Lições Bíblicas Dominical Adultos 1° Trimestre 2025 CPAD Título da Revista Dominical: EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ : Combatendo as Antigas Heresias que se Apresentam com Nova Aparência Comentarista: Esequias Soares | Classe: Adultos TEMAS DAS LIÇÕES Lição 1 – Quando as Heresias Ameaçam a Unidade da Igreja Lição 2 – Somos Cristãos Lição 3 – A Encarnação do Verbo Lição 4 – Deus É Triúno Lição 5 – Jesus é Deus Lição 6 – O Filho É igual com o Pai Lição 7 – As Naturezas Humana e Divina de Jesus Lição 8 – Jesus Viveu a Experiência Humana Lição 9 – Quem É o Espírito Santo Lição 10 – O Pecado Corrompeu a Natureza Humana Lição 11 – A Salvação não É Obra Humana Lição 12 – A Igreja Tem uma Natureza Organizacional Lição 13 – Perseverando na Fé em Cristo
Lição 3 - A Superioridade de Jesus em relação a Moisés
1
POR isso, irmãos santos, participantes da vocação celestial, considerai a Jesus
Cristo, apóstolo e sumo sacerdote da nossa confissão,
2
Sendo fiel ao que o constituiu, como também o foi Moisés em toda a sua casa.
3
Porque ele é tido por digno de tanto maior glória do que Moisés, quanto maior
honra do que a casa tem aquele que a edificou.
4
Porque toda a casa é edificada por alguém, mas o que edificou todas as coisas é
Deus.
5
E, na verdade, Moisés foi fiel em toda a sua casa, como servo, para testemunho
das coisas que se haviam de anunciar;
6
Mas Cristo, como Filho, sobre a sua própria casa; a qual casa somos nós, se tão
somente conservarmos firme a confiança e a glória da esperança até ao fim.
7
Portanto, como diz o Espírito Santo: Se ouvirdes hoje a sua voz,
8
Não endureçais os vossos corações, Como na provocação, no dia da tentação no
deserto.
9
Onde vossos pais me tentaram, me provaram, E viram por quarenta anos as minhas
obras.
10
Por isso me indignei contra esta geração, E disse: Estes sempre erram em seu
coração, E não conheceram os meus caminhos.
11
Assim jurei na minha ira Que não entrarão no meu repouso.
12
Vede, irmãos, que nunca haja em qualquer de vós um coração mau e infiel, para
se apartar do Deus vivo.
13
Antes, exortai-vos uns aos outros todos os dias, durante o tempo que se chama
Hoje, para que nenhum de vós se endureça pelo engano do pecado;
14
Porque nos tornamos participantes de Cristo, se retivermos firmemente o
princípio da nossa confiança até ao fim.
15
Enquanto se diz: Hoje, se ouvirdes a sua voz, Não endureçais os vossos
corações, como na provocação.
16
Porque, havendo-a alguns ouvido, o provocaram; mas não todos os que saíram do
Egito por meio de Moisés.
17
Mas com quem se indignou por quarenta anos? Não foi porventura com os que
pecaram, cujos corpos caíram no deserto?
18
E a quem jurou que não entrariam no seu repouso, senão aos que foram
desobedientes?
19
E vemos que não puderam entrar por causa da sua incredulidade.
HINOS SUGERIDOS: 295,
396, 620 da Harpa Cristã
OBJETIVO GERAL
Evidenciar
a superioridade de Jesus em relação ao legislador Moisés.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor
deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo l refere-se ao tópico l
com os seus respectivos subtópicos.
I. Apresentar a superioridade da
vocação, da missão e da mediação de Jesus em relação a Moisés;
II. Exprimir a autoridade maior
de Jesus em relação a Moisés;
III. Esclarecera superioridade do
discurso de Jesus em relação ao de Moisés.
• INTERAGINDO COM O
PROFESSOR
A Antiga Aliança apresenta Moisés como "apóstolo",
isto é, o mensageiro de Deus da Aliança com o povo de Israel, e o seu irmão
Arão, como sumo J sacerdote do povo de Deus, respectivamente. Essa dispensação
deu lugar a uma nova ordem, a um novo concerto em que Cristo Jesus se apresenta
como executor desses dois ofícios. Agora, Ele é o apóstolo da Nova Aliança e o
Sumo. Sacerdote perfeito. Essa verdade é que permeia toda a lição.
