✍Lições Bíblicas
Adultos, 1° trimestre de
2022 – CPAD
✍Assunto:
A Supremacia das Escrituras: a Inspiração, Inerrante e Infalível Palavra de
Deus
✍COMENTARISTA:
Douglas Baptista
📚 TEXTO ÁUREO
“Porque em verdade
vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá
da lei sem que tudo seja cumprido.” (Mt 5.18)
💡 VERDADE PRÁTICA
A
doutrina segundo a qual a Bíblia não contém erro algum denomina-se “Inerrância
das Escrituras”. Por isso podemos confiar em sua mensagem que é incorruptível.
⏰
LEITURA
DIÁRIA
Segunda - Jo 10.35
A Palavra de Deus não pode ser anulada
Terça - Sl 119.160
As Escrituras Sagradas atestam a verdade divina
Quarta - Jo 14.17
O Espírito Santo manteve a revelação divina
incorruptível
Quinta - Jo 17.17
A Palavra de Deus é a verdade que santifica
Sexta - Mt 5.17,18
A Palavra de Deus possui suprema autoridade na vida do
cristão
Sábado - Sl 12.6
A Bíblia é divinamente infalível em toda a matéria que
aborda
📖 LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Mateus 5.17-21; Hebreus 10.15-17
Mateus 5
17
- Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim ab-rogar, mas
cumprir.
18
- Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota
ou um til se omitirá da lei sem que tudo seja cumprido.
19
- Qualquer, pois, que violar um destes menores mandamentos e assim ensinar aos
homens será chamado o menor no Reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e
ensinar será chamado grande no Reino dos céus.
20
- Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e
fariseus, de modo nenhum entrareis no Reino dos céus.
21
- Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; mas qualquer que matar será
réu de juízo.
Hebreus 10
15
- E também o Espírito Santo no-lo testifica, porque depois de haver dito:
16
- Este é o concerto que farei com eles depois daqueles dias, diz o Senhor:
Porei as minhas leis em seu coração e as escreverei em seus entendimentos;
acrescenta:
17
- E jamais me lembrarei de seus pecados e de suas iniquidades.
🎵 HINOS SUGERIDOS 🎵
HINOS SUGERIDOS: 140, 173, 557 da
Harpa Cristã
PLANO
DE AULA
1.
INTRODUÇÃO
A mensagem da Bíblia não contém
erros. A Palavra de Deus é incorruptível e, por isso, plenamente confiável.
Logo, nesta lição temos o objetivo de mostrar que a Bíblia é verdade em tudo o
que diz. Quem põe seus ensinamentos em prática atesta a promessa da
bem-aventurança, pois está em paz com Deus e consigo mesmo. A Bíblia, portanto,
é toda a verdade de Deus de que o ser humano precisa.
2.
APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A)
Objetivos da Lição:
I)
Informar que a Bíblia é
isenta de qualquer tipo de erro;
II)
Explicar que o Espírito
Santo manteve a revelação divina incorruptível;
III)
Constatar que a Bíblia é a
verdade de Deus.
B)
Motivação: A Bíblia é como uma bússola que nos
aponta para o destino que almejamos chegar. Sem ela é possível tomar outro
rumo, escolher falsos caminhos, pegar outra jornada. A Bíblia é a verdade para
quem deseja chegar ao céu.
C)
Sugestão de Método: Você pode introduzir a aula desta semana
apresentando imagens de pessoas que fizeram trilhas e se perderam no caminho.
Isso pode ser apresentado por meio de reportagens ou sites. A ideia é mostrar a
consequência de usar uma fonte mentirosa que pode nos levar a um caminho
perigoso. Nosso propósito é constatar que, diferentemente dos caminhos
movediços, a Bíblia nos proporciona um caminho seguro.
3.
CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A)
Aplicação: Aplique a lição desta semana conclamando aos alunos a viverem a
verdade segura da Bíblia. A melhor maneira de experimentar a verdade da Bíblia
é praticando-a. Daí vem a verdadeira felicidade do crente.
4.
SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A)
Revista Ensinador Cristão:
Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e
subsídios às Lições Bíblicas. Na edição 88, p.37, você encontrará um subsídio
especial para esta lição.
