TEXTO
ÁUREO
“Os céus são os céus do
SENHOR; mas a terra, deu-a ele aos filhos dos homens.” (Sl 115.16)
VERDADE
PRÁTICA
O salvo em Cristo deve ter uma
consciência bíblica de sua responsabilidade com o meio ambiente.
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE
Gênesis
1.26-30
26 - E disse Deus: Façamos o
homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do
mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre
todo réptil que se move sobre a terra.
27 - E criou Deus o homem à
sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou.
28 - E Deus os abençoou e Deus
lhes disse: Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e
dominai sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal
que se move sobre a terra.
29 - E disse Deus: Eis que vos
tenho dado toda erva que dá semente e que está sobre a face de toda a terra e
toda árvore em que há fruto de árvore que dá semente; ser-vos-ão para
mantimento.
30 - E a todo animal da terra,
e a toda ave dos céus, e a todo réptil da terra, em que há alma vivente, toda a
erva verde lhes será para mantimento. E assim foi.
OBJETIVO
GERAL
Pontuar que o salvo em Cristo
deve ter uma consciência bíblica de sua responsabilidade com o meio ambiente.
HINOS
SUGERIDOS: 204, 207, 213 da Harpa Cristã
OBJETIVOS
ESPECÍFICOS
Abaixo,
os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada
tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos
subtópicos.
I-
Destacar que o homem foi criado para ser mordomo de Deus;
II
- Mostrar como Deus concedeu a Terra aos homens;
III
- Apresentar o homem e sua relação com a Terra.
INTERAGINDO
COM O PROFESSOR
O homem foi
preparado para ser o mordomo de Deus no planeta Terra. Foi para plantar,
cultivar, constituir famílias, sociedade e construir empreendimentos,
preservando os recursos naturais que Deus concedeu legitimidade ao homem para
cuidar da Terra.
É preciso
desenvolver a nossa consciência bíblica acerca dessa responsabilidade com a Terra.
Não podemos contribuir para poluí-la, degradá-la e arruiná-la. O nosso Deus nos
deu o privilégio de zelar pela Terra, o lar de todos nós.
ÁUDIO LIÇÃO
INTRODUÇÃO
Nesta lição, estudaremos a
vocação do ser humano para ser o mordomo de Deus na Terra. Veremos que Deus
entregou este planeta aos nossos cuidados. Por isso, faremos uma reflexão
bíblica sobre a responsabilidade humana com o ambiente natural. Concluindo, perceberemos
que há promessas bíblicas para a restauração da Terra. Nosso Senhor há de
restaurá-la plenamente.
PONTO
CENTRAL
É preciso ter consciência
bíblica de nossa responsabilidade com o meio ambiente.
I – O
HOMEM FOI CRIADO PARA SER MORDOMO DE DEUS
1. O mordomo da Terra.
Deus chamou o homem para ser o
mordomo (gr. oikonomos) da Criação. Pela fé, entendemos que ela é obra de Deus,
e não o resultado de um processo evolutivo “planejado” pelo acaso. Não há
lógica em dizer que um sistema tão complexo como o da Criação tenha sido fruto
de algo aleatório. A Bíblia afirma que Deus criou o Universo, fazendo-o surgir
a partir de sua palavra (Hb 11.3). Por isso, o Criador é digno de receber toda
a glória, toda a honra e todo o poder pela obra de suas mãos (Ap 4.11).
2. A terra habitável.
Deus fez a Terra para que os
seres humanos a habitassem. O homem foi autorizado por Deus a desfrutar da
plenitude da Terra, e para desta sustentar-se, conforme diz a Bíblia: “Porque
assim diz o Senhor que tem criado os céus, o Deus que formou a terra e a fez;
ele a estabeleceu, não a criou vazia, mas a formou para que fosse habitada: Eu
sou o Senhor, e não há outro” (Is 45.18).
SÍNTESE
DO TÓPICO I
O homem foi criado para ser um
mordomo de Deus na Terra.
