TEXTO ÁUREO:
Porque o Reino de Deus não é comido nem bebida, mós justiça, e paz, e alegria
no Espírito Santo. (Rm 14.17)
VERDADE PRÁTICA:
Os crentes mais maduros não devem agir egoisticamente, mas precisam atuar como modelo
para os mais fracos.
VEJA O SUBSÍDIO EM
VÍDEO
LEITURA DIÁRIA
Segunda – Mc 12.33 - Amar o próximo é melhor que qualquer sacrifício
Terça – 1Co 13.7 - O amor tudo sofre, tudo crê e tudo suporta
Quarta – Rm 14.4 - Aquele que ama não Julga o seu irmão
Quinta – Rm 14.10 - Não desprezemos os nossos irmãos
Sexta – Rm 14.12 - Cada um dará conta de si mesmo
perante Deus, o Criador
Sábado – Rm
14.13 - Deixemos de lado todo julgamento alheio
LITURA BÍBLICA EM CLASSE
Romanos 14.1-6
1 ORA, quanto ao que está enfermo na fé, recebei-o, não em contendas
sobre dúvidas.
2 Porque um crê que de tudo se pode comer, e outro, que é fraco, come
legumes.
3 O que come não despreze o que não come; e o que não come, não julgue o
que come; porque Deus o recebeu por seu.
4 Quem és tu, que julgas o servo alheio? Para seu próprio SENHOR ele
está em pé ou cai. Mas estará firme, porque poderoso é Deus para o firmar.
5 Um faz diferença entre dia e dia, mas outro julga iguais todos os
dias. Cada um esteja inteiramente seguro em sua própria mente.
6 Aquele que faz caso do dia, para o Senhor o faz e o que não faz caso
do dia para o Senhor o não faz. O que come, para o Senhor come, porque dá
graças a Deus; e o que não come, para o SENHOR não come, e dá graças a Deus.
HINOS 79,315,464 da
Harpa Cristã
OBJETIVO
GERAL
Mostrar que o crente maduro precisa atuar como
modelo para os mais fracos.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Saber que a igreja em Roma era uma igreja heterogénea;
Explicar que a igreja em Roma era
tolerante com os mais fracos;
Compreender que assim como a igreja em Roma, a igreja atual precisa ser acolhedora.
• INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Professor, não se esqueça de incentivar os alunos a lerem toda a Epístola de Romanos para que tenham
uma compreensão melhor do texto. Na lição de hoje estudaremos os capítulos 14 e 15 da Epístola aos Romanos.
Nestes
capítulos vemos que Paulo volta a
tratar de questões práticas da fé. O apóstolo mostra que a igreja em Roma
era bem heterogénea, por isso, os crentes não deviam entrar em discussões a respeito de convicções religiosas. Ele também mostra que era necessário tratar uns aos outros com
respeito e amor. Paulo mostra que não temos o direito de julgar ninguém. Ele pergunta: "Quem és tu que julgas o servo
alheio?" (v. 4). Somente Deus conhece as verdadeiras intenções do coração. Como crentes, alcançados pela graça, precisamos amar, respeitar e
tolerar os fracos na fé. A Igreja precisa ser um local de acolhimento,
amor e paz, e não um tribunal.
INTRODUÇÃO
O apóstolo Paulo foi informado de que havia alguns
conflitos na igreja de Roma os quais giravam em torno da liberdade cristã. Alguns crentes, ainda
imaturos, se escandalizavam com determinadas atitudes dos crentes, cuja a fé achava-se amadurecida. Esses
conflitos, como acredita a maioria dos comentaristas, surgiram com o retorno de
alguns judeus cristãos que haviam sido expulsos pelo
imperador Cláudio. Estes, ao se juntarem à igreja formada em sua maioria
por gentios, se escandalizaram com determinadas práticas. Paulo busca um ponto de
equilíbrio a fim de que a obra de
Cristo não sofresse nenhum dano. Este é o tema que vamos estudar.
PONTO CENTRAL
O crente precisa tolerar
e amar os mais fracos na fé.
I. UMA
IGREJA HETEROGÊNEA (Rm 14.1-12)
1. A natureza da Igreja.
É possível percebermos, nesta seção da Epístola aos Romanos, que Paulo
apela para a natureza da Igreja a fim de corrigir o problema que nela surgiu. A
Igreja é una, isto é, embora formada
por pessoas de grupos diferentes, ela forma o corpo de Cristo. Para ser Igreja,
ela precisa atender o critério da unidade. Não há judeus nem gentios, mas a Igreja de Deus.
