“Bem-aventurados os que trilham caminhos retos e andam na lei do
Senhor.” (Sl 119.1)
Em 18 de abril de 1521, Martinho Lutero foi conduzido ao local da Primeira Dieta Imperial em Worms na Alemanha. A assembleia estava lotada, o número dos que ocupavam as antessalas, as janelas e as escadarias somavam cinco mil pessoas. Na ocasião, Lutero foi instigado a retratar-se de seus escritos e sua resposta diante daquela multidão entrou para a história como uma de convicção e fé na autoridade das Escrituras Sagradas:
Minha consciência está atrelada à palavra
de Deus. Enquanto não me tiverem convencido pelas Sagradas Escrituras, não
posso, nem quero retratar-me de coisa alguma, pois é perigoso agir contra a
consciência. Não posso falar de outro modo. Eis-me aqui. Que Deus me ajude!
Amém.
A partir dessa declaração, surgia o
embrião de um dos relevantes princípios teológicos da Reforma Protestante:
“Sola Scriptura”. Para Lutero, o sentido dessa expressão latina era
literal, ou seja, somente a Escritura — e não a Escritura somada à tradição da
Igreja — é a fonte final de revelação cristã. Sua defesa era pela centralidade
da Palavra de Deus. Lutero não reconhecia nenhuma outra fonte como autoridade
infalível de fé e conduta que não fosse as Escrituras.
Nessa perspectiva, a Declaração de Fé das
Assembleias de Deus no Brasil professa crer e ensinar que “a Bíblia Sagrada é a
Palavra de Deus, única revelação escrita de Deus dada pelo Espírito Santo para
a humanidade [...] nossa única regra de fé e prática, a inerrante, completa e
infalível Palavra de Deus”.4 Nesse sentido, a autoridade da Bíblia se
fundamenta em seu autor, que é Deus. Assim sendo, a autoridade dela depende do
Altíssimo, e não dos homens. Desse modo, além da Bíblia, a Igreja não possui
outra fonte infalível de autoridade.
I - ORIGEM DA BÍBLIA E REVELAÇÃO DIVINA
1. A Origem da Bíblia
O teólogo Norman Geisler assegura que “um
resumo a respeito do que a Bíblia alega sobre si mesma pode ser encontrado em
duas passagens principais”. A referência diz respeito a dois dos textos
bíblicos de autoria dos proeminentes apóstolos Pedro e Paulo (2 Pe 1.20,21; 2
Tm 3.16). Essa constatação é importante, uma vez que tais apóstolos têm seus
ministérios reconhecidos como cheios do poder de Deus (At 5.14-16; 19.11,12), e
isso tanto entre os judeus como entre os gentios (Gl 2.7-9).
Em 2
Pedro 1.20,21, o apóstolo enfatiza que os escritos sagrados não têm sua origem
nos homens, mas no próprio Deus.
Nessa passagem, Pedro atribui a origem da
revelação à obra do Espírito de Deus. O Comentário de Aplicação Pessoal destaca
que tal assertiva petrina significa que “as Escrituras não se originaram do
homem, nem foram interpretadas pelos próprios profetas à medida que transmitiam
as preciosas mensagens”. Quer dizer que não se trata de opinião ou fruto do
desejo humano. Na sequência, o apóstolo esclarece que os autores da Bíblia são
homens santos, que nos transmitiram a vontade de Deus por meio da inspiração do
Espírito Santo.
Por sua vez, o apóstolo Paulo corrobora
que a mensagem bíblica veio da parte de Deus: “Toda a Escritura é inspirada por
Deus” (2 Tm 3.16a, ARA). Aqueles que fazem objeção que o texto de Pedro se
refere apenas ao Antigo Testamento, aqui no texto paulino “toda” a Escritura é
autenticada como inspirada, inclusive o Novo Testamento. Matthew Henry enfatiza
que esse versículo descreve a excelência das Escrituras como “revelação divina,
de que podemos depender como infalivelmente verdadeira”.
Além dessas duas citações, temos ainda
outras referências bíblicas nas quais os apóstolos ratificam que a Bíblia foi
escrita por homens, porém, sob a inspiração e supervisão divina (confira 1 Co
2.13,14; 1 Co 14.37; Gl 1.12; Ap 1.1).
