Classe: Adultos
Lições Bíblicas: CPAD
Trimestre: 4° de 2017 – 15 de
Outubro de 2017
TEXTO ÁUREO
"E
o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória
do Unigénito do Pai, cheio de graça e de verdade." (Jo 1.14)
VERDADE PRÁTICA
O
nascimento de Jesus Cristo se deu dentro do plano divino para salvar a humanidade.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Jo 1.9-12: Jesus
Cristo é a luz de todos os que creem
Terça - Mt 1.1-17: O
nascimento de Jesus e a linhagem de Davi
Quarta - Rm 5.14-17: Jesus
Cristo, mediante sua morte, tira o pecado do mundo
Quinta – Rm 3.23,24: A
justificação do pecador foi um ato da graça de Deus
Sexta – Ef 2.8: A salvação
pela graça mediante a fé somente
Sábado - Jo 3.16: O amor de
Deus pela humanidade
LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE
1
NO princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.
2
Ele estava no princípio com Deus.
3
Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez.
4
Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens.
5
E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam.
6
Houve um homem enviado de Deus, cujo nome era João.
7
Este veio para testemunho, para que testificasse da luz, para que todos cressem
por ele.
8
Não era ele a luz, mas para que testificasse da luz.
9
Ali estava a luz verdadeira, que ilumina a todo o homem que vem ao mundo.
10
Estava no mundo, e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o conheceu.
11
Veio para o que era seu, e os seus não o receberam.
12
Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de
Deus, aos que creem no seu nome;
13
Os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do
homem, mas de Deus.
14
E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a
glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.
HINOS SUGERIDOS: 21, 315, 542 da Harpa
Cristã
OBJETIVO GERAL
Mostrar
que o nascimento de Jesus Cristo se deu dentro do plano divino para salvar a
humanidade.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo,
os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada
tópico. Por exemplo, o objetivo l refere-se ao tópico l com os seus respectivos
subtópicos.
I- Apresentar
como se deu o anúncio do nascimento do Salvador;
II- Explicar a respeito
da concepção do Salvador; Mostrar que "o
III- Verbo se fez carne e habitou entre
nós".
• INTERAGINDO COM O
PROFESSOR
Prezado
(a) professor (a), na lição de hoje estudaremos a respeito do nascimento de
Jesus, o Filho Unigênito de Deus que veio ao mundo por amor e com a infalível
missão de salvar a humanidade pecadora. O ministério terreno de Jesus teve
início com o seu nascimento na cidade de Belém, cumprindo as profecias do
Antigo Testamento. Depois de retornarem do Egito seus pais se estabeleceram na
cidade de Nazaré, na Galileia, onde Jesus cresceu.
Jesus
se fez homem, deixou parte da sua glória, se humilhou e se fez maldição por nós
para que pudéssemos ter comunhão com o Pai e ter então direito legal à vida
eterna. Como homem perfeito, Jesus é o nosso exemplo em todas as esferas da
vida, por isso, precisamos olhar para Ele e seguir sempre os seus passos. Olhe
firmemente para o Salvador e não permita que as dificuldades e tribulações da
vida embacem os seus olhos e o leve a perder o alvo da vida cristã: Jesus, o
Salvador.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Deus
não abandonou o ser humano no pecado. Por isso, o nascimento de Jesus marca o
início de uma nova era para a humanidade, em que a promessa de perdão e de
salvação, por intermédio de sua encarnação, posterior crucificação e morte, foi
efetuada por Ele na cruz a fim de nos redimir.
PONTO CENTRAL
Jesus
Cristo veio ao mundo na plenitude dos tempos para salvar a humanidade.
I - O ANUNCIO DO
NASCIMENTO DO SALVADOR
O
Antigo Testamento dá abundantes predições sobre a vinda do Messias ao mundo: na
queda dos nossos primeiros pais, a vinda do Salvador foi apontada (Gn 3.15); no
sangue de animais no umbral das portas na noite da Páscoa (Êx 12.1-13); no
êxodo do povo judeu do Egito (Êx 12.37-51; 13.17-22); nos 26 salmos messiânicos
(SI 2.7; 16.10; 22.1ss; 35.19; 72.1ss; 118.22 e outros); na volta do exílio
babilônico; e nos profetas, especialmente o livro de Isaías, denominado o livro
messiânico do Antigo Testamento (Is 9; 11; 50).