SUBSÍDIO
DIDÁTICO-PEDAGÓGICO
Faça uma
pesquisa sobre os rios, lagos ou lagoas próximos de sua localidade. Procure
conhecer como eles eram há 20, 30 ou 50 anos, e como são hoje. Munido dessas
informações, faça uma reflexão com os alunos a partir de sua pesquisa. Inicie a
aula perguntando como era os rios da redondeza na época dos pais e avós deles.
Leve-os a refletir sobre o que levou aos rios de ontem estarem poluídos hoje.
Mostre que, à luz da Bíblia, e da lição estudada, essa não é a vontade de Deus.
Afirme que é possível um país se desenvolver, e ao mesmo o tempo, preservar
seus recursos naturais.
II –
DEUS CONCEDEU A TERRA AOS HOMENS
As Escrituras declaram que a
Terra é de Deus, e que Ele a confiou aos homens (Sl 115.16; cf. Dt 10.14). O
que o Criador espera de nós é o zelo, o cuidado e a sabedoria para exercer a
nossa mordomia sobre a Terra. Nesse sentido, espera-se que os crentes, em
Jesus, sejam o exemplo na relação com o meio ambiente. Não podemos contaminar
os recursos naturais; precisamos evitar os desperdícios e o uso irracional da
água.
2. A natureza – uma dádiva da
graça de Deus.
A natureza é um presente de
Deus ao ser humano, pois é Ele “quem dá a todos a vida, a respiração e todas as
coisas” (At 17.25). Por meio dela, Deus nos garante o ar, a água, o sol, a
chuva, a germinação das plantas, o fruto e os alimentos necessários à nossa
subsistência.
Sem a natureza, não haveria
vida. Tudo isso são dádivas naturais, fruto da graça de Deus, conforme nos
revela o Evangelho: “porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons e a
chuva desça sobre justos e injustos” (Mt 5.45). Por isso, quando fizermos
alguma refeição, agradeçamos a bondade de Deus, e reconheçamos a sua provisão
(Sl 65.8-13).
3. A missão de governar a
Terra.
Deus governa o cosmos. Assim
como todos os planetas, estrelas e outros corpos celestes, a Terra pertence a
Deus. Primeiramente, por direito de criação. Diz o Gênesis: “No princípio criou
Deus o céu e a terra” (Gn 1.1). Em segundo lugar, por direito de preservação. Deus
preserva todos os aspectos da natureza: “Envias o teu Espírito, e são criados,
e assim renovas a face da terra” (Sl 104.30; 65.9-13). Portanto, cuidemos com
zelo do ambiente natural (Gn 1.26).
SÍNTESE
DO TÓPICO II
A Terra é do Senhor, a
natureza é uma dádiva divina e, por isso, o homem deve cuidar da Terra.
SUBSÍDIO
TEOLÓGICO
“Ao refletir
sobre o momento em que o propósito de Deus para a criação será cumprido, Paulo
escreve: “Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente
não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada” (Rm 8.18).
Paulo, então, revela que toda a criação está gemendo, em ardente expectativa
por esse momento (8.19-22). Assim também os crentes, apesar das bênçãos que têm
recebido. Eles igualmente gemem, esperando a redenção do corpo (8.23-25). Nesse
ínterim, porém, ‘sabemos que todas as coisas contribuem para o bem daqueles que
amam a Deus, daqueles que são chamados por seu decreto’ (Rm 8.28). O fato de
possuírem os seres humanos a capacidade de amar a Deus pressupõe que a
humanidade foi dotada com o livre-arbítrio na criação.
Posto que a
totalidade da criação aponta para o propósito salvífico de Deus, é de esperar
que haja neste propósito provisão suficiente para toda a humanidade, inclusive
uma chamada universal à salvação. Os propósitos salvíficos de Deus também
resultaram na criação de uma criatura com livre-arbítrio” (HORTON, Stanley M.
(Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD,
1996, p.229).
