Lição 4 - A Função Social dos Sacerdotes (Subsídio) - Subsídios Dominical

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Lição 4 - A Função Social dos Sacerdotes (Subsídio)

Por Ev. Jair Alves
Subsídio para a classe de Adultos | 3°Trimestre de 2018
Apresentação
Veremos que as funções dos sacerdotes iam além da liturgia e, envolvia as áreas médica, sanitária e até jurídica. Mostrando com isto que os sacerdotes tinham, além da honra e do privilégio de servir ao Deus Vivo, as responsabilidades e as muitas exigências a serem cumpridas. Na lição três desses subsídios, falamos sobre algumas das funções do “Sumo sacerdote”. Agora falaremos acerca das funções dos “sacerdotes”.

I – FUNÇÕES CLÍNICAS DOS SACERDOTES

1. Em relação à lepra
Deus nomeou os sacerdotes para a examinarem e determinarem se a vítima estava "imunda" e, portanto, se devia ser separada do restante do acampamento.
A pessoa a ser examinada podia ser isolada por até três semanas para dar à doença a chance de desenvolver-se ou de retroceder. Dentre os sintomas, podia haver inchaço com urticária[1] (Lv 13.1-8); inchaço, brancura e carne viva (vv. 9-1 7); úlceras (vv. 18-23); queimadura (vv. 24-28) e diversas erupções cutâneas (vv. 29-44). Nem tudo o que se parecia com lepra na verdade era lepra, e seria cruel isolar alguém que não estava, de fato, infectado.

*     Os procedimentos clínicos (Lv 13)

ü  Se o sacerdote diagnostica prontamente que o caso é lepra, o indivíduo é de imediato declarado imundo (3).
ü  Se o sacerdote tem dúvidas, ele ordena o isolamento do enfermo por sete dias (4).
ü  Se a praga não se espalhou nos sete dias, ele determinava a manutenção do isolamento por mais sete dias (5).
ü  Se a doença não se espalhou, o sacerdote o declarará limpo. O homem lavará as suas vestes e será limpo (6).
ü  Se a mancha na pele se espalhar, o sacerdote o declarará leproso (7,8).
ü  Se houver na pele um tumor branco, e os pelos do lugar estiverem brancos também, e houver uma ferida aberta no lugar, então era um caso crônico de doença contagiosa (10,11)
ü  Tornando a carne viva e mudando-se em branca, ou se a ferida se tornou branca, será declarado limpo (16,17).

a) O leproso era isolado (Lv 13.46)
Ele devia rasgar as roupas, cobrir o lábio superior ("bigode"), gritar "Imundo, imundo!" sempre que alguém se aproximasse dele e permanecer fora do acampamento até que morresse ou fosse curado.
Deus feriu o rei Azarias (Uzias) com lepra, e ele teve de habitar "numa casa separada", literalmente, uma "casa desocupada" isolada de todo o resto do povo (2 Rs 15.5). Foi lançado aos mortos!

b) A gravidade da lepra
A verdadeira lepra ("hanseníase") afeta a pele e as terminações nervosas. À medida que se espalha, produz nódulos e úlceras. Em seguida, o tecido se contrai e os membros ficam deformados. O que começa com uma ferida espalha-se e transforma todo o corpo numa massa de decomposição e de feiura.

c) Sintomas
Os sinais e sintomas mais frequentes da hanseníase são:
ü  Manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas, em qualquer parte do corpo, com perda ou alteração de sensibilidade térmica (ao calor e frio), tátil (ao tato) e à dor, que podem estar principalmente nas extremidades das mãos e dos pés, na face, nas orelhas, no tronco, nas nádegas e nas pernas;
ü  Área de pele seca e com falta de suor, com queda de pelos, especialmente nas sobrancelhas; sensação de formigamento;
ü  Dor e sensação de choque, fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos dos braços e das pernas, inchaço de mãos e pés; diminuição da força dos músculos das mãos, pés e face devido à inflamação de nervos, que nesses casos podem estar engrossados e doloridos;
ü  Úlceras de pernas e pés; caroços (nódulos) no corpo, em alguns casos avermelhados e dolorosos; febre, edemas e dor nas juntas; entupimento, sangramento, ferida e ressecamento do nariz; ressecamento nos olhos. [2]
Os israelitas não conheciam a cura para a lepra. Assim, se a vítima era curada, tratava-se de uma dádiva da graça e misericórdia de Deus. "Havia muitos leprosos em Israel nos dias do profeta Eliseu", disse Jesus, "e nenhum deles foi purificado, senão Naamã, o sírio" (Lc 4.27). "Ao Senhor pertence a salvação!" (Jn 2.9). Se não somos salvos pela graça de Deus, então não temos salvação, pois ninguém merece ser salvo.

2. Fluxos anormais e normais (Lv 15.1-15, ARC)
A palavra-chave do capítulo 15 de Levítico é "fluxo" e aparece vinte e três vezes. Significa, simplesmente, a eliminação de um líquido, quer seja da água na natureza ou de um fluido do corpo humano.

a) Fluxos masculinos anormais (vv. 1-15).
Podia ser qualquer coisa, desde diarreia até doenças venéreas, como gonorreia [3]. Qualquer coisa que o homem acometido desse mal tocasse ou sobre a qual cuspisse seria imunda. Além do mais, aqueles que fossem contaminados ao tocar nele deviam lavar a si mesmos e suas roupas e eram considerados imundos até o pôr-do-sol. Os vasos de barro que tocasse deviam ser quebrados, e os de madeira, lavados. A possibilidade de infecção era levada extremamente a sério.

