Lições Bíblicas: CPAD
Trimestre: 4° de 2017 – 31 de Dezembro
de 2017
TEXTO ÁUREO
"Porque
quem conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a
mente de Cristo." (1Co 2.16)
VERDADE PRÁTICA
Diante
de um mundo marcado pelos dias maus, não podemos viver sem ter a mente de
Cristo.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Mt 5.1-12: As
bem-aventuranças trazem bom senso para a vida
Terça - Mt 5.13-16: Sendo
sal para temperar e luz para iluminar
Quarta- Mt 5,21-26: Sabedoria no relacionamento
interpessoal
Quinta - Mt 5.38-42: Guardando
o coração do ódio e do mal
Sexta - Mt 6.1-4: Fazendo o bem com a motivação correta
Sábado - Mt 6.9-15
Orando a Deus com sabedoria
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
I Coríntios 2.12 - 16
12 Mas nós não recebemos o espírito
do mundo, mas o Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que
nos é dado gratuitamente por Deus.
13 As quais também falamos, não com
palavras de sabedoria humana, mas com as que o Espírito Santo ensina,
comparando as coisas espirituais com as espirituais.
14 Ora, o homem natural não
compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não
pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.
15 Mas o que é espiritual discerne
bem tudo, e ele de ninguém é discernido.
16 Porque, quem conheceu a mente do
SENHOR, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo.
HINOS SUGERIDOS: 159, 463, 620 da Harpa Cristã
OBJETIVO GERAL
Explicar porque não podemos viver
sem ter a mente de Cristo.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos
referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o
objetivo l refere-se ao tópico l com os seus respectivos subtópicos.
I
- Mostrar que somos
peregrinos neste mundo tenebroso;
II
- Compreender
que precisamos viver em esperança e com a mente de Cristo.
• INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Prezado (a) professor (a), chegamos
ao final da nossa série de estudos a respeito da salvação. Com certeza, a sua
fé e a de seus alunos foram fortalecidas mediante o estudo de cada lição.
Aprendemos a respeito da maior e melhor dádiva divina que alguém pode receber:
a salvação pela fé em Jesus Cristo. Não somos merecedores de tão grande dom,
mas Ele, pela sua graça, nos salvou e fez de nós novas criaturas. Que venhamos
louvar a Deus pela nossa salvação e partilhar deste presente com aqueles que
ainda não receberam a Cristo como Salvador.
INTRODUÇÃO
A doutrina da glorificação dos
salvos, estudada na lição anterior, traz esperança à nossa vida. Ela nos lembra
que somos peregrinos e forasteiros neste mundo e, por isso, devemos sempre ter
a consciência da fugacidade da vida. A melhor maneira de viver com essa
consciência é ter a mente de Cristo.
PONTO CENTRAL
Somos
peregrinos em terra estranha.
I - PEREGRINOS NESTA TERRA
1.
Peregrinos na terra.
O peregrino está de passagem por uma
terra que não lhe pertence, ele caminha em direção a um país cujo coração
almeja. Para isso, o peregrino se torna nómade, não se apega ao local de
estadia porque sabe que ele é provisório. Por onde caminha não experimenta
conforto, pois carrega o mínimo de bagagem possível a fim de tornar o trajeto
mais leve.
O patriarca Abraão é o modelo bíblico dessa imagem peregrina.
O nosso pai da fé saiu da sua terra, deixou sua parentela, foi ao encontro da Terra
Prometida e fez da peregrinação um estilo de vida (Hb 11.9). Da mesma forma,
nós os cristãos somos peregrinos neste mundo. Por isso, não podemos nos
embaraçar com as coisas desta vida nem permitir que ocupem o lugar que pertence
ao Senhor em nosso coração (1Tm 2.4). Isso não significa irresponsabilidades
com o trabalho, os estudos e a família, mas uma motivação correta do coração
para priorizar "as coisas que são de cima" (Cl 3.1).
2.
Cidadãos celestiais.
A Bíblia se refere ao fato de que os
crentes não são deste mundo (Jo 17.16) e anseiam por sua pátria celestial (Fp
3.20). Dessa forma, não podemos nos conformar com este mundo, pois o nosso
estilo de vida deve refletir o exemplo de Jesus revelado nos Evangelhos: uma
vida marcada pela prática da justiça, do acolhimento aos sofredores, da
libertação dos oprimidos pelo Diabo e, especialmente, da prática de amar o
próximo, uma virtude eterna (1Co 13.13). Nesse sentido, podemos viver um pouco
do Reino de Deus nesta Terra (Mt 6.33), embora haja uma tensão entre o tempo
presente e a esperança da glória futura a ser manifestada brevemente (Rm
8.18,19,25).
SÍNTESE DO TÓPICO l
Estamos neste mundo de passagem, o
nosso destino é o céu.
SUBSÍDIO LEXICOGRÁFICO
Parepidemos, adjetivo que significa 'peregrinar num lugar estranho, longe do
próprio povo' (formado de para, 'de', expressando uma condição contrária, e epidemeõ, "peregrinar; cognato de
demos, 'povo'), é usado acerca dos santos do Antigo Testamento (Hb 11.13,
'peregrinos', tanto com o termo xenos,
'estrangeiro'); dos cristãos (1Pe 1.11, 'estrangeiros [dispersos]'; 1Pe 2.11,
'peregrinos', junto com o termo paroikos,
'estrangeiro, forasteiro, hóspede'); a palavra é usada metaforicamente acerca
daqueles a quem o céu é a sua pátria, e que são peregrinos na terra'"
(Dicionário Vine. 14.ed.Rio de Janeiro: CPAD, 2011, p. 869).
