✍Lições
Bíblicas Dominical Adultos – 2°
Trimestre de 2022 CPAD
✍Título: OS VALORES DO REINO DE
DEUS.
A relevância do Sermão do Monte para a Igreja de Cristo
Obs. Lição da Revista do Professor
✍Comentarista: Pr. Osiel Gomes
✍Editora: Casa Publicadora das Assembleias de Deus
📚 TEXTO ÁUREO
“Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não imputa maldade, e em cujo espírito não há engano.” (Sl 32.2)
💡 VERDADE PRÁTICA
Jesus
chamou de hipócritas as pessoas que praticam boas ações, não por compaixão ou
outros bons motivos, mas para obter glória.
⏰
LEITURA
DIÁRIA
Segunda
- 1 Pe 2.1-3
Abandonem
a hipocrisia
Terça
- Ef 4.25
Falai
a verdade
Quarta
- Pv 26.23-28
Os
lábios amistosos podem ocultar um coração mal
Quinta
- 1 Jo 1.6
Quem
anda nas trevas não pratica a verdade
Sexta
- Mt 23.27,28
Jesus
condena a hipocrisia
Sábado
- Tg 3.13-18
A
sabedoria do alto não tem hipocrisia
📖 LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Mateus 6.1-4
1
- Guardai-vos de fazer a vossa esmola diante dos homens, para serdes vistos por
eles; aliás, não tereis galardão junto de vosso Pai, que está nos céus.
2
- Quando, pois, deres esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como fazem
os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens.
Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão.
3
- Mas, quando tu deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua
direita,
4
- para que a tua esmola seja dada ocultamente, e teu Pai, que vê em secreto, te
recompensará publicamente.
🎵 HINOS SUGERIDOS 🎵
Hinos Sugeridos: 162, 167, 169 da Harpa Cristã
PLANO
DE AULA
1.
INTRODUÇÃO
O que está por trás dos nossos atos? Qual é a verdadeira motivação
do nosso coração? Essas são as perguntas que a presente lição busca responder.
O coração do seguidor de Jesus tem de estar sempre com a verdade. A nossa
motivação tem de ser sempre a melhor, nobre e sincera no Reino de Deus. Essa
consciência de Reino protege-nos da hipocrisia.
2.
APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A)
Objetivos da Lição:
I) Contrastar o ato de dar esmola com a hipocrisia;
II) Colaborar no auxílio ao próximo sem alarde;
III) Concluir que Deus contempla o bem que realizamos.
B) Motivação: Sempre é importante sondar o coração para ter a consciência de sua verdadeira motivação. Pergunte: Por que emprego energia em determinado objeto? É preciso procurar saber a razão de fazer o que estamos fazendo.
C)
Sugestão de Método: Inicie a aula perguntando o que é hipocrisia. Ouças os
alunos com atenção. Deixe que expressem suas opiniões livremente por cerca de
cinco minutos. Em seguida, explique a palavra hipocrisia de acordo com o tópico
da lição, enfatizando o contexto que Jesus apresenta no Sermão do Monte. A
ideia é que a exposição do tema unifique bem as informações e os alunos tenham
um entendimento satisfatório do assunto.
3.
CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A)
Aplicação: Você pode sugerir uma campanha de ajuda assistencial a partir da
assimilação do conteúdo estudado. Iniciar um projeto desses com plena
consciência a respeito do que o Sermão do Monte ensina sobre o assunto, sem
dúvida, é uma excelente oportunidade de aplicar o ensino assimilado.
4.
SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A)
Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz
reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas. Na
edição 89, p.40, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B)
Auxílios Especiais: Ao final dos tópicos, você encontrará dois auxílios que
darão suporte na preparação de sua aula:
1)
O texto localizado ao final do primeiro tópico aprofunda a reflexão a respeito do
perigo da hipocrisia;
2)
O texto localizado ao final do segundo tópico traz uma reflexão a respeito de
praticar a justiça diante dos homens.
INTRODUÇÃO
O
ensinamento de Jesus no Sermão do Monte tem o objetivo de fazer com que sejamos
seguidores de Cristo comprometidos com os valores do Reino de Deus. Uma
consequência de quem vive esses valores é buscar ser aprovado por Deus, e não
aplaudido pelos homens, além de vigiar contra a hipocrisia (Lc 12.1). Nesta
lição, veremos que Deus condena a hipocrisia de pessoas que praticavam boas
ações, não por compaixão ou outros bons motivos, mas para obter glória diante
dos homens.