2. Anunciado pelos anjos.
O
anjo Gabriel apareceu a Maria e lhe deu instruções de como ela conceberia
milagrosamente o menino Jesus (Lc 1.30-38). Quando os anjos anunciaram o
nascimento do Salvador aos pastores, estes foram tomados de grande alegria e
glória do Senhor (Lc 2.9), pois ao ouvirem palavras tão alentadoras e o coral
de anjos cantando foram imediatamente à procura do Salvador (Lc 2.13-18).
3. Desfrutado pela
humanidade.
A
visita dos pastores e dos sábios simboliza toda a raça humana à procura de
Deus. Essa visita não se deu num belo palácio ornado de ouro, mas numa simples
manjedoura cheia de animais e palha; um lugar inóspito para o grande Rei e
Salvador. Mas foi ali que Deus mostrou-se em toda sua singeleza e simplicidade,
quando foi ao encontro do homem pecador uma vez perdido e entregue ao opróbrio
do pecado (Jo 1.9).
SÍNTESE DO TÓPICO l
O anúncio do nascimento do Salvador se
deu no Antigo e no Novo Testamento.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
No Evangelho de João temos um
retrato inigualável de nosso Senhor. Ele é tão preciso quanto os retratos dos
outros Evangelhos, apesar de suas diferenças em estrutura e propósito. E ele
nos lembra que, em Jesus Cristo, Deus não só revelou aos judeus como seu
Messias, aos romanos como seu Homem de Ação ideal, e aos gregos como verdadeiro
modelo de humanidade. Em Jesus Cristo, Deus se revelou em seu Filho, como
absolutamente a única resposta para as necessidades mais profundas e universais
de uma humanidade perdida.
'No princípio, era o Verbo' (Jo 1.1). É provável que
João, conscientemente, tenha duplicado as palavras de Gênesis 1.1, 'No
princípio... Deus'. O 'princípio', em cada caso, nos transporta para o passado
além da Criação, em uma eternidade que só era habitada por Deus, o agente ativo
em todas as coisas que existia como Deus e com Deus.
Isto é enfatizado no texto pelo
uso do termo em, 'era' e 'estava'. João usa este termo três vezes neste versículo, o tempo
imperfeito do verbo eimi, em vez de
uma forma do verbo egeneto, Eimi e em simplesmente descrevem a existência contínua; ageneto significa 'tornar-se'. No
princípio o Verbo, como Deus, já desfrutava de existência infinita, sem início
e sem fim. A tradução de Knox exibe o
sentido deste verbo, quando ele traduz a frase seguinte: Deus tinha o Verbo
morando consigo'" (RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Culturaldo
Novo Testamento. 7.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, pp. 193,195).
II - A CONCEPÇÃO DO
SALVADOR
1. Um plano concebido desde
a fundação do mundo.
Jesus
Cristo é o Cordeiro de Deus que foi morto desde a fundação do mundo (Ap 13.8),
pois antes de o homem pecar, o Pai, em sua presciência, já havia provido um
salvador. Isso significa que, quando o ser humano pecou. Deus não foi pego de
surpresa. Entretanto, em seu eterno amor pela humanidade, o Altíssimo havia
planejado o resgate dos pecadores mediante o advento da pessoa de seu Filho,
Jesus Cristo (Ap 13-8).
2. O nascimento do Salvador.
O
nascimento do Salvador é um evento emblemático e simbólico acerca do propósito
que Ele veio realizar: salvar o mundo (Jo 3.16). Para isso o Filho nasceu longe
de casa, peregrinou para Belém sem acomodações adequadas, num ambiente inóspito
e extremamente humilde (Lc 2.1-7). Isso foi a demonstração da humildade divina,
pois o Filho se esvaziou de sua glória para habitar de maneira humilde entre os
homens (Fp 2.7). Que belo gesto de doação de si mesmo, pois não poderia haver
maior entrega para mostrar esta verdade: Deus é amor (1 Jo 4.8)!
