Revista Cristão Alerta : Edição 20, 1° trimestre de 2025: EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ Subsídios Bíblicos : EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ A Revista Evangélica Digital é uma fonte confiável de subsídios bíblicos que oferece os melhores recursos para professores e alunos de Escolas Bíblicas, especialmente para as lições dominicais de adultos da CPAD. 📚 VOCÊ ENCONTRA NESTA EDIÇÃO Subsídios para todas as lições bíblicas, classe dos adultos: Subsídios Lição 1: Quando as Heresias Ameaçam a Unidade da Igreja Subsídios Lição 2: Somos Cristãos Subsídios Lição 3: A Encarnação do Verbo Subsídios Lição 4: Deus É Triúno Subsídios Lição 5: Jesus é Deus Subsídios Lição 6: O Filho É igual com o Pai Subsídios Lição 7: As Naturezas Humana e Divina de Jesus Subsídios Lição 8: Jesus Viveu a Experiência Humana Subsídios Lição 9: Quem é o Espírito Santo? Subsídios...
Lição 10 - Deveres Civis, Morais e Espirituais
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5 de Junho de 2016
Texto Áureo
"Toda alma esteja sujeita às autoridadessuperiores;
porque não há autoridade quenão venha de Deus; e as autoridades
quehá fora m ordenadas por Deus."(Rm 13.1)
Verdade Prática
Diante da sociedade, o crente tem deveres civis,
morais espirituais.
VEJA O SUBSÍDIO EM
VÍDEO
LEITURA DIÁRIA
Segunda – Rm 13.1 - É Deus que constitui as autoridades para que governem com justiça
Terça – Rm 13.2 – Resistir às autoridades é resistir à ordenação de Deus
Quarta – Rm 13.3 - As
autoridades são constituídas para punir os que fazem o mal
Quinta – Rm 13.5 - Os crentes devem respeitar as autoridades
Sexta – Rm 13.7,8 - Pagando os
tributos e não devendo nada a ninguém, a não ser o amor
Sábado – At 5.29 - A
obediência a Deus deve vir sempre em
primeiro lugar
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Romanos 13.1-8
1 TODA a alma esteja sujeita às potestades
superiores; porque não há potestade que não venha de Deus; e as potestades que
há foram ordenadas por Deus.
2 Por isso quem resiste à potestade resiste à
ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos a condenação.
3 Porque os magistrados não são terror para as boas
obras, mas para as más. Queres tu, pois, não temer a potestade? Faze o bem, e
terás louvor dela.
4 Porque ela é ministro de Deus para teu bem. Mas,
se fizeres o mal, teme, pois não traz debalde a espada; porque é ministro de
Deus, e vingador para castigar o que faz o mal.
5 Portanto é necessário que lhe estejais sujeitos,
não somente pelo castigo, mas também pela consciência.
6 Por esta razão também pagais tributos, porque são
ministros de Deus, atendendo sempre a isto mesmo.
7 Portanto, dai a cada um o que deveis: a quem
tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra,
honra.
8 A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor
com que vos ameis uns aos outros; porque quem ama aos outros cumpriu a lei.
HINOS
SUGERIDOS: 10,185,436 da Harpa Cristã
OBJETIVO GERAL
Conscientizar que o crente tem deveres civis, morais e espirituais para
com a sociedade na qual está inserido.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
Apontar os deveres civis daqueles que foram alcançados pela graça divina;
Explicar os deveres civis dos crentes;
Relacionar
os deveres espirituais dos crentes.
* INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Dando prosseguimento ao estudo da
Epistola aos Romanos, estudaremos o capítulo 13. Neste capítulo Paulo mostra
que a nossa vida de fé em Jesus Cristo
precisa ser revelada em nossos relacionamentos interpessoais e com as
autoridades constituídas. O crente deve
respeitar e se submeter às autoridades
legitimamente constituídas. Porém, isso não significa que ele
deva concordar com o pecado daqueles que estão em uma posição de liderança, como por
exemplo, a corrupção, o roubo e leis que são contrárias a Palavra de
Deus, como por exemplo, a legalização do aborto. Somos
cidadãos dos céus, mas enquanto
vivermos neste mundo, precisamos pagar nossos impostos e seguir as leis
estabelecidas (13.1-5). Nosso respeito e submissão as autoridades
revelam o quanto amamos e respeitamos o Todo-Poderoso e as suas Leis.
INTRODUÇÃO
Na lição de hoje estudaremos o capítulo 13 da Epístola o capítulo 13 da epístola aos Romanos.