PALAVRA-CHAVE
Verdade
I – O
ATO DE DAR ESMOLAS E A HIPOCRISIA
1.
Definição de hipócrita.
No
grego, a palavra para “hipócrita” significa “alguém que interpreta um papel”,
um personagem em uma obra teatral. O uso desta palavra no Evangelho de Mateus
caracteriza o hipócrita como uma pessoa cujos atos pretendem impressionar os
observadores (6.1-3,16-18); cujo foco está nos enfeites, e não nas questões
centrais da fé; e cuja conversa espiritual esconde motivos corruptos. Em Mateus
6, o hipócrita está em contraste com a pessoa de fé, cujo relacionamento com
Deus é “secreto”.
O
grande desejo do hipócrita é sempre o de aparecer exteriormente, mas o problema
é que o lado interno, sua verdadeira natureza, não é revelado. Ninguém sabe o
que há no íntimo do ser humano; somente Cristo, que conhece a natureza humana
(Jo 2.25). O cristão que deseja vencer a hipocrisia tem de ter seu coração
preenchido pelo amor de Cristo. Com esse amor real no coração, não há como o
cristão praticar uma coisa e interiormente ser de outra forma (Mt 5.48).
2.
A justiça pessoal.
Por
intermédio da “justiça pessoal”, os discípulos de Jesus deveriam viver
diferentemente dos fariseus, os quais projetavam, em suas práticas religiosas,
mostrar ao público sua “grande” espiritualidade. Foi nesse particular que Jesus
disse: “Guardai-vos de fazer a vossa esmola diante dos homens, para serdes
vistos por eles; aliás, não tereis galardão junto de vosso Pai, que está nos
céus” (Mt 6.1).
Os
discípulos de Cristo, que vivem seus ensinos, são conscientes de que nenhum ato
de justiça pode ser praticado com a intenção de glorificação pessoal. Tudo o
que fizermos deve ser para a glória de Deus (1 Co 10.31; Cl 3.17; 1 Pe 4.11).
Tomemos todo o cuidado, pois a tentação de exibir a justiça pessoal poderá
surgir em nossos atos piedosos de oração, jejum e oferta.
3.
As três práticas da ética cristã.
O
apóstolo Tiago falou que a religião verdadeira tem como marca o serviço ao
próximo, que também é um culto a Deus (Tg 1.27). Jesus deixa claro que nesse
serviço cristão não podem faltar a oferta, a oração e o jejum. Porém, no seu
ensino, o propósito desses serviços piedosos não poderia ser deturpado, como
fizeram os escribas e fariseus. Interessante observar que as três práticas da
ética do serviço cristão envolvem nossos bens (oferta), nosso espírito (oração)
e nosso corpo (jejum), e são direcionadas a Deus, ao próximo e a nós mesmos.
A
oração, o jejum e a oferta são atos piedosos que, quando praticados com
sinceridade e verdade, têm o reconhecimento do Senhor. Por outro lado, Jesus
nos ensina que a religião sensacionalista e espetacular do dissimulado
religioso perverte a piedade, afinal, sua intenção é somente enganar e buscar
os aplausos humanos. Tal procedimento jamais é adotado por um seguidor de
Jesus, pois sabe que a prática de atos justos é somente com a finalidade de
glorificar a Deus.
SINÓPSE I
Os atos de ofertar, jejuar e orar têm na
prática da discrição a boa recomendação de Jesus Cristo.
AUXÍLIO
BIBLIOLÓGICO
Sua admoestação aqui é contra dar aos pobres pelos motivos errados.
A razão que Jesus apresenta para fazer caridade sem ser visto, é que
generosidade ostentosa não resulta em recompensa “do vosso Pai, que está nos
céus”.
Jesus chama ‘hipócritas’ (hypocrites) os que dão pelos
motivos errados. Este é linguajar forte para descrever as atividades dos seus
inimigos, ainda que anteriormente Ele tivesse advertido contra tais epítetos
indiscriminados (Mt 5.22). Atividades auto ilusórias atraem acentuada crítica
de Jesus, e Ele acha necessário chamar a atenção das pessoas para o perigo”
(ARRINGTON, French L; STRONSTAD, Roger (Eds.) Comentário Bíblico Pentecostal
Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, pp.59,60).
