LIÇÃO 4 Amós – é tempo de buscar ao Senhor de todo o coração (Editora Betel )

Lições Bíblicas BETEL: 3° Trimestre de 2023 | REVISTA: Profetas Menores do Antigo Testamento: Proclamando o arrependimento, justiça e fidelidade a Deus. Anunciando a esperança da salvação através do Messias.

TEXTO ÁUREO

"Porque assim diz o Senhor à casa de Israel: Buscai-me, e vivei." Amós 5.4

VERDADE APLICADA

Como discípulos de Cristo somos chamados a um viver coerente com a fé e os valores bíblicos.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

Apresentar o cenário da mensagem do profeta Amós.

Destacar a essência da mensagem do profeta Amós.

Identificar lições do livro de Amós para os dias de hoje.

 

TEXTOS DE REFERÊNCIA

AMÓS 7

7. Mostrou-me também assim: eis que o Senhor estava sobre um muro levantado a prumo, e tinha um prumo na sua mão.

8. E o Senhor me disse: Que vês tu, Amós? E eu disse: Um prumo. Então disse o Senhor: Eis que eu porei o prumo no meio do meu povo Israel; nunca mais passarei por ele.

9. Mas os altos de Isaque serão assolados, e destruídos os santuários de Israel; e levantar- me-ei com a espada contra a casa de Jeroboão.

14. E respondeu Amós, e disse a Amazias: Eu não era profeta, nem filho de profeta, mas boieiro, e cultivador de sicômoros.

15. Mas o Senhor me tirou de após o gado, e o Senhor me disse: Vai e profetiza ao meu povo Israel.

 

LEITURAS COMPLEMENTARES

SEGUNDA | 2Cr 7.14

Um chamado ao arrependimento.

TERÇA | Sl 7.17

Louvar ao Senhor segundo a sua justiça.

QUARTA | Sl 9.8

O Senhor julgará o mundo com justiça.

QUINTA Sl 15.1-2

O verdadeiro cidadão dos céus.

SEXTA | Sl 51.1-4

Davi confessa o seu pecado e suplica perdão.

SÁBADO | 1Jo 1.9

Cristo é fiel e justo para nos perdoar.

 

HINOS SUGERIDOS: 196, 290,326

MOTIVOS DE ORAÇÃO:

Ore para que sua prática religiosa não seja apenas de lábios, cerimonialismo e rituais.

 

ESBOÇO DA LIÇÃO

Introdução

1. O cenário da mensagem do profeta Amós

2. A essência da mensagem

3. Amós para hoje

Conclusão

INTRODUÇÃO

Amós denunciou a injustiça e a corrupção e, por isso, precisou enfrentar tudo que se opunha à sua mensagem profética. Sua vida nos mostra que realizar a vontade de Deus não isenta ninguém de enfrentar obstáculos.

 

PONTO DE PARTIDA

Deus exige retidão e justiça do Seu povo.

 

1. O CENÁRIO DA MENSAGEM DO PROFETA AMÓS

O livro de Amós revela um cenário onde a religiosidade era intensa. No entanto, o povo estava distante da presença de Deus. Era uma vida espiritual de aparências. Embora continuassem a praticar os rituais exigidos pela lei e, em alguns casos, se excedessem na observância da lei, os corações estavam afastados do Senhor.

 

1.1 Sobre o profeta Amós.

Amós era um homem de Deus, que trabalhava no campo com gado e com a agricultura, em uma pequena cidade no interior da Judéia chamada Tecoa [Am 1.1; 7.14-15]. Seu nome significa “carregado”, no sentido de carregar peso. O profeta não era membro de uma família sacerdotal, como os profetas Jeremias e Ezequiel, ou um profeta palaciano, como os profetas Isaías e Daniel. No entanto, Amós foi um servo de Deus humilde, corajoso e obediente. Ele, corajosamente, entregava o recado de Deus aos poderosos do povo, cumprindo as ordens do Senhor.

