TEXTO DO
DIA
“Porque,
se nós, sendo inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho,
muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida" (Rm
510)
SÍNTESE
Pensar
na necessidade de um salvador para a humanidade é refletir sobre tudo o que
aconteceu na história humana a partir de Gênesis 3 e que se concretizará até o
cumprimento de Apocalipse 22.
Agenda
de leitura
SEGUNDA - Gn 3.15: Uma promessa desde o
início de todas as coisas
TERÇA - Os 13.4: O único Salvador de Israel
em toda a história
QUARTA - Fp 3.20: O Salvador que virá
buscar-nos
QUINTA – Hb 7.25: Aquele que é capaz de
oferecer-nos salvação
SEXTA - 1 Tm 4.10: A esperança naquELe
que tem poder para salvar
SÁBADO -1 Jo 4.14: Ele encarnou sua
missão. Veio para salvar, fez-se Salvador
Copiado de Subsídios EBD
Objetivos
•
COMPREENDER os eventos narrados em Gênesis 1-3 como
centrais para 0 entendimento de toda a Escritura;
•
REFLETIR sobre o papel das profecias messiânicas no Antigo
Testamento e Novo:
•
IDENTIFICAR o nascimento de Jesus como um dos eventos
centrais da história da humanidade.
INTERAÇÃO
É
com imensa alegria que iniciamos um novo e maravilhoso trimestre. Nos próximos
três meses nos debruçaremos em um estudo sistemático sobre Jesus. O Cristo que
não tinha vergonha de dizer que era de Nazaré. Sem dúvida alguma será uma
oportunidade única para que possamos, juntos, ampliar nosso conjunto de
conhecimentos prévios sobre o Salvador. Estudar a respeito do Senhor Jesus
nunca é demais, uma vez que refletir a seu respeito significa pensar sobre o
cerne das Escrituras e da fé Cristã. Desta forma, em um tempo em que
“pseudoevangelhos" multiplicam-se e enganam multidões mundo a fora
apresentando um “Jesus genérico", um "Cristo fake", é mais do
que necessário voltarmos a reflexão a respeito do básico e necessário de nossa
fé: Jesus, É claro que um estudo sistemático sobre Jesus conduzir-nos-á
inevitavelmente a outros temas - também de sua importância para nossa fé - tais
como salvação, santidade e vida cristã. Então comecemos essa fantástica
jornada.
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
Existem várias maneiras de iniciar um
trimestre, por isso caro Educador Cristão, ninguém melhor do que você, alguém
que conhece seus educandos, a estrutura da sua igreja e os desafios cotidianos
a serem enfrentados, para determinar a maneira como este novo trimestre pode
ser iniciado e como cada uma das aulas devem ser ministradas. Semanalmente,
neste tópico exclusivo da lição para professores, serão apresentadas sugestões
para tentar tornar seu momento de ministração da aula melhor ainda. Por isso,
não tenha as ideias aqui propostas como um tipo de responsabilidade a mais a
ser cumprida, pelo contrário, o objetivo das dinâmicas, atividades e projetos é
auxiliar e não atrapalhar Afinal de contas, como variáveis tais quais tempo,
estrutura, nível da turma, mudam muito de igreja para igreja, algumas ideias
podem ser muito úteis, já outras, simplesmente impossíveis. O diferencial para
uma aula brilhante sua classe já tem: VOCÊ, alguém cheio do Espírito Santo.
TEXTO
BÍBLICO
Efésios 2.1-5
1.
E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados,
2.
Em que. noutro tempo, andastes, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe
das potestades do ar. do espirito que. agora, opera nos filhos da
desobediência;
3.
Entre os quais todos nós também, antes, andávamos nos desejos da nossa carne,
fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da
ira. como os outros também
4.
Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia. pelo seu muito amor com que nos
amou.
5.
Estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo
(pela graça sois salvos).
INTRODUÇÃO
Durante
todo este trimestre estudaremos a respeito da pessoa bendita de Jesus, aquEle
que não se envergonhava de dizer que era de Nazaré. Vamos aproveitar esse
momento para crescermos juntos, comentarista e Leitores, professores e
educandos, amigos e irmãos. Certamente este será um trimestre fantástico para
todos nós.
I-
A QUEDA E A PROMESSA DE UM SALVADOR
1.