3. Um roteiro divino de
vida.
Desde
a fundação do mundo, Jesus foi o Salvador e, a partir de seu nascimento, essa
realidade foi confirmada (Lc 2.10,11): Ele foi concebido por uma virgem, o que
atesta o fato milagroso de ser o Filho de Deus incriado e gerado como homem
pelo Espírito Santo (Lc 1.35); Jesus nasceu num contexto de pobreza, o que
mostra sua humilhação e serviço aos desafortunados (Lc 4.18-21); o Filho de
Maria cresceu numa família, o que mostra a importância que Deus dá à célula
mater da sociedade (Lc 2.40). Assim, o ministério terreno de Jesus seria
abrangente (Lc 2.49), mostrando que o Reino de Deus já havia chegado à Terra
(Lc 10.9,11).
SÍNTESE DO TÓPICO II
A concepção do Salvador foi um plano
concebido desde a fundação do mundo.
CONHEÇA MAIS
Encarnação
Quando
na plenitude dos tempos (Gl 4.4), o anjo Gabriel comunicou a Maria que ela
seria o instrumento da encarnação de Jesus, disse-lhe: 'Em teu ventre
conceberás e darás à luz um filho, e por-lhe-ás o nome de Jesus' (Lc 1.31).
[...] Jesus, o 'Deus bendito eternamente' (Rm 9.5), fez-se homem. Esse mistério
chama-se encarnação. A Bíblia diz: 'grande é o mistério da piedade: Aquele que
se manifestou em carne' (1Tm 3.16). A doutrina da encarnação de Jesus excede
tudo o que o entendimento humano possa compreender; porém, desse milagre
depende a substância do Evangelho da salvação e a doutrina da redenção.' Para
conhecer mais leia Teologia Sistemática, de Eurico Bergsten, CPAD, pp.48-49.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
O Nascimento Virginal
Provavelmente, nenhuma doutrina
cristã é submetida a tão extenso escrutínio quanto a do nascimento virginal, e
isto por duas razões principais. Primeiro, esta doutrina depende, para a sua
própria existência, da realidade do sobrenatural. Muitos estudiosos, nestes
últimos dois séculos, têm desenvolvido um preconceito contra o sobrenatural; e
esse preconceito tem influenciado seu modo de analisar o nascimento de Jesus. A
segunda razão para a crítica do nascimento virginal é que a história do
desenvolvimento de sua doutrina nos leva para muito além dos simples dados que
a Bíblia fornece. A própria expressão 'nascimento virginal' reflete essa
questão, O nascimento virginal significa
que Jesus foi concebido quando Maria era virgem, e que ela ainda era virgem
quando Ele nasceu (e não que as partes do corpo de Maria tenham sido
preservadas, de modo sobrenatural, no decurso de um nascimento humano).
Um dos aspectos mais discutidos do nascimento virginal é a
origem do próprio conceito. Alguns estudiosos têm procurado explicá-la por meio
de paralelos helenísticos. Os enlaces que os deuses e deusas mantinham com
seres humanos, na liturgia grega da antiguidade, são alegadamente os
antecedentes da ideia bíblica. Mas essa teoria certamente desconsidera a
aplicação de (Isaías 7, em Mateus 1.
Isaías 7, com sua promessa de um
filho que nascerá, é o pano de fundo do conceito do nascimento virginal Muitas
controvérsias têm girado ao redor do termo hebraico "almah, conforme usado em Isaías 7,14. A palavra é usualmente
traduzida por 'virgem', embora algumas versões traduzam por 'jovem'. No Antigo Testamento,
sempre que o contexto oferece nítida indicação, a palavra significa uma virgem
com idade para casamento" (HÕRTON, Stanley M. 1.ed. Rio de Janeiro; CPAD,
1996, p. 322).
III - O VERBO SE FEZ
CARNE E HABITOU ENTRE NÓS
1. A encarnação do
"Verbo".