 

Manual Bíblico - Entendendo a Bíblia (CPAD, 2011, p. 282): “Amós também tinha um bosque de figueiras. Assim, era um pastor e também um agricultor, e vivia aproximadamente a 16 quilômetros ao sul de Jerusalém. (...) A sua eloquente prosa e poesia sugerem que ele era algo mais do que um pastor contratado ou lavrador. Aparentemente, era um homem instruído, e talvez o proprietário do rebanho e do bosque. Ele diz que viveu quando Jeroboão era rei de Israel (786-746 a.C.). A prosperidade natural de que Amós fala se encaixa com as condições da última parte do reinado de Jeroboão, começando aproximadamente em 760 a.C.”

 

1.2. A rejeição sofrida por Amós.

Diante daquele cenário de intensa religiosidade, injustiça, corrupção e opressão, o profeta Amós enfrentou forte oposição quando transmitiu a mensagem de Deus. Um sacerdote de Betei, chamado Amazias, tentou expulsar Amós do país quando ouviu as palavras que confrontavam o povo e seus pecados. Amazias se utilizou de falsos subterfúgios para calar e intimidar o profeta:

a) recorreu ao rei Jeroboão, mentindo para obter a aprovação do rei e sucesso em seus intentos contra Amós [Am 7.10];

b) usou o povo contra Amós [Am 7.11];

c) desdenhou sobre a origem do profeta, usando-a como argumento para desacreditar sua mensagem [Am 7.12];

d) com a autoridade que possuía, tentou se proteger citando o santuário do rei e não o templo do Senhor [Am 7.13].

 

R. N. Champlin: “Amazias era o sacerdote oficial do santuário real de Betei. Amós tinha asseverado de que ele não era um profeta profissional [1Sm 9.6-10; Mq 3.5-8, 11].Enem era membro de alguma guilda profética [1Sm 10.5; lRs 22.6; 2Rs 2.3, 5], Antes, era um leigo a quem Yahweh tinha enviado para proferir profecias a Seu povo [Am 3.3-8; 2Sm 7.8]. (...) A classe liderante reagiu violentamente contra as profecias de condenação de Amós.”

 

1.3 A resposta do profeta Amós.

Embora não faltassem esforços do sacerdote Amazias para impedir que Amós continuasse com sua mensagem da parte de Deus, o profeta se manteve fiel ao cumprimento de sua missão e argumentou em sua defesa:

a) Amós era oriundo do campo, não pertencia a elite religiosa ou civil do seu povo: “Eu não era profeta, nem filho de profeta” [Am 7.14];

b) Amós tinha consciência de que a única autorização necessária para cumprir seu ministério era o chamado de Deus [Am 7.15];

c) O profeta não se escondeu, não se calou ou mesmo se intimidou diante das ameaças sofridas pelo sacerdote, alguém que supostamente, deveria apoiá-lo [Am 7.16-17].

 

R. N. Champlin: “É verdade que Amós não pertencia a uma família profética, nem era filho de um profeta, muito menos membro de uma escola profética; ou seja, ele não era um profeta profissional. Mas e daí? Amazias, o chamado sumo sacerdote do reino apostatado de Jeroboão, também não tinha credenciais tradicionais, não pertencendo à família de Arão, a qual era um segmento da tribo de Levi. Amós era apenas um boieiro e colhe- dor de sicômoros. Em outras palavras, era um fazendeiro. No entanto, ele atraiu o poder e a sabedoria de Deus, e também a luz profética, por ser um homem piedoso. Foi escolhido para uma missão especial.”

 

EU ENSINEI QUE:

A verdadeira espiritualidade é refletida diariamente em um estilo de vida que agrada ao Senhor e atrai outros para conhecê-Lo e servi-Lo.

 

2. A ESSÊNCIA DA MENSAGEM

O livro de Amós pode ser dividido nos seguintes temas: nos capítulos 1 e 2, o profeta prega para o povo de Deus, especialmente o reino do Norte, Israel. Já nos capítulos de 3 a 6, as mensagens de Amós são proferidas diretamente para Israel e seus líderes. Nos últimos capítulos, de 7 a 9, Amós relata suas visões a respeito do juízo de Deus, o Dia do Senhor.

 

2.1 A justiça de Deus.

Entre o povo de Deus, a sensibilidade e o amor ao próximo eram coisas tão distantes que pessoas honestas eram vendidas como escravos, caso não pudessem pagar suas dívidas.