INTRODUÇÃO
O
autor dá início ao capítulo três fazendo um contraste entre Moisés e Cristo.
Ele estava consciente da grande estima que seus compatriotas tinham pela figura
do grande legislador hebreu, Moisés. Em nenhum momento desse contraste o autor
deprecia a pessoa de Moisés, mas sempre o coloca como um homem fiel a Deus na
execução de sua obra. Entretanto, mesmo tendo assumido a grande missão de
conduzir o povo rumo à Terra Prometida, Moisés não poderia se equiparar a
Jesus, o Autor da nossa fé. O contraste entre Moisés e Cristo é bem definido:
Moisés é visto como um administrador da casa, Jesus como Edificador; Moisés é
retratado como servo, Jesus como Filho; Moisés foi enviado em uma missão
terrena, Jesus numa missão celestial, eterna.
PONTO CENTRAL
A carta de Hebreus revela a
superioridade de Jesus em relação a Moisés quanto à tarefa, à autoridade e o
discurso.
l - UMA TAREFA
SUPERIOR
1. Uma vocação superior.
O
autor introduz a seção vv.1-6 tomando como ponto de partida o que havia dito
anteriormente — Jesus era o autor e mediador da nossa salvação (Hb 2.14-18).
Tomando por base esse conhecimento, seus leitores, a quem ele chama afetuosamente
de irmãos santos, deveriam ficar atentos ao que seria dito agora (Hb 3.1). Eles
não eram apenas um povo nómade pelo deserto escaldante à procura da Terra
Prometida, mas herdeiros de uma vocação celestial. Eles deveriam se lembrar de
quem os fez aptos e idóneos dessa vocação. Nesse aspecto, os leitores de
Hebreus não deveriam ter dúvida alguma de que Jesus, como Aquele que os
conduzia ao destino eterno, era em tudo superior a Moisés, a quem coube a
missão de conduzir o povo à Canaã terrena.
2. Uma missão superior.
O
autor pela primeira vez usa a palavra apóstolo em relação a Jesus (Hb 3.1). A
palavra apóstolo se refere a alguém que é comissionado como um representante
autorizado. Não havia dúvida de que Moisés havia sido um enviado de Deus em uma
missão, todavia, ele não foi o "apóstolo da grande salvação". A
missão de Moisés foi tirar o povo de dentro do Egito e conduzi-lo à Terra
Prometida, mas a missão de Jesus é a de conduzir a Igreja à Canaã celestial. A
missão mosaica era daqui, a Canaã terrena; a missão de Jesus possuía uma
vocação celestial. Cristo não foi apenas um enviado em uma missão, mas acima de
tudo, o apóstolo da nossa confissão, alguém com autoridade na missão de nos
conduzir ao destino eterno.
3. Uma mediação superior.
Depois
de afirmar que Jesus era "o apóstolo", o autor também diz que Ele é o
"sumo sacerdote da nossa confissão". Jesus era superior a Moisés, não
apenas em relação à missão, mas também em relação à função que exercia. O autor
fará um contraste mais detalhado entre o sacerdócio de Cristo e o araônico mais
adiante, mas aqui os crentes deveriam ter em mente que a mediação de Jesus era
em tudo superior ao sistema mosaico e levítico. Cristo era o mediador da nossa
confissão. A palavra "confissão" traduz o termo original homoiogia, que tem o sentido primeiro de
"concordância". Quando confessamos Jesus como Salvador, concordamos
que Ele em tudo tem a primazia. Ele é o Senhor. Ele é maior do que tudo e do
que todos; Ele, e somente Ele, é a razão do nosso viver.
SÍNTESE DO TÓPICO l
Em
relação a Moisés, a carta de Hebreus apresenta o Senhor Jesus com uma vocação
superior, uma missão superior e uma mediação superior.
SUBSÍDIO DIDÁTICO
Prezado (a) professor (a),
inicie a aula desta semana fazendo as seguintes perguntas:
a) O que Moisés representou para o povo de Israel?
b) Qual foi o papel de Moisés no estabelecimento da Antiga
Aliança de Deus com o seu povo?
c) Por que Moisés é uma autoridade respeitada na história de
Israel?
Ouça as respostas dos alunos e em seguida faça um resumo
abordando as respostas das três perguntas a fim de amarrar as informações. A
ideia dessa atividade é familiarizar a classe com Moisés a fim de, a partir da
importância dele para o povo judeu, destacar a magnitude de Jesus Cristo como o
mediador da Nova Aliança.
