Trimestre: 2° de
2018
Editora: CPAD
Revista do Professor
Reverberação:
Subsídios EBD
TEXTO BÍBLICO
Mateus 12.33-37
Destaque
"A
pessoa boa tira o bem do seu depósito de coisas boas, e a pessoa má tira o mal
do seu depósito de coisas más”(Mt 12.35)
LEITURA DEVOCIONAL
SEG...............................................................Lc
5.1-11
TER................................................................1Ts
5,12-28
QUA...............................................................Mc
21.21-28
QUI................................................................Mt
12.1-8
SEX................................................................Ez
8.1-18
SÁB................................................................1Sm
12.19-25
DOM...............................................................Mt
21.18-22
Objetivos
- Discutir sobre o papel
da mídia virtual;
- Ensinar os perigas da mídia
virtual;
- Explicar os perigos da mídia
virtual para a família.
MATERIAL
DIDÁTICO
Quadro negro ou branco e giz ou caneta para
quadro.
QUEBRANDO
A ROTINA
Faça uma enquete com a classe, perguntando: Quais os meios que
você e a sua família, usam para se relacionar? Redes sociais, refeições em
família, e-mail, passeios ou outros?
Com base nas respostas, discuta se essa realidade é boa ou se eles
gostariam de modificar alguma coisa. Conclua que nada substitui a relação
pessoal, e que esta deve sempre ser preferida em relação às demais maneiras de
se relacionar virtualmente. E que é crucial para saúde mental e espiritual do
ser humano o cultivo relação pessoal.
ESTUDANDO A BÍBLIA
Professor, esse
caminho de renovação tecnológica é um processo que avança cada vez mais rápido
e não teremos como impedir esse avanço. Precisamos formar nossos adolescentes
para que sejam conscientes no uso das tecnologias e que aprendam a serem
críticos de tudo quanto lhes é apresentado pelas mídias virtuais, e alertá-los
dos diversos riscos que pode surgir do uso dessas mídias.
Afinal, o conteúdo
sempre é desenvolvido sob uma cosmovisão específica daqueles que o produzem e
também daqueles que o publicam. Uma isenção de opinião nesses casos é
irremediavelmente impossível. Assim, caro professor, siga também o conselho paulino,
isto é, "analisar tudo e reter o que é bom". Ajude a formar essa
consciência crítica paro que os adolescentes da sua igreja não sejam
persuadidos pelas sutilezas virtuais.
A
tecnologia
não é ruim por natureza, mas é necessário termos cuidado para uma bênção não se
tornar maldição, pois isso pode ocorrer sutilmente sem percebermos o seu real
perigo. A Bíblia narra o caso de um profeta cujas palavras de maldição foram
lançadas contra o povo de Israel, mas Deus as transformou irremediavelmente em
bênção (Nm 22.1-24). Porém, o contrário também pode ocorrer. Aquilo que seria
bênção para sua vida, uma vez utilizada de maneira errada, pode levar você ao
caminho de maldição.
A mídia virtual
De
modo geral, a mídia ter o objetivo de transmitir algum tipo de informação; seja
pela televisão, pelo rádio ou pelos sites de internet. Logo, a mídia domina
conteúdo que chega até as pessoas para constituir padrões de comportamento na
sociedade.
A internet constitui o
que chamamos de mídia virtual ou digital. Atualmente, esse tipo de mídia se
tornou o grande fascínio da nossa geração. Por certo você se encontra conectado
de alguma maneira, não é mesmo?!
Como
na mídia convencional, na virtual se publica informações segunda uma forma
particular de compreender o mundo: aqui "mora" um dos perigos de
qualquer mídia, bem como na mídia virtual, ou seja a intenção de publicar
conteúdos de ^armação de opinião.
Como
tudo na vida, a mídia virtual pode ser usada para o bem ou para o mal. Ora,
podemos usá-la para falar do amor de Deus, reencontrar parentes distantes ou
amigos que não mais encontramos. Entretanto, o perigo também habita esse tipo
de mídia. Quantos conteúdos são veiculados neste veículo que vão contra os
princípios da Palavra de Deus e tudo o quanto é sadio para vivermos bem?
Você
precisa ter o cuidado com o que colocará diante dos seus olhos (SI 101.3).
