Lições Bíblicas BETEL: 1° Trimestre
de 2023 |
1° Trimestre De
2023 | TEMA: O EVANGELHO DE MARCOS – O Servo e a missão no serviço da
obra de Deus
TEXTO ÁUREO
“Bendito
o reino do nosso Pai Davi, que vem em nome do Senhor! Hosana nas alturas!”
Marcos 11.10
VERDADE APLICADA
Como
Nosso Senhor Jesus Cristo, precisamos estar alertas para não nos desviarmos do
piano de Deus para nossa vida.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
👉 DESTACAR que a Casa do Senhor é lugar de oração.
👉 RESSALTAR o zelo que o Servo tinha pela Casa do Senhor
👉 MOSTRAR que o Servo a Rei e o Messias.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
MARCOS 11
1 E, logo que se
aproximaram de Jerusalém, de Betfagé a de Betânia, junto ao monte das
Oliveiras, enviou dois dos seus discípulos.
2 E disse-lhes:
Ide à aldeia que está defronte de vós; e, logo que ali entrares, encontrareis
preso um jumentinho, sobre o qual ainda não montou homem algum; soltai-o e
trazei-mo.
4 E foram, a
encontraram o jumentinho preso fora da porta, entre Bois caminhos, e o
soltaram.
5 E alguns dos que
ali estavam lhes disseram: Que fazeis, soltando o jumentinho?
6 Eles, porém,
disseram-lhes como Jesus lhes tinha mandado; a deixaram-nos ir.
7 E levaram o
jumentinho a Jesus a lançaram sobre ele os seus vestidos, a assentou-se sobre
ele.
LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA Sl 27.4
O templo e o lugar
onde encontramos Deus.
TERÇA Sl 122.1
Devemos nos
alegrar em ir ao templo.
QUARTA Ez 43.5
A glória do Senhor
estava sobre o templo
QUINTA Lc 2.27
O menino Jesus foi
apresentado no templo.
SEXTA Lc 24.53
O templo é lugar
de louvar e bendizer a Deus.
SÁBADO Jo 2.16
O templo não é
lugar de negociar a fé.
HINOS SUGERIDOS: 522, 525, 547
MOTIVOS DE ORAÇÃO
Oremos para que possamos reconhecer a verdadeira importância da Casa de Deus.
ESBOÇO DA LIÇÃO
Introdução
1– Um evento que
entraria para a história
2– É chegado o
grande momento
3– O zelo do Servo
pelo templo
Conclusão
INTRODUÇÃO
Veremos nesta
lição que Nosso Senhor Jesus Cristo, mesmo sabendo do sofrimento que O
esperava, não deixou de ir a Jerusalém. E, lá chegando, continuou a proclamar
Sua mensagem de instrução, confronto, alerta a juízo, mesmo estando em Seus
últimos dias antes da crucificação.
PONTO PARTIDA - Cristo: Jesus e Sua entrada triunfal em
Jerusalém
1. UM EVENTO QUE ENTRARIA PARA A HISTÓRIA
A entrada triunfal
do Filho de Deus em Jerusalém é uma das poucas narrativas da vida dEle que
aparece em todos os quatro relatos dos evangelhos [Mt 21.1-11; Mc 11.1-11; Lc
19.29-40; Jo 12.12-19]. A par desta informação, entendemos que este momento do
Senhor sendo narrado nos quatro evangelhos foi um evento expressivo, não só
para o povo da época do nosso Senhor, todavia para os cristãos ao longo dos
anos.
1.1. A entrada do
Servo em Jerusalém se aproxima.
De acordo com
Marcos quando o Servo de Deus se aproximou de Jerusalém, de Betfage a de
Betânia, junto ao Monte das Oliveiras, Ele enviou dois de Seus discípulos até
uma aldeia que estava em frente a eles, a disse que ao entrarem na cidade
encontrariam preso um jumentinho ao qual não havia sido montado por ninguém [Mc
11.2]. Jesus ordena aos discípulos que o soltem e tragam o animal até Ele.