O artigo de fé número um da Declaração das Assembleias de Deus
corrobora com essa verdade ao professar crer “na inspiração divina verbal e
plenária da Bíblia Sagrada”.
Portanto, as Escrituras são a revelação
que Deus fez de si mesmo. Dessa maneira, por ter a sua origem em Deus, a Bíblia
é portadora de autoridade, e, por isso, constitui-se em única regra infalível
de fé e prática para a vida e o caráter do cristão.
2. Revelação Geral
Nesse ponto, convém ressaltar que “como
Deus é infinito e os seres humanos são finitos, se estes quiserem conhecer a
Deus, tal conhecimento deverá ocorrer pela iniciativa do próprio Deus em se
revelar”. A palavra revelação significa “descobrimento, desvelamento,
divulgação”. Em vista disso, o conhecimento de Deus é o conhecimento revelado
por Ele mesmo. Nessa compreensão, o estudo da autorrevelação de Deus para a
humanidade é classificado de duas formas:
(i) a revelação geral e (ii) a revelação
especial. Chama-se de revelação geral aquela em que Deus se fez conhecer em
toda parte por três maneiras:
(a) Na
História.
As Escrituras indicam que Deus se revela
na história por meio da sua soberania. A soberania divina não deve ser
entendida como “uma propriedade da natureza divina, mas uma prerrogativa
oriunda das perfeições do Ser Supremo”. Em outras palavras, a soberania é um
direito divino, pelo fato de Ele ser o criador, poderoso, santo, eterno e
imutável. Indica o total domínio que o Senhor exerce sobre toda a criação.
Significa que tudo pertence a Deus, e que Ele tudo faz conforme lhe agrada sem
necessitar prestar contas a ninguém (1 Cr 29.11; Sl 115.3; Dn 4.35).
Ele controla o curso dos acontecimentos,
remove e estabelece governos e nada acontece fora de sua vontade (Dn 2.21;
4.25; Rm 11.22). Para J. Williams, “a história possui um caráter teológico:
toda ela carrega a marca da atividade divina [...] a história de todas as
nações representa algum desvendar de Deus em ação”.
(b) No
Universo.
As Escrituras também mostram que Deus se
revela no Universo por meio do seu poder (Is 40.26; 45.18); sua majestade (Am
4.13); e sua soberania (Sl 89.11-13). O primeiro versículo da Bíblia assevera:
“No princípio, criou Deus os céus e a terra” (Gn 1.1). O emprego do verbo
hebraico “bara” (criar) indica que, “do nada” (latim ex-nihilo), Deus trouxe a
existência todos os fenômenos físicos.
A obra Teologia Sistemática Pentecostal
registra que “no Antigo Testamento, ‘os céus e a terra' abrangem a inteireza do
‘Universo ordeiro e harmonioso'. Nada existe que não tenha sido criado por
Deus”. Em vista disso, Deus se manifesta onipotente, magnificente e soberano
nas coisas criadas: o Céu, a Terra, o mar, e tudo quanto há neles (Sl 19.1-4;
At 14.15-17; Rm 1.18-21).
(c) No
Ser Humano.
Ainda as Escrituras demonstram que Deus se
revela na criação do ser humano. A Bíblia afirma que a raça humana foi criada à
imagem e à semelhança de Deus (Gn 1.26,27).
Ao abordar o tema, o Comentário Bíblico
Beacon salienta três aspectos do homem feito à imagem de Deus:
i) um ser espiritual apto para a
imortalidade (Gn 1.26);
ii) um ser moral que tem a semelhança de
Deus (Gn 1.27); e
iii) um ser intelectual com a capacidade
da razão e de governo (Gn 1.26c,28-30).
Dessas três características, a natureza
moral da humanidade, embora de maneira inadequada por causa do pecado, revela o
caráter moral de Deus (Ef 4.24; Cl 3.10). Acerca disso, Paulo falou de uma lei
escrita no coração das pessoas, que por meio dos pensamentos e da consciência
as acusa ou as defende diante de Deus (Rm 2.11-16).