Éden; onde tudo começou.
Os
eventos narrados entre Gênesis de 1 a 3 são imprescindíveis para a compreensão
de tudo o mais que encontraremos nas Sagradas Escrituras. Dito de outra forma,
o entendimento correto dos três primeiros capítulos da Bíblia implicará de modo
determinante a maneira como leremos os outros 1.186 capítulos. De Gênesis 4 a
Apocalipse 22 testemunhamos o desenrolar de uma jornada - com muitos erros, mas
graciosamente repleta de acertos - de retorno da humanidade ao centro da
vontade de Deus. E o que temos nos três primeiros capítulos de Gênesis? Um
resumo da trajetória humana ao longo da história em três atos: Criação em
harmonia por bondade e perfeição divina; Queda caótica por rebeldia e
desobediência humana; Salvação, ou pelo menos o anúncio dela, por sacrifício e
graça do Senhor. Como afirma Gênesis 2.7.8 a
humanidade foi feita para viver no Jardim de Deus, por isso, desde Gênesis 3.8,
o Criador protagoniza meios para conceder a nós a restauração da comunhão
originária que possuíamos com Ele. Uma vez tendo recebido tudo das mãos do
Criador, perdemos nosso paraíso edênico por nossa própria ambição e ilusão de
autossuficiência. Não fosse o misericordioso Deus teríamos perdido a esperança
e qualquer chance de salvação.
2.
O incansável cuidado de Deus conosco.
Qual
é a pergunta que ecoa no jardim logo após a catastrófica escolha humana? Não
foi "Por que você fez isso?' ou ainda “Onde está aquele fruto que estava
ali?'; a prioridade do Altíssimo não está em encontrar culpados ou em reaver
coisas/objetos perdidos. O Senhor está comprometido com pessoas; seu amor e
cuidado é conosco, por isso. Ele chama por Adão, indaga sobre o seu paradeiro
(Gn 3.9). Mas se o Criador é onisciente, porque Ele pergunta a Adão: Onde
estás? Por que o único modo de recebermos a graça de Deus é reconhecendo o quão
necessitados somos de salvação. Mais do que uma questão geográfica, o homem
precisava reconhecer para "onde" suas escolhas o tinham levado na
perspectiva eterna. O Senhor direciona o diálogo até o nível em que a
humanidade é capaz de superar o estado de desespero em que o pecado a tinha
conduzido. Os filhos de Deus são vestidos porque reconhecem que estão nus. são
orientados sobre cansaço e dores porque já estão sentindo angústia e medo, são
informados sobre o advento do "descendente" (Gn 3.15). uma vez que já
conheceram a serpente sagaz.
3.
A esperança do Salvador.
A
Queda produziu o colapso da humanidade, mas não o fim do amor de Deus para
conosco. A misericórdia do Criador foi maior que a sedução do maligno. Uma vez
fora do jardim, os filhos de Deus deram início à sua caminhada rumo à promessa
de restauração. Esta é uma das chaves-de-leitura que se pode adotar para Ler e
narrar o percurso trilhado por nós e registrado nas Escrituras: a esperança da
chegada do Salvador Ao adotarmos essa chave hermenêutica percebemos que alguns
dos grandes eventos do Antigo Testamento ocorrem em torno do objetivo de cumprimento
da promessa de Gênesis 3.15: com tal hipótese, por exemplo, concordam alguns
escritores do Novo Testamento (Cl 2.16,17: Hb 9.8.9; 10.1).
A
vinda do “descendente" de Adão e Eva cumpre-se através da persistência da
vontade de Deus por meio de vários eventos distintos, mas que por fim redundam
na glória de Deus - a vocação de um caldeu, a salvação de um jovem odiado pelos
irmãos, a liderança de um sobrevivente de infanticídio, uma moabita que se
torna avó de um rei, um povo que sobrevive a um bárbaro período de escravidão,
etc. Como bem afirma o apóstolo, apesar de nossos erros. Deus afetuosamente age
em nosso favor fazendo com que os acontecimentos cooperem, para o bem daqueles
que o amam (Rm 8.28).
II - AS
PROFECIAS MESSIÂNICAS NO ANTIGO TESTAMENTO
1.
O que são profecias messiânicas?