Paulo trata neste capítulo a respeito da relação dos crentes com as autoridades.
Viver pela fé na justiça de Deus implica obedecer às leis, as autoridades
governamentais, pagar impostos e seguir as regras e normas estabelecidas, demonstrando
então que somos uma nova criatura. A
submissão do crente às autoridades revela seu amor e
sua obediência às leis de Deus.
PONTO CENTRAL
O crente tem deveres
civis, morais e espirituais para com a sociedade.
I
– DEVERES CIVIS (Rm
13.1-7)
1. A natureza do
Estado.
O apóstolo Paulo parte do princípio de que toda autoridade é constituída por Deus. [...] "Não há potestade que não venha de Deus; e as potestades que há foram ordenadas por Deus"
(Rm 13.1 - ACRF). A tradução Almeida Corrigida Revisada
Fiel usada aqui deixa ambíguo o sentido desse texto ao usar a palavra potestade
em vez de autoridade. O termo potestade dá uma conotação de que a referência seja a seres espirituais.
Todavia, o termo exousia (autoridade), que ocorre 102 vezes em o Novo
Testamento grego, quatro vezes neste capítulo, possui o sentido, nesse
contexto, de governantes civis. A referência, portanto, diz respeito às
autoridades civis, quer locais, quer nacionais. O princípio da autoridade
constituída, ou delegada, vem de Deus, e por isso o crente tem o dever de se
submeter a ela. Esse princípio é fartamente documentado no Antigo Testamento,
onde é mostrado que nenhum governante exerce autoridade fora do domínio de Deus
(Pv 8.15,16; Dn 2.21; Is 45.1-7).
2. O propósito do Estado.
A
natureza espiritual de um governo civil está no princípio da autoridade a ele delegada. O propósito da sujeição do crente à autoridade constituída, segundo Paulo, é especificado em Romanos 13.3,4.
A razão dada é a promoção do bem e a punição do mal por parte da autoridade.
Em outras palavras, a manutenção da ordem. Sem obediência a autoridade corre-se o risco de se cair numa
anarquia. É por isso que o apóstolo diz que o governo é ministro de Deus para a promoção do bem comum, bem como para
frear o mal.
A palavra
ministro, no
grego, édiáconos, vocábulo que mostra o princípio divino por trás do governo humano. São ministros a serviço de Deus, mesmo que sejam
governantes pagãos, como, por exemplo, os
imperadores Ciro e Nabucodonosor (Is 45.1; Dn 4.17).
3. A igreja e o Estado.
Paulo mostra que a sujeição por parte dos cristãos às autoridades deve-se primeiramente por razões de obediência. Nesse caso o crente deve
submeter-se ao poder coercitivo da lei, pagando impostos e tributos. É interessante notar que Paulo fala
de dois tipos de tributos nesse capítulo, phorose e telos.
O
primeiro termo é uma referência aos impostos diretos
enquanto a segunda aos indiretos. Paulo aconselhou os crentes a cumprirem seus
deveres pagando seus impostos (Mt 22.21). Mas havia uma razão a mais para a submissão à autoridade - a consciência do crente. O crente não deveria se sujeitar a
autoridade simplesmente por medo da lei, mas por uma questão de consciência diante de Deus.
O princípio bíblico em relação às autoridades é que o cristão as respeite e as honre (Rm 13.7). A desobediência civil só se justifica no caso de conflito
entre a lei humana e a divina (At 5.29).
No caso
de governos que decretam leis injustas e estados totalitários que privam o exercício da fé, o cristão, em razão da sua consciência para com Deus, deve moldar-se
pela Palavra de Deus, para isso, estando disposto a assumir todas as consequências de seus atos.
SÍNTESE DO TÓPICO l
O crente tem deveres civis a cumprir.
SUBSÍDIO BILIOLÓGICO
Submissão as autoridades
(Rm 13.1)
Toda alma esteja sujeita às potestades superiores. O apóstolo recomenda a submissão à autoridade constituída, A seguir, o texto declara a razão por que devemos nos submeter às autoridades: "Porque não há potestade que não venha de Deus; e as potestades que há foram ordenadas por Deus', A
palavra 'potestade' refere-se a "autoridade, ou poder delegado'. Neste
parte do versículo, Paulo declara que toda a
autoridade vem de Deus.
13.2. Neste versículo, o resistir às autoridades significa resistir a Deus, por isso
estamos legalmente obrigados a reconhecer e a obedecer às autoridades constituídas.