Geralmente, não fazemos tudo o quanto é bom e que agrada a Deus porque optamos
por fazer o mal: Esta é a situação do pecador! Infelizmente, as mídias virtuais
possuem uma variedade de lixos digitais à distância de um click. A Bíblia nos
aconselha e estimula: "Por último, meus irmãos, encham a mente de vocês
com tudo o que é bom e merece elogios, isto é, tudo o que é verdadeiro, digno,
correto, puro, agradável e decente" (Fp 4.8). Ou seja, avalie se o conteúdo
que você tem consumido através das mídias virtuais é bom, verdadeiro, puro e
assim terá um parâmetro de comparação para saber se deve ou não continuar
consumindo esse conteúdo.
AUXÍLIO
BIBLIOGRÁFICO
Caro
professor, hoje nós vivemos o ápice do avanço tecnológico no mundo. Nenhuma
geração anterior chegou tão próxima de um desenvolvimento tecnológico como a
nossa. Ninguém imagina a vida sem o aparelho celular, a internet, aparelhos de
transmissão de dados etc. Isto porque muitas pessoas fundamentam a vida profissional
no uso dessas tecnologias. Por exemplo, é impensável uma pessoa de negócios não
usar os meios tecnológicos possíveis para otimizar os seus produtos e distribuí-los
a contento. Outro exemplo é a aposta das autoridades mundiais na política de
Sustentabilidade Ambiental como sendo a possibilidade de se usar a tecnologia
disponível para extrair elementos primários dos Recursos Naturais com
razoabilidade, bom senso e o compromisso de repor o quê foi extraído a fim de
garantir a subsistência das próximas gerações.
Aos poucos, e por causa dessa visão do avanço tecnológico,
muitos dos empreendimentos, como os do agronegócio e da Indústria, têm assumido
a agenda da Sustentabilidade como um caminho inevitável a ser trilhado por
qualquer empresa responsável que pensa no futuro do país e da próxima geração.
Entretanto, é evidente que o uso da tecnologia não tem somente o
seu lado bom. Quantas armas poderosas são inventadas pelos cientistas da
indústria bélica a fim de atacar quem "ameaça" o país que as desenvolve?
O Ira e a Coreia do Norte são atualmente os países que mais se destacam na
Imprensa Internacional em relação a este assunto.
Mas ainda há um perigo do uso da tecnologia, não do ponto de
vista da integridade física, mas da integridade intelectual e espiritual. Esse
perigo se dá no campo das ideias e da espiritualidade. A mídia do
entretenimento é altamente poderosa e, talvez, seja a grande responsável pelo
norteamento ético e moral dos jovens e adolescentes. Principalmente, aqui no
Brasil, onde o acesso a internet bate todos os recordes e a mídia televisiva
mantém um monopólio bem amplo, tudo o que surge nos meios de comunicação,'
tanto televisivo quanto virtual, se torna moda e "norma".
Nesse contexto é que seguidores de Jesus devem desenvolver um senso
crítico em que enxerguemos o que está por trás desse fenómeno grandioso que é o
mundo virtual e suas redes virtuais. Por isso, vale muito a pena refletir
juntamente com Terrence R. Lindvall e J. Matthew Melton, dois intelectuais
cristãos americanos, sobre o mundo da Cultura da Mídia de Entretenimento e a
capacidade crítica dos cristãos em avaliá-lo:
"Não precisamos ver muito da mídia de entretenimento para
descobrir se é ruim. Nossos padrões baseados na Escritura (não nos padrões da
cultura popular), mais o testemunho do Espírito Santo defiro de "os,
deveriam filtrar muitos produtos da
cultura popular de nossa consideração, para não dizer de nossa
frequência.
Aguçar as nossas habilidades críticas de ver exige que
adquiramos uma gramática básica e um entendimento de produção. Podemos aprender
a reconhecer efeitos retóricos e emocionais que escolha de atores e atrizes,
música, iluminaçãao, ângulos de filmagem e muitas outras técnicas de edição,
causam em nossas relação a diferentes filmes ou programas de televisão. Também
podemos sondar os vares explícitos e implícitos no filme. Por exemplo, qual é a
visão da natureza humana e dilema humano que o filme apresenta? Que posições
morais ou intelectuais ele assume? Sua visão da vida é relativista, existencialmente
sem sentido, determinista, romantizada? Contribui para a nossa percepção de
vida como mais violenta ou ridícula ou sublime?