Disse ainda que se alguém perguntasse os discípulos poderiam responder que o
Senhor precisava dele [Mc 11.3]. Não podemos esquecer que Jesus havia dito que
em Jerusalém o Filho do Homem seria entregue aos príncipes dos sacerdotes e aos
escribas, e o condenaram morte, e o entregarão aos gentios, e escarneceram
dEle, o açoitaram e cuspiram nEle, e o matariam; entretanto, ao terceiro dia,
Ele ressuscitaria [Mc 10.33-34].
Warren Wiersbe:
“Jesus enviou dois de seus discípulos a Betfagé para
buscar o jumentinho do qual precisava para essa ocasião. A maioria das pessoas
considera o jumentinho uma simples besta de carga, mas naquele tempo, era um
animal digno de ser montado por um rei [ 1Rs 1.33]. Cristo precisava desse
animal para que pudesse cumprir a profecia messiânica de Zacarias 9.9. Marcos
não conta esse versículo nem se refere a ele, pois está escrevendo
principalmente a leitores gentios:’
1.2. O Servo
planejou a Sua entrada em Jerusalém.
Propondo fazer uma análise apurada, vemos no evangelho de Marcos que o Filho de
Deus ao se aproximar de Jerusalém, ainda em Betfage, no Monte das Oliveiras,
convoca dois de Seus discípulos para que fossem aldeia e trouxesse um
jumentinho que lá estava preso [Mc 11.2]. O Servo já tinha tudo planejado em
Sua mente. O Senhor Jesus tinha plena consciência de que estava na terra para
cumprir o plano divino preparado desde a eternidade [1Pe 1.20]. Ele bem sabia
que tinha chegado o tempo de entrar em Jerusalém para ser entregue nas mãos dos
homens [Mc 10.32-34].
Warren Wiersbe:
“Jerusalém, na época da Páscoa, era um lugar de grande
alegria para os judeus e de grande preocupação para os romanos. Milhares de
judeus devotos do mundo todo chegavam Cidade Santa com o coração repleto de
entusiasmo e de fervor nacionalista. A população de Jerusalém quase
quadruplicava durante a festa, colocando os militares romanos em alerta
especial. Os romanos conviviam com a possibilidade de que um zelote judeu mais
impetuoso tentasse matar algum oficial romano ou começasse uma rebelião, e
sempre havia a possibilidade de conflitos entre diferentes grupos religiosos.
Foi nesse contexto que o Servo de Deus chegou à cidade, menos de uma semana
antes de sua crucificação fora dos muros da cidade.”
1.3. Um momento
especial para uma Pessoa especial.
Importante a informação no evangelho de Mateus [Mt 21.4] de que a entrada de
Jesus em Jerusalém assentado em um jumentinho era para se cumprir a profecia de
Zacarias 9.9: “Alegra-te muito, filha de Sião; exulta, filha de Jerusalém; eis
que o teu rei virá a ti, junto e Salvador, pobre e montado sobre um jumento,
sobre um asninho, filho de jumenta’: É inevitável identificar na Bíblia que a
entrada do Servo em Jerusalém, montado em um jumentinho, foi em um momento
muito especial para os judeus, pois era solenizada a festa da Páscoa: “No dia
seguinte, ouvindo uma grande multidão que viera festa que Jesus vinha a
Jerusalém:’ [Jo 12.12].
Bíblia de Estudo Pentecostal: “A essa altura, no Evangelho
segundo Marcos, começam os eventos da semana da paixão de Cristo (caps. 11-15),
seguidos por sua ressurreição (cap.16):’
EU ENSINEI QUE:
Embora
visto como Rei neste momento, Jesus já havia deixado visível durante o Seu
ministério terreno que Ele veio ao mundo não para ser servido, todavia para
servir.
2. É CHEGADO O GRANDE MOMENTO
Marcos relata que
após os dois discípulos prepararem o jumentinho para a montaria e lançarem
sobre o animal os seus vestidos, o Servo assentou-se sobre ele e, na companhia
dos doze discípulos, iniciou a caminhada em direção a Cidade Santa [Mc
11.7-11].
2.1. O Servo entra
na Cidade Santa.
Assistimos que o
Servo ingressa em Jerusalém de maneira modesta. Explico-me melhor: Ele não
chegou montado num cavalo branco ou escoltado de diligências reais. Jesus
entrou montado em um jumentinho como podemos ver [Mc 11.7-11].
