A Bíblia, a inspirada e inerrante Palavra de Deus

Introdução
 Afirmou Thomas Browne que a Bíblia Sagrada, além de ser a Palavra de Deus, é a mais sublime obra literária já produzida. Somos constrangidos a concordar com Browne. Tudo nela é singular: estilo, correção, graça e proposta. Sua singularidade, porém, acha-se no fato de ela ser a Palavra de Deus. Que outro livro pode fazer semelhante reivindicação?





Embora produzida no contexto histórico e cultural judaico, ninguém haverá de negar-lhe a universalidade. É o único livro contemporâneo de toda a humanidade; sua mensagem não se perde com o tempo.
Nesta lição, estudaremos a Bíblia não propriamente como obra literária; estudá-la-emos como a Palavra de Deus. Se assim não a acolhermos, de nada nos adiantará exaltar-lhe as qualidades artísticas. Foi-nos ela entregue, a fim de que reconheçamos a Deus como o Ser Supremo por excelência e a seu Filho Unigênito como o nosso Salvador.

I. O QUE É A BÍBLIA
Neste tópico, veremos o que é a Bíblia Sagrada. Em primeiro lugar, buscaremos uma definição etimológica à palavra Bíblia. Em seguida, constataremos o que pensam os liberais, os neo-ortodoxos e os teologicamente conservadores acerca das Sagradas Escrituras.

1. Definição etimológica. 
Originária do grego, a palavra Bíblia significa livros ou coleção de pequenos livros. Atribui-se a João Crisóstomo a disseminação desse vocábulo. O nome Bíblia, foi empregado pela primeira vez pelo patriarca de Constantinopla, João Crisóstomo (344-420), para indicar uma coleção de Livros Sagrados. No entanto, ha muitos outros nomes que encontramos no volume sagrado que designam a inspiração e origem divina desse livro.

2. Posição liberal.
 Os teólogos liberais, contaminados por um racionalismo incrédulo e pernicioso, não reconhecem a Bíblia como a Palavra de Deus. Perdendo-se em especulações, asseveram que ela apenas a contém. Infelizmente, muitos desses mestres e doutores têm-se infiltrado em seminários dantes conservadores e vêm, de maneira sutil, desviando os alunos da verdade.

3. Posição neo-ortodoxa. 
Reagindo contra o liberalismo teológico, ensinam os neo-ortodoxos que a Bíblia torna-se a Palavra de Deus à medida que alguém, ao lê-la, tem um encontro experimental com o Senhor. Apesar das aparências, tal posicionamento fere a santíssima fé (Jd v.20).
 A Bíblia não se torna a Palavra a Deus; ela é a Palavra de Deus.
Portanto, erram aqueles que afirmam: “A Bíblia fechada é um simples livro; aberta, é a boca de Deus falando”. Nada mais errado; aberta ou fechada, a Bíblia é a Palavra de Deus inspirada e inerrante.

4. Posição ortodoxa.
 Nós ortodoxos afirmamos que a Bíblia é a Palavra de Deus. Dessa forma, colocamo-la no lugar em que ela tem de estar: como a nossa suprema e inquestionável árbitra em matéria de fé e prática. Se a Bíblia o diz, é a nossa obrigação obedecê-la sem quaisquer questionamentos. Ela é soberana!

II. A INSPIRAÇÃO DIVINA DA BÍBLIA
Matthew Henry, um dos maiores expositores das Sagradas Escrituras, é categórico ao referir-se à inspiração da Bíblia: “As palavras das Escrituras devem ser consideradas palavras do Espírito Santo”. Como não concordar com Henry? Basta ler a Bíblia para sentir, logo em suas palavras iniciais, a presença do Espírito Santo.
1. Definição etimológica. A palavra inspiração vem de dois vocábulos gregos: Theos, Deus; e pneustos, sopro. Literalmente significa: aquilo que é dado pelo sopro de Deus.
2. Definição teológica. 
“Ação sobrenatural do Espírito Santo sobre os escritores sagrados, que os levou a produzir, de maneira inerrante, infalível, única e sobrenatural, a Palavra de Deus — a Bíblia Sagrada” (Dicionário Teológico — CPAD).

3. Inspiração verbal e plenária da Bíblia.
Doutrina que assegura ser a Bíblia, em sua totalidade, produto da inspiração divina. Plenária: todos os livros da Bíblia, sem qualquer exceção, foram igualmente inspirados por Deus. Verbal: o Espírito Santo guiou os autores não somente quanto às ideias, mas também quanto às palavras dos mistérios e concertos do Altíssimo (2 Tm 3.16).
A inspiração plenária e verbal, todavia, não eliminou a participação dos autores humanos na produção da Bíblia. Pelo contrário: foram eles usados de acordo com seus traços pessoais, experiências e estilos literários (2 Pe 1.21).
4. A inspiração da Bíblia é única.

 Além da Bíblia, nenhum outro livro foi produzido de igual forma; a Palavra de Deus é a obra-prima por excelência da raça humana.

A bíblia inteira foi inspirada por Deus.

       Algumas declarações especí­ficas feitas pelos escritores do Novo Testamento subenten­dem que a inspiração das Escrituras estende-se à Bíblia intei­ra.
       Por exemplo, em 1 Timóteo 5.18 Paulo escreve: "Porque diz a Escritura: Não ligarás a boca ao boi que debulha. E: Digno é o obreiro do seu salário". Paulo está citando Deute-ronômio 25.4 e Lucas 10.7, considerando "Escritura" as citações tanto do Antigo quanto do Novo Testamento.
       Além disso, Pedro refere-se a todas as epístolas de Paulo que, embora tratassem a respeito da salvação divina, contêm "pontos difíceis de entender". Por isso, algumas pessoas as "torcem e igualmente as outras Escrituras, para sua própria perdição" (2 Pe 3.16, grifos nossos).