3. Revelação Especial
Ela é o complemento da revelação que Deus
fez de si mesmo na história, na criação do Universo e da humanidade (Rm
10.11-17; Hb 1.1-3). A revelação especial é necessária porque, a partir da
Queda no Éden, o relacionamento do homem com Deus foi afetado. O pecado
original de Adão passou a todos os homens (Rm 5.12). Jacó Armínio salienta que
a “abrangência deste pecado [...] não é peculiar aos nossos primeiros pais, mas
é comum a toda a raça humana e a toda sua posteridade”.15
Por causa disso, não basta ao homem saber
da existência de Deus ou conhecer algo sobre Ele; faz-se necessário restaurar a
comunhão com o Senhor. Não obstante, se, por um lado, na revelação geral, Deus
se faz conhecer, por outro lado, ela também denuncia a culpa humana em rejeitar
o conhecimento acerca de Deus (Rm 1.1821). Assim, no propósito de reconciliar a
humanidade com Deus, a revelação especial oferece redenção para os perdidos
pecadores (Cl 1.9-14).
Nesse sentido, reconhecemos a revelação
especial tanto no Verbo vivo, Jesus Cristo, quanto nas Escrituras Sagradas (Jo
1.1; 5.39). Cremos que a encarnação do Senhor Jesus era absolutamente
necessária para que o Redentor tivesse duas naturezas inseparavelmente unidas,
a fim de realizar a obra da redenção.16 E ratificamos que a Bíblia Sagrada é a
única revelação escrita de Deus dada pelo Espírito à humanidade.17 É por meio
da revelação contida nas Escrituras que conhecemos a Pessoa de Cristo (Jo
20.31).
II - EVIDÊNCIAS DA AUTENTICIDADE DA BÍBLIA
1. Evidências Internas
A palavra autenticidade tem origem no
grego “authentês” com o significado daquilo que é “verdadeiro”. Quando
aplicado às Escrituras, o termo indica a autoridade e a fidedignidade da Bíblia
Sagrada. Significa que todos os livros que compreendem o cânon bíblico são autênticos.
Dessa forma, a Bíblia autentica-se a si mesma (2 Tm 3.16). O apoio em favor
dessa autenticidade divide-se em “evidência interna” e “evidência externa”.
Dentre as evidências internas que examinam o conteúdo da Bíblia destacam-se:
(a) Unidade e consistência:
No período aproximado de 1.600 anos, a
Bíblia foi escrita em dois idiomas principais (hebraico e grego), e um dialeto
(aramaico). Seus escritores somam cerca de quarenta pessoas de diferentes
classes sociais, que viveram em lugares e circunstâncias diferentes, e
abordaram centenas de temas distintos. O texto foi redigido em uma variedade de
estilos literários, tais como história, profecia, poesia, alegorias, parábolas,
dentre outros. Apesar de todas essas implicações, o conteúdo bíblico é
consistente e os seus escritos se harmonizam formando um todo sem qualquer
contradição (Sl 18.30; 33.4).
Essa unidade não é superficial, mas
profunda. John Higgins reproduz a compreensão de que “quanto mais profundamente
a estudamos, mais completa essa unidade se nos revela”.
No entanto, embora as evidências sejam
conclusivas, o liberalismo teológico faz objeção aos argumentos acima listados
e desdenha da unidade bíblica. Os críticos argumentam que os autores bíblicos
conheciam o conteúdo deixado pelos escritores que o antecederam e, por isso, se
preocuparam em não os contradizer, e ainda sustentam que o cânon só foi
organizado pelas gerações futuras, em função disso, foram aceitos no cânon
apenas os livros que se harmonizavam com o todo.
Porém essas objeções são contraditórias e
podem ser refutadas do seguinte modo:
(i) nem todos os autores tiveram acesso
aos outros livros enquanto escreviam a revelação divina: Ezequiel escreveu no
exílio; Ester, em país estrangeiro; o escritor de Hebreus, no Oriente; e João,
na Ásia Menor; entre outros;
(ii) nem todos os autores tinham
consciência de que seus escritos fariam parte do cânon, portanto, não os
escreveram buscando harmonizar sua obra com as demais;
(iii) não é verdade que os livros foram
aceitos centenas de anos após serem escritos. Por exemplo, os livros de Moisés
foram guardados próximo à Arca da Aliança logo após serem escritos (Dt 31.26).