Finalmente, nossa perspectiva sobre a mídia deve sertestada
continuamente dentro ou contra uma comunidade de família, amigos, igreja,
professores e outros cristãos. Com certeza tal interação sincera e aberta de
discussão e debate causa um maior impacto em nós do que o próprio programa (
PALMER, Michael D. (Ed.). Panorama do Pensamento Cristão. Rio de Janeiro: CPAD,
2012, p.418).
Portanto, aproveite esse tópico para fazer essa reflexão com
seus alunos. Sugerimos que distribua o texto, leia e debata com eles.
Conectar ou não conectar, eis a
questão!
O
problema com a mídia virtual não é a sua existência por si mesma, mas a forma
que a utilizamos e os problemas gerados a partir do uso equivocado desse
instrumento. Um grave problema da geração atual de adolescentes é o de trocar a
vida real pela virtual. Muitos têm se deixado seduzir pela criação de
personagens virtuais; seja nas redes sociais, em jogos eletrônicos ou em salas
de bate-papo. Assim, se esquecem de se relacionar na vida real.
Jamais
troque um bate-papo com seus amigos reais por um virtual! Lembre-se de que Deus
nos criou como seres que precisam se relacionar sinceramente, e que por isso
nos colocou dentro de uma família (Gn 2.18-25). Portanto, não troque o
aconchego do seu lar, uma boa conversa com os seus pais, com os seus amigos e
com as pessoas, por horas de trocas de mensagens virtuais que se perdem pelo
tempo, fazendo posteriormente você se sentir inútil, pois aquele tempo todo foi
mal aplicado e desperdiçado.
A
mídia virtual pode ser utilizada para fins benéficos. Mas lamentavelmente
também pode ser usada para fins malignos, pois atualmente presenciamos o
aumento da segmentação familiar, distanciando paulatinamente os filhos dos seus
pais ou o contrário.
Faça um teste! Quando
você entrar num metro ou num ônibus, ou caminhar pelas calçadas, repare que
quase a totalidade das pessoas estão em estado de "hipnose" com os
seus aparelhos, seja pelo uso do "zap" ou pelo uso do
"face". Infelizmente essa prática tem achado lugar em nossos cultos,
escolas e lares! A conversa olho no olho tem desaparecido das nossas salas de
jantar e das demais reuniões. Não foque o seu olho no mundo virtual. Mas foque
na vida real: ela passa rapidinho.
AUXILIO
PEDAGÓGICO
O debate entre se conectar ou não, não pode se dar numa espécie
de dicotomia, pois é inevitável o contato dos adolescentes com o mundo virtual.
Se não f orem casa eles acessarão nas escolas. O que precisamos fazer é tocar a
consciência destes adolescentes e promover neles o despertamento de pensar por
si mesmo e desenvolver a capacidade de julgamento ético em quaisquer situações.
Afinal, os pais não estarão com seus filhos 24 horas, muito
menos os seus líderes.
Neste aspecto, professor, faça uma reflexão a partir desta fala
da psicóloga Elaine Cruz: Esta facilidade de acesso à informação é benéfica no
que tange a podermos consultar inumeráveis arquivos sobre assuntos que nos
dizem a respeito diretamente, aprofundando nosso conhecimento, alargando os
horizontes do nosso saber e economizando o tempo que gastaríamos em pesquisas.
Entretanto, dependendo do uso que venhamos a fazer da Internet,
podemos encontrar diversos aspectos prejudiciais, já que a curiosidade, a
facilidade do acesso e o anonimato são incentivos para uma aventura que pode
gerar dependência, além de gerar distúrbios de comportamento.
Se você pode proporcionar que seus filhos naveguem pela rede,
aproveite as boas vantagens e as facilidades educativas e sociais que a
Internet pode proporcionar. Contudo, especialmente na infância, quando as
crianças são altamente influenciáveis, alguns cuidados são importantes: discuta
com seu cônjuge quais os sites ou chats (salas de bate papo) que seus filhos
poderão acessar, e bloqueie o restante (CRUZ, Elaine. Amor e Disciplina para
Criar Filhos Felizes. Rio de Janeiro: CPAD, 2012).