A
Bíblia afirma, reiteradas vezes, que o Filho de Deus se tornou
"carne" (1Tm 3.16; 1 Jo 4.2; 2 Jo v.7; 1 Pe 3.18; 4.1), ou seja, uma
pessoa inteira, de carne e osso, em pleno uso de suas funções psíquicas. Sobre
isso, o apóstolo Paulo escreveu que Jesus realizou a reconciliação "no
corpo da sua carne" (Cl 1.21,22), isto é, quando se fez "carne"
e habitou entre os homens, assumiu a humanidade juntamente com as fragilidades
próprias dela. Por esse motivo, as Escrituras revelam que o nosso Senhor chorou
em público (Jo 11.35), admitiu perdas e sentiu saudades (Jo 11.36),
experimentou dor (Mt 27.50), sentiu tristeza de morte (Mt 26.38), sentiu-se
cansado (Jo 4.6), teve sede (Jo 19.28), teve dificuldades familiares (Jo
7.3-5), foi tido como louco (Mc 3.21), mostrou que a privacidade e a oração são
períodos essenciais para a sobrevivência espiritual (Mc 1.35; 6.30-32,45,46; Lc
5.16).
2. A humilhação do servo.
A
humilhação de Jesus teve início com o esvaziamento de sua glória para tomar a
forma de servo e culminou com o sofrimento na cruz (Fp 2.7,8). Sua humilhação
está relacionada aos seus sofrimentos, como ao ser perseguido, desprezado pelas
autoridades, discriminado (Jo 1.46), silenciado diante de seus acusadores,
açoitado impiedosamente, injustamente julgado diante de Pilatos e Caifás e,
finalmente, morto. Assim se cumpriu cada detalhe da profecia a respeito do
Servo Sofredor (Is 53).
3. O exemplo a ser seguido.
Quando
andou na Terra, Jesus nos ofereceu o melhor exemplo, fazendo a vontade do Pai e
amando o próximo com um amor sem igual (Jo 4.34; Lc 4.18,19). Logo, a partir da
vida do Salvador, somos estimulados a priorizar o Reino de Deus, a pessoa do
Altíssimo em todas as áreas de nossa vida, não permitindo que nada tome o seu
lugar em nosso coração. Assim, somos instados a amaro próximo na força do mesmo
amor que o Pai tem por nós (Mc 12.30,31).
SÍNTESE DO TÓPICO III
Jesus é o "Verbo de Deus"
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
O Verbo se Fez Carne
Ao encarnar, Cristo se tornou:
(1) o Mestre perfeito — a vida de Jesus nos permitiu perceber
como Deus pensa e, por conseguinte, como devemos pensar (Fp 2.5-11); (2) o
Homem perfeito—Jesus é o modelo do que devemos tornar-nos. Ele nos mostrou como
viver e nos dá o poder para trilhar esse caminho de perfeição (1Pe 2.21);
(3) O sacrifício perfeito—Jesus foi sacrificado por todas as
iniquidades do ser humano; sua morte satisfez as condições de Deus para a
remoção do pecado (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, 1.ed. Rio de Janeiro:
CPAD, 2006, p, 1414).
CONCLUSÃO
As
boas novas do Evangelho se materializaram em Jesus quando de seu nascimento em
Belém. Sua obra salvadora foi profetizada ao longo de todo o Antigo Testamento,
anunciada pelos anjos aos pastores e ecoa, de forma abrangente, por todo o
Universo. Ele se encarnou, se humilhou, e finalmente, triunfou gloriosamente
mediante a sua ressurreição para, assim, nos garantir a salvação.
PARA REFLETIR
A
respeito da salvação e o advento do Salvador, responda:
• Como os pastores receberam o nascimento de Jesus?
Quando
os anjos anunciaram o nascimento do Salvador aos pastores, estes foram tomados
de grande alegria e glória do Senhor.
• Qual foi o plano concebido por Deus desde a fundação do mundo?
Jesus
Cristo é o Cordeiro de Deus que foi morto desde a fundação do mundo, pois antes
de o homem pecar, o Pai, em sua presciência, já havia provido um Salvador.
• O que a Bíblia afirma sobre a doutrina da encarnação?
