Obs. Lição Bíblica do 3° trimestre de 2016 – classe de Jovens.
TEXTO DO DIA
"Aprendei a
fazer o bem; praticai o que é reto; ajudai
o oprimido; fazei justiça ao órfão; tratai da causa das
viúvas," (Is 1,17)
Isaías escreveu seu
livro num amplo e complexo contexto histórico,
político, cultural econômico e religioso, que, ao ser conhecido, torna mais
vívida e compreensível sua mensagem.
AGENDA
DE LEITURA
SEGUNDA - Is 6.1-13: A
chamada do profeta
TERÇA - 2 Cr 26.1-5: O profeta lsaías viu parte do bom reinado de Uzias
QUARTA - 2 Cr 26.16-21: A morte de Uzias
QUINTA - 2 Rs 15.5:
O reinado de Jotão
SEXTA - 2 Cr 28.1:
O reinado de Acaz
SÁBADO – Is 37.1-7: O profeta Isaías e os reis de Judá
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OBJETIVOS
• ANALISAR o contexto histórico-político do livro do profeta Isaías;
• ENTENDER o contexto econômico-social do povo de Israel no livro de Isaías;
• COMPREENDER o
contexto religioso do livro do profeta Isaías.
INTERAÇÃO
Professor, algumas das profecias de Isaías não estão escritas em ordem cronológica. Assim,
a narrativa do chamado do profeta só vai aparecer no capítulo 6.
Seu texto é organizado
dentro de uma lógica temática e não necessariamente cronológica, Podemos
afirmar que existem no livro de três divisões principais. Sua profecia abrange
um período histórico que vai da morte do rei Uzias até a vinda e o sacrifício
vicário do Messias. Ainda prediz a manifestação final do reino messiânico no
fim dos tempos apocalípticos e escatológicos.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, Isaías foi levantado como profeta em um tempo de grande
conturbação social. Invasões, guerras sanguinárias, idolatria, instabilidade
política, económica e social provocavam grandes temores nos israelitas.
Para facilitar a compreensão do
momento histórico-social do livro de Isaías, sugerimos que você procure, na internet
ou em livros, imagens que tratem esse período. Essas ilustrações podem ser
impressas e fixadas em folhas de papel pardo, formando um painel que será
fixado no mural da classe. Você também pode utilizar as imagens para fazer uma
apresentação em PowerPoint.
Procure ressaltar a gravidade das
questões sociais durante o ministério do profeta Isaías e a de o povo ouvir
palavras de esperança. Por isso, o profeta Isaías fala tanto de esperança.
TEXTO
BÍBLICO
Isaías 1.11,12; 15-17; 21- 26 17
INTRODUÇÃO
A profecia de Isaías pode ser dividida em três momentos específicos: período
dos reis de Jerusalém, dentro do contexto em que ele vive (Is 1-39), com reis
que foram tementes a Deus como Ezequias, mas também com reis que incentivaram a
idilatria como Acaz; o segundo momento é quando ele prediz que o povo irá para
o cativeiro babilônico, trazendo-lhes consolo e esperança para superarem as dificuldades
e aguardarem o retorno com confiança em Deus (Is 40 – 55); e um terceiro
momento é quando o povo
o povo voltaria do cativeiro para Jerusalém, predizendo um período de glória para Israel sob orientação messiânica (Is 56-66).
A mensagem de Isaías diante do contexto histórico é difícil, pois apontava para a quase destruição e rejeição do povo,
porém ,haveria um remanescente. Portanto, o
profeta
contrasta tempos de prosperidade material com muita injustiça bem como períodos de um efervescente culto a Deus contrastando
com idolatria.
I - CONTEXTO HISTÓRICO - POLÍTICO
1. A divisão do reino.
Após a morte do rei Salomão, filho
de Davi, aconteceu
uma disputa pela sucessão em Israel. As dez tribos do
Norte, lideradas por Jeroboão, solicitaram a Roboão, filho de Salomão e
herdeiro legítimo do trono,
que aliviasse a carga tributária imposta
por seu pai, Salomão; diante da negativa de Roboão, as tribos do Norte
entronizaram como rei a Jeroboão. Com isso, Israel se dividiu em duas partes,
chamadas de Reino do Norte, sob a
liderança de Jeroboão, e Reino do Sul,
sob a liderança de Roboão. Esse fato aconteceu em 922 a.C.