Ela é, portanto, indivisível. Esse é o primeiro aspecto que podemos
perceber na linha argumentativa de Paulo. Nisto vemos a natureza heterogénea da Igreja. Essa Igreja una e
indivisível é de natureza local e universal.
Os crentes judeus e gentios deveriam, portanto, se conscientizar de que
problemas de natureza local não poderiam sobrepor-se à universalidade da Igreja. A
liberdade deveria ser respeitada, isto é, regulada pela lei do amor.
2. Os
fracos na fé.
Quem
seriam os fracos na fé? Os crentes fracos eram
principalmente cristãos judeus que se abstinham de
certos tipos de alimentos, e observavam determinados dias em razão de sua contínua lealdade à Lei de Moisés (Rm 14.6,14). Muitos judeus que
haviam se convertido não conseguiam se libertar
totalmente dos preceitos do judaísmo. Além de observar determinados rituais relacionados ao
culto, eles queriam que os gentios fizessem o mesmo.
Paulo
teve que resolver problemas semelhantes na igreja de
Corinto (1Co 8.1-13), Gálacia e Colossos. Esses cristãos - podemos chamá-los do imaturos - não conseguiram entender por
completo a natureza da Nova Aliança em Cristo Jesus. Eram crentes nascidos de novo, mas
ainda não haviam conseguido se libertar
do legalismo.
3. Os fortes na fé.
Se os
crentes fracos eram formados por judeus crentes, mas que viviam ainda debaixo
da velha aliança, os fortes eram formados tanto
por judeus como por gentios que haviam alcançado um entendimento correto das Implicações da Nova Aliança. Esse fato é confirmado pela afirmação do apóstolo Paulo que se enfileira com
os fortes na fé (Rm 15.1). Portanto, os fortes
sabiam que não estavam mais debaixo da Lei,
mas da graça.
SÍNTESE DO TÓPICO l
A Igreja é una, porém é formada por pessoas diferentes.
SUBSÍDIOS BIBLIOLÓGICO
Juízo de valor (14.1)
Significa determinar, com base em
nossas próprias crenças e convicções, que certa
pessoa está em pecado, Quando uma pessoa se envolve num ato que a Bíblia tipifica como
pecaminoso, não estamos fazendo juízo de valor ao
classificar esse ato de pecado, mas, sim, estamos em concordância com Deus. É importante ter
clara, na mente, essa distinção. A igreja deve
disciplinar os crentes que pecam, mas ninguém, nem mesmo a
congregação, tem o direito de emitir juízo de valor.
Forte e fraco (14.2). Para surpresa de muitos, é o fraco na fé (aetheneia: fraco,
incapacitado) que tem problemas com a liberdade de outros, que desfrutam de uma fé mais forte! O
forte na fé leva em conta que a espiritualidade não é uma questão de fazer ou não fazer, mas de
amar e servir a Deus enquanto usufruí suas boas dadivas.
Desprezar (14.3). O problema de julgar os outros é que isso distorce
relacionamentos, nos impede o entendimento e de compartilharmos a ajuda uns
dos outros. Deus se agrada de nósf pelos nossos
relacionamentos, não se comemos carne ou somos vegetariano (RICHARDS, Lawrence
O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Génesis a Apocalipse
capítulo por capítulo, 10.ed, Rio de
Janeiro: CPAD, 2012, p.50).
II - UMA IGREJA TOLERANTE (Rm 14.13-23)
1. A lei da liberdade.
Um tema que Paulo trata com bastante ênfase na Epístola aos Romanos é o da liberdade em Cristo. Em
Romanos 7.24 e 25, o apóstolo tinha consciência da incapacidade de o crente se autolibertar.
Por isso ele glorifica a Deus, na pessoa de Jesus Cristo, por prover a libertação das garras do pecado.
Em sua epístola endereçada à igreja da Galácia, ele escreveu que foi para a
liberdade que Cristo nos chamou (Gl 5.1). A liberdade cristã lhe dava certeza de uma coisa:
"Eu sei e estou certo, no Senhor Jesus, que nenhuma coisa é de si mesma imunda, a não ser para aquele que a tem por
imunda; para esse é imunda" (Rm 14.14). Essa é a lei da liberdade.