Os livros eram aceitos à medida que a
autenticidade era confirmada por seus destinatários; e
(iv) mesmo que os autores tivessem tomado
conhecimento prévio de todos os livros, a Bíblia continuaria tendo uma unidade
que ultrapassa a capacidade humana.19
(b) Ação do Espírito Santo: Por meio da
leitura da Bíblia, é possível ouvir a voz de Deus agindo como uma espada que
“penetra até à divisão da alma, e do espírito” (Hb 4.12). Como os discípulos no
caminho de Emaús, aquele que aceita a mensagem da Palavra experimenta a chama
do Espírito arder no coração e passa a compreender o plano da salvação (Lc 24.31,32).
Nossa Declaração de Fé ensina “que o
Espírito Santo possui o papel de regenerar, purificar e santificar o homem e a
mulher e que é Ele quem convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo (Jo
16.7,8)”. O apóstolo João disse que escreveu para que seus leitores cressem no
Filho de Deus e recebessem a vida eterna (Jo 20.31; 1 Jo 5.13). João também
registrou que o Consolador, o Espírito de verdade, que procede do Pai, é Ele
quem testifica de Cristo, o Filho de Deus (Jo 15.26). Desse modo, o Espírito Santo
dá testemunho da Bíblia como Palavra de Deus, e de que o Cristo nela revelado é
o Filho de Deus.21
c) Profecias de eventos futuros.
A
exatidão no cumprimento das profecias comprova a veracidade das Escrituras. As
suas profecias foram anunciadas muito séculos antes de os eventos acontecerem
com clareza e precisão. Por exemplo, a Bíblia cita o nome do rei Ciro e o que
ele iria fazer cento e cinquenta anos antes de ele nascer (Is 45.1), registra
cerca de trezentas profecias acerca de Cristo, centenas de anos antes do seu
nascimento, e cada uma delas se cumpriu com exatidão.
Os críticos e incrédulos sugerem que por
conhecer as profecias, Jesus agiu deliberadamente para cumprir o que estava
predito. Porém, isso é humanamente impossível. Seria necessário a cumplicidade
de um número considerável de personagens (reis, astrólogos, governadores,
sacerdotes, militares) dispostos a manipular os eventos e manter esses arranjos
sob sigilo. E isso sem falar em todas as pessoas envolvidas nos inúmeros
milagres operados. A única explicação possível para o cumprimento específico
dessas predições é de que o Eterno, onisciente, onipotente e soberano, revelou
aos seus servos as coisas que haveriam de acontecer (Am 3.7).
2. Evidências Externas
Compreendem-se como evidências externas
aquelas em que os acontecimentos narrados nas Escrituras são também ratificados
por outras fontes históricas. Por vezes essas comprovações se identificam e se
fundem aos conceitos de inerrância, isto é, que a Bíblia não contém erros. Nessa
direção, tanto o registro da história das nações quanto as descobertas
arqueológicas e os pressupostos da ciência apontam para a autenticidade da
Palavra de Deus.
A título de exemplo, cita-se a
disponibilidade de cerca de 25.000 (vinte e cinco mil) manuscritos bíblicos,
produzidos antes do advento da imprensa no século XV, que confirmam a
suficiência dos textos sagrados. Assim, ratifica-se que nenhuma obra da
antiguidade — Platão, Aristóteles, Escritos Hindus, história chinesa e outros —
foi tão confirmada e creditada como a Bíblia Sagrada.22 E, a despeito de ser
contestada por alguns, permanece como o livro mais traduzido e lido de toda a
história (cf. Mc 13.31).
III - A MENSAGEM DA BÍBLIA
1. A Supremacia da Bíblia
Como já visto, a expressão latina Sola
Scriptura indica que somente a Bíblia é regra infalível e autoridade final em
matéria de fé e prática. Nossa Declaração de Fé professa que a Bíblia fornece o
“conhecimento essencial e indispensável à nossa comunhão com o Pai Celeste e
com o nosso próximo. Assim sendo, não necessitamos de uma nova revelação
extraordinária ou pretensamente canônica para a nossa salvação e o nosso
crescimento espiritual”.23 Desse modo, ratifica-se que a Bíblia Sagrada é a
fonte final de autoridade. Na obra intitulada Do Cativeiro Babilônico da
Igreja, ao questionar os dogmas e as indulgências praticadas pelo catolicismo,
dentre outras abordagens, Lutero escreveu:
contendemos pela firmeza e pureza da fé e
das Escrituras [...] Pois devemos estabelecer a distinção mais nítida possível
entre o que nos foi entregue por Deus nos textos sagrados e o que foi inventado
na Igreja pelos homens, não importa a eminência da santidade ou da erudição
deles.
