadeira manifestação do perdão, diferente do que acontecia com os
escravos Libertos na Roma antiga os quais ainda deveriam considerar seus
antigos senhores patronos, com certos Laços e vínculos. Com a salvação
alcançamos a ruptura total com as cadeias da morte e nos tornamos herdeiros da
vida eterna.
PENSE!
Em Cristo, nascer de novo é ter a
dignidade humana restaurada.
PONTO IMPORTANTE!
A experiência do perdão concede-nos a
certeza do céu.
III. JÁ
POSSO VIVER, POIS NASCI DE NOVO
1. Discernindo a obra de Cristo por
nós.
Paulo é bastante claro ao afirmar que o
reconhecimento do sacrifício vicário de Jesus por nós é fundamental para o
estabelecimento de uma vida cristã genuína (Rm 6.11). É simplesmente incompatível
a consciência plena do amor de Deus com uma existência dominada pela prática
deliberada do pecado, ou seja, é impossível conhecer verdadeiramente a Jesus e
ainda permanecer num estilo de vida dominado pelos impulsos carnais (Ef 2.3).
Quem opta por viver assim, age como se desejasse, mais uma vez, crucificar a
Cristo (Hb 6.6). Devemos viver como mortos para o pecado (Rm 8.10), mas
triunfantemente vivos para o Senhor (GL 2.20). Dessa forma, somos convocados a
adotar um padrão de vida excelente, uma prática cotidiana que espelhe o caráter
de Deus revelado no coração de todo aquele que nasceu de novo, bem como as
consequências práticas da presença do Espirito Santo (GL 5.22). Como podemos
perceber, a exortação paulina está devidamente alinhada com o discurso de Jesus
(Mt 16.24-26).
2. O fim do império do pecado.
Paulo era alguém oriundo de uma dupla
formação cultural - hebraica e romana - por isso, conhecia várias perspectivas,
do que era um governo tirano em suas várias formas de ação e elaboração do mal.
Partindo dessa visão, o apóstolo anuncia aos seus amigos de Roma que para eles
já não existem mais quaisquer laços de subordinação à tirania do pecado (Rm
6.12). A morte do Redentor nos deu uma esperança que instaura um novo Reino,
não terreno, humano ou político (Jo 18.36), mas poderoso em amor, graça e
misericórdia (Rm 14.17).
Se já não somos mais escravos do
pecado, é urgente que vivamos como dignos representantes do majestoso governo
do Cristo ressurreto (2 Co 5.20). Quem está assentado no trono de seu coração?
Que não seja o pecado nem seu “eu” inflado, convertido em ídolo do egoísmo.
Entronize o Rei da glória (Sl 24.7-10; Rm 5.17,21).
3. Uma vida consagrada a Deus.
Se Cristo reina em nós, como devemos
viver, de que maneira devemos nos portar em meio à uma geração perversa? O
apóstolo nos responde que, uma vez libertos da iniquidade, devemos andar de
modo santo e irrepreensível (Rm 6.13,14). Esse padrão de comprometimento com os
valores do Evangelho, com os princípios da graça, se confronta diretamente com
o modelo de pseudoevangelho que testemunhamos no mundo atual. Para atrair os
jovens, muitos têm relativizado as exigências de pureza e santidade que o
Evangelho exige (1 Ts 4.5-7). O anúncio da graça não pode se confundir com uma
degradação espiritual e moral dos valores do Reino. O amor de Deus é grande,
mas a porta continua estreita e o caminho ainda é apertado (Mt 7.13). Chamar
para a santidade não significa depreciar a graça (Hb 10.29).
PENSE!
0grande desafio do Cristianismo é
destruir o ídolo chamado “ego".
PONTO IMPORTANTE!
Princípios cristãos não são
negociáveis, eles são à base de nossa fé.
CONCLUSÃO
Seguir o Mestre é a própria razão de
ser de nossa espiritualidade. Na sociedade decadente em que vivemos, as pessoas
estão sempre em busca de seu ego, de suas ambições carnais, do pecado. É
urgente uma guinada da humanidade em direção a Cristo. Ele morreu e ressuscitou
para nos libertar do jugo do pecado.
HORA DA REVISÃO
1. O perdão dos nossos pecados nos
autoriza a ter uma vida espiritual irresponsável?
2. O que deve significar o batismo para
um cristão?
3. Paulo era alguém oriundo de uma
dupla formação. Quais eram?
4. Como o crente deve lidar com os
pecados cometidos no passado?
5. Como devemos nos portar em meio à
uma geração perversa?
Todos os Temas do 3° trimestre de 2022
Lição 1 - Morrer para viver: Abrindo
mão do “eu” para seguir a Cristo
Lição 2 - Ser discípulo: Uma jornada de
aprendizagem
Lição 3 - Quem segue a Cristo estuda a
palavra
Lição 4- Quem segue a Cristo cultiva a
prática da oração e de jejum
Lição 5 -Quem segue a Cristo anda na
prática do perdão e do amor
Lição 6 - Quem segue a Cristo compreende
o reino de Deus
Lição 7 - Quem segue a Cristo anda em
fidelidade
Lição 8 - Quem segue a Cristo
compartilha a mensagem da graça
Lição 9 - Quem segue a Cristo aprende
novos valores
Lição 10 - Quem segue a Cristo purifica
o coração
Lição 11 - Quem segue a Jesus frutifica
no reino de Deus
12 - Evidências de um fiel seguidor de
Jesus
13 - O discípulo de Jesus e a
verdadeira esperança
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