Subsídio bíblico para a Escola Dominical - classe
dos Adultos. Subsídio para a Lição: 13
| Revista do 1° trimestre de 2019 | Fonte: E-book
Subsídios EBD Vol. 19
| VEJA aqui OS SUBSÍDIOS.
TEXTO ÁUREO
“Até que todos cheguemos à unidade da fé
e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura
completa de Cristo.” (Ef 4.13)
A
DOUTRINA DO NOVO NASCIMENTO
1.
Jesus ensina a doutrina do novo nascimento (Jo 3.3-7).
“Jesus respondeu a Nicodemos: Na verdade, na
verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode
entrar no reino de Deus.”
Nascer
da água significa passar por uma profunda experiência de purificação (Ef 5.26).
Nascer do Espírito significa passar por uma profunda experiência de receber a
vida divina. A alma humana precisa ser lavada de toda impureza e vivificada
pela vida celestial, antes de estar pronta para o Céu.
Deus
nos salvou:
1)
pela “lavagem da regeneração e
2)
da renovação do Espírito Santo” (Tt 3.5).
2.
O mistério do novo nascimento (Jo 3.3).
Nascer
de novo (Gr. gennethe
anothen)
significa ser criado a partir do céu (Lc 1.3). Literalmente, significa que deve
haver uma transformação vinda de Deus e uma renovação em justiça e verdadeira
santidade para ser salvo (2 Co 5.17-21; Ef 4.22-24; Cl 1.13,14, 20; 2.12-17;
3.1-16). Embora o como do novo nascimento esteja além do alcance do raciocínio
humano, este mistério não precisa ser motivo de tropeço para Nicodemos: “O
vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para
onde vai; assim c todo aquele que é nascido do Espírito”.
Noutras
palavras, o movimento do vento é algo muito real para nós, mas é misterioso e
além de nosso controle; assim também é a atuação do Espírito sobre a natureza
humana. Primeiro, o novo nascimento é misterioso quanto à sua origem: “não
sabes donde vem”; e, em segundo lugar, há mistério quanto à sua consumação:
“não sabes... para onde vai”. Assim sendo, João escreve: “Amados, agora somos
filhos de Deus, e ainda não é manifestado o que havemos de ser” (1 Jo 3.2).
Mesmo assim, a atuação do Espírito é real: “Ouves a sua voz” (At 2.3,4; 1 Co
12.7; Gl 5.22,23).
3.
Nascer da água e do Espírito (Jo 3.3,5).
A
frase nascer da água e do Espírito em 3.5 se refere ao nascimento espiritual,
que purifica do pecado e traz transformação e renovação espiritual. Água, aqui,
não se refere à água do nascimento físico, nem é provável que se refira ao
batismo. O pano de fundo é provavelmente Ez 36.25‑27, em que Deus
promete: “Então aspergirei água pura sobre vocês, e vocês ficarão purificados…
Eu lhes darei um coração novo e porei dentro de vocês um espírito novo”.
Tanto
o nascer do versículo 3 quanto o do versículo 5 referem-se ao “início de uma
nova vida, quando o pecador se torna nova criatura (2 Co 5.17) criada em Cristo
Jesus (Ef 2.10)”.
a)
A água é o símbolo da purificação.
Quando
Jesus toma posse de nossa vida, quando o amamos com todo o coração, os pecados
passados são perdoados e esquecidos. O Espírito é o símbolo do poder.
Quando
Jesus toma posse de nossa vida não se trata somente de que se esqueça e perdoe
o passado; se isso fosse tudo, poderíamos voltar outra vez a arruinar nossa
vida; mas entra nesta vida um poder novo que nos permite ser o que jamais
poderíamos ser por nossos próprios meios, e fazer o que não poderíamos fazer por
nós mesmos. A água e o Espírito simbolizam o poder purificador e fortalecedor
de Cristo.
4.
Exemplos de Pessoas transformadas em uma nova criatura.
Ø Em Mc 5.15, o endemoninhado
gadareno foi transformado num novo homem após ter se encontrado com Cristo. A
transformação do velho homem em um novo homem causou grande admiração nas pessoas
que o conheciam, como também, ainda hoje, a transformação de muitas pessoas em
novas criaturas através do evangelho de Cristo tem causado a admiração de
outras pessoas.
Ø Em Lc 8.1-3, a Bíblia revela
várias mulheres transformadas em uma nova criatura, e dentre elas Maria
Madalena, que foi liberta de sete demônios.
Ø Em Jo 4.6-42, a transformação
da mulher samaritana em uma nova criatura despertou a admiração de todas as pessoas
da sua cidade, e o seu testemunho de transformação atraiu multidões para
Cristo.
