No
capítulo X, da declaração de fé das Assembleias de Deus, fala sobre a salvação.
Também é neste capítulo que é explicado a cerca do novo nascimento.
Assim está escrito:
“Regeneração é a transformação do pecador numa nova criatura pelo poder de
Deus, como resultado do sacrifício de Jesus na cruz do Calvário. Essa obra é
também conhecida como novo nascimento, ou nascer de novo e nascer do Espírito.
Trata-se de uma operação do Espírito Santo na salvação do pecador”.
LEIA TAMBÉM ESTAS PUBLICAÇÕES:
I-
JESUS FALA COM NICODEMOS SOBRE O NOVO NASCIMENTO (Jo 3.1-12)
1. Quem era
Nicodemos?
Nicodemos,
além de pertencer ao grupo dos fariseus, era também um dos principais dos
judeus, um membro do Sinédrio.
A cerca de Nicodemos
e comentarista William Barclay observa o seguinte:
a) Nicodemos deve ter
sido rico.
Ao
Jesus morrer, Nicodemos levou para seu corpo, “cem libras de um composto de
mirra e aloés” (João 19.39), e só um homem rico pôde ter levado isso.
b) Nicodemos era um
fariseu.
Os
fariseus eram os líderes religiosos da nação. Em mais de um sentido os fariseus
eram a melhor gente de todo o país. Nunca havia mais de seis mil fariseus;
compunham o que se conhecia com o nome de chaburah, ou irmandade. Entravam
nesta irmandade fazendo um juramento diante de três testemunhas no qual
prometiam passar toda sua vida observando cada um dos detalhes da Lei dos
escribas.
c) Nicodemos era um
principal entre os judeus.
Quer
dizer o que era membro do Sinédrio. O Sinédrio era um tribunal de setenta
membros e era a suprema corte dos judeus. Ele incluiu homens influentes de
famílias sacerdotais, anciãos (líderes e tribos), escribas (peritos em a lei) e
qualquer ex-sumo sacerdote vivo. Claro que, sob os romanos, seus poderes eram
mais limitados do que tinham sido antes; mas apesar disso, eram extensos. O
Sinédrio exercia particularmente a jurisdição religiosa sobre todos os judeus
do mundo; e um de seus deveres era o de examinar e julgar a qualquer de quem se
suspeitasse que fosse um falso profeta.
2. Duas possíveis razões para Nicodemos se encontrar com
Jesus a noite (Jo 3.2).
Era de noite quando
Nicodemos se aproximou de Jesus. É provável que houvesse duas razões para que ocorresse
dessa maneira.
a) Pode ter sido uma
medida de precaução.
Pode
ser que Nicodemos sinceramente não tenha querido comprometer-se e comprometer a
seus companheiros do Sinédrio aproximando-se de Jesus à luz do dia. Não devemos
condená-lo. O surpreendente é que Nicodemos, com seus antecedentes,
aproximou-se de Jesus; era imensamente melhor ir de noite que nunca ir. É um
milagre da graça que Nicodemos tenha superado seus preconceitos e sua educação
e todo seu conceito da vida para aproximar-se de Jesus.
b) Mas pode haver
outra razão.
Os
rabinos afirmavam que o melhor momento para estudar a Lei era de noite, quando
nada perturbava os homens. Durante o dia Jesus estava rodeado todo o tempo por
uma multidão de gente. Pode ser que Nicodemos se aproximou de Jesus de noite
porque queria estar completamente a sós com Ele e sem nenhuma interrupção. Pode
ter ido de noite porque queria ter a Jesus para si mesmo em forma tal que lhe
tivesse sido impossível durante as ocupadas horas do dia.
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II
– O ENSINAMENTO BÍBLICO SOBRE O NOVO NASCIMENTO
Em João 3.1-8, Jesus
trata de uma das doutrinas fundamentais da fé cristã: a regeneração (Tt 3.5),
ou o nascimento espiritual. Sem o novo nascimento, ninguém poderá ver o reino
de Deus isto é, receber a vida eterna e a salvação mediante Jesus Cristo.
