Revista Cristão Alerta : Edição 20, 1° trimestre de 2025: EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ Subsídios Bíblicos : EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ A Revista Evangélica Digital é uma fonte confiável de subsídios bíblicos que oferece os melhores recursos para professores e alunos de Escolas Bíblicas, especialmente para as lições dominicais de adultos da CPAD. 📚 VOCÊ ENCONTRA NESTA EDIÇÃO Subsídios para todas as lições bíblicas, classe dos adultos: Subsídios Lição 1: Quando as Heresias Ameaçam a Unidade da Igreja Subsídios Lição 2: Somos Cristãos Subsídios Lição 3: A Encarnação do Verbo Subsídios Lição 4: Deus É Triúno Subsídios Lição 5: Jesus é Deus Subsídios Lição 6: O Filho É igual com o Pai Subsídios Lição 7: As Naturezas Humana e Divina de Jesus Subsídios Lição 8: Jesus Viveu a Experiência Humana Subsídios Lição 9: Quem é o Espírito Santo? Subsídios...
Lição 10 - Adorando a Deus em Meio a Calamidade (Subsídio)
Gerar link
Facebook
X
Pinterest
E-mail
Outros aplicativos
Este é subsídio para a presente lição da classe de Adultos. Para
a continuação deste subsídio, acesse aqui.
O personagem
principal do estudo de hoje tem por nome Josafá. Ele em meio a grande crise
política em seu reinado, em Judá, se voltou para Deus em oração e jejum, a fim
de receber o socorro do altíssimo (2Cr 20.1-12).
Deus por ser um pai
amoroso, está sempre atento às orações de seus filhos (I Pedro 3.12). Por
conseguinte, sigamos o exemplo deste quarto rei de Judá, a fim de recebermos a
ajuda necessária em tempos de crises.
SUBSÍDIO DA LIÇÃO DA SEMANA
I. REINO
DIVIDIDO
O reino de Israel
esteve sob a liderança de Saul, Davi e Salomão por cento e vinte anos. O rei
Salomão morreu em 931 a.C. marcando assim a decadência política, moral e
religiosa da monarquia. Roboão, o seu filho, assumiu o reino, mas acabou
dividindo-o em dois: o do Norte e o do Sul.
1.ADIVISÃO
DO REINO
A separação das dez
tribos "veio de Deus", 11:11, 31; 12:15, como castigo da apostasia de
Salomão e como uma lição para Judá.
O Reino unido durou
120 anos: Saul, 40 anos, At 13:21; Davi, 40 anos, 2Sm 5:4; Salomão, 40 anos, l
Rs 2:42. Depois da morte de Salomão, dividiu-se o reino: dez tribos formaram o
reino do Norte, chamado "Israel"; Judá e Benjamim formaram o reino do
Sul, chamado "Judá".
2. O REINO DO NORTE
O reino do Norte
durou pouco mais de 200 anos, e foi destruído pela Assíria, 722 a.C. O reino do
Norte constituía-se de dez tribos.
a) A Religião do
Reino do Norte
Jeroboão, fundador do
reino do Norte, adotou para manter separados os dois reinos, o culto do bezerro,
a religião do Egito, como religião oficial do reino recém-formado. O bezerro
veio a constar como símbolo da independência de Israel.
Jeroboão incutiu tão
profundamente o culto do bezerro no reino do Norte que não pode ser arrancado
daí senão com a queda desse reino.
O culto de Baal,
introduzido por Jezabel, prevaleceu por uns 30 anos, mas foi exterminado por
Elias, Eliseu e Jeú, nunca mais reaparecendo, embora persistisse, com
intermitências, em Judá, até ao cativeiro deste.
Todos os 19 reis do
Norte seguiram o culto do bezerro de ouro. Alguns deles serviram também a Baal,
porém nenhum tentou alguma vez fazer o povo voltar para Deus.
b) Quem era Baal ?
Baal era o deus do
trovão, do raio e da fertilidade, e supostamente tinha poder sobre os fenômenos
naturais. Baal era uma divindade cananita (1Rs 16.31). Baal era filho da deusa
Aserá.
A longa seca sobre o
reino do norte criou as condições necessárias para Elias desafiar os profetas
de Baal e provasse que tal divindade não passava de um falso deus (1 Rs 17.1,2;
18.1,2, 21,39).
