Editora: CPAD
Revista do Professor
Reverberação: Subsídios EBD
TEXTO BÍBLICO
Daniel 1.1-21
Destaque
"Daniel
resolveu que não iria ficar impuro por comer a comida e beber o vinho que o rei
dava" (Dn 1.8a).
LEITURA DEVOCIONAL
SEG. Tt
1.15
TER. Dn
2.20
QUA. Dn
2.36
QUI. Dn
6.10
SEX. Dn
11.2
SÁB. Dn
10.19
DOM. Dn
2.22
Objetivos
Fazer com que o
aluno decida por agradar ao Senhor em todo tempo;
Criar a consciência para o aluno fazer diferença e destacar-se
entre os homens para a glória de Deus;
Conscientizá-los a não contaminar-se com as concupiscências do
mundo.
Material
Didático
Faça uso da lousa à medida em que for necessário
durante a aula.
Exponha
ideias, anotações e ilustrações que contribuam
com a aula.
Quebrando
a Rotina
Que tal propor uma disciplina alimentar aos adolescentes?
Inspirado a lição, promova entre eles
um' desafio de fazer o dia de dieta saudável. Estimule-os a comerem verduras,
legumes, frutas e a beberem suco natural. Incentive-os também a separarem ao
menos três períodos de oração ao longo do dia. Semelhante ao que fazia Daniel e
seus companheiros.
Na aula seguinte, peça
para eles testemunharem sobre como foi a experiência. Enfatize que eles deverão
fazer um propósito com Deus de não ficarem somente naquela experiência. É importante
para os adolescentes buscarem intimidade e consagração a Deus em prol do
fortalecimento da vida espiritual e adequarem-se a uma alimentação saudável.
Vamos experimentar?
ESTUDANDO A BÍBLIA
Fidelidade a Deus não
é algo que se faz a fim de parecer a sociedade o quanto somos bons, e nem a
propósito de se arrancar elogios alheios. Todavia, os fariseus no tempo de
Cristo agiam dessa forma, pois eram hipócritas. Fidelidade a Deus é algo
simples, que se faz como ato de adoração e agradecimento, temor e respeito,
amor e devoção ao nosso Pai Eterno. É demonstrar com atitudes, pensamentos e
sentimentos o quanto que você está disposto a andar com Ele e que não importa o
preço que se tenha de pagar por isso.
Caro professor, seus
alunos estão olhando para você a todo o momento. Adolescentes são observadores
e críticos, pois eles buscam em você um referencial espiritual. Portanto, seja
fiel a Deus em todas as coisas, e, certamente, quando ministrar aos seus
alunos, eles acreditarão em cada um de seus ensinamentos. Você é um exemplo!
Daniel foi um jovem
diferente que viveu em uma época muito difícil da história de Israel. Vamos
aprender com ele como é possível ser cristão em meio a tanta idolatria e
imoralidade. Embora vivamos em numa sociedade corrupta, é possível não se contaminar
com as coisas mundanas que desagradam a Deus e ter uma vida dedicada a Ele.
LEVADO PARA
UM REINO ESTRANGEIRO
A história conta que
Israel passou por um período muito difícil de cativeiro em uma terra
estrangeira por setenta anos. Muitos judeus viviam exilados e separados da
família.
As Escrituras nos relatam
que os caldeus sitiaram Jerusalém (Dn 1.1,2), e o rei Nabucodonosor ordenou que
trouxessem jovens judeus para viver no palácio real. Somente seriam escolhidos
"jovens especiais", a fim de aprenderem as letras e a língua dos
caldeus: "Todos eles deviam ter boa aparência e não ter nenhum defeito
físico; deviam ser inteligentes, instruídos e capazes de servir no palácio
[...]" (Dn 1.4).
Assim, alguns dos
filhos de Judá, Daniel, Hananias, Misael e Azarias faziam parte dos que se
destacaram e foram levados, juntamente com outros jovens, para a corte caldeia.