A falta de amor e misericórdia entre
as tribos irmãs foi a causa do cisma de toda uma nação. Quando a arrogância e a
soberba prevalecem sobre o amor e respeito pelo outro, o fim sempre será trágico.
2. Os reis do profeta
Isaías.
Adiante segue a relação de reis que
governaram Judá (Reino do Sul),
cuja capital era Jerusalém.
Veja que pessoas sem a presença e
temor de Deus em posições de liderança trazem ruína para seus liderados. Deus
deseja contar com jovens que desde muito cedo compreendam que seu sucesso em
todas as áreas da vida está na base da fé e na comunhão que cada um desenvolve
com Deus.
a) Uzias.
Foi
rei de Judá de 791 a 740 a.C. e é relatado no
capítulo 6 de Isaías. Provavelmente o ministério profético se iniciou na data
da morte deste rei.
b) Jotão.
Era filho de Uzias e o sucedeu no
trono de 740 até 732 a.C. Acredita-se que tenha sido corregente com seu pai, após
este ter adquirido lepra (2 Rs 15.5) por ter oferecido sacrifício indevido no
altar; no entanto, foi um bom rei, embora tenha permitido alguns locais de
idolatria em Judá.
c)Acaz.
Foi
filho de Jotão e tornou-se rei logo após o
falecimento do seu pai. Reinou de 735 a 715 a.C.. Foi esse rei que, ao ter seu
país invadido por tropas de Israel e da Síria, fez aliança com a Assíria (2Cr 28.16), o que denotou falta de confiança em Deus e
trouxe sérias consequências para Judá.
O profeta Isaías interferiu diretamente
no reinado de Acaz lhe entregando uma profecia da parte de Deus (Is 7.1). A
decisão de confiar na Assíria começou a enfraquecer o reino de Judá e trouxe consequências
econômicas para o povo, devido
ao pagamento de tributos para a Assíria.
Foi um rei bastante idólatra (2Cr 28.19.24) principalmente a Baal chegando a queimar um de
seus filhos em oferta aos deuses (2Rs 16.3-4; 2Cr 28.2-4), quebrou utensílios
do Templo e fechou locais de adoração a Deus (2Cr 28.23-25).
d) Ezequias.
Era
filho do rei Acaz e reinou de 715 a 686 a.C., porém,
provavelmente foi corregente com seu pai a partir de 729 a.C.. Foi durante seu
reinado, graças a sua confiança em Deus, que aconteceu o grande livramento de
Judá da invasão Assíria, quando morreram 185 mil soldados (2 Rs 19.35), no ano
de 701 a.C.; embora muitas cidades de Judá (Reino do Sul) terem sido
saqueadas nessa invasão, Jerusalém foi milagrosamente poupada. Isaías animou o
rei Ezequias durante a invasão do exército assírio (Is 37.5-7) e lhe trouxe uma
mensagem de morte e outra de cura diante de seu arrependimento (2 Rs 20) quando
esteve doente. Embora esse rei tenha procurado honrar e adorar a Deus (2 Rs
18.5,6), permitiu também determinados cultos aos deuses dos invasores assírios.
No início de seu reinado, ele fez uma reforma religiosa reinstituindo algumas
celebrações que haviam sido abandonadas (2 Cr 29.2) pelo povo de Deus,
tornando-se assim um dos melhores reis de Judá após a divisão do reino (2Rs
18.5).
e)
Manassés.
Reinou de 686 a 642 a.C., mas deve
ter sido corregente com seu pai desde 696 a.C. Não há registros de que Isaías
tenha profetizado durante o reinado desse rei, mas provavelmente foi no início
desse reinado que o profeta foi martirizado, sendo serrado ao meio, segundo a
tradição, pois esse rei era perversamente idólatra.
3,
A ascensão dos impérios mundiais.
Com a subida ao poder de
Tiglate-Pileser III ao trono da Assíria (745-727 a.C,) esta começou a subjugar
algumas nações, dentre as quais o Reino do Sul.
A Síria e Israel (Reino do Norte) haviam ameaçado
invadir o Reino do Sul (735-732 a.C.). Com isso, Acaz, que nessa época era o
rei, fez uma aliança com a Assíria, o que ocasionou ao Reino do Sul certa
submissão ao império Assírio, com pagamento de pesada carga de tributos.
Em 722 a.C. o Reino do Norte foi destruído e levado cativo pela Assíria (2 Rs 175) para
nunca mais se restabelecer.