II –
AUXILIANDO O PRÓXIMO SEM ALARDE
1.
Qual é a motivação do teu coração?
A
prática da generosidade para com alguém é bíblica e há tempos estava presente
na Lei de Deus (Lv 23.10,11; 19.10; Dt 15.7-11; Jr 22.16; Am 2.6,7; Dn 4.27),
como também nos ensinos de Jesus (Lc 6.36,38; Lc 21.1-4; Jo 13.29; Gl 6.2). O
verbo hebraico para generosidade é gamal, que significa “resolver
completamente, recompensar, repartir, fazer algo para alguém, agir
generosamente”. Teologicamente, a generosidade expressa gratidão por algum
benefício recebido. É preciso, porém, entender que, às vezes, aparentemente uma
pessoa pode demonstrar um ato de generosidade com motivos errados, pois a mão
pode dar uma oferta, um presente, mas a motivação oculta do coração pode ser
outra.
O
crente deve buscar ser sincero na sua contribuição, fazendo isso na íntima
satisfação de sua mente e no Espírito de Cristo, pois Ele sabe a motivação do
seu coração quando estende as mãos para dar (Mt 9.4; 12.25; 22.18; Jo 16.19).
2.
O que buscamos quando auxiliamos o próximo?
O
discípulo de Cristo não busca se promover quando se dispõe a ser generoso para
com o próximo, não tem interesse em chamar a atenção de ninguém. Todavia, a sua
beneficência e generosidade são atos piedosos praticados como partes essenciais
da religião pura para com Deus, que é cuidar dos órfãos e das viúvas (Tg 1.27;
Mt 25.36; 1 Tm 5.2), tomando Cristo como exemplo maior, o qual andou por todas
as partes fazendo o bem (At 10.38). Agir dessa maneira é sinal de que realmente
o Evangelho de Cristo tem influência em sua vida.
Jesus
adverte a respeito de qualquer um que aja em busca de receber os louvores dos
outros, ou transforme atos piedosos em atos profanos. Quem age dessa maneira
sempre será visto por Jesus como um hipócrita. Nossa religiosidade nunca deve
ser para orgulho pessoal e desprezo dos outros, pois, procedendo dessa maneira,
estaremos no mesmo nível dos fariseus. Nosso Senhor deixou claro que nossa
justiça deve ultrapassar a deles; caso não seja assim, não teremos parte no seu
Reino (Mt 5.20).
3.
A maneira de ofertar segundo Jesus.
No
ato de ofertar, devemos ter todo o cuidado necessário para não buscar louvores
ou não louvarmos a nós mesmos. Quando ofertamos, não devemos “tocar trombetas”.
É claro que a referência que Jesus fez a esse toque foi metafórica, que quer dizer
tornar público. Quanto à forma correta de se ofertar, Jesus disse que isso deve
ser feito de duas maneiras: primeiro, sem alarde público; segundo, essa doação
deve ser voluntária e discreta.
SINÓPSE
II
O
Sermão do Monte nos estimula a estar plenamente conscientes a respeito da
motivação do coração no ato de ajudar o próximo.
AUXÍLIO
BIBLIOLÓGICO
“John Wesley, que era um cuidadoso estudante do texto grego e
surpreendentemente ciente da importância da crítica textual,43 traduziu a
primeira parte deste versículo [Mt 6.1] como se segue: ‘Atentem para não
praticarem a vossa justiça perante os homens, para serem vistos por eles’.
Traduções mais recentes apresentam: ‘Tenham cuidado para não fazerem as suas
boas obras publicamente para serem notados pelo povo’ (Berkeley); ‘Cuidado ao
fazerem as suas boas ações à vista dos homens, para atraírem seus olhares’
(Weymouth); ‘Tenham cuidado para não fazerem uma exibição de sua religião
diante dos homens’ (NEB); ‘Tenham o cuidado de não praticarem os seus deveres
religiosos em público a fim de serem vistos pelos outros’ (NTLH). A tradução
mais simples é: ‘Não ostentem a sua piedade’. Jesus não disse que não
deveríamos deixar que alguém visse as nossas boas obras. Ele já havia
admoestado os seus discípulos: ‘Assim resplandeça a vossa luz diante dos
homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai, que está
nos céus’ (5.16). É com o motivo que Ele está lidando aqui. A frase
significativa é: para serdes vistos por eles. Devemos buscar a glória de Deus,
não a nossa própria” (CHILDERS, Charles L.; EARLE, Ralph; SANNER, A. Elwood
(Eds.) Comentário Bíblico Beacon: Mateus a Lucas. Vol.6. Rio de Janeiro: CPAD,
2006, p.63).