Contudo, Sua
entrada humilde seduziu a atenção da multidão que veio a Jerusalém para
participar da celebração da Páscoa. Marcos descreve em seu evangelho que muitas
pessoas estendiam os seus vestidos pelo caminho, e outros cortavam ramos de
árvores e os espalhavam pelo caminho [Mc 11.8]. Ainda podemos ler que tanto os
que vinham a frente como os que vinham atrás começaram a gritar: Hosana!
Bendito o que vem em nome do Senhor! Bendito o reino do nosso Pai Davi, que vem
em nome do Senhor! Hosana nas alturas! De tal modo, o Filho de Deus entrou na
cidade de Jerusalém.
Charles Swindoll: “A entrada triunfal de Jesus
na capital dos hebreus marcou uma mudança em Seu relacionamento com a Cidade
Santa. Ele não mais a visitou como adorador; ele a requereu como rei. Seus
súditos cobriam o caminho que ele usaria para entrar na cidade com ramos de
palmeira e as próprias capas, gritando ‘Hosana’; que significa “Salva-nos”.
2.2. Uma tarde que
entraria para a história.
Ao entrar aclamado
em Jerusalém e ser reverenciado pelo povo, Jesus adentrou ao templo. Podemos
observar que somente o evangelista Marcos descreve que acontecimento ocorrera
ao entardecer: “E Jesus entrou em Jerusalém, no templo, e, tendo visto tudo em
redor, como fosse já tarde, saiu para Betânia, com os doze:’ [Mc 11.11]. Assim,
com o dia se findando, o Servo determinou deixar a Santa Cidade e regressar a
Betânia, cidade onde habitavam os irmãos Lázaro, Marta e Maria. E ali Ele e os
Seus discípulos passaram aquela noite [Mt 21.17].
Dicionário Bíblico Wycliffe: ‘A
aldeia de Betânia, a casa de Lázaro, Maria e Marta [Jo 11.1 ], estava situada
no lado leste do Monte das Oliveiras, cerca de três quilômetros a leste de
Jerusalém [Jo 11.8]. Jesus visitava Betânia ocasionalmente [Mt 21.17; 26.6; Mc
11.1, 11-12; Jo 11.1; 12.1] e escolheu um local perto dali para ser o lugar da
sua ascensão [Lc 24.50].’
2.3. As lições de
uma figueira infrutífera.
No evangelho de
Marcos, encontramos a narrativa de que, saindo de Betânia, Jesus teve fome, a
de longe avistou uma figueira que tinha folhas e se dirigiu até ela para ver se
acharia algum fruto. Segundo Marcos achou somente folhas, porque não era tempo
de figos [Mc 11.12-13]. Em seu evangelho Marcos narra que diante do impasse e
ao compreender que não havia nela frutos, o Servo proferiu um juízo [Mc 11.14].
Posto isto, entendemos que aquela árvore possui assim Como os líderes de Israel
um aspecto desonesto e suas folhas a delatavam. Podemos fazer uma comparação
dessa figueira com a falsa devoção da religião judaica e sua falsa santidade:
“E os ensinava, dizendo: Não está escrito: A minha casa será chamada por todas
as nações casa de oração? Mas vós a tendes feito covil de ladrões:’ [Mc 11.17].
Warren Wiersbe:
“As folhas da figueira aparecem em março ou abril, e a
árvore começa a dar frutos em junho, depois em agosto e, às vezes, novamente em
dezembro. A presença de folhas poderia ser uma indicação da existência de
frutos, mesmo que estes ainda fossem um “resto” da estação anterior. É bastante
significativo que, nesse caso, Jesus não tinha qualquer conhecimento especial
para orientá-lo e precisou aproximar-se da árvore para examiná-la.”
EU ENSINEI QUE:
O Servo deve ser o
modelo a ser seguido. Ele gostava de estar entre seus amigos, os irmãos Lázaro,
Marta, Maria a condenou a falsa religiosidade dos líderes judeus a sua falsa
santidade.
3. O ZELO DO SERVO PELO TEMPLO
Pelo que podemos
ver nas Santas Escrituras, para o povo judeu, o templo sagrado situado na Santa
Cidade possuía uma grande estima, pois representava a presença permanente de
Deus entre Seu povo [Mc 11.17]. Dentro deste enfoque Jesus ensina que neste
ambiente santo tudo deveria ser realizado com zelo e respeito, Como lugar de
oração, ensino da Palavra e entrega a Deus.