O reformador holandês Jacó Armínio
(1560-1609) igualmente defendeu a supremacia das Escrituras:
Elas merecem obediência, pela
credibilidade conferida a elas, quando ordena ou proíbe alguma coisa [...] A
autoridade de qualquer palavra ou texto depende de seu autor [...] Deus é de
infalível veracidade [...] Ele é o autor das Escrituras, a autoridade delas
depende total e exclusivamente dEle.
Nessa perspectiva, Armínio considerava que
a perfeição das Escrituras era retirada e solapada quando “a inspiração
perfeita dada aos profetas e apóstolos, que administram as Escrituras, é
negada, e a necessidade e a frequente ocorrência de novas revelações depois
daqueles homens santos são declaradas abertamente”. E no debate III “Sobre as
Sagradas Escrituras e às tradições humanas”, Armínio assevera que todas as
doutrinas necessárias para a salvação já nos foram transmitidas pelas
Escrituras e que nenhuma tradição humana pode acrescer ou retirar alguma coisa
(Ap 22.18,19).
2. O Poder da Palavra de Deus
O seu poder se assemelha ao fogo que
consome e purifica, bem como um martelo que despedaça a penha (Jr 23.29). As
qualidades de fogo e martelo indicam que nada pode impedir o cumprimento da
Palavra de Deus (Is 55.11; Jr 5.14). O seu poder também é capaz de derrubar
fortalezas espirituais que fazem oposição ao conhecimento divino (2 Co 10.4,5).
A Palavra de Deus tem poder para penetrar, tal qual espada de dois gumes, no
mais íntimo do ser humano e julgar os pensamentos e intenções do coração (Hb
4.12). Quando tentado no deserto, o próprio Cristo derrotou Satanás usando o
poder da Palavra. Ele venceu as sugestões do Diabo ao fazer citações das
Escrituras (Mt 4.4,7,10).
Outrossim, nossa Declaração de Fé ressalta
que “a Bíblia revela o seu poder de forma clara e inconfundível. Ela emprega
uma metáfora para mostrar esse poder quando chama a si mesma de “a espada do
Espírito, que é a palavra de Deus” (Ef 6.17)”. Assim, fazendo uso de linguagem
retirada do contexto militar romano, Paulo exorta os cristãos a empunharem a
“espada do Espírito” identificada como a “Palavra de Deus”.
3. O Propósito da Bíblia
Nossa Declaração de Fé ensina que “a
Bíblia é a mensagem clara, objetiva, entendível, completa e amorosa de Deus,
cujo alvo principal é, pela persuasão do Espírito Santo, levar-nos à redenção
em Jesus Cristo”28 (Jo 16.8; 1 Jo 1.1-4).
Nesse diapasão, o teólogo pentecostal Antonio Gilberto escreve que:
Tudo que Deus tem para o homem e requer do
homem, e tudo o que o homem precisa saber espiritualmente da parte de Deus,
quanto à sua redenção, conduta cristã e felicidade eterna, está revelado na
Bíblia. Tudo o que o homem tem a fazer é tomar o livro e apropriar-se dele pela
fé. O autor da Bíblia é Deus, seu real intérprete é o Espírito Santo, e seu
tema central é o Senhor Jesus Cristo.
Nessa perspectiva, reconhecemos em ambos
os Testamentos a presença da história da salvação com o propósito de restaurar
o homem a Deus. Neles também estão revelados os códigos morais para a
sociedade. Enfatiza-se que a mensagem bíblica e seu propósito não se
relativizam, pois seus valores são absolutos e portadores de autoridade divina
(Ap 22.18,19). Nessa compreensão, consolida-se a Bíblia como a revelação de
Deus e de sua vontade à humanidade. Dessa forma, o compromisso inegociável da
Igreja deve ser de fidelidade e propagação da Palavra de Deus para a salvação e
libertação de pecadores (1 Tm 1.15).
Artigo Bíblico:
Pr. DOUGLAS BAPTISTA | Divulgação: Subsídios Dominical
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