Resistir à autoridade é opor-se à lei divina, pois Deus mesmo
reconhece a lei civil. Quebrar a lei ou transgredi-la implica em consequências negativas, isto é, em condenação, não só da parte das autoridades civis, mas também da parte de Deus.
133,5- "Porque os magistrados não são terror para as boas obras'.
Quando alguém pratica o bem não terno que temer. Note que Paulo
declara que a autoridade civil é ministro de Deus (v, 4), por isso, o crente deve
orar a Deus pela autoridades constituídas e submeter-se a elas (v. 5). Devemos nos
submeter às autoridades por dever de consciência. O crente obedece, não por medo de ser punido, mas
porque sua consciência lhe mostra o que deve
fazer" (CABRAL, Elienai. Romanos: O Evangelho da Justiça de Deus, 5.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005,
p.139).
II DEVERES
MORAIS - (Rm 13.8-10)
1. A dívida que todos devem ter.
O apóstolo reconhece os deveres do
cristão em relação ao Estado, e aconselhou a não ficarem em débito com ninguém: "A ninguém devais coisa alguma [...]"
(Rm 13.8). Em palavras atuais, significa que o crente deve ter o "nome
limpo na praça". Por outro lado, Paulo
reconhece outra natureza de dívida, esta não negativa, mas positiva para o crente. A dívida do amor.
Não podemos dever nada a ninguém, exceto "o amor com que
vos ameis uns aos outros; porque quem ama aos outros cumpriu a lei" (Rm
13.8).
Orígenes, um dos pais da igreja antiga,
dizia que "a dívida de amar é permanente e nunca a saldamos;
por isso devemos pagá-la diariamente, e sem dúvida, continuaremos
devendo". Amar o Semelhante é uma obrigação moral que temos para com a raça humana.
2. A segunda tábua da lei.
Paulo havia
falado muito sobre a Lei nos capítulos anteriores, e aqui novamente ele volta a citá-la: [...] "quem ama aos
outros cumpriu a lei" (Rm 13.8). A lei dada a Moisés no Sinai foi escrita em duas tábuas (Êx 34.1).
Os quatro
primeiros mandamentos enfatizam o relacionamento vertical, isto é, entre Deus e os homens: Não ter deuses estranhos; não fazer imagens; não profanar o nome de Deus e
guardar o sábado. Por outro lado, os outros seis
mandamentos são horizontais, isto é, enfocam o relacionamento entre
as pessoas: Honrar os pais; não matar; não adulterar; não furtar; não dar falso testemunho e não cobiçar.
O
interesse do apóstolo pelas relações interpessoais fica claro
quando ele cita, em Romanos 13, esses mandamentos: "Com efeito: Não adulterarás, não matarás, não furtarás, não darás falso testemunho, não cobiçarás [...]" (Rm 13.9).
3. O segundo grande mandamento.
Paulo reforça o seu argumento sobre a lei do amor citando Levítico 19.18. Ele conclui dizendo que "o
cumprimento da lei é o amor" (Rm 13.10). O
mandamento do amor sintetiza todos os outros preceitos que promovem as relações (Rm 13.9).
SÍNTESE DO TÓPICO II
O crente precisa obedecer princípios morais estabelecidos por
Deus.
Neste texto, encontramos um imperativo
moral para um viver cristão autêntico. É um apelo à vigilância cristã e à conscientização da urgência do tempo.
13.11. E
isto digo, conhecendo o tempo'. Que há dentro desse
tempo? São os sinais predeterminados da vinda de Cristo. Por isso, a
continuação do versículo 11 é uma exortação ao despertamento
espiritual contra toda a indiferença e frieza. Estar
despertado implica em estar de prontidão espiritual.
13.12. As
obras das trevas se contrapõem às obras da luz pois
são originadas pelo príncipe das trevas, e
suas obras são más e traiçoeiras. Entretanto, o Senhor nos oferece as 'armas da luz' que
são a graça, a bondade e a verdade do reino de Cristo.
13.13,14. "Andemos honestamente' (v. 13). Diz respeito ao
comportamentomoral do crente, não em glutonaria,
nem em bebedeiras, nem em desonestidade, nem em dissoluções, nem em
contendas e invejas'. Ora, o padrão neotestamentário rejeita as
obras da carne. Deus abomina a licenciosidade e a intemperança. Porém, no versículo 14 Paulo
convida: "Mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo', Significa recebê-lo no coração e deixá-lo dominar inteiramente
a nossa vida. Não há vitória moral fora de Cristo. Estar revestido de Cristo é ter a presença pessoal do Espírito Santo dentro
de nós, limpando e purificando o nosso interior" (CABRAL,
Elienai, Romanos; O Evangelho da Justiça de Deus, S.ed. Rio de
Janeiro: CPAD, 2005, p.140).