B)
Auxílios Especiais: Ao
final do tópico, você encontrará um auxílio que dará suporte na preparação de
sua aula: 1) O texto "Significados dos Termos" aprofunda o primeiro
tópico, a respeito do conceito de Inerrância na Bíblia; 2) O texto
"Buscando pelo ouro das Escrituras" traz uma oportunidade de
aplicação do terceiro tópico para o professor e a professora, mostrando o
quanto vale a pena buscar o sublime valor da Bíblia, a inerrante e infalível
Palavra de Deus.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Infalibilidade e inerrância são vocábulos que
apontam a veracidade das Escrituras. Indicam que a Bíblia Sagrada não falha e
não erra. Significa afirmar que ela é a verdade em tudo o que diz, tanto em
questões espirituais quanto históricas e científicas (Mt 5.17,18; Jo 10.35).
Nesta lição, veremos a inerrância, a preservação e a verdade da Palavra de
Deus.
PALAVRA-CHAVE
Inerrância
I – O QUE É A INERRÂNCIA DA BÍBLIA
1. O conceito de inerrância bíblica.
A inerrância é a doutrina segundo a qual a
Bíblia não contém erro algum. Significa que ela é verdadeira em tudo o que
afirma. Desse modo, a Escritura é isenta de erros nos aspectos doutrinários,
espirituais, históricos, culturais, científicos e em todos os demais temas.
O argumento é irrefutável: Deus não pode
errar, e, como a Bíblia é divinamente inspirada, ela não pode conter erros.
Assim sendo, a inerrância, a infalibilidade e a inspiração estão entrelaçadas.
Nesse sentido, nossa Declaração de Fé professa que “a Bíblia é a nossa única
fonte de autoridade, a inerrante, infalível, completa e inspirada Palavra de
Deus” (Sl 19.7; Jo 10.35).
2. A Bíblia reivindica a sua inerrância.
O termo “inerrância” não aparece na
Bíblia, mas a ideia está presente nas páginas do texto sagrado. No livro de
Provérbios está escrito que “toda palavra de Deus é pura” (Pv 30.5); o salmista
afirma que “a palavra do Senhor é provada” (Sl 18.30); Samuel assegura que “o
caminho de Deus é perfeito e a palavra do Senhor, refinada” (2 Sm 22.31).
Cristo atestou a inerrância ao afirmar que
nem um jota ou um til se omitirá da lei (Mt 5.18); o Senhor igualmente
ratificou que “a Escritura não pode ser anulada” (Jo 10.35); e que a “Palavra é
a verdade” (Jo 17.17). Essas declarações indicam que a Bíblia é plenamente
confiável, sem nenhuma falsidade ou equívoco.
[...] Deus guiou os autores bíblicos e os
preservou do registro de inverdades de qualquer natureza.”
3. A infalibilidade e a inerrância da
Bíblia.
O vocábulo “infalível” indica o “que não
pode, nem consegue falhar”. Em relação à Bíblia, significa que as suas palavras
hão de se cumprir cabalmente (Is 55.11). Por causa da etimologia, os termos
“inerrância” e “infalibilidade” são por vezes confundidos como sinônimos. Não
obstante, outros afirmam que a Bíblia é somente infalível quanto à sua mensagem
salvífica, e não a consideram como inerrante. Por isso, preferimos o uso de
ambos os termos, isto é, cremos e ensinamos que a Bíblia é infalível (incapaz
de falhar), e, é igualmente inerrante (livre de erro). Negar essas verdades é
desacreditar de sua autoridade e inspiração divina (Jd 1.3,4).
SINÓPSE I
A Bíblia é totalmente inspirada por Deus e isenta de
qualquer erro e, por isso, é a nossa autoridade final de fé e prática
AUXÍLIO TEOLÓGICO
“Significados dos Termos
[...] ‘Inerrância’ trata-se de
um conceito estritamente relacionado, mas é um termo mais recente [...]. Traz a
conotação de que a Bíblia não contém nenhum erro de ação (erros materiais), nem
contradições internas (erros formais). [...].
O conceito de infalibilidade
volta-se ao conhecimento pessoal que alguém tenha de Deus [...]. A inerrância
ocupa-se mais especificamente com a transmissão precisa dos detalhes da
revelação. Embora em muitas composições teológicas os dois termos sejam usados
intercambiavelmente, infalibilidade é o termo mais abrangente. Quem crê numa
Bíblia inerrante também crê numa Bíblia infalível.
[...] Jesus, como os judeus da
época do Antigo Testamento, criam que a fidedignidade das Escrituras não
abrangia apenas seus ensinamentos mais importantes, mas também detalhes mais
insignificantes [...] (Mt 5.18). Essa perspectiva foi reiterada pelo apóstolo
Paulo (At 24.14; 2 Tm 3.16). Desse modo, a autoridade de Jesus e de Paulo apoia
a crença em tudo o que a Escritura assevera. Espera-se daqueles que chamam
Jesus de Senhor aceitam seus ensinamentos, que tenham as Escrituras em alta
conta, como Jesus as tinha” (COMFORT, Philip Wesley. A Origem da Bíblia. 1.ed.