II - VIVENDO EM ESPERANÇA COM A MENTE DE CRISTO
1.
Passando pelas provações com a mente de Cristo.
Enquanto vivermos neste mundo,
seremos afetados pelas fraquezas e circunstâncias difíceis. Por isso devemos
aprender a viver com a sabedoria do alto (Tg 3.17; Fp 4.8). Nesse aspecto, o
apóstolo Paulo exorta a igreja de Filipos a ter o mesmo sentimento de humildade
de Cristo, esvaziando-se da prepotência, do orgulho, do apego aos títulos e
posições, para cumprir o celestial propósito de servir (Fp 2.5-8). Ora, se
temos a mente de Cristo, como ensina o apóstolo dos gentios, logo, sabemos
discernir bem as coisas espirituais das materiais; por isso, escolhemos
priorizar o Reino de Deus e a sua justiça na esperança de que Deus cuidará de
nossas vidas (Mt 6.33).
2.
Um olhar para além das circunstâncias.
Neste tempo presente, com os olhos
focados em Cristo, podemos viver em esperança (Hb 11.1). Quando o nosso pensamento
está de acordo com os ensinos do nosso mestre, podemos voltar os nossos olhos
para além das circunstâncias difíceis. Isso não significa escapismo ou fantasia,
mas uma alegre motivação e encorajamento para enfrentarmos as batalhas com a
convicção de que Deus nos fortalecerá. Quando temos esperança em Cristo, e por
intermédio dEle aprendemos a viver melhor, buscamos uma vida mais simples
parecida com Jesus (Mt 6.19-21) e nos lançamos aos seus pés na certeza de que
Ele tem cuidado de nós (l Pé 5.7). Assim, a vida fica mais leve (Mt 11.28-30).
SÍNTESE DO TÓPICO II
Para manter a nossa esperança viva
precisamos ter a mente de Cristo.
SUBSÍDIO BIBUOLÓGICO
Como ovelhas
para o matadouro (Rm 8.36)
As adversidades alistadas
pelo apóstolo nos versículos 35,36 de Romanos 8, têm sido experimentadas pelo
povo de Deus através dos tempos. Nenhum crente deve estranhar o fato de
experimentar adversidades, perseguição, fome, pobreza ou perigo. Aflições e calamidades
não significam, decerto, que Deus nos abandonou, nem que Ele deixou de nos
amar. Pelo contrário, nosso sofrimento como crentes, abrir-nos-á o caminho pelo
qual experimentaremos mais do amor e do consolo de Deus (2 Co 1.4,5). Paulo nos
garante que venceremos em todas essas adversidades e que seremos mais que
vencedores por meio de Cristo (Bíblia de Estudo Pentecostal. 1 .ed. Rio de
Janeiro: CPAD, 2009, p. 1714).
CONCLUSÃO
Somos peregrinos em terra estranha.
Sentimos saudades de uma terra que ainda não conhecemos, como canta o poeta:
"Oh! que saudosa lembrança / tenho de ti, ó Sião" (Harpa Cristã, n° 2). Portanto, vivamos
sabiamente com a mente de Cristo até o nosso Salvador voltar para nos buscar.
Maranata!
PARAREFLETIR
A
respeito de vivendo com a mente de Cristo, responda:
• Conceitue a palavra "peregrino".
Peregrino
significa andante, alguém que está caminhando fora da sua terra,
estrangeiro.
• Quem é
o modelo bíblico de uma vida peregrina?
O
patriarca Abraão é o modelo bíblico dessa imagem peregrina.
• O que o nosso estilo de vida deve refle ti r?
O
nosso estilo de vida deve refletir o exemplo de Jesus revelado nos Evangelhos:
uma vida marcada pela prática da justiça,
do acolhimento aos sofredores, da libertação
dos oprimidos pelo Diabo e, especialmente, da prática
de amar o próximo, uma virtude eterna.
• Qual a consequência
de termos a mente de Cristo?
Se
tivermos a mente de Cristo, como ensina o apóstolo
dos gentios, logo, sabemos discernir bem as coisas espirituais das materiais.
• Você tem esperança?
Resposta
pessoal. Mas neste tempo presente, com os olhos focados em Cristo, podemos
viver em esperança.
Quando o nosso pensamento está
de acordo com os ensinos do nosso Mestre, podemos voltar os nossos olhos para
além das circunstâncias difíceis.
SUBSÍDIO ADICIONAL
Fonte: Ensinador Cristão – n° 72
A fim
de vivermos sabiamente neste mundo é preciso compreender algumas verdades
bíblicas fundamentais:
(1)
Como discípulos de Cristo, somos peregrinos nesta Terra (Tg 4.14);
(2)
conscientes de nossa provisoriedade terrena, precisamos ter a mente de Cristo
(1 Co 2.16). Essas duas verdades bíblicas nos farão compreender melhor o mundo
onde que vivemos.
A
marca do mundo hodierno é a prática de uma vida sem moderação, bom senso
equilíbrio e ordem. No contexto desse mundo que os discípulos de Cristo são
chamados por Deus para "salgar" e "iluminar" a Terra (Mt
5.13,14) -, apresentando as virtudes do Reino de Deus em cada relacionamento
que estabelecemos na sociedade.
Saber
quem somos e discernir que tipo de mundo está diante de nós, só é um exercício
possível tendo a mente de Cristo, isto é, uma vida norteada pelos valores que o
nosso Senhor ensinou nos Evangelhos. Quando temos a mente de Cristo, mesmo
diante da provisoriedade da vida, da decadência do mundo e das crises humanas,
mantemos a esperança, pois focados em Cristo, podemos ter um olhar muito além
das circunstâncias (Hb 11.1).