A
Bíblia está repleta de profecias, isto é, de discurso sobrenaturalmente
orientados que proclamam a vontade de Deus. Dentre as várias profecias
registradas no Antigo Testamento existe um conjunto especifico de textos que a
teologia cristã tradicionalmente identificou como profecias messiânicas. Esta
coleção de texto está relacionada ao anúncio profético do advento, ministério e
reinado do Messias. O papel que a figura do Messias representa no Antigo
Testamento, levando em consideração apenas um contexto imediato, é diferente
daquele que ele assume com Jesus no Novo Testamento A comunidade judaica
esperava um líder político, um representante que Lutasse pelo reestabelecimento
da autonomia administrativa de Judá, garantindo assim, por consequência, a
restauração dos espaços de culto públicos - em especial o Templo. Por isso, em
muitos casos, na perspectiva do povo judeu, os textos designados como
profético-messiânicos não apontavam para um Salvador, e sim, um rei ou líder
histórico. A partir da manifestação de Jesus, o Cristianismo realizou uma
releitura dos textos do Antigo Testamento, reconhecendo seu cumprimento através
de alguns personagens históricos, mas atribuindo-o um caráter profético
plenamente estabelecido apenas em Jesus.
2.
Análise de algumas profecias messiânicas.
O
Antigo Testamento apresenta através de profecias a imagem do Messias sob várias
facetas: o Messias-rei, Messias-sacerdote e Messias-profeta. Por meio de cada
um destes aspectos referentes ao Messias aspira-se anunciar ao povo a promessa
de restauração de elementos específicos que em determinado contexto foram
perdidos, tais como, emancipação política, reforma religiosa, renovação moral.
Assim, enquanto os judeus liam/Leem as profecias na expectativa de resoluções
de problemas circunstanciais referentes a cenários imediatos e limitados. nós
cristãos as lemos como anúncios de respostas a problemas globais. Por exemplo,
Isaías 9.6.7 ou Miqueias 5.2 são profecias que para os judeus apontam para reis
específicos, neste caso provavelmente Ezequias. que subiriam ao trono para
solucionarem problemas particulares de determinado tempo. Já para o
Cristianismo tais textos apontam, inclusive com riqueza de detalhes, para a
pessoa bendita de Jesus (Mt 2.4-6). aquEle em quem cumpre-se o profeticamente
anunciado, cujas repercussões não se limitam a um tempo ou a um povo, e sim.
expandem-se à eternidade e abarcam a humanidade (Hb 721-25; 1 Jo 2.2).
3.
A importância das profecias messiânicas para nós.
Existem
textos profético-messiânicos. como por exemplo: Gn 49.10; Dt 18.15-18; Is 7.14;
42.1-7; Dn 7.13.14; Zc 9.9. Para nós. cristãos, a relevância das profecias
messiânicas e seu estudo estão na sua dupla natureza, isto é, no fato de
através delas podermos atestar o cuidado eterno de Deus por nós e de termos tal
conhecimento de modo antecipado. O Senhor do universo não age por meio de
improvisos. Seu plano para restaurar sua perfeita comunhão com a humanidade
desenrola-se de maneira progressiva sobre a terra. O entendimento pleno das
razões pelas quais tudo que se refere à salvação da humanidade está sendo feito
em milênios e não em dias, transcende nossa limitada mente humana, todavia,
podemos descansar em paz ao saber que o personagem principal e o final do
enredo sobre a epopeia humana rumo à comunhão eterna nós já temos acesso: Jesus
de Nazaré é o Cristo, e nós - os que amamos sua vinda - seremos salvos por sua
graça. Desta forma a vida ganha pleno sentido, as dificuldades e decepções são
superáveis em virtude da conclusão gloriosa a que chegaremos, e a certeza plena
de vitória torna-se uma questão de tempo.
Ill - O
CUMPRIMENTO DA PROMESSA
1.
Tudo como o Antigo Testamento previu.
O
nascimento de Jesus é um dos eventos mais extraordinários da história humana -
estando em relação direta com a morte, ressurreição e a segunda vinda do
Mestre. E para que a onisciência de Deus fosse mais uma vez atestada, assim
como a inspiração e infalibilidade das Escrituras, cada acontecimento que
envolveu o nascimento de Jesus ocorreu de modo exato como os profetas haviam
anunciado antecipadamente. Ele é gerado por Deus no ventre de uma jovem mulher
que ainda é virgem (Lc 1.34,35).