Já o Reino do Sul teve uma duração
mais longa, embora tenha sido invadido e ameaçado algumas vezes pela Assíria e
outros países vizinhos. Entretanto, no ano de 586 a.C. foi invadido, após duas outras
invasões babilônicas anteriores e levado cativo por esta.
O Pense!
Com o profeta Isaías somos
desafiados a pedir que o Espírito Santo nos capacite
cada vez mais para trazer mensagens, profecias e intervenções no contexto em que
estamos inseridos.
Ponto Importante
A
profecia israelita não era simplesmente voltada para questões do Templo e do culto, mas
também tinham alcance político.
AUXÍLIANDO O
PROFESSOR – leia:
II - CONTEXTO ECONÔMICO E
SOCIAL
1.
Um período de prosperidade.
Durante
o período do reinado de Uzias, o Reino do
Sul experimentou um grande desenvolvimento económico, tornando-se um dos mais
prósperos de Judá desde a divisão do reino, sendo o luxo abundante. Este foi um
dos motivos do afastamento do povo das leis de Deus, pois, com a ganância da
prosperidade, começaram a praticar toda sorte de injustiças. Essa prosperidade
permaneceu até o período dos reis Jotão e Acaz, vindo a declinar com este último.
2.
As injustiças.
Este período do profeta Isaías foi
de muita prosperidade entre o povo, mas em vez de fazerem uma justa distribuição
de recursos e ganharem dinheiro de forma justa, passaram a oprimir e explorar
os pobres, as viúvas e os órfãos (is 1.17,23:3.14:10.2). Isso demonstra que a
ganância leva a sociedade a praticar a injustiça social Mas o profeta,
discernindo a vontade de Deus, se levantou contra essas ações perversas.
Pense!
A
injustiça é a revelação da falta de amor ao
próximo. É um pecado que nos conduz à destruição e prejudica outros que muitas
vezes são inocentes.
Ponto importante
Muitas
vezes, a prosperidade sem amor produz ignorância e
arrogância que destroem a vida.
III. CONTEXTO RELIGIOSO
1.
A idolatria.
Alguns
reis desse período profético foram extremamente idólatras.
Isso levou o povo a apostatar da fé e
da confiança em Deus. Duas formas de idolatria são combatidas na Bíblia: a
primeira, de que não se poderia adorar outro Deus a não ser o Senhor Jeová; a
segunda proíbe confecção de qualquer imagem ou ídolo que represente o Deus de
Israel.
Nos tempos de Isaías, especialmente
no reinado de Jotão e Acaz, a primeira forma de idolatria foi utilizada pelos
judeus, o que agravou a situação do povo diante de Deus. Além disso, esse
ambiente idólatra ajudou a incrementar as injustiças que eram praticadas na época.
Uma das principais divindades adoradas pelos judeus era Baal, deus da
fertilidade e do fogo, e por algumas vezes até mesmo chegaram a oferecer seus
filhos em sacrifício aos deuses.
A Bíblia se refere à idolatria como
sendo idêntica ao pecado da prostituição (Jr 3.2; Ez 23.27; Os 9.1; Mq 1.7),
portanto, um ato de traição e uma abominação diante da bondade, fidelidade e
amor de Deus para com seu povo. Nada pode ocupar o lugar dEle no coração do ser
humano, pois isso também se torna em idolatria.
2. Uma religião de aparência.
Com a mistura praticada pelo povo na adoração a Deus Jeová e aos deuses falsos, instalou-se uma falsa
religiosidade, com alguns pecados bem graves cometidos: os sacerdotes se uniram
aos assaltantes do povo e passaram a roubá-lo; criou-se uma religiosidade
confusa e misturada com a idolatria da influência do culto a Baal
multiplicaram-se os pecados morais e sociais, Entretanto, no reinado de
Ezequias deu-se uma importante reforma religiosa.
Servir a Deus é um estilo de vida,
portanto, qualquer aparência pode ser enganosa.
PENSE
Quando
a fé não é vivida segundo a vontade
revelada de Deus mediante a sua Palavra, ela se torna uma fé de aparências,
Deus nos convida a sermos jovens de fé verdadeira e obediência sincera à sua
Palavra.
PONTO
IMPORTANTE
A
idolatria acontece quando colocamos outras prioridades antes
de
Deus.