III –
O HOMEM E SUA RELAÇÃO COM A TERRA
1. A Terra antes do homem.
O livro de Gênesis assim descreve
a situação do reino vegetal, no Éden, antes da criação do homem: “Toda planta
do campo ainda não estava na terra, e toda erva do campo ainda não brotava;
porque ainda o SENHOR Deus não tinha feito chover sobre a terra, e não havia
homem para lavrar a terra. Um vapor, porém, subia da terra e regava toda a face
da terra.” (Gn 2.5,6). O ser humano, por conseguinte, era, e continua a ser,
indispensável ao cultivo, à guarda e à preservação do planeta. Essa é a nossa
missão.
2. A Terra depois da criação
do homem.
O segundo capítulo de Gênesis
narra a formação do homem e a sua vocação para ser o mordomo do jardim (Gn
2.7,8). Nesse tempo, a ecologia era perfeita. Deus plantou um jardim para
colocar o homem nele. Isso só ocorreu depois que o ambiente natural já estava
pronto para ser habitado.
Muitas foram as árvores que
brotaram, inclusive “a árvore da vida, no meio do jardim, e a árvore da ciência
do bem e do mal” (Gn 2.9). Após a disposição dos ecossistemas, o Criador
entregou ao homem a sua grande missão: “E tomou o Senhor Deus o homem, e o pôs
no jardim do Éden para o lavrar e o guardar” Gn 2.15).
3. A Terra depois da Queda.
O homem desobedeceu a ordem
divina, e comeu do fruto proibido. Por causa dessa desobediência, Deus exerceu
severo juízo sobre ele e sobre a natureza. Diz o Gênesis: “E a Adão disse:
Porquanto deste ouvidos à voz de tua mulher e comeste da árvore de que te
ordenei, dizendo: Não comerás dela, maldita é a terra por causa de ti; com dor
comerás dela todos os dias da tua vida” (Gn 3.17).
Dessa forma, toda a ecologia
do planeta foi prejudicada pela ação pecaminosa do homem (Rm 8.20,21). Por
causa dele, o ambiente natural tornou-se hostil à sobrevivência humana.
SÍNTESE
DO TÓPICO III
A relação do homem com a Terra
se resume em antes e depois de sua criação, e depois da Queda.
SUBSÍDIO
TEOLÓGICO
“Ao refletir
sobre o momento em que o propósito de Deus para a criação será cumprido, Paulo
escreve: “Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente
não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada” (Rm 8.18).
Paulo, então, revela que toda a criação está gemendo, em ardente expectativa
por esse momento (8.19-22). Assim também os crentes, apesar das bênçãos que têm
recebido. Eles igualmente gemem, esperando a redenção do corpo (8.23-25). Nesse
ínterim, porém, ‘sabemos que todas as coisas contribuem para o bem daqueles que
amam a Deus, daqueles que são chamados por seu decreto’ (Rm 8.28). O fato de
possuírem os seres humanos a capacidade de amar a Deus pressupõe que a
humanidade foi dotada com o livre-arbítrio na criação.
Posto que a
totalidade da criação aponta para o propósito salvífico de Deus, é de esperar
que haja neste propósito provisão suficiente para toda a humanidade, inclusive
uma chamada universal à salvação. Os propósitos salvíficos de Deus também
resultaram na criação de uma criatura com livre-arbítrio” (HORTON, Stanley M.
(Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD,
1996, p.229).
IV – A
MORDOMIA DO MEIO AMBIENTE
1. A falha do homem na
mordomia da Terra.
Você já ouviu falar em
“desenvolvimento sustentável”? É a missão de prover o desenvolvimento econômico
e tecnológico sem esgotar os recursos naturais do planeta. Essa não é uma
tarefa fácil, pois o interesse pelas riquezas naturais tem levado o homem a não
se preocupar com a conservação do meio ambiente (1 Tm 6.10).
O objetivo do chamado
desenvolvimento sustentável, além de garantir a preservação ambiental, é
assegurar uma condição digna de vida às gerações futuras. Na maioria dos
países, a exemplo do Brasil, as cidades em geral são ambientes poluidores,
dominados por estruturas corruptas, imoralidade e violência sem controle. Nesse
sentido, as palavras de Jó são reveladoras: “Desde as cidades gemem os homens,
e a alma dos feridos exclama, e contudo Deus lho não imputa como loucura” (Jó
24.12).