Muito
do debate que se faz sobre esse evento, o nascimento de Jesus, afasta-se de uma
das questões centrais: o salvador vivenciou a humanidade de modo pleno, de sua
gestação até a morte, sem privilégios ou favores. Jesus não esteve apenas entre
nós; Ele também foi um como nós e por isso podemos ser um com Ele, e Ele, um
conosco. Seus pais, descendentes da linhagem de Davi (Jr 23.5.6; Lc 2.4). são
de Nazaré, por isso Ele será Nazareno (Mt 2.23). Contudo, Ele era o legitimo
herdeiro do trono de Davi (Lc 13. 2, 33). Ele nasce em Belém, em virtude de uma
convocação imperial para um recenseamento (Lc 2.1-7), mas também para que se
cumprisse aquilo que foi profeticamente anunciado (Mq 5.2; Mt 2.5.6).
2.
Jesus, o evento.
A
concepção do Salvador é mais que um simples acontecimento na biografia de
Jesus; é na verdade o despertar do ápice da história humana (GI 4.4; Ef 1.10).
Para a manjedoura em Belém conflui todo o esforço dos patriarcas, profetas e
santos do Antigo Testamento (Jo 1.45). e do mesmo lugar daquela estrebaria flui
todo o significado da obra dos apóstolos, discípulos e da Igreja do Senhor
Jesus até os nossos dias (Rm 11.36; Hb 2.10). Jesus é a razão de ser de todo a
história.
3.
Nós e Jesus.
O
nascimento de Jesus foi resultado de um ato amoroso do Redentor em nosso favor.
Para a concretização deste acontecimento duas pessoas foram fundamentais: Maria
e José. Você já imaginou o tamanho do desafio que ambos assumiram para que o
plano de Deus fosse executado? Não há na narrativa bíblica o registro de
qualquer tipo de constrangimento ou imposição divina. O casal assumiu todo ônus
e bônus daquela situação. Maria poderia ter sido abandonada por José - ainda
que as intenções dele fossem das melhores ao fazer isso - como este bem
intentou (Mt 1.19). Comunitariamente eles poderiam ter tido muitos problemas,
uma vez que o casamento deles ainda não havia acontecido e ela estava grávida.
Mas mesmo assim, depois das revelações divinas esclarecerem a cada um deles a
vontade do Altíssimo (Lc 1.26-38). o casal segue em frente, realizando a parte
que lhes cabia no projeto divino.
O
SUBSÍDIO
CONCLUSÃO
A
pessoa bendita de Jesus de Nazaré será o objeto de nossa reflexão durante todo
este novo trimestre, por isso, realizar uma leitura das Sagradas Escrituras a
partir da ótica da obra da salvação pode conceder-nos uma maneira rica de novos
significados - de conhecer o plano de Deus ao longo da história.
HORA DA
REVISÃO
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1.
De que modo os eventos narrados em Gênesis 3 influenciaram a história da
humanidade?
Desde
Gênesis 3 o Criador protagoniza meios para conceder a nós a restauração da
comunhão originária que possuíamos com Ele.
2.
Explique o que são as chamadas profecias messiânicas.
É
a coleção de textos do Antigo Testamento que está relacionada ao anúncio
profético do advento, ministério e reinado do Messias.
3.
Existe alguma diferença entre o modo de judeus e cristãos compreenderem as
profecias messiânicas?
Justifique
sua resposta.
Sim.
Por que, em muitos casos, na perspectiva do povo judeu, os textos designados
como profético-messiânicos não apontavam para um Salvador, e sim, um rei ou líder
histórico.
4.
Apresente pelo menos três profecias anunciadas no Antigo Testamento que se
cumpriram de modo pleno na pessoa de Jesus de Nazaré.
PESSOAL.
Alguns textos do Antigo Testamento que encontram seu cumprimento em Jesus: Gn
49.10; Dt 18.15-18; Is 7.14; 42.1-7; 49.1-7; 52.13-53; 12; Dn 7.13,14; Zc 9.9.
5.
Quem é Jesus para você? Qual a importância dELe em sua vida?
PESSOAL
Espera-se que o educando seja capaz de ressaltar o aspecto da obra salvífica de
Jesus em seu favor.
ATENÇÃO!
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