3.1. Jesus expulsa
os mercadores do templo.
Impregnado de
intelectualismo, o evangelista Marcos descreve que, posteriormente à aclamação
de Jesus em Sua entrada em Jerusalém, onde foi ovacionado pelo povo, Ele entrou
no templo [Mc 11.15]. Conforme observado, Jesus começou a afugentar os que
vendiam e compravam no templo.
Tal postura
permite dizer que Ele não se agradou de nada que estava vendo naquele ambiente.
É mister notar que Ele derrubou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que
vendiam pombas. Carregado de certezas podemos dizer que o Servo de Deus
afugentou os negociantes do templo porque estavam fazendo da casa de Deus uma
casa de negócio, roubando os que vinham a Jerusalém para adorar a Deus com
sinceridade de coração [Mc 11.17]. O Servo possuía o entendimento de que esses
líderes religiosos não tinham reverência pela casa de Seu Pai.
Bíblia de Estudo Holman: “As pessoas que viam de longe
precisavam comprar animais puros e sem mácula, assim que chegassem para a
Páscoa. Cambistas trocavam moedas gregas e romanas, que traziam imagens de
ídolos, por moedas sírias sem imagem ou moedas judaicas do templo que podiam
ser usadas para comprar itens sacrificiais ou pagar o imposto do templo [Ex
30.11-161”.
3.2. O cuidado
pela casa do Pai.
Claro está para
nós que Jesus, tendo o entendimento de que sendo o templo a casa de Seu Pai,
Ele demonstra o cuidado de pôr a casa em ordem. A beleza desta passagem não se
esgota, pois podemos observar que, para o Servo, o templo precisaria ser um
lugar de adoração onde o povo poderia ir para se santificar e cultuar em paz.
Pois, sem santidade ninguém verá o Senhor [Hb 12.14]. No templo os líderes
religiosos se achavam superiores e queriam guiar as demais pessoas, entretanto
ao serem advertidos pelo Filho de Deus por suas condutas esses líderes
começaram a procurar uma ocasião para matá-lo. Todavia o temiam porque o povo
admirava os Seus ensinamentos e o Seu poder.
Dewey M. Mulholland (Marcos: introdução e comentário, Vida Nova, 1999, p.
175): “Todas essas atividades obstruíam o Templo de
cumprir Seus propósitos. Ao expulsar os cambistas e derrubar suas mesas, Jesus
interrompe as atividades religiosas. Sem os “shequeis’; a tesouraria entraria
em colapso; sem animais, os sacrifícios não poderiam ser oferecidos; sem os
objetos de culto, as práticas religiosas haveriam de acabar. Por essas ações,
Jesus declarou simbolicamente que o Templo deixou de funcionar do modo como
Deus pretendia.”
3.3. Um lugar que
deveria ser de intimidade com Deus.
O profeta
messiânico Isaías havia profetizado que a casa de Deus deveria ser conhecida
como casa de oração: “Também os levarei ao meu Santo monte a os festejarei na
minha Casa de oração; os seus holocaustos e os seus sacrifícios serão aceitos
no meu altar, porque a minha casa será chamada casa de oração para todos os
povos.” [Is 56.7]. Jesus, sendo conhecedor das Escrituras, disse aos líderes
judeus: “(…) Não está escrito: A minha casa será chamada por todas as nações
casa de oração? Mas vós a tendes feito covil de ladrões.” [Mc 11.17].
Warren Wiersbe:
“Os judeus consideravam o templo o centro religioso
onde eram realizados os sacrifícios, mas Jesus o encarava como um lugar de oração.
A verdadeira ora4ao por si mesma, um sacrifício a Deus [Si 141.1-2]”
EU ENSINEI QUE:
O templo
de Jerusalém havia deixado de ser casa de oração para se tornar um espaço de
comércio a exploração aos que iam até o local para adorar ao Senhor.
CONCLUSÃO
Numa narrativa
consciente, Jesus formou com clareza a ideia de que precisamos resgatar o
verdadeiro significado do ambiente que o templo possui para a oração e a
adoração ao Pai Eterno.
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