III –
DEUS CONTEMPLA O BEM QUE REALIZAMOS
1.
O Deus que tudo vê.
Um
dos atributos divinos é a onisciência. Deus é descrito nas páginas das Sagradas
Escrituras como aquEle que tudo vê. Para Ele não existe surpresa nem o
desconhecido (Gn 14). Nada pode escapar da onisciência divina (Gn 16.13; Sl
139; Mt 10.30; Hb 4.13; Jo 21.17). Seria triste demais para nós servirmos a um
Deus que não tem o controle das coisas nem sabe o que vai acontecer. O que nos
dá segurança é que até aquilo que vamos pedir Ele já sabe (Mt 6.8).
2.
O Deus que recompensa.
O
nosso Deus contempla tudo, em especial o bem que fazemos. O escritor da Carta
aos Hebreus diz que nosso Deus “não é injusto para se esquecer da nossa obra e
do trabalho da caridade que foi mostrado para com o seu nome” (Hb 6.10; Mt 10.42; Jo 13.20). Já quando os homens
aplaudem qualquer ação feita por outros homens, eles não conhecem a causa, o
motivo que os impeliu a tal ação, pois veem somente aquilo que lhes foi
manifestado exteriormente. O Senhor, pelo contrário, vê o que está no coração
(1 Sm 17), não necessitando de qualquer amostra exterior para chamar a sua
atenção (Mt 6.4,6,18).
Quando
um crente procura fazer algo apenas para que outras pessoas vejam, está
desprezando os ensinos verdadeiros de Cristo, que especificamente afirmou que
nada deve ser feito para receber aplausos dos homens. Ademais, ainda age como
se Deus não estivesse atento a tudo o que ele faz. Os verdadeiros servos do
Senhor são conscientes de que quem recompensa é
Deus, por isso praticam suas obras no anonimato, em secreto, por amor ao
Pai e por sempre quererem agradá-lo em tudo.
O
salvo em Cristo deve lembrar de que Deus irá recompensar cada um segundo de seu
procedimento. Portanto, é sempre bom fazer o bem (Pv 3.27; Rm 2.7), lembrando
de que aquele que sabe fazer o bem e não o faz, está pecando (Tg 4.17).
SINÓPSE III
As palavras dos seguidores de Jesus devem apresentar
retidão e honestidade.
CONCLUSÃO
Por
meio de Jesus, ficamos cientes de que Ele deseja que andemos na verdade,
sejamos honestos e que a nossa justiça ultrapasse a deles (Mt 5.20) em todos os
aspectos, sem jamais buscar a exibição.
REVISANDO O CONTEÚDO
1.
O que caracteriza a palavra “hipócrita” no Evangelho de Mateus?
Uma
pessoa cujos atos pretendem impressionar os observadores (6.1-3,16-18); cujo
foco está nos enfeites, e não nas questões centrais da fé; e cuja conversa
espiritual esconde motivos corruptos.
2.
Quais são os três grandes deveres cristãos?
Jesus
deixa claro que nesse serviço cristão não podem faltar a oferta, a oração e o
jejum.
3.
De acordo com o ensino de Jesus, qual é a nossa forma correta de ofertar?
Quanto
à forma correta de se ofertar, Jesus disse que isso deve ser de duas maneiras:
primeiro, sem alarde público; segundo, essa doação deve ser voluntária e
discreta.
4.
Quais são as partes essenciais da religião pura para com Deus?
A
beneficência e generosidade são atos piedosos praticados como partes essenciais
da religião pura para com Deus, que é cuidar dos órfãos e das viúvas (Tg 1.27;
Mt 25.36; 1 Tm 5.2).
5.
Qual atributo divino foi destacado na lição?
Onisciência.
LEITURA PARA APROFUNDAR
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