INTRODUÇÃO
Diariamente,
surgem novas igrejas em todo o mundo. Todavia, a maior parte delas não se
submete aos preceitos das Sagradas Escrituras. A igreja que modifica, deturpa
ou não valoriza a Bíblia, não pode ser considerada autêntica Noiva do Cordeiro.
A verdadeira Igreja de Cristo é serva da Palavra.
I.
A IGREJA E A SUBMISSÃO À PALAVRA
A Igreja tanto é
visível como invisível. Enquanto a visível é local, e se caracteriza como
organização, a invisível é universal e orgânica.
Vejamos:
1.
No sentido espiritual.
Espiritualmente, a
Igreja é um organismo que tem Cristo como a Cabeça, (Cl 1.18) e os crentes como
o Corpo (Ef 1.22,23). Esta Igreja é composta de todos os que possuem seus nomes
"inscritos nos céus" (Hb 12.22,23). Isto é, de todos os salvos em
Cristo Jesus. Todas as igrejas locais pertencem à Igreja universal. Todavia,
nem todos os que fazem parte de uma igreja local são de fato membros da igreja
universal (1 Jo 2.19).
2.
No sentido organizacional.
A igreja, como
organização, é formada por crentes em Jesus que se reúnem numa determinada
congregação a fim de adorar e servir a Deus. Ali, tanto há "trigo"
quanto "joio", ou seja, há crentes fiéis e infiéis (Mt 13.24-30).
Como numa organização qualquer, a igreja local necessita de uma liderança
humana; assim como de atividades administrativas, estatutos e normas.
Entretanto, tal estrutura jamais poderá suplantar ou sobrepor-se aos preceitos
da Palavra de Deus.
Embora a igreja
local seja uma organização juridicamente estabelecida, não deixa de ser também
um organismo espiritual que, sob a direção de um ministro de Deus, deve servir
ao Senhor e obedecer a sua Santa Palavra.
II.
A IGREJA E A FIDELIDADE À PALAVRA
1. O respeito à integridade da Palavra.
Alguns teólogos
modernistas dizem que a Bíblia precisa ser revisada, e que alguns de seus
textos não fazem mais sentido para os dias pós-modernos.
Trata-se de uma
desvelada ação diabólica contra a Palavra de Deus. Algumas igrejas,
infelizmente, têm sucumbido aos apelos desses "reformistas",
deturpando a sã doutrina (1 Tm 1.10; 2 Tm 4.3), falsificando a Palavra (2 Co
4.2), e seguindo os ensinos de Balaão. Para piorar ainda mais, essas igrejas, à
semelhança de Tiatira, acabam tolerando a imoralidade (Ap 2.14,15,20-22).
Porém, a autêntica Noiva de Cristo mantém-se fiel às Escrituras (Jo
14.15,21,23; Tt 1.9), pois, é "a igreja do Deus vivo, a coluna e firmeza
da verdade" (1 Tm 3.15). A mensagem bíblica não precisa ser revista, e
sim, obedecida com submissão e santidade.
2.
A igreja deve pregar a verdade.
A Igreja deve
manifestar toda a verdade da Palavra de Deus: "Pelo que, tendo este
ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos; antes,
rejeitamos as coisas que, por vergonha, se ocultam, não andando com astúcia nem
falsificando a palavra de. Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo
homem, na presença de Deus, pela manifestação da verdade" (2 Co 4.1,2).
Os obreiros,
principalmente os pastores, têm grande responsabilidade diante de Deus e de sua
amada igreja. O púlpito jamais deve ser utilizado como palanque político, mas,
sim, como Tribuna da Verdade do evangelho. Todo líder deve conduzir seu rebanho
em completa obediência à Palavra da Verdade.
III.
A IGREJA E A SANTIDADE DA PALAVRA
1. A Palavra de Deus é santa.
"Porque se
lembrou da sua santa palavra e de Abraão, seu servo" (Sl 105.42). Todo
cristão sabe que ser santo é ser separado, consagrado ou dedicado a Deus. A
Palavra do Senhor não é apenas portadora de uma santidade qualquer, mas da
santidade do próprio Deus. Ela é a vontade santa de Deus revelada aos homens.
2.
Respeito ao Livro Sagrado.
Muitos cristãos não valorizam a Bíblia como
deveriam. Já vi um pastor colocá-la no chão, só porque se sentia incomodado de
tê-la em suas mãos durante o culto. Um juiz jamais colocaria a Constituição do
seu país em qualquer lugar, pois ela representa a lei maior da nação. A Bíblia
não é apenas um livro, é a Lei de Deus para sua Igreja. Portanto, devemos
amá-la e respeitá-la como Livro Sagrado e Palavra de Deus.
3.
A Bíblia é o Livro do povo santo.
Há muitos povos no
mundo. E nenhum dentre eles, no sentido pleno da palavra, pode ser chamado
"povo de Deus". Mas, no meio dos povos e nações, há um povo separado
por Deus para ser "a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o
povo adquirido" (1 Pe 2.9). A Bíblia é o Livro de Deus para esse povo
santo, formado por gente de todas as nações.
IV.
A IGREJA E A PROCLAMAÇÃO DA PALAVRA
Após dois mil anos, a Grande Comissão ainda é
uma tarefa inacabada. Milhões de pessoas não conhecem a Jesus e muitas nações
não foram alcançadas pela pregação do Evangelho. Quem lhes falará do amor de
Cristo? Na Índia, há pessoas que adoram a ratos; na África, os que veneram
árvores, pedras, rios e outros elementos da natureza; no Brasil e na América
Latina, há uma enorme quantidade de ídolos. A missão precípua da igreja é a
proclamação da Palavra de Deus (Mt 28.19,20). Jesus, em seu último contato com
os discípulos, ordenou-lhes taxativamente que pregassem o evangelho (Mc 16.16).
CONCLUSÃO
A Igreja universal
é um organismo vivo e espiritual. A local, por sua vez, é uma organização
centrada na autoridade da Palavra de Deus. Como parte do Corpo de Cristo, a
igreja visível deve cumprir sua missão evangelizadora e proclamadora do
evangelho, sem, contudo, deixar de amar e obedecer plenamente às Sagradas
Escrituras.