 

O pecado estava tão enraizado e normatizado que os pais e os filhos se relacionavam sexualmente com a mesma mulher, profanando a santidade e o nome de Deus. Nesse estilo de vida tão contrário aos ensinamentos de Deus, era comum comer comidas oferecidas aos ídolos; a injustiça imperava entre a liderança religiosa que se escondia atrás de uma falsa moralidade e uma espiritualidade vazia, oferecendo cultos que não agradavam mais ao Senhor [Am 2.6-8; 4.5; 5.12, 21-22].

 

R. N. Champlin: “(...) mais espaço foi dedicado à condenação de Israel, visto que Amós foi um profeta especificamente enviado a Israel. Em certo sentido, Israel, a oitava das nações a ser denunciada, era a pior de todas. Tinha os elevados privilégios de Judá, mas desde o começo da nação, com Jeroboão I (que separou as dez tribos das duas, Judá e Benjamim), Israel tornou-se podre na idolatria.”

 

2.2 Deus exige retidão e justiça do Seu povo.

Retidão é a conduta correta, especialmente nos lugares onde a justiça deve alcançar todas as pessoas independente de sua classe social: “Corra, porém, o juízo como as águas, e a justiça, como o ribeiro impetuoso.” [Am 5.24]. Não existe retidão onde não há justiça e a justiça sem a retidão não passa de um engano. A falta de retidão era sentida nas três esferas da vida pública no tempo do profeta Amós: nos tribunais, nas classes sociais mais favorecidas e no culto a Deus. Cabe ao povo de Deus ser exemplo de retidão e justiça, amar a Deus e o próximo de forma prática e não apenas com discursos evasivos e vazios, especialmente os menos favorecidos, isto é, os menos amados na prática.

 

Revista Betel Dominical, 2° Trimestre/ 1994 - Auxílios Didáticos ao Professor, p. 16: “Moralmente a nação estava corrompida, tanto interna quanto externamente. A aristocracia era rica, porém perversa. Profetas e sacerdotes viviam a serviço dos seus próprios interesses. Injustiça social era o que havia. Os poderosos tinham sempre razão. Usurpavam os pobres e viviam na suntuosidade e no vício. Em tudo a nação era pagã, com exceção do nome.”

 

2.3. A necessidade do verdadeiro arrependimento. Amós devia visitar os lugares onde estavam os templos para os outros deuses, Betel e Gilgal. Sua missão era profetizar contra a idolatria com as estátuas, que o rei Roboão tinha feito. Era preciso trazer à memória do povo as palavras que Deus tinha dito a Moisés, quando Josué renovou a Aliança no Monte Ebal [Js 8.32].

 

O povo estava mergulhado na idolatria e Deus alertou sobre as sérias consequências para esse tipo de atitude [Dt 30.15-20]. Então, o profeta Amós age como mediador suplicando a misericórdia de Deus. O profeta não justifica ou compactua com o erro de seus compatriotas, ele sabe que a ira do Senhor é pertinente. O povo pecou e por causa disso Amós pede perdão [Am 7.2].

 

David Allan Hubbard (Joel e Amós - Introdução e comentário, Vida Nova, 1996, p. 231-232): “Atônito diante do quadro devastador, Amós implora perdão a Deus (perdoa); a forma gramatical é um imperativo intensificado por uma partícula que dá a ideia de urgência: “por favor” ou “agora”. Ainda que a narrativa da visão não traga nenhum relato de pecado, Amós sabe que os gafanhotos são a promulgação do juízo sobre Israel desobediente; daí o pedido de perdão (...) O fundamento para o pedido de Amós é a fragilidade e vulnerabilidade de Israel (aqui chamado de Jacó; cf 3.13; 6.8; 9.8).”

 

EU ENSINEI QUE:

Sem a justiça, a retidão e o arrependimento, não há solução para os problemas da humanidade.

 

3. AMÓS PARA HOJE

O fato de Amós interceder pelo povo não o tomou complacente com o pecado. Tampouco o fato de a injustiça permear todas as camadas da sociedade de sua época, especialmente os mais vulneráveis, o fez calar mediante os pecados que cometiam contra Deus. Amós não deixou de cumprir seu ministério e anunciar o iminente juízo de Deus como forma de disciplinar o povo de Israel.