VOCÊ SABIA?
Por causa da consciência (Rm 13.5)
"Os governantes
detêm o poder coercitivo que os habilita a fazer cidadãos de conformidade
com as suas leis. Segundo Paulo, nos sujeitamos à lei não por dever, mas porque isso é correto. Os
motivos são da responsabilidade de Deus". Para conhecer mais leia Guia do Leitor da Bíblia.
III
– DEVERES ESPIRITUAIS (Rm 13.11-14)
1. Consciência escatológica (v. 11).
Encabeçando a lista dos deveres de natureza espiritual,
Paulo apresenta um de natureza escatológica: "E isto digo, conhecendo o tempo, que é já hora de despertarmos do sono [...]" (Rm
13.11). A palavra tempo, aqui, traduz o termo grego kairós, que significa tempo oportuno.
Para o apóstolo, a vinda de Jesus era uma
realidade sempre presente na vida do crente.
2. Consciência da salvação e do Espírito Santo (w. 11,14).
Nos dois últimos versículos de Romanos 13, observamos
que há a necessidade de uma consciência que seja soteriológica e pneumatológica (Rm 13.11). A referência direta ao Salvador está na palavra salvação e a referência indireta ao Espírito Santo está na frase: [...] “E não tenhais cuidado da carne em
suas concupiscências” (Rm 13-14). É o Espírito quem produz o fruto na vida
do crente de forma que este possa vencer as concupiscências da carne (Gl 5.19-22). Cabe
ao cristão andar no Espírito para não satisfazer os desejos da carne.
SÍNTESE DO TÓPICO 1(1
O crente precisa obedecer princípios espirituais estabelecidos
por Deus.
SUBSÍDIO ESCATOLÓGICO
Romanos 14.10-12
Cada um de nós dará contas do que faz
a Cristo, não aos demais irmãos, Embora a Igreja
procure ser inflexível em sua posição contra certas
atividades ou comportamentos expressamente proibidos pelas Escrituras (adultério,
homossexualidade, assassinato e roubo), ninguém deve criar regras
e regulamentos adicionais, concedendo-lhes uma condição semelhante à lei de Deus,
Muitas vezes, os cristãos baseiam seus critérios morais em
opiniões, particularidades pessoais ou preceitos culturais, em vez de
na Palavra de Deus. Quando o fazem, mostram como sua féé fraca e não imaginam como
Deus é suficientemente poderoso para guiar seus filhos. Quando nos
colocamos perante Deus e prestamos contas de nossa vida, não nos preocuparemos
com o que nosso vizinho cristão fez (2 Co
5.10)" (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de
Janeiro: CPAD, p.1575)
CONCLUSÃO
Nesta lição, vimos as responsabilidades que o cristão deve assumir, tanto no convívio social como espiritual. Como
ser social, temos deveres para com o Estado. Devemos respeitar a ordem
estabelecida. Todavia, como ser moral e espiritual temos deveres para com o outro.
Não somos apenas cidadão do céu (Fl 3.20), somos também cidadãos da Terra. Devemos investir nos
relacionamentos horizontais, mantendo sempre em mente que o salvo em Cristo não é uma ilha. Precisamos uns dos outros.
PARA REFLETIR
A respeito da Carta aos Romanos, responda:
* Quem constitui as autoridades?
Deus. As autoridades são ministros a serviço de Deus, mesmo que sejam governantes
pagãos, como, por exemplo, os
imperadores Ciro e Nabucodonosor.
* Qual a razão do crente se submeter às autoridades?
Paulo mostra que a sujeição por parte dos cristãos às autoridades deve-se primeiramente por razões de obediência.
O que pode acontecer quando a sociedade deixa de
obedecer às autoridades?
Caos e desordem.
* Qual o princípio bíblico em relação às autoridades?
O princípio bíblico em relação às autoridades é que o cristão as respeite e as honre (Rm 13J).
* O que significa "a ninguém devais coisa alguma" (Rm
13.8)?
Em palavras atuais, significa que o crente deve ter o "nome limpo
na praça".
Por outro lado, Paulo reconhece outra natureza de dívida,
esta não
negativa, mas positiva para o crente. A dívida do
amor. Não podemos
dever nada a ninguém, exceto "o amor com que
vos ameis uns aos outros; porque quem ama aos outros cumpriu a lei" (Rm
13.8).