CONHEÇA MAIS
A
possibilidade de não chegar ao fim da caminhada
"O livro de Hebreus considera a possibilidade de permanecer
firme na fé ou de abandoná-la como uma escolha real, que deve ser feita por
cada um dos leitores; o autor ilustra as consequências da segunda opção
referindo-se à destruição dos hebreus rebeldes no deserto após sua gloriosa
libertação do Egito." "Comentário Bíblico Pentecostal Novo
Testamento", CPAD, p.1557-59.
II - UMA AUTORIDADE
SUPERIOR
1. Construtor, não apenas
administrador.
O
autor destaca que tanto Moisés como Jesus foram fiéis na "casa de
Deus" (Hb 3.2). Eles foram fiéis na missão que lhes foram confiada. Isso
mostra o apreço que o autor possuía pelo legislador hebreu. Todavia, ao se referir
a Jesus, o autor usa a palavra grega aksioô,
traduzida como "digno", "valor", "mérito". Duas
coisas precisam ser destacadas no uso desse vocábulo pelo autor. Primeiramente
ele quer mostrar que o mérito de Jesus era maior do que o de Moisés. Nosso Senhor
era o construtor do edifício, da casa de Deus, e não apenas o mordomo, como
fora Moisés. Os crentes precisavam enxergar isso e, assim, valorizarem mais a
sua salvação. Por outro lado, ao usar o pretérito perfeito (tempo verbal
grego), ele demonstra que a glória de Moisés era desvanecente, enquanto a de
Jesus era permanente.
2. Filho, não apenas servo [Tópico Revisado]
O autor sabe da grande estima que Moisés possuía dentro da
comunidade judaico-cristã e por isso é extremamente cuidadoso no uso das palavras.
“E, na verdade, Moisés foi fiel em toda a sua casa, como servo, para testemunho
das coisas que se haviam de anunciar; mas Cristo, como Filho, sobre a sua
própria casa; a qual casa somos nós, se tão somente conservarmos firme a confiança
e a glória da esperança até ao fim” (Hb 3.5,6). Em vez de usar o termo doulos (servo), vocábulo usado para se
referir a um escravo ou serviçal, ele usa outro vocábulo, therápôn. Essa palavra só aparece aqui no Novo Testamento e é
traduzida como servo ou ministro. A ideia expressa é de um serviço que é
prestado de forma voluntária entre duas pessoas que se relacionam bem. Assim
era Moisés com o seu Deus. Mas o autor deixa claro que esse relacionamento de
Moisés com Deus não podia se equiparar ao de Deus com o seu Filho, Jesus.
3. Uma igreja, não apenas
tabernáculo. [Tópico Revisado]
Alguns autores entendem que a expressão “casa de Deus” usada em
relação a Moisés pode se referir ao tabernáculo como centro do culto mosaico no
deserto, enquanto outros veem como uma referência à antiga congregação do povo
de Deus do êxodo. Em todo caso, a ideia gira em torno do povo de Deus que adora
na Antiga Aliança. Moisés foi um ministro de Deus no culto da congregação do
deserto. Mas Jesus, como Filho é o ministro da Igreja, o povo de Deus na Nova
Aliança, “a qual casa somos nós” (Hb 3.6).
SÍNTESE DO TÓPICO II
Hebreus
destaca o Senhor Jesus como o construtor da Nova Aliança; o Filho amado de
Deus; o ministro excelente da Igreja de Deus.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
"[...] Pedro apresenta Jesus como o Profeta semelhante a
Moisés (vv.22,23). Moisés havia declarado: 'O SENHOR, teu Deus, te despertará
um profeta do meio de ti, de teus irmãos, como eu; a ele ouvireis' (Dt 18.15).
Seria natural dizer que Josué cumpriu essa profecia. Josué, o seguidor de
Moisés, realmente veio depois deste e foi um grande libertador de seu tempo.
Surgiu, porém, outro Josué (na língua hebraica, os nomes Josué e Jesus são
idênticos). Os cristãos primitivos reconheciam Jesus como o derradeiro
cumprimento da profecia de Moisés.