3. O REINO DO SUL
O reino do Sul tinha
apenas duas tribos, Judá e Benjamim. O reino do Sul foi um pouco além de 300
anos, e foi destruído pela Babilônia, no período entre 605 e 587 a.C. A única
razão para Deus preservar o Reino do Sul, Judá, por tanto tempo como o fez foi
por causa de seu amado Davi (1 Rs 11:34-39; 15:4). O povo devia muito a Davi e
à longanimidade do Senhor!
a) À Religião do
Reino do Sul
Foi o culto de Deus:
posto que a maioria dos reis servisse aos ídolos e andasse nos maus caminhos
dos reis de Israel, contudo alguns dos reis de Judá serviram a Deus e por vezes
houve notáveis reformas no meio desse povo. Entretanto, apesar dos repetidos e
enérgicos avisos dos profetas, Judá acabou por abismar-se nas práticas
horríveis do culto de Baal e de outras religiões dos cananeus, até que não
houve mais remédio.
II. O REI
DO SUL – JOSAFÁ
a) Quem era Josafá
(1Rs 22.41-50)
Josafá, filho de Asa,
reinou sobre Judá vinte e cinco anos (873/872 a.C.). Nos primeiros três anos,
foi corregente de seu pai, Asa. Josafá aparece inicialmente nos versículos 2-4,
em que fez uma aliança vergonhosa com o rei perverso de Israel e, como
resultado, quase perdeu a vida. Em geral, porém, foi um rei bom que:
Seguiu o exemplo de
seu pai e combateu a idolatria, mas não conseguiu erradicá-la completamente (v.
43).
b) Os cinco Josafá do
Antigo Testamento
Esse nome, que
significa «Yahweh julgou», é o nome de cinco personagens das páginas do Antigo
Testamento, a saber:
1. Um oficial da
corte de Davi que trabalhava como cronista. Ver II Sam. 8.16; 20.24; 2Cr.
18.15. Continuou a trabalhar para Salomão, quando este sucedeu a seu pai, Davi.
Sua época de atividades foi entre cerca de 984 a 965 a.C. Era filho de Ailude.
2. Um dos doze
intendentes do rei Salomão. Josafá era filho de Parua (1Reis 4.17). Controlava
o distrito de Issacar. Viveu por volta de 960 A.C.
3. O pai do rei Jeú,
e filho de Ninsi (2Reis 9.2,14). Ele viveu por volta de 842 a.C.
4. Um sacerdote que
teve a missão de tocar a trombeta, perante a arca, quando esta estava sendo
transportada da casa de Obede-Edom para Jerusalém, em cerca de 982 a.C. Ver 2
Cr. 15:24.
5. O quarto rei de
Judá, reino do sul, e sexto da linhagem real de Davi. Ele era filho do rei Asa,
quando o sucedeu no trono, com a idade de trinta e cinco anos. Continuou
reinando por vinte e cinco anos, de 873 a 849 a.C. Foi contemporâneo de vários
reis de Israel, Onri, Acabe, Acazias e Jeorão. Os profetas Elias e Eliseu
estiveram ativos durante o seu reinado, posto que atuavam muito mais no reino
do norte, Israel.
Josafá viveu até os
sessenta anos, e morreu após ter reinado por vinte e cinco anos. Isso ocorreu
em cerca de 896 a.C. Jeorão, seu filho, que havia atuado como corregente nos
últimos anos de sua vida, sucedeu-o no trono.
c) O reinado de Josafá
(2Cr 17.1-6)
Josafá parece ter
sido corregente com seu pai por aproximadamente três anos, 873- 870 a.C. (cf. 1
Rs 22.41-50). Há mais detalhes nos livros das Crônicas do que em Reis. Ele é o
primeiro rei avivalista reformador a trazer verdadeiros resultados. Obviamente
construiu sobre o antigo alicerce que fora preparado por seu pai, Asa. A
prosperidade foi maior sob o governo de Josafá do que sob o de seu pai, e foi
dito que ele andou nos primeiros caminhos de Davi.
d) Josafá e o ensinamento
Josafá compreendeu
que ensinar a Palavra de Deus (2Cr 17. 9) é tarefa de todos os líderes que são
da fé (confira Mt. 28.20), não apenas os levitas e sacerdotes profissionais
(Dt. 33:10; Lv. 10:11).
e) O exército de
Josafá
Os três exércitos
judaicos de Josafá totalizavam assim 780.000 homens, em comparação com os
500.000 do tempo de Davi (2Sm. 24.9). Ele também convocou os serviços dos dois
exércitos benjaminitas de 380.000 homens. São cifras muito grandes, incluindo a
convocação, sem dúvida nenhuma, de todos os seus cidadãos (2Cr. 14; 8).
f) Erros de Josafá
Ele foi um dos
maiores reis de Judá, apesar de ter tomado algumas decisões insensatas. Ele não
apenas buscou o próprio Deus, mas mandou os sacerdotes irem ao povo a fim de
ensinar- lhe os caminhos do Senhor.