*    APÓS A CURA
Pela bondade do Senhor, o homem com esse fluxo podia ser curado. Quando isso acontecia, deveria esperar uma semana e, como o leproso purificado, deveria lavar a si mesmo e suas roupas. No oitavo dia, ofereceria um sacrifício pelos pecados e um holocausto, mas não precisava levar sacrifícios caros, uma vez que um fluxo corporal não era tão grave quanto um caso de lepra.
Depois disso, o homem estava livre para adorar ao Senhor e viver normalmente no acampamento.

b) Fluxos masculinos normais (vv. 16-78).
Nessa passagem, Moisés está tratando da imundícia cerimonial e não moral. Uma vez que a relação sexual envolve fluidos corporais e que estes tornam uma pessoa imunda, o marido e a esposa deveriam tomar cuidado para lavar-se e manter a pureza cerimonial.
Não era necessário realizar qualquer sacrifício para a purificação do casal, apenas a lavagem com água. Assim, nenhum pecado precisava ser expiado.

c) Fluxos femininos normais (vv. 19-24).
Deus não está condenando nem castigando a mulher por ter seu fluxo menstruai normal, pois foi ele quem a fez desse modo a fim de poder ter filhos. Essa prescrição declara, apenas, que o fluxo da mulher a tornava imunda e, portanto, ela podia contaminar outros. Raquel usou desse artifício quando enganou seu pai sobre os deuses do lar (Gn 31.26-35).

Durante o tempo de sua menstruação e uma semana depois, a mulher era considerada imunda e deveria ter cuidado com o lugar onde se assentava e dormia e com aquilo que tocava. No entanto, esse confinamento trazia implícita, em si, uma bênção, uma vez que a mulher desfrutava de tranquilidade e de descanso quando mais precisava.

d) Fluxos femininos anormais (vv. 25-33).

Uma hemorragia prolongada podia ser tanto fisicamente dolorosa como religiosamente desastrosa, pois com isso a mulher ficaria continuamente imunda. A mulher desconhecida que procurou a ajuda de Jesus sofria desse mal havia mais de vinte anos (Mc 5.25-34; Lc 8.43-48).

Em termos mais estritos, todos os que tiveram contato com aquela mulher na multidão foram contaminados por ela, quer soubessem quer não. Quando ela tocou a veste de Jesus, ele também foi contaminado.
Quanta bondade da parte dele curá-la e devolver-lhe a vida normal que ela tanto almejava!

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II – SÍNTISE DAS FUNÇÕES DOS SACEDOTES
As várias responsabilidades do sacerdócio dividiam-se em duas categorias básicas:
1) O serviço no templo — em que se incluíam tarefas como queimar incenso, cuidar do lampa- diário, aprontar o pão e as ofertas sacrificiais (Nm 3.5-9).
2) Cuidar das pessoas — inspecionar os impuros (sobretudo os leprosos), instruir os israelitas acerca da Lei de Deus e guardar os interesses do bem-estar espiritual do povo (Nm 6.23- 27; Dt 17.8,9).

FUNÇÕES
DEVERES









1









Em relação o culto
1) Os sacerdotes deviam oficiar em sacrifícios e ofertas

2) Examinavam todos os animais sacrificiais para verificar se eram saudáveis e sem defeitos (Lv 22.17-21)

3) Eles supervisionavam o cuidado do Tabernáculo e, mais tarde, do Templo (Nm 3.4)

4) Eles estabeleciam o valor de todas as mercadorias que eram dedicadas a Deus (Lv 27)

5) Eles anunciavam o início de todas as festas religiosas (Lv 25.9)
2
Em relação à santidade
Eles deviam distinguir entre o santo e o profano (Lv 10.10)




3




Em relação ao ensino
1) Tinham o dever de atuar como mestres da lei (Lv 10.10,11)

2) Os sacerdotes deviam ensinar o povo e lembrá-lo dos mandamentos do Senhor

3) Usavam o Urim e Tumim para transmitir a resposta de Deus a questões expostas pelos líderes da nação (Nm 27.21)



4


Em relação às enfermidades
1) Os sacerdotes deviam diagnosticar males que tornavam adoradores cerimonialmente impuros

2) Oferecer ritual de purificação para aqueles que fossem recuperados


5

Em relação a área jurídica
Atuavam como um tipo de suprema corte, reunida para ouvir os casos difíceis (Dt 17.11)


6

Em relação à área militar
Acompanhavam o exército, para exortar a confiança em Deus (Dt 20.1-4)
O principal foco da vida sacerdotal era lidar com as enfermidades morais do povo e trazê-lo, mediante os sacrifícios determinados, a uma experiência de aceitação diante de Deus (Lv 1.3), por meio da expiação (Lv 1.4) e do perdão (Lv 4.31).
Fonte: E-book Subsídios EBD, Vol. 13 – Acesse AQUI e Adquira a continuação desse Subsídio.


[1] A urticária é uma irritação cutânea (relativo ou pertencente à pele) caracterizada por lesões avermelhadas e levemente inchadas, como vergões, que aparecem na pele e coçam muito. Essas lesões podem surgir em qualquer área do corpo, ser pequenas, isoladas ou se juntarem e formar grandes placas avermelhadas, com desenhos e formas variadas, sempre acompanhadas de coceira.
[3] Infecção bacteriana sexualmente transmissível que, se não for tratada, pode causar infertilidade.

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