No final do capítulo (vv.25,26). Pedro lembra aos ouvintes a
aliança com Abraão, muito importante para se entender a obra de Cristo: 'Vós
sois os filhos dos profetas e do concerto que Deus fez em nossos pais, dizendo
3 Abraão: Na tua descendência serão benditas todas as famílias da terra.
Ressuscitando Deus a seu Filho Jesus, primeiro o enviou a vós, para que nisso
vos abençoasse, e vos desviasse, a cada um, das vossas maldades'. Claro está
que, agora, é Jesus quem traz a bênção prometida e cumpre a aliança com Abraão
- e não apenas a Lei dada por meio de Moisés" (HORTON, Stanley (Ed.).
Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1996,
pp.307,08).
Ill - UM DISCURSO
SUPERIOR
1. O perigo de ouvir, mas
não atender.
Seguindo
a redação da Septuaginta (tradução
grega da Bíblia Hebraica), o autor cita o Salmo 95.7-11 para trazer uma série
de advertências. Se o povo de Deus no Antigo Pacto precisou ser exortado, maior
exortação precisava os que tinham maiores promessas. Primeiramente havia o
perigo de ouvir e não atender (Hb 3.7,8). No passado, o povo de Deus tinha
ouvido a mensagem divina; entendido, mas não atendido! O mesmo erro estava se
repetindo. O Espírito Santo, falando profeticamente pela boca do salmista,
advertia os o leitores para que seus corações não se endurecessem. É um apelo
atual, porque o povo de Deus muitas vezes demonstra ser tardio para ouvir.
2. O perigo de ver, mas não
crer. “[...] [Tópico REVISADO]
E
viram, por quarenta anos, as minhas obras” (Hb 3.9). Erra quem pensa que só acredita
quem vê. Parece que quem muito vê, menos acredita. Acaba ficando acostumado com
o sobrenatural. O sobrenatural se naturaliza. É exatamente isso o que aconteceu
no deserto e era exatamente isso o que estava acontecendo com a comunidade do
autor de Hebreus. Tanto Moisés, como Jesus, foram poderosos em obras, mas isso
não estava sendo suficiente
para
segurar os crentes. É preocupante quando o cristão se acostuma com o
sobrenatural e nada mais parece impactá-lo.
3. O perigo de começar, mas
não terminar [Tópico REVISADO]
“Estes sempre erram em seu coração e não
conheceram os meus caminhos” (Hb 3.10b). Com estas palavras o autor mostra o
perigo de começar, mas não chegar. De andar, mas se desviar. Alguns do antigo
povo de Deus haviam começado bem, mas terminaram mal. Muitos caíram pelo
caminho, desistiram da estrada. O mesmo risco estava ocorrendo com os cristãos
neotestamentários — haviam começado bem, mas estavam correndo o risco de caírem
e perderem a fé. O alerta é para nós também.
SÍNTESE DO TÓPICO III
A
mensagem de Cristo faz alguns alertas: o perigo de ouvir, mas não atender ao
apelo; o perigo de ver, mas não crer na revelação; o perigo de começar, mas não
terminar a jornada.
SUBSÍDIO DOUTRINÁRIO
SE OUVIRDES
HOJE A SUA VOZ Citando Salmos 95.7-11, o
escritor se refere à desobediência de Israel no deserto, depois do êxodo do
Egito, como advertência aos crentes sob o novo concerto. Porque os israelitas
deixaram de resistir ao pecado e de permanecer leais a Deus, foram impedidos de
entrar na Terra Prometida (ver Nm 14.29-43; SI 95-7-10). Semelhantemente, os
crentes do Novo Testamento devem reconhecer que eles, também, podem ficar fora
do repouso divino, se forem desobedientes e deixarem que seus corações se
endureçam.
NÃO ENDUREÇAIS
O VOSSO CORAÇÃO
O Espírito Santo fala conosco a respeito do pecado, da justiça e
do juízo (Jo 16.8-11; Rm 8.11-14; Gl 5.16-25). Se formos indiferentes à sua
voz, nossos corações se tornarão cada vez mais duros e rebeldes a ponto de se
tornarem insensíveis à Palavra de Deus ou aos apelos do Espírito Santo (v.7). A
verdade e o viver em retidão já não serão prioridades nossas. Cada vez mais,
buscaremos prazer nos caminhos do mundo e não nos caminhos de Deus (v.10). O
Espírito Santo nos adverte que Deus não continuará a insistir conosco
indefinidamente se endurecermos os nossos corações por rebeldia (vv.7-11; Gn
6.3). Existe um ponto do qual não há retorno (vv.10,11; 6.6; 10.26)"
(Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p.1902).