 

3.1. Privilégios e responsabilidades.

O fato de Israel ser o povo escolhido trazia-lhes a falsa segurança de que estavam isentos do julgamento de Deus. O profeta Amós, porém, os confrontou com tal pensamento [Am 3.2], para que entendessem que tal privilégio imputava-lhes grandes responsabilidades. O amor de Deus também se manifesta em julgamento e disciplina sobre aqueles que insistem em viver à margem dos Seus preceitos, principalmente dos que já experimentaram uma vida de devoção e comunhão com Ele.

 

O escritor J. A. Motyer afirmou: “O destaque particular de Amós é o seguinte: quanto mais perto de Deus se encontra, mais próximo o juízo e mais certo o julgamento. Por causa do privilégio de serem salvos, mais será exigido daqueles que mais receberam; quanto maior a luz, maior o risco”.

 

Ev. Valdilon Ferreira Brandão (Revista Betel Dominical, 2° Trimestre/1994, p. 19) descreve alguns dos pecados indesculpáveis de Israel:

 O pecado contra a revelação - O privilégio de Israel ser a nação eleita de Deus não o faria mais importante que as demais nações, a ponto de poder pecar. Acarretava, antes de tudo, o dever de ser luz para as nações e não igualar-se a elas. Assim como Israel, muitos de nós temos esquecido do dia da nossa libertação, vivendo em situações que não nos identificam com o nosso libertador, com nossa aliança de batismo (...).”

 

3.2. A inutilidade do formalismo religioso.

A mensagem de Amós é muito clara: “Corra, porém, o juízo como as águas, e a justiça, como o ribeiro impetuoso.” [Am 5.24]. Isso significa que o formalismo religioso e o cerimonialismo nada representam diante de Deus se não estiverem acompanhados de atitudes que demonstrem o amor e o cuidado de Deus pelos homens. A indiferença da Igreja mediante as mazelas que acompanham aqueles que se encontram em situação de desamparo e abandono depõe contra ela, ainda que tenha excelentes e elaboradas programações. O ativismo do calendário não pode e não deve substituir o socorro aos aflitos e desvalidos onde quer que estejam.

 

R. N. Champlin: “Em contraste com a religião vazia (algo repelente, que Yahweh odeia), temos a verdadeira religião, que se manifesta por meio da justiça, a qual é tão abundante que rola como um riacho descendo pelas faldas dos montes; e também há a retidão, que é como uma torrente que flui de forma perene. Encontramos aqui as “águas” da vida, e não o vinho do deboche. Essa é a essência da verdadeira fé, a fé que parte do coração [Pv 4.23].”

 

3.3 Uma mensagem de esperança.

Em Amós encontra-se muitas palavras sobre sofrimento, destruição e morte, e poucas palavras sobre otimismo e esperança. Mas isso não invalida a mensagem final sobre a esperança de um futuro melhor [Am 9.11-15], Devido aos pecados dos povos, Deus mandaria Seu fogo destruidor e outros castigos como juízo divino. Mas, no final da mensagem, o profeta reforça a graça, a misericórdia e o amor de Deus, ao se referir à oportunidade que todas as pessoas, de todas as nações, receberiam a mensagem de salvação, por meio do descendente de Davi, Jesus Cristo.

 

Ev. Valdilon Ferreira Brandão (Revista Betel Dominical, 2° Trimestre/1994, p. 20) comenta sobre

as promessas finais de salvação em Amós: “Amós cumpriu a missão que havia recebido do Senhor. Entregou a mensagem de juízo divino sobre os pecados do povo. A aparente apatia de Israel quanto a mensagem de Amós não poderia ofuscar o evento que o profeta tanto almejava. Foi assim, que séculos mais tarde, alguém escrevendo sobre um descendente de Davi disse: “E O VERBO SE FEZ CARNE E HABITOU ENTRE NÓS” [Jo 1.14]. A palavra grega “habitou” se traduz literalmente “levantou tabernáculo”, cumprindo assim a profecia messiânica de Amós [Am 9.11].”

 

EU ENSINEI QUE:

Deus é justo e, também, misericordioso. 

CONCLUSÃO

A missão de cada crente é proclamar a mensagem de Deus no lugar que Ele mesmo designar. Todos devem pregar a mensagem de arrependimento e salvação atendendo ao chamado do Senhor. Amós inspira a cada crente com sua ousadia, comprometimento e fé naquele que o enviou.

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