ØSeu primeiro erro foi casar-se na família do rei ímpio de
Israel Acabe, adorador de Baal e marido da perversa rainha Jezabel. Foi um
casamento de conveniência política, e, assim, Acabe pôde aliar-se a Josafá.
ØO segundo erro de Josafá foi unir-se a Acabe
na luta contra os inimigos de Israel. Acabe disse a Josafá que usasse a
indumentária real na batalha, o que o transformava em um alvo fácil, mas Deus
protegeu Josafá e fez com que Acabe fosse morto. Esse evento deve encorajar-nos
a não pecar, pois o Senhor não está obrigado a proteger-nos quando não seguimos
a vontade dele (Sl 91.9-16).
ØSeu terceiro erro foi aliar-se ao perverso rei Acazias em uma
tentativa de conseguir riquezas (2Cr 20.35- 37). Deus quebrou os navios e deu
um fim ao empreendimento. E uma infelicidade que, às vezes, falte discernimento
às pessoas piedosas, e estas se deixem envolver em alianças que são benéficas
apenas aos inimigos e desgraçam o nome do Senhor.
Quando confrontado
pela união dos exércitos dos moabitas e dos amonitas, dois antigos inimigos de
Israel (Gn 19:30-38; Dt 23:3; Ne 13:1), Josafá pôs sua fé no Senhor, e ele
deu-lhe grande vitória. A combinação de oração (2Cr 20:3-13), profecia (2Cr
20:14-17) e louvor (2Cr 20:18-22) deu-lhe a vitória.
A espiritualidade de
Josafá avulta entre as mais bem formadas, entre os monarcas de Judá. Ele
incorreu em erros, mas a sua vida, considerada como um todo foi espiritualmente
positiva. Ele se mostrou leal para com a fé de seus antepassados puro em seus
motivos e em seus atos.
III.
ATITUDES DE JOSAFÁ DIANTE DE SEUS INIMIGOS
1. A ORAÇÃO DE JOSAFÁ
(2Cr 20.5-19)
Em momentos de crise,
a oração é uma fonte de força capaz de nos fazer recordar experiências prévias
em que fomos ajudados por Deus.
O rei invocou o Deus
de seus pais, e relembrou libertações ocorridas no passado, diante do pátio
novo. Este seria o pátio externo, provavelmente renovado ou reconstruído desde
os dias de Salomão.
Sob a sombra do
Templo, Josafá se lembrou e citou a oração de seu tataravô, na ocasião em que o
local santificado havia sido dedicado (2Cr 6.28-31).
O rei e seu povo se
depararam com o tipo de dilema que todos nós enfrentamos mais de uma vez na
vida: e não sabemos nós o que faremos. Mas ele, também tinha o recurso para a
solução do problema. Este meio está à disposição de todo o verdadeiro servo de
Deus: Os nossos olhos estão postos em ti. Seguindo uma liderança temente e
obediente ao Senhor, as esposas (e também as crianças) permaneceram perante o
Senhor com os seus maridos e com o seu rei.
2. JOSAFÁ CONVOCA UM
JEJUM NACINAL (2Cr 20.3)
O jejum era um sinal
de pesar (Jz. 20:26) e não era um procedimento regular na religião hebraica
pré-exílica (a não ser que esteja implícita em Lv. 16:29-31). Mas do período de
Samuel em diante, foi usado para enfatizar a sinceridade das orações do povo de
Deus quando Israel enfrentava problemas especiais (1 Sm 7:6; cons. Atos 13:2).
a) O Jejum na Bíblia
Baseado em Mateus
6.17,17, podemos afirmar que o ato de jejuar é considerado uma parte normal da
vida espiritual de uma pessoa (ICo 7.5). O jejum está associado à tristeza
(9.14-15), oração (17.21), caridade (Is 58.3-6) e busca da vontade de Deus (At
13.2-3; 14.23).
b) Definindo o jejum
bíblico
Na Bíblia, jejuar
refere-se à abstenção de alimento por motivos espirituais.
Embora o jejum
apareça frequentemente vinculado à oração, ele por si só deve ser considerado
uma prática de proveito espiritual.