Ø
Em Cl 3.9-10, Paulo usa a figura da velha criação do
homem, e revela que na nova criação de Deus, nós devemos nos despir do velho
homem, com os seus defeitos, e nos revestir do novo homem que se refaz para o
pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou.
Ø
Em 1Tm 1.12-14, o próprio Paulo foi transformado
em uma nova criatura e deu seu testemunho pessoal, dizendo: “E dou graças ao
que me tem confortado, a Cristo Jesus, Senhor nosso, porque me teve por fiel,
pondo-me no ministério, a mim, que, dantes, fui blasfemo, e perseguidor, e
opressor; mas alcancei misericórdia, porque o fiz ignorantemente, na
incredulidade. E a graça de nosso Senhor superabundou com a fé e o amor que há
em Jesus Cristo.”
A
JUSTIFICAÇÃO DO NOVO HOMEM
1.
O que é justificação?
Um
dos vocábulos mais gloriosos da Bíblia é a “justificação”. Trata-se de um termo
judicial que significa “declarar alguém justo”. Esta doutrina descreve a
condição do pecador culpado que se põe diante do grande tribunal do Deus Santo
e Reto Juiz. A justificação é o anúncio extraordinário de que o pecador já está
plenamente justificado. Aos olhos de Deus, seus pecados já não existem mais, pois
“quanto está longe o Oriente do Ocidente, assim afasta de nós as nossas
transgressões” (SI 103.12).
Miquéias
expressa lindamente esse benefício da graça: “Quem, ó Deus, é semelhante a ti,
que perdoas a iniquidade, e que te esqueces da rebelião do restante da tua
herança? O Senhor não retém a sua ira papa sempre, porque tem prazer na
benignidade. Tornará a apiedar-se de nós; subjugará as nossas iniquidades, e
lançará todos os nossos pecados nas profundezas do mar” (Mq 7.18,19).
2.
Três bênçãos da justificação.
a) A primeira benção.
A
primeira é a redenção dos pecados, cuja pena é a morte — espiritual e física
(Gn 2.16,17; Rm 5.12-14; 6.23). Essa penalidade foi removida pela morte de
Cristo, o qual suportou o castigo que nos estava reservado (Is 53.5,6; 1 Pe
2.24).
b)
A segunda benção.
A
justificação implica também na restauração do favor divino. Além de havermos
incorrido na penalidade requerida pelas nossas transgressões, havíamos também
perdido o favor divino, pois Deus não tem comunhão com o pecado (Jo 3.36; Rm
1.18). No entanto, através da fé cm Cristo, fomos restaurados à comunhão com o
Pai Celeste (Gl 3.26 e 1 Jo 1.3).
c)
A terceira benção.
A
justificação traz consigo a imputação da retidão. Assim como a pena pelo pecado
fora “debitada em nossa conta”, a retidão de Cristo, no ato da justificação, é
creditada em nossa conta (Fp 3.9; Cm 15.6). Fomos envolvidos com a pureza de
Cristo. Ele tornou-se nossa veste nupcial (Mt 22.11,12).
3.
Como pode alguém ser justificado diante de Deus?
Muitas
vezes as Escrituras salientam ser isto um dom de Deus; é algo que se obtém pela
graça proveniente da fé na morte expiatória de Cristo (Mc 10.17-22; Rm 3.24;
4.1-5; G1 3.24; Ef 2.5,8).
A
conversão consiste em voltar-se do pecado para Deus; a justificação é a
declaração de que o pecador arrependido, agora, é reto aos olhos de Deus; e a
regeneração é a real concessão da vida de Cristo ao novo convertido.
Deve-se
notar que a vida eterna é a vida que nos flui diretamente de Cristo, como se
Ele fora a videira e nós os ramos (Jo 15.1-8). “Porque, como o Pai tem a vida
em si mesmo, assim deu também ao Filho ter a vida em si mesmo” (Jo 5.26). Ou
seja: Jesus tem a vida por seu próprio direito e natureza. Logo: só
usufruiremos a vida eterna enquanto estivermos ligados em Cristo.
Assim
como a conversão é a resposta humana e inicial, a regeneração[1]
é a resposta de Deus, a operação de seu Santo Espírito no coração do novo
crente. E a concessão da vida espiritual (Jo 3.5; 10.10; 1 Jo 5.1 1,12).
A SANTIFICAÇÃO DO NOVO HOMEM
[1]
A regeneração significa nascer de novo, “nascer do alto” (Jo 3.3). É a
concessão de uma nova natureza (Jr 24-7; 2 Pe 1.4). A regeneração é um ato
criativo de Deus (2 Co 5.17; El 2.10; 4-24).
Em lugar da depravação que nos escravizava, temos hoje
nova natureza, somos da família de Deus (Ef 2.19). Essa é a nova vida em
Cristo. E “Cristo em vós, esperança da glória” (Cl 1.27).