Provavelmente, esses jovens sentiram medo e, talvez, aperto no coração. Afinal,
a partir de agora viveriam longe de seu povo, naquele palácio repleto de
costumes pagãos.
O chefe que tomava
conta desses jovens trocou os seus nomes. O jovem Daniel passou a chamar-se
Beltessazar; Hananias agora seria Sadraque; Misael, Mesaque; Azarias,
Abede-Nego (Dn 1.7).
Assim
como Daniel e seus amigos, nós também vivemos hoje em um mundo estrangeiro que
é um verdadeiro "exílio". Chegará um dia em que iremos para nossa
morada eterna, a Nova Jerusalém Celestial.
AUXÍLIO
TEOLÓGICO
Curiosidade histórica:
O Império babilónico começou a crescer tão
rapidamente que não dispunha de número suficiente de babilónios cultos, para a
cúpula governamental. Por isso, Nabucodonosor levou para Babilónia, jovens
saudáveis de boa aparência e de alto nível cultural a fim de ensinar-lhes a
cultura e a língua dos caldeus e, assim, torná-los úteis no serviço real. Entre
eles estavam Daniel e seus três amigos" (Bíblia de Estudo Pentecostal.
CPAD, 1995, p.1244-Nota).
NÃO SE
CONTAMINOU
Dos quatro jovens,
Daniel foi o que mais se destacou, pois tinha algo diferente da parte do
Senhor. Aliás, nenhum deles deixou de confiar e servir ao Deus único, mesmo
vivendo em meio ao paganismo.
O rei determinou que os
jovens fossem alimentados com a porção de seu manjar e com vinho (Dn 1.5).
Porém, Daniel decidiu em seu coração não se contaminar com essas iguarias e
propôs ao chefe dos eunucos uma alimentação diferente para ele e seus amigos
por um período de dez dias, contendo somente legumes e água (Dn 1.12).
Portanto, Daniel certamente sabia que esses alimentos, e o vinho, eram antes
oferecidos aos ídolos.
Os jovens deveriam se
alimentar do manjar do rei durante o curso intensivo de três anos e deveriam
estar saudáveis para comparecerem diante da presença do rei. Por esta causa, o
chefe dos eunucos temeu a proposta de Daniel, pois sendo uma alimentação mais
leve, os jovens ficariam com a aparência debilitada (Dn 1.10). Todavia, ao
final da experiência de dez dias, Daniel e seus amigos estavam mais saudáveis
do que todos os demais jovens da corte do rei (Dn 1.15).
Os adolescentes que
não servem a Cristo comem naturalmente alimentos que são oferecidos a deuses em
festas pagãs. E vivem neste mundo, onde bebem para se divertir, pois pensam que
beber é sinónimo de diversão!
No entanto, os que não
se contaminam com o "manjar do rei" possuem uma aparência melhor. Não
se envolvem em brigas, não sentem a ressaca da bebida no dia seguinte, ou seja,
a aparência é sempre de vida em Cristo! Deus se agrada dos que não se contaminam
com as coisas deste mundo. Ele age conosco da mesma forma que agiu com os
quatro jovens.
AUXÍLIO
TEOLÓGICO
Fidelidade
a Deus
A fidelidade de Daniel é vista claramente,
por intermédio do seu propósito de não se contaminar com as iguarias do império
babilônico.
O ambiente moral de Babilônia era totalmente
pagão. Bem sabemos que o ensino que transmitiam a Daniel e aos seus amigos, em Babilônia,
geralmente contradizia os retos ensinos da Lei de Deus. O mesmo alimento e
vinho, servidos ao rei Nabucodonosor também eram servidos a eles — alimento e
vinho que, por certo, eram dedicados a ídolos. Comer tal alimento era, para
eles, desobediência à Lei de Deus; beber tal vinho significava entorpecer suas
mentes.
1.
Daniel resolveu desde o início não se contaminar.