A
Bíblia afirma, reiteradas vezes, que o Filho de Deus se tornou
"carne", ou seja, uma pessoa inteira, de carne e osso, em pleno uso
de suas funções psíquicas. Sobre isso, o apóstolo Paulo escreveu que Jesus
realizou a reconciliação "no corpo da sua carne" (Cl 1.21,22), isto
é, quando se fez "carne" e habitou entre os homens, assumiu a
humanidade juntamente com as fragilidades próprias dela.
• Como aconteceu a humilhação de Jesus?
A
humilhação de Jesus teve início com o esvaziamento de sua glória para tomar a
forma de servo e culminou com o sofrimento na cruz (Fp 2.7,8). Sua humilhação
está relacionada aos seus sofrimentos, como ao ser perseguido, desprezado pelas
autoridades, discriminado (Jo 1.46), silenciado diante de seus acusadores,
açoitado impiedosamente, injustamente julgado diante de Pilatos e Caifás e,
finalmente, morto.
• Qual foi o exemplo de Jesus para nós humanos?
Quando
andou na Terra, Jesus nos ofereceu o melhor exemplo, fazendo a vontade do Pai e
amando o próximo com um amor sem igual (Jo 4.34; Lc 4.18,19). Logo, a partir da
vida do Salvador, somos estimulados a priorizar o Reino de Deus, a pessoa do
Altíssimo em todas as áreas de nossa vida, não permitindo que nada tome o seu
lugar em nosso coração.
SUBSÍDIO ADICIONAL
Fonte: Ensinador Cristão – n° 72
Não há nada mais significativo nos Evangelhos do que a narrativa do advento de Jesus. Com advento nos referimos ao processo de encarnação do Deus Filho. Jesus é achado Filho de Deus em que sua concepção foi obra do Espírito Santo. As Escrituras afirmam que Maria, sua mãe, o concebeu virginalmente (Lc 1.26-35). Sobre esse milagre, diz o importante documento dos primeiros cristãos: "Creio em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor, o qual foi concebido por obra do Espírito Santo; nasceu da virgem Maria" (Credo Apostólico). O Deus Trino operou na encarnação do verbo divino!
Diferentemente
dos deuses pagãos, o Deus da Bíblia buscou se revelar à humanidade como igual
com ela. Sem deixar de ser divino e, igualmente, sem deixar de ser humano, pois
as suas duas naturezas, humanas e divinas, não se misturam nem se separam; mas
antes, se mostram como duas entidades que comungam da mesma natureza, propósito
e missão. Foi pelo Filho que o Pai se deu a conhecer de uma vez por todas (Hb
1.1). Em Jesus, Ele se relaciona com os seres humanos de maneira amorosa,
misericordiosa e justa (Mt 9.13). Logo, por meio de Cristo, o Pai chamou um
povo e revelou-se a ele. Esse povo agora não tem mais características étnicas,
geográficas ou culturais, pois em Jesus toda a parede que fazia separação entre
judeus e gentios foi derrubada (Ef 2.14-16). A salvação anunciada pelo advento
do nosso Salvador e experimentada por milhares de pessoas ao longo da história
continua disponível hoje. É a tão bela e graciosa salvação provida por Cristo!
Por isso amamos Jesus; vivemos em Jesus; devemos estar sempre em Cristo, o
autor e consumador da nossa fé!
A
Igreja Cristã, ao longo desses 21 séculos de história, crê no evento de Cristo
no mundo. Tendo no advento, crucificação, morte e ressurreição de Jesus a
certeza de que é possível o ser humano ter uma nova vida com Deus mesmo num
mundo decaído, onde habita pessoas de natureza decaída.
A
Palavra de Deus revela que fomos alcançados pela graça de Deus, um favor
imerecido, uma provisão salvífica maravilhosa e graciosa para nós. Tudo isso
ocorreu a partir da obra salvífica de Jesus prenunciada em seu advento. Assim,
a partir do que em teologia denominamos de "evento Cristo", como o
apóstolo Paulo, podemos dizer: "Tragada foi a morte na vitória. Onde está,
ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória?" (1 Co 15.54,55).
Cristo, o adverto glorioso!