Rio de Janeiro: CPAD, 1995, pp.63,67-68).
II – O ESPÍRITO SANTO PRESERVOU AS ESCRITURAS
1. Os manuscritos autógrafos.
Os manuscritos originais são chamados de
autógrafos. São os textos com a grafia de próprio punho do autor bíblico ou de
seu escrevente (Fm 1.19; Rm 16.22). Neles foram primeiramente registradas as
palavras inspiradas pelo Espírito Santo (2 Pe 1.21). Cremos que a inerrância
das Escrituras pertence a esses documentos, e, que as cópias fiéis desses
manuscritos preservaram a exatidão dos originais. O Espírito Santo
providencialmente manteve a revelação divina incorruptível (Jo 14.17;
16.13,14). Fora dessa compreensão, a Bíblia não seria fonte de autoridade (Jo
5.39; Gl 3.8-22).
2. Os manuscritos apógrafos.
As cópias dos manuscritos originais são
chamadas de apógrafos. Atualmente, existem cerca de 25.000 cópias dos
manuscritos bíblicos, a maioria deles em hebraico, grego e latim. Os escribas
judeus transcreveram os originais do Antigo Testamento com precisão
milimétrica. E as inúmeras cópias dos manuscritos do Novo Testamento também
afiançam a credibilidade desses escritos.
Nessa perspectiva, cremos que o ato da
inspiração aconteceu uma só vez na redação primária da Palavra de Deus (os
autógrafos), mas a qualidade dessa inspiração foi preservada pelo Espírito
Santo nas cópias dos originais (os apógrafos). Assim sendo, a versão da Bíblia
fidedigna aos originais, não deixou de manter a exatidão do real significado
das palavras inspiradas por Deus (Mt 5.18; 24.35).
[...] A Bíblia Sagrada é a verdade
inspirada de Deus, inerrante em sua totalidade, isenta de toda a falsidade,
fraude ou engano.”
3. Os apócrifos e pseudoepígrafos.
Nossa Declaração de Fé assegura que os
manuscritos apócrifos (“escondidos”), tais como, Tobias, Judite, Macabeus,
Baruque, e outros, apresentam erros, anacronismos, doutrinas falsas e práticas
divergentes das Escrituras, a exemplo da oração pelos mortos.
Os pseudoepígrafos (“falsos escritos”),
dentre eles, a Assunção de Moisés e o Apocalipse de Pedro, foram produzidos por
autores anônimos e espúrios, que atribuíram indevidamente sua autoria a
profetas e apóstolos. Na Bíblia dos judeus atestada por Jesus como a “Lei,
Profetas e Escritos” (Lc 24.44) não faziam parte os livros apócrifos, nem os
pseudoepígrafos. Por essa razão eles não integram o cânon bíblico protestante.
Dessa forma, não reconhecemos a autoridade desses livros por não serem
inspirados pelo Espírito Santo.
SINÓPSE II
O Espírito Santo manteve a revelação divina
incorruptível, bem como a exatidão das palavras originalmente inspiradas por
Deus.
III – A VERDADE NAS ESCRITURAS
1. A Bíblia é a verdade plena.
O termo “verdade”, do hebraico emeth,
significa o que é “confiável” e “correto”. O vocábulo grego aletheia tem
o sentido de “real” e “fidedigno”. Nas Escrituras corresponde à realidade exata
dos fatos em concordância com o pensamento de Deus.
A Bíblia ensina que Deus é a verdade (Jo
14.6; Rm 3.4) e a sua Palavra também é a verdade (Jo 17.17). O escritor aos
Hebreus declara que é “impossível que Deus minta” (Hb 6.18). Paulo ratifica que
Deus “não pode mentir” (Tt 1.2). Em vista disso, cremos que a Palavra de Deus
possui autoridade (Mt 5.17,18); e deve ser obedecida acima de qualquer
autoridade humana (Mt 15.3-6). Assim, esses textos servem de base para a
afirmação: “o que a Bíblia diz é o que Deus diz”.
2. A verdade espiritual e moral.
Nossa Declaração de Fé afirma que a Bíblia
nos revela o conhecimento completo de Deus, não sendo necessário nenhuma nova
revelação para a nossa salvação e crescimento espiritual (Dt 4.2; Pv 30.5,6).
Antonio Gilberto ensinou que tudo o que Deus requer do homem, e tudo o que
homem precisa saber, quanto à sua redenção, está revelado na Bíblia.