CONCLUSÃO
Ao
mostrar a superioridade de Jesus sobre Moisés, o autor da Carta aos Hebreus não
tencionava exaltar o primeiro e desprezar o segundo, mas pôr em relevo a obra
do Calvário, bem como esclarecer como os crentes devem valorizá-la. Ora, se
Moisés que não era divino, que não se deu sacrificalmente em lugar de ninguém,
merecia ser ouvido, então por que Jesus, o Filho do Deus bendito, Senhor da
Igreja e superior aos anjos, não merecia reconhecimento ainda maior?
PARAREFLETIR
A
respeito da Superioridade de Jesus em relação a Moisés, responda:
• Qual o ponto de partida para o autor aos Hebreus introduzir o
assunto sobre a vocação superior de Jesus?
Que
Jesus era o autor e mediador da nossa salvação (Hb 2.14-18).
• Em que concordamos quando confessamos Jesus como Salvador?
Quando
confessamos Jesus como Salvador, concordamos que Ele em tudo tem a primazia.
Ele é o Senhor. Ele é maior do que tudo e do que todos; Ele e somente Ele é a
razão do nosso viver.
• O que devemos destacar quando o autor usa aksioô, isto é, "digno",
"valor" e "mérito"?
Diferente
de Moisés, o mérito de Jesus era maior e sua glória era permanente.
• Se Moisés foi um ministro de Deus no culto da congregação do
deserto, o que foi Jesus?
O
ministro da Igreja, o povo de Deus na Nova Aliança, "a qual casa
somos nós"(Hb 3.6). '
• Qual risco corria os cristãos neotestamentários?
O
perigo de ouvir, mas não atender, o perigo de ver, mas não crer e o perigo de
começar, mas não terminar.
VÍDEO AULA PARA ESTA LIÇÃO
SUBSÍDIO ADICIONAL
Fonte: Revista Ensinador Cristão - CPAD,
n° 72
Explicando o capítulo 3
O capítulo 3 de Hebreus está na seção que aborda a supremacia do
Filho de Deus: 1.4-4.13. Essa parte da carta demarca a supremacia de Jesus em
relação a Moisés, o legislador de Israel. Diferentemente de Moisés, que serviu
a uma casa, que "não era o tabernáculo, mas os da casa de Deus, ou o povo
de Deus como a comunidade da fé" (Comentário Bíblico Pentecostal Novo
Testamento, CPAD, p.1557), Jesus Cristo é o construtor dessa casa de Deus,
enquanto o legislador de Israel fazia parte dela.
Podemos retomar essa abordagem no Evangelho de Mateus, no
capítulo 16, e no versículo 18: "edificarei a minha igreja, e as portas do
inferno não prevalecerão contra ela" (Mt 16.18). Atenção para o verbo
"edificarei" e o pronome possessivo "minha". É Cristo quem
construiu, edificou e ergueu o povo de Deus, por isso, esse povo pertence a
Ele; diferentemente de Moisés, que embora fosse uma figura proeminente entre os
judeus, um líder exemplar, ele não edificou o povo de Deus, mas se achou parte
dele.
Portanto, o escritor de Hebreus faz um apelo aos leitores de sua
carta, que diferentemente aos judeus do deserto que não atentaram para as
palavras de Moisés, os seguidores de Cristo atentem para o mandamento do Filho,
o edificador do povo de Deus, e não se deixem endurecer pelo engano do pecado.
Sugestão Pedagógica
Caro professor, prezada professora, ao introduzir a lição desta
semana reproduza o esquema abaixo conforme as suas possibilidades:
COMPARAÇÃO ENTRE MOISÉS E JESUS CRISTO COM BASE
NO CAPÍTULO 3 DE HEBREUS
Moisés
• Fidelidade com toda a casa de Deus (o povo de Deus);
• Servo da casa de Deus;
Jesus
• A casa de Deus pertence ao Filho;
• Cristo foi quem edificou casa de Deus;
Em seguida, dê um espaço de
tempo para que os alunos tenham a oportunidade de expressar suas opiniões sobre
a comparação entre Moisés e Jesus a partir do esquema apresentado. Depois
explique a superioridade da vocação de Jesus reafirmando os pontos do esquema
acima.
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