A palavra
grega koinos, traduzida aqui como imunda, se refere às coisas que a Lei Mosaica
considerava comuns ou impuras. A lei da liberdade mostrava aos crentes
maduros que eles estavam livres dos rudimentos da Lei de Moisés.
2. A lei do amor.
O versículo 15 do capítulo 14 de Romanos diz: "Mas, se por causa da
comida se contrista teu irmão, já não andas conforme o amor. Não destruas por causa da tua comi da aquele por quem Cristo morreu". Tendo chamado a atenção para a lei da liberdade, agora
o apóstolo passa a falar de outra lei
- a lei do amor.
É o amor ágape de Deus. A lei da liberdade, exercitada
por cristãos mais maduros, mostrou-lhes
Paulo, permitia quebrar certas regras ritualísticas. Todavia se isso causasse algum escândalo nos crentes imaturos, então essa liberdade deveria ser
restringida.
3. A lei da espiritualidade.
Paulo passa a mostrar então o modelo de espiritualidade
que deve conduzir tanto os crentes fortes como os fracos (Rm 14.22,23). O
crente deve possuir convicção bem definida no exercício da sua fé. Ele deve ter critérios para que não se torne um antinomista ou
legalista. A lei que deve regê-lo é a "lei de Cristo".
SÍNTESE DO TÓPICO II
O crente, alcançado pela graça, precisa
ser tolerante com os fracos na fé.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
Romanos 14.13
Alguns cristãos usam um invisível irmão mais fraco, para
apoiar opiniões, seus
preconceitos e padrões de comportamento. Dizem: Você deve viver de
acordo com esses padrões ou ofenderá um irmão mais fraco'. Na verdade,
muitas vezes a pessoa ofenderia somente a quem lhe fez a recomendação. Embora Paulo
estivesse nos conclamando a sermos sensíveis com aqueles
cuja fé poderia ser prejudicada por nossos atos, não devemos
sacrificar nossa uberdade em Cristo apenas para satisfazer as razões egoístas daqueles que
tentam impor-nos suas opiniões, Não terna nem os
critique, apenas siga a Cristo o mais próximo que puder.
14.14. No Concílio de Jerusalém (At 15), a igreja local, formada
por judeus, pediu à igreja gentílica de Antioquia que recomendasse aos cristãos que não comessem carne sacrificada aos ídolos. Paulo estava no Concílio de Jerusalém e aceitou essa solicitação, não por pensar que comer essa carne seria um pecado» mas porque essa prática ofenderia profundamente muitos
judeus, Paulo não considerava a questão tão séria, a ponto de dividir a Igreja: o desejo ao aceitar a
recomendação da Igreja em Jerusalém foi promover a unidade entre os cristãos" (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD,
2005, p.1576).
VOCÊ SABIA?
Juízo de Valor (Rm 14.1)
Significa determinar, com base em
nossas próprias crenças e convicções, que certa
pessoa está em pecado.
Quando uma pessoa se envolve num ato
que a Bíblia tipifica como pecaminoso, não estamos fazendo
juízo de valor ao classificar esse ato de
pecado, mas, sim, estamos em concordância com Deus. É importante ter
clara, na mente, essa distinção. A igreja deve
disciplinar os crentes que pecam, mas ninguém, nem mesmo a
congregação, tem o direito de emitir juízo de valor.
III - UMA IGREJA
ACOLHEDORA (Rm
15.1-13)
1. O exemplo dos cristãos maduros.
Como então deveriam agir os crentes fortes em relação aos Fracos? respondeu: "Mas nós que somos fortes ternos
suportar as fraquezas dos fracos agradar a nós mesmos. Portanto, um de nós
agrade ao seu próximo no é bom para edificação" (Rm 15.1,2).
Os crentes maduros deveriam
dar graças a Deus por entender o
real propósito da Nova Aliança. Eles sabiam que "[...] o Reino de Deus não é comida
nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no
Espírito Santo" (Rm
14.17). Exatamente por possuírem uma
fé mais substancial, eles
deveriam servir de modelo para aqueles que ainda não haviam alcançado
esse nível de maturidade.
O crente maduro, portanto, devem evitar as coisas
que fazem aos mais fracos tropeçar.