SUBSÍDIO 1
O ministério profético
do Antigo Testamento ajuda-nos a compreender o do Novo Testamento. A missão
principal dos profetas do Antigo Testamento era transmitir a mensagem divina
através do Espírito para encorajar o povo de Deus a permanecer fiel conforme os
preceitos da Antiga Aliança. Às vezes, eles também prediziam o futuro, conforme
o Espírito lhes revelava.
Cristo e os apóstolos
são um exemplo do ideal do Antigo Testamento. A função do profeta na igreja
incluía o seguinte:
a) Proclamava e interpretava, cheio do Espírito
Santo, a Palavra de Deus, por chamada divina.
Sua mensagem visava admoestar, exortar,
animar consolar e edificar (At 2.14-36; 3.12-26; 1Co 12,10; 14,3),
b) Devia exercer o dom de profecia;
c) Ás vezes era
vidente (1Cr 29.29), predizendo o futuro (At 11,28; 2110.11),
d) Era dever do
profeta do Novo Testamento, assim como no Antigo Testamento, desmascarar o
pecado, proclamar a justiça, advertir do juízo vindouro e combater o mundanismo
e frieza espiritual entre o povo de Deus. Por causa de sua mensagem de justiça,
o profeta pode ser rejeitado por muitos nas igrejas, em tempos de mornidão e
apostasia (ARAÚJO, Israel de, Dicionário do Movimento Pentecostal 1ed. Rio de
Janeiro: CPAD. 2007).
SUBSÍDIO 2
O
nome Isaías significa o Senhor salva. Como
profeta designado por Deus, Isaías começou seu ministério em 740 a.C, no ano em
que morreu o rei Uzias, Profetizou por mais de quarenta anos e morreu
provavelmente cerca de 68o a.C..
O
longo ministério profético de Isaías teve lugar
na época do reino dividido.
O Reino do Norte —
chamado pelos diferentes nomes de 'Israel', 'Samaria' e 'Efraim — abrangia dez
tribos de Israel.
O Reino do Sul —
comumente chamado de Judá', com sua capital em Jerusalém — consistia das
tribos de Judá e de Benjamim. Os dois reinos, na época de Isaías, estavam
desviados de Deus e de sua lei e recorriam às nações pagãs e seus deuses
falsos para Livrá-los dos seus inimigos. O Reino do Norte foi subjugado e
destruído pela Assíria em 722 a.C, Isaías advertiu Judá de que esse reino, também,
seria destruído por causa de seu pecado e apostasia" (Bíblia de Estudo
Pentecostal Rio de Janeiro; CPAD, p, 993).
CONCLUSÃO
Deus
sempre terá um porta-voz, e nesta geração Ele
conta com a voz de Jovens que se ergam para denunciar, com coragem, o pecado.
Mas ao mesmo tempo que ame o pecador, jovens que se comprometam não com este
mundo e tudo que ele tem para oferecer, mas com Deus e com sua Palavra, que
produz vida, Para isso, é necessário, como Isaías, discernir as estruturas de
poder religiosas, políticas e sociais agir de forma relevante.
HORA
DA REVISÃO
1. Qual o principal
motivo de separação do reino de Israel em Norte e Sul?
Porque
solicitaram a Roboão, filho de Salomão, que aliviasse
a carga tributaria imposta por seu pai Salomão, caso contrário, seguiriam como
rei a Jeroboão.
2. Qual foi o
rei mais idólatra do período de Isaías e o que ele fez nesse sentido?
Acaz, queimou um de seus filhos em
oferta aos deuses e adorou a BaalteRe 16.3-4 2Cr 28.2-4), quebrou utensílios do
Templo e fechou locais de adoração a Deus (2Cr 2823-25).
3. Quais foram
os dois impérios mundiais que surgiram durante e logo após o ministério profético
de Isaías?
Assíria e Babilónia.
4. Quais foram os
principais pecados cometidos nesse período?
Os sacerdotes se uniram aos
assaltantes do povo e passaram a roubá-lo, criou-se uma religiosidade confusa e
misturada com idolatria da influência do culto a Baal, multiplicaram-se os
pecados morais e sociais, e passou-se a falsificara Palavra de Deus.
5, Qual foi
considerado um dos maiores reis de Israel após a divisão do reino e porquê? Foi Ezequias, porque incrementou uma grande reforma
religiosa e cúltica.
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da Palavra
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