Não abriria mão de suas convicções, mesmo se
tivesse que pagar com a vida por isso. Note-se que Daniel não tinha agora a
presença dos seus pais para orientá-lo nas suas decisões; mas seu amor a Deus e
à sua lei, achavam-se de tal modo arraigados nele desde a infância, que ele
somente desejava servir ao Senhor de todo o coração (ver Dt 6.7).
2.
Aqueles que resolvem permanecer fiéis a Deus, enfrentando a tentação, receberão
foiças para permanecerem firmes por amor. Por outro lado, aqueles que antes não
tomam a decisão de permanecer fiéis a Deus e à sua Palavra, terão dificuldades
para resistir ao pecado ou evitar confrontar-se com os caminhos do mundo (BEP –
CPAD).
SE
DESTACANDO ENTRE OS SÁBIOS
Daniel
e seus amigos cresciam na graça de Deus
e eram jovens sábios e inteligentes. Deus honrou o sacrifício deles e os
destacou dentre todos os nobres. Deus deu-lhe conhecimento, inteligência em
todas os letras e sabedoria (Dn 1.17). Quando chegou o tempo de se apresentarem
diante do rei Nabucodonosor, mais uma vez se destacaram e o rei encantou-se com
a virtude destes jovens (Dn 1.20). O Senhor honrou aos seus filhos que não
deixaram de temer o seu nome e de servi-lo como único Deus.
O Senhor ainda age
dessa forma, pois há muitos jovens e adolescentes dispostos a não abandonar a
fé, e a não se contaminar com o mundo. Para esses jovens, que se dedicam ao
Senhor e se preparam, Deus tem honra, sabedoria e inteligência a fim de
destacá-los nas melhores posições de nossa sociedade.
AUXÍLIO
DIDÁTICO
Professor, compartilhe com seus alunos que a
sociedade atual tem ensinado predominantemente, valores totalmente contrários à
Palavra de Deus. Seja na escola, ou mesmo entre os amigos, muitos veem o pecado
como algo natural a ser praticado; é o famoso "não tem nada a ver".
Ensine-os que, como cristãos, devemos guardar os ensinamentos da Palavra de
Deus e não cedermos às tentações e conselhos que o mundo propaga que são
contrários à vontade de Deus. "Pois o Senhor olha com atenção as pessoas
honestas e ouve os seus pedidos, porém é contra os que fazem o mal" (1 Pe
3.12).
FIDELIDADE A
DEUS SEMPRE
O
segredo de Daniel era sua fidelidade ao Senhor. A Bíblia nos mostra que Daniel
se destacava no palácio. Era honrado, respeitado, mas em nenhum momento deixou
de ser grato a Deus por tudo o que se tornara. Ele interpretou sonhos e visões.
Foi um profeta e também exaltado como governador de todas as províncias da
Babilônia (Dn 2.48).
Também
foi príncipe no reinado de Dario (Dn 6.2). Ele não abandonou a Deus, mesmo
quando tinha cargos elevados no palácio real. E nunca deixou os costumes
judaicos, pois orava três vezes ao dia (Dn 6.10), mesmo que, em razão disso,
viesse a ser lançado na cova dos leões (Dn 6.16). Contudo, Deus sempre o
livrava das mãos de seus inimigos. Daniel foi fiel e Deus o honrou, tornando-o
um dos mais sábios de seu tempo.
AUXÍLIO
DIDÁTICO
Conduta cristã exemplar
A Palavra de Deus preceitua: 'Sê o exemplo
dos fiéis, na palavra, no trato, na caridade, no espírito, na fé, na pureza' (1Tm
4.12). O professor de crianças e adolescentes tem esta grande responsabilidade.
A criança é sensível e imitadora por natureza. Portanto, é necessário que o
professor tenha capacidade de praticar tudo aquilo que ensina. Seus atos, suas
reações, suas palavras devem corresponder aos seus ensinamentos. Seus hábitos,
costumes, sua conduta diária em casa, no trabalho, na vizinhança, precisam ser
irrepreensíveis. O apóstolo Paulo adverte-nos: 'Tu, pois, que ensinas a ti
mesmo?' (Rm 2.21).