Isso, no entanto, não quer dizer que o crente
forte ficará prisioneiro da consciência do
crente fraco. Quer dizer que o crente forte é responsável também pelo
crescimento e amadurecimento do fraco, mostrando-lhe com amor o que
significa ser livre em Cristo.
2. O exemplo de Cristo.
O exemplo para essa
limitação da liberdade foi dada
por Cristo, nosso Senhor (Rm 15.3). O Argumento
de Paulo é que, se o próprio Salvador não
agradou a si mesmo, então por que os crentes que
se consideravam mais espirituais não
poderiam agir da mesma forma? Em Cristo, Deus mostrou tolerância para com os pecadores. Paulo já havia falado em Romanos 5.8, que o amor de Deus pelos homens foi mostrado de forma graciosa quando
Cristo morreu por eles, sendo ainda pecadores.
Fonte:
Lições Bíblicas de Adulto - CPAD
3. O exemplo das Escrituras.
Paulo pela então às
Escrituras como instrumento aferidor da espiritualidade (Rm 15.4). Ele chama
atenção dos crentes, tanto
fortes como fracos, exortando e dizendo que o ensino
das Escrituras deve ter um efeito prático em nossa vida. Ela não foi escrita apenas como um
livro de valor histórico, mas é a inspirada Palavra de Deus e,
portanto, deve ser normatizadora da vida do crente. Ela foi escrita não para ser um instrumento de discórdia ou aprisionamento, mas para
alimentar a nossa esperança.
SÍNTESE DO TÓPICO
III
A igreja precisa ser um
lugar de acolhimento e não um
tribunal.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
No exemplo de Cristo 15.1-13
De certo modo, Paulo dá continuidade ao assunto do capítulo 14, porém, com uma visão especial.
vv 1,2 - Nestes dois versículos a exortação continua quanto às relações entre os crentes denominados 'fortes e os
'fracos'. Os fortes devem suportar os fracos nas soas fraquezas. Não apenas suportá-los, ruas ajudá-los, O propósito do crente forte não deve ser o de agradar a si
mesmo, mas o de ajudar os que necessitam do seu auxílio (15.2).
Paulo e exemplifica
com Jesus dizendo: Porque também Cristo não agradou a si mesmo (15.3).
[...] O grande problema estava no fato das diferenças de costumes entre os judeus e
os gentios, Paulo não desmerece a dos pertencentes a circuncisão, que Cristo é Senhor e dos judeus corno dos que
os gentios não se orgulhassem sobre os crentes
do Paulo mostra que o Evangelho é superior aos sistemas de Gentios e judeus, fortes e fracos, são um só povo em Cristo, pois foi
feito ministro para confirmar as (15.8)" .
CONCLUSÃO
Aprendemos como o apóstolo Paulo procurou pacificar a tensão entre os crentes fortes e
fracos na igreja de Roma. Esse conflito estava gerando um ponto de tensão
que poderia, a curto prazo, pôr em risco a obra de Cristo ali.
PARA REFLETIR
A respeito da Carta aos Romanos, responda:
• O que
significa ser uma Igreja una?
Significa que embora seja formada por pessoas de raças
diferentes, ela constitui o Corpo de Cristo. Para ser Igreja, ela precisa
atender o critério da unidade. Não há judeus
nem gentios, mas a Igreja de Deus. Ela é,
portanto, indivisível.
• Segundo
a lição, quem são os
fracos na fé?
Os crentes fracos eram principalmente cristãos judeus
que se abstinham de certos tipos de alimentos, e observavam determinados dias
em razão de sua
contínua
lealdade à Lei de Moisés (Rm
14.6,14).
• Segundo
a lição, quem são os
fortes na fé?
Os fortes eram formados tanto por judeus como por
gentios que haviam alcançado um entendimento correto das
implicações da
Nova Aliança.
• O que a
lei da liberdade mostrava aos crentes?
A lei da liberdade mostrava aos crentes maduros que
eles estavam livres dos rudimentos da Lei de Moisés.
• Como
deveriam agir os crentes fortes em relação aos
fracos?
Paulo respondeu esta questão em
Romanos 15.1,2: "Mas nós que somos fortes devemos
suportar as fraquezas dos fracos e não agradar
a nós mesmos.
Portanto, cada um de nós agrade ao seu próximo no
que é bom para
edificação."
Fonte:
Lições Bíblicas de Adulto - CPAD