Igualmente, a ética e a moral se fundamentam na revelação divina.
Os padrões bíblicos para o nosso viver não
podem sofrer mudanças. Aquilo que a Palavra de Deus diz ser pecado, permanece
sendo pecado. Por isso, os valores cristãos são permanentes, pois a fonte de
autoridade é permanente (Mt 24.35). Assim, enfatizamos que a Bíblia é a
inerrante verdade tanto espiritual quanto moral.
3. A verdade histórica e científica.
Cremos que a Bíblia é divinamente
infalível em toda a matéria que aborda (Sl 12.6; 19.8). John Wesley escreveu
que se houver um erro, pode haver mil. E, se existir alguma falsidade então a
Bíblia não é o livro da verdade de Deus. Por conseguinte, a Escritura não se
equivoca quando descreve a criação, os eventos da história e os fenômenos da
ciência. Significa que Deus guiou os autores bíblicos e os preservou do
registro de inverdades de qualquer natureza (2 Pe 1.21). Assim sendo,
endossamos que a Bíblia Sagrada é a verdade inspirada de Deus, inerrante em sua
totalidade, isenta de toda a falsidade, fraude ou engano.
SINÓPSE III
Deus é a verdade e, sua Palavra, é a sua extensão.
Tudo o que a Bíblia ensina tanto na teologia, história ou ciência é a verdade.
AUXÍLIO DE EDUCAÇÃO CRISTÃ
“[Buscando pelo ouro das Escrituras]
Nenhuma meta seria mais elevada
do que ir pelo ‘ouro’ das Escrituras. A Bíblia muitas vezes se refere a si como
ouro ou pedras preciosas, como o rubi, a fim de frisar o sublime valor do seu
conteúdo. Por exemplo, Davi escreveu: ‘Os juízes do SENHOR são verdadeiros e
justos juntamente. Mais desejáveis são do que o ouro, sim, do que muito ouro
fino’ (Sl 19.9,10).
O Salmo 119, aquele que exalta
a Palavra de Deus em quase todos os seus 176 versículos, inclui esta declaração
pelo salmista: ‘melhor é para mim a lei da tua boca do que inúmeras riquezas em
outro ou prata’ (Sl 119.72). No mesmo [...] [texto], o salmista escreveu que
ele ama os mandamentos de Deus ‘mais do que o ouro, e ainda mais do que o ouro
fino’. Como estudante da Palavra, os professores cristãos devem garimpar o ouro
da Escritura, cavando ‘filões’ nas profundezas da Bíblia e peneirando as
verdades das Escrituras para si mesmos.
Exploração diária das riquezas
da Palavra enriquece a vida ̶ dando mais capacidade para os professores
cristãos guiarem outros nas mesmas explorações” (GANGEL, Kenneth O; HENDRICKS,
Howard G (Eds.). Manual de Ensino para o Educador Cristão: Compreendendo a
natureza, as bases e o alcance do verdadeiro ensino cristão. 4.ed. Rio de
Janeiro: CPAD, 2005, p.307).
CONCLUSÃO
Apesar de alguns considerarem redundante o
uso dos termos inspiração, inerrância e infalibilidade para legitimar a
autoridade das Escrituras Sagradas, nossa ortodoxia professa e ensina que a
Bíblia é a inspirada Palavra de Deus, inerrante e infalível com plena
autoridade em tudo o que diz.
VOCABULÁRIO
- Anacronismo:
Erro de cronologia (ou datas) relativo a fatos ou pessoas.
- Espúrios:
Não genuíno, hipotético, simulado.
REVISANDO O CONTEÚDO
1. O que é inerrância?
A inerrância é a doutrina segundo a qual a
Bíblia não contém erro algum. Significa que ela é verdadeira em tudo o que
afirma.
2. Mencione textos bíblicos em que a ideia
de inerrância esteja presente.
Jo 10.35; Jo 17.17.
3. O que são os manuscritos autógrafos?
Os manuscritos originais são chamados de
autógrafos. São os textos com a grafia de próprio punho do autor bíblico ou de
seu escrevente (Fm 1.19; Rm 16.22).
4. O que são os manuscritos apógrafos?
As cópias dos manuscritos originais são
chamadas de apógrafos.
5. Por que a Bíblia não se equivoca quando
descreve a criação, os eventos da história e os fenômenos da ciência?
Porque Deus guiou os autores bíblicos e os
preservou do registro de inverdades de qualquer natureza (2 Pe 1.21).
LEITURAS PARA APROFUNDAR