O mestre precisa ser o exemplo em todas as
suas relações com a igreja, pois, tendo consciência ou não, o educador sempre
influencia seus alunos. Esta influência, dependendo da postura espiritual do
professor, será positiva ou negativa. Por isso, deve o professor ser correto em
todas as suas atitudes, na igreja e fora dela. Há um ditado popular que ilustra
perfeitamente a necessidade de sermos o exemplo: 'O que fazes fala tão alto que
não posso ouvir o que ensinas'.
Amar os alunos
Para realmente amar as crianças e os
adolescentes é preciso compreendê-los, conhecer seus interesses, urgências e
expectativas. £ mais, é necessário pedir a Deus, fonte de todo amor que encha
nosso coração de ternura real por cada um deles. Amor que se manifesta pelo
desempenho, pelo desejo de estudar e melhor preparar-se para satisfazer suas
necessidades. Amor traduzido em verdadeira amizade que se faz sentir na
convivência silenciosa entre pessoas absorvidas no mesmo problema, que se
expressa na alegria mútua causada pelas pequenas coisas. A criança e o
adolescente precisam do amor que compreende, tolera, suporta. Amor que enxerga
além das vestes, das condições sociais e das falhas, as potencialidades e
oportunidades de desenvolvimento. Amor que não mede sacrifícios para
proporcionar-lhes as condições para um crescimento perfeito, de maneira que
venha a ser um cristão autêntico, um indivíduo realizado, uma bênção para a
igreja e sociedade" (Recursos Didáticos para Escola Dominical. CPAD, 2003,
p.28).
Conclusão
Que
possamos almejar ser como Daniel e seus amigos! Que desejemos uma vida
diferente, de modo que o mundo veja Cristo em nós. O brilho de Cristo venha
resplandecer em nossa face. Que possamos frutificar e ter uma vida honrada e
sabia sem misturar-nos com a pecaminosidade do mundo. Que façamos a diferença
por meio da graça de Deus.
RECAPITULANDO
Daniel
e seus amigos nos deram um grande exemplo de fidelidade a Deus em tudo quanto
faziam. Eles não temiam o rei, porém, tinham o devido respeito. Não tinham medo
de seus chefes, nem de suas regras ou de seus deuses pagãos, mas permaneceram
fieis até o fim. Esses jovens não se contaminaram com os manjares da corte do
rei Nabucodonosor, que, provavelmente, deveriam ser alimentos e pratos dos mais
saborosos da época e vinhos da mais alta qualidade. Entretanto, Daniel escolheu
não se contaminar com tudo aquilo a fim de agradar a Deus. Ele sabia que todos
aqueles alimentos eram oferecidos aos ídolos babilónicos.
A Bíblia nos relata
que havia um espírito excelente na vida de Daniel (Dn 6.3). Ele tinha uma vida
reta e de muita oração. Era fiel e, por isso, o Senhor o abençoava de tantas
formas.
Viveu
por muitos anos na corte da Babilônia e esteve na presença de vários reis e
governantes. No entanto, ainda adolescente, decidiu fazer a diferença. Poderia
aproveitar sua juventude nos deleites da corte babilônica, mas decidiu
consagrar-se para Deus como um adolescente fiel. Com isso, se tornou um adulto honrado
e muito sábio, a quem Deus usou grandiosamente a fim de cumprir os seus
propósitos.
Refletindo
1.
Por que devemos fazer a diferença no mundo?
O professor deve conduzir o aluno para que ele chegue à conclusão de
que fomos chamados para sermos sal da terra e luz do mundo (Mt 5.13,14).
2.
Como ser bem sucedido e não negar a fé?
Honrando, amando, temendo e obedecendo em tudo.
3.
Você descobriu qual é o propósito de Deus para a sua vida?
Resposta pessoal.