Família unida permanece unida, mas
diariamente conectada...
Conseguir
a atenção de alguém hoje não é uma tarefa fácil. Manter uma conversa simples e
direta com alguém, sem que este não olhe para a tela do celular, é quase
impossível. Pessoas, uma ao lado das outras, conversam via mensagem eletrônica,
ignorando por completo a existência de outras pessoas ao seu lado. Entre a
família, as conversas são concentradas no vídeo engraçado ou num material
recebido por mensagem. O pai, a mãe ou o filho seguem ignorados
sistematicamente.
Esse
enfraquecimento nas relações familiares gera um impacto indescritível em nossa
vida, e por consequência, em nossa sociedade. Os estragos causados são
inimagináveis: adolescentes depressivos, suicidas, introvertidos, sem
habilidade de comunicar-se, e muitos outros males. Cuidado para não ficar
conectado demais e se esquecer da vida real! Esta é um dom de Deus para você!
Experimente a beleza de valorizar o presente que Deus lhe deu: a sua família.
AUXILIO
BIBLIOGRÁFICO
Um grande mal que o uso equivocado da mídia virtual traz às família
é a ausência do diálogo no lar ou a troca da presença familiar peio uso desmedido
da mídia virtual.
É comum em muitas famílias, os membros estarem no mesmo lugar e
horário, entretanto, ignorarem cada um dos seus membros ao mesmo tempo, pois
todos estão "plugados" em alguma mídia virtual e não percebem o mal
que isso faz para a convivência como família. Neste aspecto, é muito importante
a questão levantada pela professora Telma texto:
Diminuição do dialogo familiar: Os pais já não
conversam como deveriam com os seus filhos, pois o tempo que lhes sobra é gasto
diante da 'telinha', quando se exige silêncio. Em sua obra Subjetividade em
Questão, Solange Jobim e Souza afirma:
Nos lares de hoje as famílias não mais contam suas histórias. O
convívio familiar se traduz na interação muda entre as pessoas que se esbarram
entre os intervalos dos programas de TV e o navegar através do éden eletrônico
[...]. O tato e o contato entre as pessoas, na casa ou no trabalho, cedem lugar
ao impacto televisual.
De acordo com os terapeutas de família, o problema número um em
nossos dias é o colapso da família. Na pós-modernidade, um novo termo tem sido
utilizado pelos terapeutas para descrever a difícil situação das famílias:
disfuncional (BUENO, Telma. Educação Cristã: Reflexões e Práticas. Rio de
Janeiro: CPAD, 2015, p.89).
Conclusão
Como
vimos, a mídia virtual em si não é um problema, mas o modo como a utilizamos e
o conteúdo que nela consumimos que define se ela é boa ou má para nós. Use as
mídias virtuais com sabedoria e prudência, não se deixe seduzir por esse mundo,
mas que a sua mente seja formada e transformada pelo Espírito Santo (Rm 12.2).
Recapitulando
Por
mídia entendemos os meios de comunicação que utilizam recursos eletrônicos,
eletromecânicos ou digitais para levara informação ao público. Assim, temos a
televisão, o rádio e o internet como exemplos de mídia, De modo geral, a mídia
tem o objetivo de transmitir algum tipo de informação; seja pela televisão,
peio rádio ou pelos sites de internet. Logo, a mídia domina todo o conteúdo que
chega até as pessoas para constituir padrões de comportamento na sociedade.
Deus
nos criou como seres que precisam se relacionar sinceramente, e por isso nos
colocou dentro de uma família (Gn 2.18-25). Portanto, não troque o aconchego
do seu lar, um boa converso com ósseas país, com os seus amigos e com as
pessoas, por horas de trocas de mensagens virtual s que se perdem pelo tempo,
fazendo posteriormente você se sentir inútil, pois aquele tempo todo foi mal
aplicado e desperdiçado.
REFLETINDO
1. Você acha que
existe algum risco em utilizar mídias virtuais?
R:
Pessoal.
2. Quanto tempo você
gasta por dia consumindo mídia virtual?
R:
Pessoal.
3. Reflita em casos
que a mídia virtual pode ser boa ou ruim para nossa vida
R:
Pessoal.