Apresentamos a seguir, importantes fatos a respeito do novo nascimento.
1. Outra definição
para o termo regeneração.
A
regeneração é a nova criação e transformação da pessoa (Rm 12.2; Ef 4.23,24),
efetuadas por Deus e o Espírito Santo (3.6; Tt 3.5). Por esta operação, a vida
eterna da parte do próprio Deus é outorgada ao crente (3.16; 2Pe 1.4; 1Jo
5.11), e este se torna um filho de Deus (Jo 1.12; Rm 8.16,17; Gl 3.26) e uma
nova criatura (2Co 5.17; Cl 3.10). Já não se conforma com este mundo (Rm 12.2),
mas é criado segundo Deus “em verdadeira justiça e santidade” (Ef 4.24).
2. A importância da
regeneração.
A
regeneração é necessária porque, à parte de Cristo, todo ser humano, pela sua
natureza inerente e pecadora, é incapaz de obedecer a Deus e de agradar-lhe (Sl
51.5; 58.3; Rm 8.7,8; 5.12; 1Co 2.14).
3. Características do
crente que nasceu de Novo.
A
regeneração (o novo nascimento) envolve a mudança da velha vida de pecado em
uma nova vida de obediência a Jesus Cristo (2Co 5.17; Ef 4.23,24; Cl 3.10).
Aquele que realmente nasceu de novo está liberto da escravidão do pecado (8.36:
Rm 6.14-23), e passa a ter desejo e disposição espiritual de obedecer a Deus e
de seguir a direção do Espírito (Rm 8.13,14). Vive uma vida de retidão (1Jo
2.29), ama aos demais crentes (1Jo 4.7), evita uma vida de pecado (1Jo 3.9;
5.18) e não ama o mundo (1Jo 2.15,16).
4. Quem já nasceu de
Novo não pode fazer do pecado uma prática habitual.
Quem
é nascido de Deus não pode fazer do pecado uma prática habitual na sua vida
(ver 1Jo 3.9). Não é possível permanecer nascido de novo sem o desejo sincero e
o esforço vitorioso de agradar a Deus e de evitar o mal (1Jo 2.3-11, 15-17,
24-29; 3.6-24; 4.7,8, 20; 5.1), mediante uma comunhão profunda com Cristo (ver
15.4) e a dependência do Espírito Santo (Rm 8.2-14).
Aqueles que continuam
vivendo na imoralidade e nos caminhos pecaminosos do mundo, seja qual for à
religião que professam, demonstram que ainda não nasceram de novo (1Jo 3.6,7).
5. Alerta para que já
nasceu de Novo.
Assim
como uma pessoa nasce do Espírito ao receber a vida de Deus, também pode
extinguir essa vida ao enveredar pelo mal e viver em iniquidade. As Escrituras
afirmam: “se viverdes segundo a carne, morrereis” (Rm 8.13). Ver também Gl
5.19-21, atentando para a expressão
“como já antes vos disse” (Jo 3.21).
O novo nascimento não
pode ser equiparado ao nascimento físico, pois o relacionamento entre Deus e o
salvo é questão do espírito e não da carne (João 3.6). Logo, embora a ligação
física entre um pai e um filho nunca possa ser desfeita, o relacionamento de
pai para filho, que Deus quer manter conosco, é voluntário e dissolúvel durante
nosso período probatório na terra (ver Rm 8.13). Nosso relacionamento com Deus
é condicionado pela nossa fé em Cristo durante nossa vida terrena; fé esta
demonstrada numa vida de obediência e amor sinceros (Hb 5.9; 2Tm 2.12).
Conclusão
“[...]
Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito,
não pode entrar no reino de Deus (Jo 3.5)”.