        Note que Pedro coloca todas as Epístolas de Paulo na categoria de Escritura. Torcê-las é torcer a Palavra de Deus, resultando na destruição do transgressor.
       Os escritores do Novo Testamento comunicam "com as palavras que o Espírito Santo ensina, comparando as coisas espirituais com as espirituais" (1 Co 2.13), assim como Jesus prometera (Jo 14.26; 16.13-15).
       Em virtude de sua inspiração pelo Espírito Santo, toda a Escritura é fonte de autoridade.
 Jesus garante que até o menor dos mandamentos bíblicos é importante e obrigatório:
       "Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei sem que tudo seja cumprido. Qualquer, pois, que violar um destes menores mandamentos e assim ensinar aos homens será chamado o menor no Reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no Reino dos céus" (Mt 5.18,19).
     1) O A.T. afirma sua Inspiração: (Dt.4.2,5; IISm.23.2; Is.1.10; Jr.1.2,9; Ez.3.1,4; Os.1.1; Jl.l:1; Am.1.3;3:1; Ob.1.1; Mq.1.1).
    2) O N.T. afirma sua Inspiração: (Mt.10:19; Jo.14:26;15:26,27; Jo.16.13; At.2.33;15:28; ITs.1:5; ICo.2.13; IICo.13.3; IIPe.3.16; ITs.2.13; ICo.14.37).
   3) O N.T. afirma a Inspiração do A.T.: (Lc.1.70; At.4.25; Hb.1.1, IItm.3.16; IPe.1.11; IIPe.1.21).
       A.T= Antigo Testamento/ N.T= Novo Testamento

III. A INERRÂNCIA DA BÍBLIA

A melhor maneira de se compreender uma doutrina é buscar-lhe uma definição adequada. Sua conceituação, a partir daí, torna-se mais fácil e não pecará pela falta de clareza e objetividade. Vejamos, pois, de que forma haveremos de definir a doutrina da inerrância bíblica.

1. Definição etimológica. 

A palavra inerrância vem do vocábulo latino inerrantia e significa, literalmente, qualidade daquilo que não tem erro.
2. Definição teológica. 

A inerrância bíblica é a doutrina, segundo a qual as Sagradas Escrituras não contêm quaisquer erros por serem a inspirada, infalível e completa Palavra de Deus (Sl 119.140).
A Bíblia é inerrante tanto nas informações que nos transmite como nos propósitos que expõe e nas reivindicações que apresenta. Sua inerrância é plena e absoluta. Isenta de erros doutrinários, culturais e científicos, inspira-nos ela confiança plena em seu conteúdo (Sl 19.7).

IV. A INFALIBILIDADE DA BÍBLIA

Ao tratar da infalibilidade da Palavra de Deus, ousadamente expressou-se Carl F. Henry: “Há apenas uma única coisa realmente inevitável: é necessário que as Escrituras se cumpram”. O que isto significa? Simplesmente, que a Bíblia é infalível.

1. O que é a infalibilidade. 
É a qualidade, ou virtude, do que é infalível; é algo que jamais poderá falhar.
2. Definição teológica.
 Doutrina que ensina ser a Bíblia infalível em tudo o que diz. Eis porque a Palavra de Deus pode ser assim considerada:
1) Suas promessas são rigorosamente observadas;
2) Suas profecias cumprem-se de forma detalhada e clara;
 3) O Plano de Salvação é executado apesar das oposições satânicas. Nenhuma de suas palavras jamais caiu, nem cairá, por terra.

3. A Bíblia dá testemunho de sua infalibilidade. Leia com atenção as seguintes passagens: Dt 18.22; Dn 9.2; Mt 1.22; Mc 13.31; At 1.3.

V. A SUPREMACIA DA BÍBLIA EM MATÉRIA DE FÉ E PRÁTICA

“A autoridade da Bíblia não provém da capacidade de seus autores humanos, mas do caráter de seu Autor”. Foi o que afirmou J. Blanchard. Ora, se a autoridade da Bíblia é absoluta, como haveremos de questioná-la?
Vejamos, em primeiro lugar, o que é a autoridade.
1. Definição etimológica.

Oriunda do vocábulo latino autoritatem, esta palavra significa: Direito absoluto e inquestionável de se fazer obedecer, de dar ordens, de estabelecer decretos e, de acordo com estes, tomar decisões e agir a fim de que cada decreto seja rigorosamente observado.

2. Definição teológica. 

Poder absoluto e inquestionável reivindicado, demonstrado e sustentado pela Bíblia em matéria de fé e prática. Tal autoridade advém-lhe do fato de ela ser a inspirada, inerrante e infalível Palavra de Deus.
3. Testemunho da Bíblia a respeito de sua autoridade. Leia as seguintes passagens: Is 8.20; 30.21; 1 Co 14.37.

CONCLUSÃO
Como filhos de Deus, não podemos afastar-nos jamais das Sagradas Escrituras; destas, todos dependemos vitalmente. Quanto mais as lermos, mais íntimos seremos de seu Autor. Tem você lido regularmente a Bíblia? Tem-na estudado todos os dias? Se você realmente deseja um avivamento, comece a ler com redobrado fervor o Livro dos livros. Sem a Bíblia não pode haver avivamento.
 Lições Bíblicas CPAD

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