Na realidade, o jejum
bíblico pode ser chamado de oração sem palavras.
c) Há três formas
principais de jejum, vistas na Bíblia:
(1) Jejum normal à
abstenção de todos os alimentos, sólidos ou líquidos, mas não de água;
(2) jejum absoluto a
abstenção tanto de alimentos como de água (Et 4.16; At 9.9);
Normalmente este tipo
de jejum não deve ir além de três dias, pois a partir daí o organismo se
desidrata, o que é muito nocivo à saúde. Moisés e Elias fizeram jejum absoluto
por 40 dias, mas sob condições sobrenaturais (Dt 9.9,18; Êx 34.28; 1 Rs 19.8);
(3) o jejum parcial
uma restrição alimentar, e não uma abstenção total dos alimentos (Dn 10.3).
O próprio Cristo
praticava a disciplina do jejum e ensinava que a mesma devia fazer parte da
vida consagrada do cristão (6.16), além de ser um ato de preparação para a sua
volta. A igreja do Novo Testamento
praticava o jejum (At 13.2,3; 14.23; 27.33).
d) O propósito do
jejum com oração:
(1) um ato para Deus,
visando à sua honra (6.16-18; Zc 7.5; Lc 2.37; At 13.2);
(2) o crente
humilhar-se diante de Deus (Sl 69.10; Ed 8.21; Is 58.3), para receber mais
graça (1 Pe 5.5) e desfrutar da presença íntima de Deus (Is 57.15);
(3) expressar pesar
por causa de pecados e fracassos pessoais cometidos (1 Sm 7.6; Ne 9.1,2);
(4) pesar por causa
dos pecados da igreja, da nação e do mundo (1 Sm 7.6, Ne 9.1,2);
(5) buscar graça
divina para novas tarefas e reafirmar nossa consagração a Deus (4.2);
(6) como um meio de
buscar a Deus, aproximar-nos dEle e prevalecer em oração contra as forças
espirituais do mal que lutam contra nós (Ed 8.21,23, 31; Jl 2.12; Jz 20.26; At
9.9);
(7) como um meio de
libertar almas da escravidão do mal (Is 58.6-9; Mt 17.14-21);
(8) demonstrar
arrependimento e assim preparar o caminho para Deus mudar seus propósitos
declarados de julgamento (Jn 3.5,10; 1 Rs 21.27-29; 2 Sm 12.16,22; Jl 2.12-14);
(9) obter revelação,
sabedoria e entendimento no tocante à vontade de Deus (Dn 9.3,21, 22; Is
58.6,11; At 13.2,3); e
(10) abrir caminho
para o derramamento do Espírito e para a volta de Cristo a terra para buscar o
seu povo.
3. ARESPOSTA DE DEUS
(2Cr 20.14-19).
Quando o povo de Deus
ora com sinceridade, Deus responde.Às vezes é necessário inicialmente orar e
então empreender todo o esforço humano natural. Mas existem outros tipos de
vitórias espirituais. E esta era uma delas: Não tereis de pelejar; parai, estai
em pé e vede a salvação do Senhor para convosco (2Cr 20.17). O rei se prostrou
com o rosto em terra (2Cr 20.18) com todo o Israel e agradeceu, enquanto os
levitas se levantaram para louvar ao Senhor em voz alta.
“A batalha é do
Senhor”; este foi um pensamento encorajador apresentado ao rei Josafá nos
versículos 14-20.
a)
O povo de Deus estava diante de um adversário poderoso, 2Cr 20.15; 2) Eles
enfrentariam o inimigo sem medo ou espanto, 2Cr 20.15;
b)
Foi prometida a libertação pela mão de Deus, e não por qualquer outro meio, 17;
c)
A recompensa da fé é a segurança e o sucesso, 2Cr 20.20.
4.
A VITÓRIA DE JOSAFÁ (2Cr 20.20-30)
Esta foi uma guerra
santa. Ao invés da arca, os levitas lideraram o exército e cantavam a beleza da
santidade e o imutável amor do seu Deus. Como o Senhor havia prometido, Judá
não precisou lutar. Uma disputa interna surgiu entre os soldados que os
atacariam, e estes lutaram uns contra os outros. Nem sequer um dos inimigos
escapou!
Os soldados de Judá
despojaram os corpos mortos de seus inimigos durante três dias, e recolheram
mais joias do que podiam carregar. O jubiloso retorno a Jerusalém, com voz alta
e tocando os seus instrumentos, foi uma ocasião alegre para toda a terra de
Judá. Outras nações, ao ouvirem falar da ajuda que Deus dera a este povo,
deixaram o pequeno país em paz.