Em resumo, os processos de
urbanização e industrialização se tornaram símbolos de poluição e degradação do
meio-ambiente.
2. A degradação da Terra.
O adversário de nossa alma,
Satanás, tem atuado contra o ser humano na Terra (Jó 2.1,2). Ele provoca
tragédias espirituais, morais e físicas contra o homem. Assim, movido por
sentimento de ganância e avidez, ou por não procurar fazer o uso correto dos
recursos naturais, o homem deteriorou o meio ambiente e causou grandes desastres
ambientais. Quantos rios que, outrora limpos e cheios de peixes, são agora
poluídos e impróprios à saúde?!
3. A restauração da Terra.
A Palavra de Deus declara que
“a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por causa do que a
sujeitou, na esperança de que também a mesma criatura será libertada da
servidão da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus” (Rm
8.20,21). Agora, a criação encontra-se sujeita à degradação, aguardando o dia
da sua redenção. O Senhor nosso Deus prometeu, um dia, restaurar plenamente o
nosso planeta (Is cap. 35).
SÍNTESE
DO TÓPICO IV
Num contexto de falha na
mordomia e degradação da Terra, há uma promessa divina de restauração.
SUBSÍDIO
TEOLÓGICO
“Ao refletir
sobre o momento em que o propósito de Deus para a criação será cumprido, Paulo
escreve: “Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente
não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada” (Rm 8.18).
Paulo, então, revela que toda a criação está gemendo, em ardente expectativa
por esse momento (8.19-22). Assim também os crentes, apesar das bênçãos que têm
recebido. Eles igualmente gemem, esperando a redenção do corpo (8.23-25). Nesse
ínterim, porém, ‘sabemos que todas as coisas contribuem para o bem daqueles que
amam a Deus, daqueles que são chamados por seu decreto’ (Rm 8.28). O fato de
possuírem os seres humanos a capacidade de amar a Deus pressupõe que a
humanidade foi dotada com o livre-arbítrio na criação.
Posto que a
totalidade da criação aponta para o propósito salvífico de Deus, é de esperar
que haja neste propósito provisão suficiente para toda a humanidade, inclusive
uma chamada universal à salvação. Os propósitos salvíficos de Deus também
resultaram na criação de uma criatura com livre-arbítrio” (HORTON, Stanley M.
(Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD,
1996, p.229).
CONCLUSÃO
Antes da Queda, o ambiente
natural era perfeito, sem alterações climáticas, sem catástrofes ou fenômenos
que ameaçassem a vida humana. No entanto, depois da desobediência do homem à
voz de Deus, tudo mudou. Houve um prejuízo imenso tanto para o homem quanto
para a Terra. O pecado transtornou a natureza. Mas há promessa de Deus para a
restauração da Terra. Isso ocorrerá quando o Senhor Jesus implantar
pessoalmente o Reino Milenial neste mundo.
PARA
REFLETIR
A
respeito de “A Mordomia do Cuidado com a Terra”, responda:
1) Para quê Deus chamou o
homem?
Deus chamou o homem para ser o
mordomo (gr. Oikonomos) da Criação.
2) Para quê Deus fez a Terra?
Deus fez a Terra para que os
seres humanos a habitasse.
3) Por que a natureza é um
presente de Deus ao ser humano?
A natureza é um presente de
Deus ao ser humano, pois é Ele “quem dá a todos a vida, a respiração e todas as
coisas” (At 17.25).
4) Qual a grande missão que
Deus entregou ao homem?
Deus tomou o homem, “e o pôs
no jardim do Éden para o lavrar e o guardar” (Gn 2.15).
5) O que é o “desenvolvimento
sustentável”?
Desenvolvimento Sustentável é
a difícil missão de prover o desenvolvimento econômico e tecnológico sem
esgotar os recursos naturais.